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Faculdade de Integração do Sertão - FIS Componente Curricular: Direito Penal I Professor: Msc. Magno Antonio Leite Teoria das Penas 2 Quadro Sinóptico das Penas -Espécies Supressivas de vida (pena de morte) CORPORAIS de liberdade (prisão perpétua) Aflitivas Ofensivas da integridade física (torturas, açoites, lapidação, mutilações) Reclusivas PRIVATIVAS DA LIBERDADE Detentivas Prisão simples Prisão domiciliar RESTRITIVAS DA LIBERDADE Prisão vigiada INFAMANTES Ofensivas da honra PECUNIÁRIAS OU RESTRITIVAS DO PATRIMÔNIO Multa Confisco 2 Cominação - Aplicação Existem duas espécies de sanção penal: Pena, aplicada aos agentes imputáveis; Medida de segurança, aplicada aos agentes inimputáveis por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Observação: As medidas sócio-educativas, previstas pelo ECA (Lei nº 8.069/90), não constituem sanção penal, mas, iniciativas visando a ressocialização do menor e sua inserção no meio social. 3 Cominação - Aplicação Para Sebastian Soler, pena é uma sanção aflitiva imposta pelo Estado, por meio de ação penal, ao autor de infração (penal), como retribuição de seu ato ilícito, consistente na diminuição de um bem jurídico, cujo fim é evitar novos delitos. (Derecho penal argentino, Buenos Aires: TEA, 1978, v.2, p. 342). Finalidades da pena: Em tese apresenta uma finalidade mista: retribuição e prevenção. Retribuição, porque estabelece uma punição, consistente em um mal (diminuição de um bem jurídico) imposto ao autor da infração penal. Prevenção, (geral e especial) porque visa evitar a prática de novas infrações. 4 Cominação - Aplicação Características da Pena: É personalíssima, só atingindo o autor do delito; Sua aplicação é disciplinada pela lei; É inderrogável, no sentido de certeza de sua aplicação; É proporcional ao crime. Espécies de Pena estabelecidas pelo CP (art. 32) Privativas de liberdade; Restritivas de direitos; Multa. 5 Cominação - Aplicação Espécies de Pena estabelecidas pela CF-88( art. 5º,XLVI). Privação ou restrição de liberdade; Perda de bens; Multa; Prestação social alternativa; Suspensão ou interdição de direitos. NÃO HAVERÁ penas: de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; de caráter perpétuo; de trabalhos forçados; de banimentos e cruéis. 6 Cominação - Aplicação Regimes Prisionais : Regime fechado, no qual, a pena privativa de liberdade é executada em estabelecimento de segurança máxima ou média. Regime semi-aberto, no qual o a pena privativa de liberdade é executada em colônia agrícola, industrial ou em estabelecimento similar; Regime Aberto, no qual a pena privativa de liberdade é executada em casa de albergado ou estabelecimento adequado. 7 Cominação - Aplicação Regras do Regime Fechado: O condenado será submetido a exame criminológico de classificação para que se possa individualizar a execução (arts. 34, caput, do CP e 8º, caput da Lei de Execução Penal – Lei nº 7.210/84); O condenado ficará sujeito a trabalho no período diurno e isolamento durante o repouso noturno; O trabalho será em comum, dentro das aptidões do condenado, podendo haver trabalho externo em serviços e obras públicas (arts. 34 e 39 do CP e 28 a 37 da LEP) 8 Cominação - Aplicação Regras do Regime Semi-Aberto: O sentenciado será submetido a exame criminológico de classificação para que se possa individualizar a execução (arts. 35, do CP e 8º, parágrafo único da LEP), ficando sujeito a trabalho em comum durante o período diurno em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; É admissível o trabalho externo, assim como a frequência a cursos supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior (arts. 39 do CP e 28 a 37 da LEP). 9 Cominação - Aplicação Regras do Regime Aberto: Segundo o art. 36, caput, do Código Penal, o regime aberto baseia-se na autodisciplina e no senso de responsabilidade do condenado; Nesse regime, poderá o condenado, trabalhar fora do estabelecimento prisional e sem vigilância, frequentar cursos ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga. (art. 36, § 1º, do CP). Observe os arts. 113 a 116 da LEP. 10 Cominação - Aplicação Prisão-albergue Domiciliar: A LEP fixa, como regra, o cumprimento da pena privativa de liberdade em regime aberto na casa do albergado, e como exceção, o cumprimento em prisão-albergue domiciliar. De acordo com o art. 117 da LEP somente se admitirá o recolhimento em residência particular quando se tratar de: (STJ x STF) condenado maior de 70 anos; condenado acometido de doença grave; condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; condenada gestante 11 Cominação - Aplicação Regime Especial: A Lei de Execução