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Resumo – Prova semestral 1. Introdução - Parte Geral do Código Civil - Pessoas - Sujeitos de direitos e deveres (personalidade jurídica) - Bens - Objetos de direito, materiais ou imateriais - Fato jurídico - Fatos que, uma vez verificados, produzem conseqüências juridicamente relevantes, tais como aquisição de direitos, extinção de direitos e modificação de direitos 2. Pessoas - São divididas em dois grupos - Pessoa natural ou física - Ser humano como substrato - Pressupõe o nascimento com vida - Pessoa jurídica - Organização como substrato - Pressupõe hábitos de surgimento da organização 2.1. Pessoas naturais 2.1.1. Personalidade jurídica - Aptidão para ser titular de direitos, obrigações e status - Diferente de capacidade jurídica - Personalidade jurídica corresponde a substância (quid), enquanto a capacidade jurídica corresponde a medida (quantum) - Varia de acordo com alguns critérios, como idade e saúde mental - Art. 3 “São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: os menores de dezesseis anos; os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade” - Pode ser de gozo ou de direito 2.1.2. Direitos do nascituro - Art. 2 “A personalidade civil da pessoa começa no nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro” - Nascituro => Embrião que ainda não nasceu - In vivo - In vitro => Proveta - Congelado - Diferente de prole eventual (que ainda não foi concebida) - Personalidade jurídica é a mesma de qualquer pessoa, porém a capacidade jurídica é nula - Direitos reconhecidos do nascituro - Garantias para o seu desenvolvimento pleno (pré-natal, alimentação, lazer) => Lei dos alimentos gravídicos (Lei 11.804/2008) - Direito ao reconhecimento - Art. 1609 “O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito: no registro do nascimento; por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório; por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes” - Autoridade do curador - Art. 1778 “A autoridade do curador estende-se à pessoa e aos bens dos filhos do curatelado” - Art. 1779 “Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer estando grávida a mulher, e não tendo o poder familiar. Se a mulher estiver interdita, seu curador será o do nascituro” - Adoção de nascituro - Reconhece-se implicitamente esse direito - Direito à herança - O nascituro é reconhecido como herdeiro legítimo - Teorias que justificam os direitos do nascituro - Teoria natalista => O nascituro não tem personalidade, ou seja, direitos e deveres, pois a mesma só começa a partir do nascimento com vida. Tal teoria não é adotada pelo Código Civil brasileiro - Teoria da personalidade condicional => Reconhece os direitos desde a concepção contanto que o nascituro nasça com vida. Traz em si um paradoxo, pois os direitos fundamentais não são retroativos - Teoria concepcionista => A personalidade existe desde o momento da concepção e não se sujeita a quaisquer condições. O nascituro é parte legítima para pleitear seus direitos, sendo representado pela mãe. É a teoria adotada pelo Código Civil brasileiro 2.1.3. Interdição - Art. 1767 “Estão sujeitos s curatela: aqueles que, por enfermidade mental ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil; aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade; os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos; os excepcionais sem completo desenvolvimento mental; os pródigos” - Restrição de direitos imposta judicialmente, que torna a pessoa relativamente ou totalmente incapaz - Causa pode ser duradoura (enfermidade, alcoolismo) ou temporária (prodigalidade) - Efeitos da sentença interditória - Produz efeitos logo depois de ser publicada - Pode ser ex nunc (interdição após decisão judicial) ou ex tunc (retroage para desde o início da enfermidade) 2.1.4. Lei de registros públicos (6.015/1963) - Art. 29 “Serão registrados no Registro Civil de Pessoas Naturais: os nascimentos; os casamentos; os óbitos; as emancipações; as interdições; as sentenças