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11 - Concurso de pessoas

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Faculdade de Integração do Sertão - FIS
Componente Curricular: Direito Penal I
Professor: Msc. Magno Antonio Leite
Concurso de Pessoas
Concurso de Pessoas
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“Concurso de pessoas é a denominação dada para o fenômeno da pluralidade de sujeitos ativos no delito”. (Cláudio Brandão).
“À evidência trata-se de uma concorrência (contribuição) plúrima para a prática do delito”. (Luiz Regis Prado).
Conceito
Concurso de Pessoas
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Quanto a pluralidade de sujeitos ativos, temos:
Concurso necessário;
Concurso eventual; 
Conceito
Concurso de Pessoas
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Conceito
Concurso Necessário:
	É aquele em que a pluralidade dos agentes no pólo ativo é requisito do tipo penal.
	Exemplo: Crime de formação de quadrilha ou bando. (art. 288 do CP).
(Ocorre no caso dos crimes plurissubjetivos)
 
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Conceito
	
	“Art. 288. Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes:
	Pena: reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos”.
	Nesse caso, não existe a figura do concurso de pessoas, porque a pluralidade de agentes funciona como um elemento necessário à tipicidade da conduta. 
 
Concurso de Pessoas
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Conceito
	Concurso Eventual:
	
	É aquele em que a pluralidade dos agentes no pólo ativo NÃO se constitui um elemento do tipo penal, podendo este ser realizado por apenas um sujeito ativo ou por vários.
	Exemplo: Homicídio. (art. 121 do CP).
(Ocorre no caso dos crimes monossubjetivos)
 
Concurso de Pessoas
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Conceito
	Concurso Eventual:
	É nos crimes de concurso eventual que surge a especial necessidade de uma norma reguladora do fenômeno da pluralidade de agentes ativos, visto que, o tipo penal não prevê em si mesmo essa pluralidade. 
Dita norma encontra-se na Parte Geral do Código Penal.
 
Concurso de Pessoas
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Conceito
	
	“Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
	
	§ 1º Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.
	§ 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até a metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave”.
	
 
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Conceito
	
	OBSERVAÇÃO:
	
	O nome concurso de pessoas é mais amplo que a antiga denominação (co-autoria), visto que abrange a figura dos autores e a figura dos partícipes, figuras essas que indicam a posição dos sujeitos no referido concurso.
	
	
 
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Teorias 
	
	
	Ao longo do Direito Penal, foram formuladas três teorias para explicar o concurso de pessoas:
A Teoria Pluralista;
A Teoria Dualista e,
A Teoria Monista.
	
	
 
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Teoria Pluralística 
	
	
	Pluralística (cumplicidade-delito distinto ou da autonomia da participação): para esta teoria – de caráter subjetivo – a participação é tratada como autoria ou crime autônomo. Cada qual realiza uma ação, à qual corresponde um evento e há um vínculo psicológico igualmente próprio.
Aos diversos delitos seus diversos autores.
	
	
 
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Teoria Dualística 
	
	
	Dualística: conforme essa orientação há dois delitos, opera-se uma distinção entre participação primária e uma participação secundária, punida com menor rigor.
	Há dois delitos, um para os autores, que realizam a atividade principal, o tipo legal de delito, e outro para os partícipes, aqueles que desenvolvem uma atividade secundária, e não a conduta nuclear descrita no tipo penal.
	
	
 
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Teoria Monística 
	
	
	Monística (unitária ou igualitária): como corolário da teoria da equivalência das condições, não faz ela qualquer distinção entre autor, co-autor e partícipe: todos os que concorrem para o crime são autores dele. A participação não é entendida como acessória.
	
	
	
 
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Teoria Monística 
	
	
	OBSERVAÇÃO:
	O Código Penal adota essa teoria, ainda que de forma matizada ou temperada, já que estabeleceu certos graus de participação e um verdadeiro reforço do princípio constitucional da individualização da pena. (na medida de sua culpabilidade).
	
	
 
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Teoria Restritiva 
	
	
	
	
	O Código Penal adotou a teoria restritiva da autoria, distinguindo autor de partícipe
	
	
 
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Conceitos 
	
	
	AUTOR: É quem executa o núcleo da conduta típica.
	Exemplo: aquele que mata; aquele que furta; aquele que estupra. 
	CO-AUTORIA: Ocorre quando várias pessoas realizam a conduta principal do tipo penal.
	PARTÍCIPE: É quem concorre de qualquer modo para a realização do crime, praticando atos diversos dos do autor.
	Exemplo: vigia a rua enquanto o autor furta bens da casa;
	Empresta a arma para a prática do homicídio; 
	
	
 
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Requisitos 
	
	
	SÃO OS SEGUINTES:
	a) Pluralidade de condutas;
	b) Relevância causal de cada uma;
	c) Liame subjetivo entre os agentes;
	d) Identidade de infração para todos os participantes.
	
	
 
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Referências Bibliográficas
BRANDÃO, Cláudio. Curso de Direito Penal – Parte Geral. 1ª ed. Companhia Editora Forense. Rio de Janeiro. 2008.
PRADO, Luiz Regis. Elementos de Direito Penal – Parte Geral. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais. 2005.
RODRIGUES, Maria Stella Villela Souto Lopes. ABC do Direito Penal. 13ª edição. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais. 2001.

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