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Faculdade de Integração do Sertão - FIS Componente Curricular: Direito Penal I Professor: Msc. Magno Antonio Leite Concurso de Pessoas Concurso de Pessoas 2 “Concurso de pessoas é a denominação dada para o fenômeno da pluralidade de sujeitos ativos no delito”. (Cláudio Brandão). “À evidência trata-se de uma concorrência (contribuição) plúrima para a prática do delito”. (Luiz Regis Prado). Conceito Concurso de Pessoas 3 Quanto a pluralidade de sujeitos ativos, temos: Concurso necessário; Concurso eventual; Conceito Concurso de Pessoas 4 Conceito Concurso Necessário: É aquele em que a pluralidade dos agentes no pólo ativo é requisito do tipo penal. Exemplo: Crime de formação de quadrilha ou bando. (art. 288 do CP). (Ocorre no caso dos crimes plurissubjetivos) Concurso de Pessoas 5 Conceito “Art. 288. Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes: Pena: reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos”. Nesse caso, não existe a figura do concurso de pessoas, porque a pluralidade de agentes funciona como um elemento necessário à tipicidade da conduta. Concurso de Pessoas 6 Conceito Concurso Eventual: É aquele em que a pluralidade dos agentes no pólo ativo NÃO se constitui um elemento do tipo penal, podendo este ser realizado por apenas um sujeito ativo ou por vários. Exemplo: Homicídio. (art. 121 do CP). (Ocorre no caso dos crimes monossubjetivos) Concurso de Pessoas 7 Conceito Concurso Eventual: É nos crimes de concurso eventual que surge a especial necessidade de uma norma reguladora do fenômeno da pluralidade de agentes ativos, visto que, o tipo penal não prevê em si mesmo essa pluralidade. Dita norma encontra-se na Parte Geral do Código Penal. Concurso de Pessoas 8 Conceito “Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 1º Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. § 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até a metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave”. Concurso de Pessoas 9 Conceito OBSERVAÇÃO: O nome concurso de pessoas é mais amplo que a antiga denominação (co-autoria), visto que abrange a figura dos autores e a figura dos partícipes, figuras essas que indicam a posição dos sujeitos no referido concurso. Concurso de Pessoas 10 Teorias Ao longo do Direito Penal, foram formuladas três teorias para explicar o concurso de pessoas: A Teoria Pluralista; A Teoria Dualista e, A Teoria Monista. Concurso de Pessoas 11 Teoria Pluralística Pluralística (cumplicidade-delito distinto ou da autonomia da participação): para esta teoria – de caráter subjetivo – a participação é tratada como autoria ou crime autônomo. Cada qual realiza uma ação, à qual corresponde um evento e há um vínculo psicológico igualmente próprio. Aos diversos delitos seus diversos autores. Concurso de Pessoas 12 Teoria Dualística Dualística: conforme essa orientação há dois delitos, opera-se uma distinção entre participação primária e uma participação secundária, punida com menor rigor. Há dois delitos, um para os autores, que realizam a atividade principal, o tipo legal de delito, e outro para os partícipes, aqueles que desenvolvem uma atividade secundária, e não a conduta nuclear descrita no tipo penal. Concurso de Pessoas 13 Teoria Monística Monística (unitária ou igualitária): como corolário da teoria da equivalência das condições, não faz ela qualquer distinção entre autor, co-autor e partícipe: todos os que concorrem para o crime são autores dele. A participação não é entendida como acessória. Concurso de Pessoas 14 Teoria Monística OBSERVAÇÃO: O Código Penal adota essa teoria, ainda que de forma matizada ou temperada, já que estabeleceu certos graus de participação e um verdadeiro reforço do princípio constitucional da individualização da pena. (na medida de sua culpabilidade). Concurso de Pessoas 15 Teoria Restritiva O Código Penal adotou a teoria restritiva da autoria, distinguindo autor de partícipe Concurso de Pessoas 16 Conceitos AUTOR: É quem executa o núcleo da conduta típica. Exemplo: aquele que mata; aquele que furta; aquele que estupra. CO-AUTORIA: Ocorre quando várias pessoas realizam a conduta principal do tipo penal. PARTÍCIPE: É quem concorre de qualquer modo para a realização do crime, praticando atos diversos dos do autor. Exemplo: vigia a rua enquanto o autor furta bens da casa; Empresta a arma para a prática do homicídio; Concurso de Pessoas 17 Requisitos SÃO OS SEGUINTES: a) Pluralidade de condutas; b) Relevância causal de cada uma; c) Liame subjetivo entre os agentes; d) Identidade de infração para todos os participantes. Concurso de Pessoas 18 Referências Bibliográficas BRANDÃO, Cláudio. Curso de Direito Penal – Parte Geral. 1ª ed. Companhia Editora Forense. Rio de Janeiro. 2008. PRADO, Luiz Regis. Elementos de Direito Penal – Parte Geral. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais. 2005. RODRIGUES, Maria Stella Villela Souto Lopes. ABC do Direito Penal. 13ª edição. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais. 2001.
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