declaratórias de ausência; as opções de nacionalidade; as sentenças que deferirem a legitimação adotiva” - Pré-nome da pessoa é imutável, salvo para retificar erro gráfico ou nomes ridículos - Nome => Pré-nome/ Patronímico 2.1.5. Ausência - Denomina-se ausência o desaparecimento da pessoa de seu domicílio, sem que se saiba onde ela se encontra e dela também não se tenha notícia - Processo dividido em três etapas - Curadoria de bens do ausente (art. 22 a 25) - Sucessão provisória (art. 26 a 36) - Sucessão definitiva (art. 37 a 39) - Preocupações do legislador - Preservar os bens do ausente - Preocupação com relação aos herdeiros quando a ausência se prolonga - Exige uma sentença declaratória do juiz, registrada em registro público - Art. 9 “Serão registrados em registro público: os nascimentos, casamentos e óbitos; a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; a sentença declaratória de ausência e de morte presumida” 2.1.6. Parte geral dos direitos da personalidade - São direitos subjetivos que tem por objeto os bens e valores essências da pessoa, no seu aspecto físico, moral e intelectual -São titulares de tal direito todos os seres humanos, desde a concepção, seja ela natural ou assistida. Extingue-se com a morte, o que não impede o reconhecimento de manifestações de personalidade post-mortem - Características - São inerentes à pessoa, intransmissíveis, inseparáveis do titular. Extinguem- se com a morte do titular - São absolutos (erga omnes), indisponíveis (impossível aliená-lo), imprescritíveis (não há prazo para o seu exercício), extrapatrimoniais (não avaliáveis em dinheiro, salvo os direitos de autor e de propriedade industrial) - Objeto dos direitos da personalidade é o bem jurídico da personalidade (valores como: vida humana, o corpo na sua integridade, a liberdade, a imagem, o nome, etc.) -Direito geral de personalidade se constrói a partir do princípio fundamental da dignidade humana (positivação de um valor jurídico constitucionalmente reconhecido) *Pessoas jurídicas tem direitos de personalidade reconhecidos - Art. 52 “Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade - A pessoa jurídica tem um patrimônio (honra objetiva) a zelar => Abalo de crédito 2.2. Pessoas jurídicas - Classificação das pessoas jurídicas - Direito público - Interno => Art. 41 “São pessoas jurídicas de direito público interno: a União; os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; os Municípios; as autarquias, inclusive as associações públicas; as demais entidades de caráter público criadas por lei” - Externo => Art. 42 “São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público” - Direito Privado - Art. 44 “São pessoas jurídicas de direito privado: as associações; as sociedades; as fundações; as organizações religiosas; os partidos políticos” - Natureza das pessoas jurídicas - Teoria da ficção (Savigny/Jhering) - São sujeitos de direito que, muito embora, tecnicamente, não sejam pessoas naturais, são tratadas como se fossem a fim de permitir o alcance de certos objetivos humanos - Ficção está em atribuir personalidade a certos conjuntos de bens ou em ver nas sociedades/associações uma pessoa distintade seus membros - Pessoa jurídica dotada de capacidade limitada, restrita ao campo civil - Teorias negativistas - Levam a ultima instância a idéia da ficção. Para Brinz, a essência da pessoa jurídica não é uma pessoa, e sim um patrimônio (patrimônio de afetação). Para Duguit e Planiol, trata-se de uma propriedade coletiva - Teorias realistas - Busca evidenciar a realidade pré-jurídica existente na pessoa jurídica, ou seja, procurar demonstrar que o direito não cria a pessoa jurídica, apenas reconhece e representa algo que já existe 2.2.1. Associações (art. 53 a 61) - União de pessoas sem finalidade econômica - Pode ter lucro, mas permanece fazendo parte do patrimônio da associação - Limitações legais para a remuneração dos administradores - Equidade entre os associados - Mas permite a existência de categorias entre os associados - Assembléia