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Aula 03 - Definição de Administração Pública

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DEFINIÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Sentido objetivo: designa a natureza da atividade exercida pelos entes Administrativos, nesse sentido a Administração Pública é a própria função administrativa que incumbe predominantemente ao Poder Executivo.
 São atividades exercidas pela administração: 
 a) fomento
 b) policia administrativa
	c) serviço publico
	d) intervenção (reconhecida por parte da doutrina)
DEFINIÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Sentido subjetivo: designa os entes que exercem a atividade administrativa, compreende pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos incumbidos de exercer a função administrativa.
 Compõe Administração Pública:
 1) Administração Direta: União, Estados Membros, Municípios e Distrito Federal;
 2) Administração Indireta: Autarquias, Empresas Publicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações Publicas. 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GOVERNO
Função de Governo: é a que se relaciona com a superior gestão da vida politica do Estado e indispensáveis a sua própria existência. 
Função administrativa: é aquela predisposta à gestão dos interesses da coletividade, através de comandos infra-legais ou infraconstitucionais. 
Regime jurídico Administrativo
Regime jurídico: é o conjunto de regras que disciplina um instituto.
Regime jurídico administrativo: é o conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração e que não se encontram nas relações entre particulares. (Maria Sylvia Di Pietro).
“as normas do direito administrativo caracterizam-se, em face das do direito privado, seja porque conferem à Administração prerrogativas sem equivalente nas relações privadas, seja porque impõem à sua liberdade de ação sujeições mais estritas do que aquelas a que estão submetidos os particulares”. (Rivero, 1973:35).
O regime jurídico administrativo foi construído a partir de dois grandes princípios: Supremacia do interesse público sobre os interesses privados e indisponibilidade do interesse público. 
Princípios Administrativos
	“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”
Princípios Constitucionais Explícitos ou Expressos 
Legalidade
Impessoalidade 
Moralidade
Publicidade
Eficiência
Principio da legalidade
Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei (art. 5.º, II, da CF). 
Principio da Legalidade significa para a Administração Pública que está só pode fazer o que a lei permite (Hely Lopes Meirelles).
O princípio da legalidade representa uma garantia para os administrados, pois qualquer ato da Administração Pública somente terá validade se respaldado em lei. Representa um limite para a atuação do Estado, visando à proteção do administrado em relação ao abuso de poder.
Exceções:
Medidas provisórias: são atos com força de lei, mas o administrado só se submeterá ao previsto em medida provisória se elas forem editadas dentro dos parâmetros constitucionais, ou seja, se presentes os requisitos da relevância e da urgência. 
Estado de sítio e estado de defesa: são momentos de anormalidade institucional. Representam restrições ao princípio da legalidade porque são instituídos por um decreto presidencial que poderá obrigar a fazer ou deixar de fazer mesmo não sendo lei.
Principio da Impessoalidade
Dupla interpretação (segundo Maria Sylvia Di Pietro)
Em relação aos administrados – relaciona-se com a finalidade publica.
A Administração Pública não poderá atuar discriminando pessoas de forma gratuita, ou seja, a Administração Pública deve permanecer numa posição de neutralidade, pois a atividade administrativa deve ser destinada a todos os administrados, sem discriminação nem favoritismo, constituindo assim um desdobramento do princípio geral da igualdade, art. 5.º, caput, CF
Em relação a Administração – os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário ou a autoridade, mas ao órgão ou entidade administrativa, ou seja, as realizações governamentais não são do agente, mas da entidade publica que a produziu.
“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos devem ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.” (art. 37, § 1º, da CF).
 
Princípio da moralidade
Moral jurídica - “é o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração, assim o agente administrativo deve saber distinguir o bem do mal, o honesto do desonesto, e ao atuar não poderá desprezar o elemento ético de sua conduta, não podendo decidir apenas se o ato é legal ou ilegal, justo ou injusto, conveniente ou inconveniente, mas também se é honesto ou desonesto.” (Hely Lopes Meirelles, segundo Mauricio Hauriou).
Normas consagradoras: 
Lei 9.784/ 99 – regulamenta o Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.
Lei 8.429/92 - dispõe que todo aquele que objetivar algum tipo de vantagem patrimonial indevida, em razão de cargo, mandato, emprego ou função que exerce, estará praticando ato de improbidade administrativa. São exemplos: usar bens e equipamentos públicos com finalidade particular; intermediar liberação de verbas; estabelecer contratação direta quando a lei manda licitar; vender bem público abaixo do valor de mercado; adquirir bens acima do valor de mercado (superfaturamento).
Instrumentos para combater atos de improbidade: Ação Popular, art. 5.º, LXXIII, da CF e Ação Civil Pública, Lei n. 7347/85, art. 1.º, desde que neste caso o interesse seja difuso.
Sanções aplicáveis (art.37, § 4.º, da CF): suspensão dos direitos políticos; perda da função pública; indisponibilidade dos bens; ressarcimento ao erário.
Principio da Publicidade
A Publicidade possui dois aspectos: 
Exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia do ato;
Exigência de transparência da atuação administrativa. 
Definição: Indica que os atos da Administrativos merecem a mais ampla divulgação possível entre os administrados, isso porque constitui fundamento do principio propiciar-lhes a possibilidade de controlar a legitimidade da conduta dos agentes administrativos (José dos Santos Carvalho Filho).
Direito dos administrados à informação: Art. 5º da CF
	 XIV: “é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário o exercício profissional”
 	XXXIII: “Todos tem direito de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse pessoal, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.”
Habeas data e mandado de segurança	
Principio da Eficiência
Emenda constitucional 19/98 
Definição: aquele que exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento. (Hely Lopes Meirelles) 
Noção de Administração Gerencial – propõe que a Administração Pública se aproxime o mais possível da administração das empresas do setor privado.
Segundo Maria Sylvia Di Pietro esse principio possui dois aspectos:
 1) pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente – do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para alcançar melhores resultados;
 2) e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Publica, também em busca de alcançar melhores resultados na prestação dos serviços públicos. 
Princípio da Eficiência no Judiciário – EC 45/2004 - Inciso LXXVIII, art. 5º da CF: “ a todos, no âmbito judicial ou administrativo, são assegurados a razoável duração do processo, e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”

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