Penal dispõe no § 1º do art. 82, alterado pela Lei nº 9.460 de 4 de junho de 1977, “ a mulher e o maior de 60 (sessenta) anos, separadamente, serão recolhidos a estabelecimento próprio e adequado à sua condição pessoal”. No mesmo sentido o art. 37 do CP. 12 Cominação - Aplicação Regime Disciplinar Diferenciado - RDD: “O regime disciplinar diferenciado foi concebido para atender às necessidades de maior segurança nos estabelecimentos penais e de defesa da ordem pública contra criminosos que, por serem líderes ou integrantes de facções criminosas, são responsáveis por constantes rebeliões e fugas ou permanecem, mesmo encarcerados, comandando ou participando de quadrilhas ou organizações criminosas atuantes no interior do sistema prisional e no meio social”. (Mirabete, 2004, p.149). 13 Cominação - Aplicação Características do Regime Disciplinar Diferenciado: Previsto no art. 52 da LEP, com redação que lhe foi dada pela Lei nº 10.792/2003, o RDD tem as seguintes características: Duração máxima de 360 (trezentos e sessenta) dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; Recolhimento em cela individual; Visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; O preso terá direito à saída da cela por duas horas diárias para banho de sol. 14 Cominação - Aplicação Aplicação da Pena: Atualmente a sistemática do CP , concede ao Juiz certo arbítrio em relação à aplicação da pena, não apenas no que se refere à quantidade, mas também no que pertine à escolha entre as penas alternativamente cominadas e à faculdade de aplicar cumulativamente as penas de espécies diversas. Para Magalhães Noronha (1977, p. 248), o julgador não pode limitar-se à apreciação exclusiva do caso, mas tem de considerar também a pessoa do criminoso para individualizar a pena. 15 Suspensão Condicional CONCEITO: “A suspensão condicional da pena, ou sursis, é uma medida jurisdicional que determina o sobrestamento da pena, preenchidos que sejam certos pressupostos legais e mediante determinadas condições impostas pelo magistrado”. (ANDREUCCI, 2008, p. 119). Segundo o que dispõe o CP nos arts. 77 a 82, o juiz, ao condenar o réu, pode suspender a execução da pena privativa de liberdade, por um período de 2 a 4 anos. Essa pena privativa de liberdade não pode ser superior a 2 (dois) anos. 16 Suspensão Condicional Sistemas: Existem dois sistemas a respeito do sursis. Sistema anglo-americano, onde o juiz suspende a ação penal e o período de prova é cumprido sem que haja sentença condenatória, que não é proferida, devendo ficar sujeito à fiscalização; Sistema belga-francês, adotado pelo Brasil, no qual o juiz condena o réu, determinando a suspensão condicional da execução da pena privativa de liberdade. 17 Livramento Condicional Previsão legal previsto nos artigos 83 a 90 do CP e 131 a 146 da Lei de Execução Penal. O Livramento Condicional pressupõe, essencialmente, o reajustamento social do condenado, porque seu comportamento carcerário e suas condições revelam que os fins reeducativos da pena foram atingidos. A concessão do Livramento Condicional está subordinada ao cumprimento de requisitos de ordem objetiva e subjetiva. 18 Livramento Condicional Condições: No momento da concessão do Livramento Condicional, o juiz deve especificar as condições a que fica subordinado o benefício. Existem dois tipos de condições: Condições legais – obrigatórias Condições judiciais – facultativas, que podem ser impostas ao liberado ao critério do juiz. 19 Livramento Condicional O Livramento Condicional, estará sujeito ainda aos seguintes institutos jurídicos: Revogação – que poderá ser obrigatória ou facultativa. Restauração; Prorrogação; Extinção 20 Efeitos da Condenação Os efeitos da condenação se encontram relacionados nos artigos 91 e 92 do CP. Devemos destacar os efeitos secundários de natureza Extrapenal; Efeitos civis; Efeitos administrativos; Efeitos políticos 21 Reabilitação O instituto da Reabilitação vem tratado nos artigos 93 a 95 do CP. Reabilitação é a declaração judicial de que estão cumpridas ou extintas as penas impostas ao sentenciado, que assegura o sigilo dos registros sobre o processo e atinge os efeitos da condenação. A Reabilitação também está sujeita ao instituto da revogação. (Artigo 95 do CP e Artigo 750 do CPP) 22 Referências Bibliográficas ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Manual de Direito Penal. 4ª ed. reformulada, São Paulo, Saraiva, 2008. MIRABETE, Julio Fabbrini. Execução Penal: comentários à Lei nº 7.210, de 11-7-84, 2ª ed.. São Paulo. Atlas S.A . 2004. NORONHA, E. Magalhães. Direito Penal. 32ª ed..São Paulo. Saraiva. 1997. 23
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