geral - Deliberação dos assuntos importantes - Representação legal 2.2.2. Fundações (art. 62 a 69) - Baseadas na união de bens sem fins lucrativos - Patrimônio suficiente para atingir os fins desejados - Necessidade de escritura pública - Extinção nos casos de ilicitude, impossibilidade ou inutilidade - Após a extinção, o patrimônio passa a ser propriedade do Estado ou segue o destino determinado pelo instituidor 2.2.3. Sociedade (art. 981 a 985) - Sempre tem por objetivo uma atividade econômica, empresarial ou não - Partilha dos resultados - Distribuição dos lucros (dividendos) - Constitui uma diferenciação entre sociedade e associações - Duração - Por tempo indeterminado - Para um determinado empreendimento - Por tempo determinado 2.2.4. Aquisição da personalidade jurídica - Procedimental - Art. 45 “Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo” - Ato constitutivo - Fato jurídico => Previstos por normas que prevêem uma conseqüência jurídica - Negócio jurídico => Declaração de vontades destinada a produção de efeitos jurídicos (contratos, testamentos) - Intervivos => Destina-se a produzir efeitos durante a vida do agente - Mortis causa => Destina-se a produzir efeitos após a morte do agente - Para associações e fundações, é chamado de estatuto; já para sociedades, é chamado de contrato social - Fiscalização realizada pelo Ministério Público - Documento sempre celebrado por escrito => Escritura pública * Negócios jurídicos podem ser unilaterais (constituído por apenas uma parte), bilaterais (constituídos por duas partes) ou plurilaterais (constituído por mais de duas partes) * Contratos são negócios jurídicos bi ou plurilaterais que produzem efeitos patrimoniais => Conflito de interesses entre as partes - Registro - Tem eficácia constitutiva - É possível que existam sociedades sem personalidade jurídica - Responsabilidade jurídica recai sobre o patrimônio dos sócios - Atuação da pessoa jurídica - Por meio de órgãos => Estruturas permanentes de organização que permitem que a pessoa jurídica se autodetermine - Órgãos deliberativos => Assembléia societária - Órgãos administrativos => Diretorias - Órgãos fiscalizadores => Conselho fiscal 2.2.5. Desconsideração da personalidade jurídica - Art. 50 “Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidas aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica” - Princípio da separação patrimonial - O patrimônio da pessoa jurídica não se confunde com o dos administradores - Responsabilidade limitada à fração do capital social detido pelo sócio - Tal princípio enseja uma série de fraudes, prejudicando terceiros - Diferente de despersonalização - Extinção da pessoa jurídica - Suspensão da vigência do princípio da separação patrimonial para a resolução de um caso concreto - Responsabilização daqueles que cometeram ilicitudes por meio da pessoa jurídica - Duas correntes doutrinárias - Subjetiva => Abuso consciente da personalidade jurídica (ex.: um indivíduo endividado transfere seu patrimônio à uma pessoa jurídica tornando-se insolvente) - Objetiva => Resultado deve ser prejudicial a terceiros - O Código Civil adota a corrente objetiva - Abuso => Uso além dos limites estabelecidos pela lei (propriedade, greve, contrato) - Art. 187 “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes” - Confusão patrimonial => Confusão entre esferas patrimoniais (sócio e pessoa jurídica) - Subcaptalização => Aporte de capital menor do que o necessário para atingir seu fim - Desvio de personalidade => Prática estranha a finalidade determinadas para a pessoa jurídica - Teorias da desconsideração - Teoria maior (art. 50) - Teoria menor - Menos requisitos para a desconsideração da personalidade jurídica - Prova de insolvência da pessoa jurídica (art. 28 do CDC) *Princípio da boa-fé - Subjetiva - Estado psicológico - Desconhecimento de vícios do negócio jurídico - Objetiva - Padrão de comportamento presente na sociedade - Funções práticas - Interpretativa => Atribuição de sentido razoável a determinado texto - Criativa => Criação de deveres inerentes ao negocio jurídico, mesmo que não previstos nele - Corretiva => Usada para corrigir certas irregularidades do negócio jurídico *O art. 50 do CC deve ser interpretado de maneira objetiva ou subjetiva? - Tal artigo não faz nenhuma referência a elementos subjetivos - Consagra parâmetros objetivos para aferir o abuso de direito - Finalidade econômica e social - Boa-fé ou bons costumes 2.2.6. Extinção da pessoa jurídica - Procedimento para extinguir a pessoa jurídica - Dissolução (art. 1032 a 1038) - Convencional => Advém de um acordo voluntário entre as partes - Deliberação entre os sócios ou associados - Se o prazo é determinado, a pessoa jurídica pode ser dissolvida por unanimidade ou pelo vencimento do prazo - Se o prazo é indeterminado, é necessária a maioria absoluta *Maioria absoluta = Metade mais um dos sócios existentes *Maioria simples = Metade mais um dos sócios presentes - Legal => Suspensão da permissão pública para o funcionamento da pessoa jurídica - Quando o fim da pessoa jurídica se exaure, se impossibilita ou se torna ilegal - Dissolução parcial - Não há extinção da pessoa jurídica - Fim dos vínculos da pessoa jurídica com um de seus sócios => Uma pessoa jurídica unipessoal tem apenas seis meses para encontrar novos sócios, sob a ameaça de ser dissolvida por completo - A dissolução deve se tornar pública (art. 51) - Liquidação (art. 1102 a 1112) - Período posterior a dissolução, no qual ainda existe a personalidade jurídica - Responsabilidades dos liquidantes - Apurar os ativos (bens) e passivos (dívidas) da pessoa jurídica => Inventário - Satisfazer as dívidas aos credores - Destinar os bens a quem a lei estabelecer => Partilha - No caso das associações, o patrimônio será destinado a instituições de fins não-econômicos, determinadas pelo estatuto, ou a instituições públicas (art. 61) - No caso das fundações, o patrimônio será incorporado por outra fundação com fins semelhantes (art. 69) - Cancelamento de registro (art. 51) - Após o encerramento da liquidação - Dissolução irregular - A pessoa jurídica não existe mais na prática, porém o cancelamento não foi efetuado - Desconsideração da pessoa jurídica 3. Domicílio (art. 70 a 78) - Aplica-se às pessoas físicas e jurídicas - Localizaçãojurídica das pessoas *Pagamento => Realização da prestação de um serviço - Noção do direito => Residência fixa com ânimo definitivo - Elemento objetivo => Residência fixa - Elemento subjetivo => Ânimo definitivo - Noções fáticas - Paradeiro => Local onde as pessoas estão em dado momento (art. 73 + art. 94 CPC) - Morada/ habitação => Local onde a pessoa mora provisoriamente (pousada eventual) - Residência => Exige estabilidade, permanência 3.1. Mudança de domicílio (art. 74) - Domicílios da pessoa física - Unidade domiciliar (art. 70) - Pluralidade domiciliar (art. 71) - Os efeitos jurídicos do domicílio aplicam-se nas duas ou mais residências (art. 91 CPC) - Se não há residência habitual, o domicílio corresponde ao paradeiro do indivíduo (art. 73) - Classificações - Geral => relevante para uma generalidade das relações jurídicas do agente - Especial/ particular => Relevante para uma determinada relação jurídica (art. 72) - Voluntária => Que advém da vontade do indivíduo - Necessária/ legal => A lei estabelece que tenham domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso (art. 76) - Domicílio contratual ou eletivo (art. 78) - Para o exercício dos direitos e obrigações advindos de um contrato, as partes podem estabelecer um determinado domicílio - Cláusula de eleição de foro => Quando as partes determinam onde as demandas serão propostas - Domicílios da pessoa jurídica (art. 75) - Direito público => Sede da unidade governamental - Direito privado => Sede prevista nos atos constitutivos daquela pessoa jurídica 4. Bens - Objetos de relações jurídicas ou de outras situações juridicamente relevantes - Objetos de direitos patrimoniais - Direitos reais => Direito absoluto e exclusivo sobre um bem material - Direitos obrigacionais ou de crédito => Direito do credor para exigir a prestação de obrigações ou créditos do devedor 4.1. Classificações - Bens considerados em si mesmo - Bens imóveis (art. 79, 80, 81) - Bens móveis (art. 82, 83, 84) - Semoventes => Capacidade de movimento próprio - Inanimados => Cujo movimento depende de força alheia - Bens móveis por antecipação (doutrina) => São certas partes integrantes de um imóvel que estão na iminência de serem mobilizadas ou que se destinam a ser mobilizadas - Bens fungíveis (art. 85) - Bens fungíveis podem se tornar infungíveis de acordo com determinadas características do bem; o contrário também é válido *Tipos de empréstimo - Mútuo - Tem por objeto um bem fungível - Acarreta transmissão de propriedade - Pode ser gratuito ou oneroso - Comodato - Tem por objeto um bem infungível - Acarreta transmissão da posse - Sempre gratuito - Bens consumíveis - Tipos de consumibilidade - Material/natural => Bem cuja substância é destruída com o uso - Jurídica => Destinados à alienação - Bens divisíveis (art. 87, 88) - Para bens divisíveis, não há direito de preferência para a alienação de uma parte ideal. Já para bens indivisíveis, há esse direito - Extinção da co-propriedade (art. 1322) - Para bens divisíveis, pode-se dividir a propriedade entre as partes - Para bens indivisíveis, a propriedade é dividida através de venda judicial (leilão) - Bens singulares (art. 89) - Bens considerados per si, mesmo que reunidos, independentemente dos demais - Bens coletivos (art. 90, 91) - Conjunto de bens que deve ser tratado como um todo (coletividade ou universalidade) - Subrogação => A alteração de parte do coletivo não altera a essência da estrutura do bem - Real => Dinâmica da coletividade, substituição de bens - Universalidade de fato => Bem unitário de fim único - Universalidade de direito => Complexo de relações jurídicas - Bens reciprocamente considerados - Relação de acessoriedade que pode unir certos bens - Bem principal e acessório (art. 92) - Bem principal é aquele cuja existência e destino independem de outros bens; já bem acessório é aquele cuja existência e destino são subordinados ao bem principal - Princípio de que o acessório segue o principal (art. 223, 1209, 1232) => Gravitação jurídica - Se aplica tanto para bens materiais, quanto para bens imateriais - Pertenças (art. 93, 94) - Não há uma ligação ontológica entre os bens; é uma relação econômica entre eles (ex.: moldura de quadro, máquinas em uma fábrica) - Fruto (art. 95) - São as utilidades que o bem produz periodicamente sem prejudicar sua substância - Podem ser naturais (gerados por si mesmo), industriais (energia) ou civis (juros) - O usufruto contempla os frutos (art. 1394) - Vínculo com o bem principal - Pendentes => Que ainda não se separaram do bem principal (parte integrante) - Percebidos => Que já se destacou do bem principal - Frutos civis são percebidos dia-a-dia (art. 1215) - Precipiendos => Que poderiam ser recolhidos, mas ainda não foram - Estantes => Colhidos e armazenados - Consumidos => Que não existem mais - Possuidores de boa-fé podem perceber os frutos do bem até o momento que o proprietário se manifesta; depois disso, ele responde pela percepção dos mesmos (art. 1216) - Produtos - A retirada dos produtos implica na diminuição da substancia do bem (ex.: mineração) - No usufruto, os produtos não podem ser percebidos, colhidos - Benfeitorias (art. 96, 97, 1219, 1220) - Obras ou despesas feitas no bem com a finalidade de conservação (necessárias), aprimoramento (úteis), ou embelezamento (voluptuárias) - Locação (art. 578 + art. 36, 37 da Lei do Inquilinato) - Como regra-geral, o locatário não tem nenhum direito à indenização sobre nenhum tipo de benfeitoria - Como exceção, o inquilino tem direito a indenização sobre benfeitorias necessárias, úteis – se autorizadas – e podem levantar as voluptuosas => Norma dispositiva Caderno por Mateus Maia 184-XII Revisão por Rodrigo Maluf 184-XI
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