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A Propriedade Horizontal no Direito Romano (Marchi) Opiniões dos autores citados (compilação). Resumo do BestSeller por Felipe Varroni (179NI) Biondi (reconhece a existência da propriedade horizontal no Direito Romano) IUS CIVILE - Impossível transferir a propriedade da superfície ou constituir sobre ela um direito real separadamente do dominum soli. - Possível constituir atos com efeitos obrigacionais (direito de gozo da superfície). DIREITO PRETORIANO - Superfície é instituto especial, reconhecida como entidade distinta do solo. - Superfície como tutela real erga omnes como qualquer direito real, sendo objeto de posse separadamente do solo, suscetível de transferência inter vivos ou mortis causa a terceiros e poderia ser objeto de uso, usufruto e penhor. - Logo, o superficiário teria propriedade da superfície substancialmente, porém não formalmente. DIREITO JUSTINIANEU - Propriedade superficiária reconhecida abertamente. - Superficies solo cedit derrogável. - Vinculação solo-superfície teria estrutura de servidão Pugliese (nega a existência da propriedade horizontal no Direito Romano) IUS CIVILE - Inderrogável o princípio superficies solo cedit. DIREITO PRETORIANO - Tutela real pretoriana não é dirigida apenas ao superficiário. DIREITO JUSTINIANEU - Inderrogável o princípio superficies solo cedit. - Refuta a tese da servidão. Branca (considera Biondi e Pugliese muito extremistas) DIREITO JUSTINIANEU - Havia tendência (possibilidade) a reconhecer a propriedade superficiária (ou, em outras palavras, havia tendência a considerar proprietário o titular de um direito de superfície). Pastori (admitia uma tendência implícita no ordenamento a conferir natureza real à superfície) IUS CIVILE - Impossível a derrogação do princípio superficies solo cedit. - Logo, direito de gozo de superfície não equivaleria a direito real sobre coisa alheia. DIREITO PRETORIANO - Havia ações reais para proteger o superficiário contra terceiros. O proprietário podia ceder essas ações reais ao titular do direito de gozo da superfície. Caracteriza uma evolução do conceito de direito de superfície. DIREITO JUSTINIANEU - Não havia reconhecimento expresso ou formal da propriedade superficiária. - A propriedade superficiária era, então, um pressuposto ideológico que orientava os compiladores. - Superfície podia ser considerada um direito real sobre coisa alheia. Solazzi (reconhecimento da propriedade superficiária independentemente da discussão de superfícies) DIREITO JUSTINIANEU - Era reconhecida a propriedade superficiária. - Princípio superficies solo cedit derrogável por vontade das partes. - Propriedade poderia ser pura (alienação da coisa) ou superficiária (alienação de um direito real de superfício sobre coisa própria). - A verdadeira superficies seria um direito real que qualquer proprietário poderia constituir sobre o que é seu, e estaria entre as servidões (não prediais, mas sim de direito real sobre o edifício). Sitzia (confirmava a tese de Pugliese, contrária ao reconhecimento da propriedade superficiária no Direito Romano) DIREITO JUSTINIANEU - Contrária à idéia do reconhecimento da propriedade superficiária até mesmo no Direito Justinianeu, confirmando a tese de Pugliese. - Seu principal argumento é que os textos da compilação justinianéia não parecem equivaler direito de superfície e propriedade do edifício. - Considera impossível transferência da propriedade do edifício independentemente do solo. - Considerava possível o direito de gozo da construção por parte de terceiro. DIREITO BIZANTINO - Superfície seria considerada como direito real sobre coisa alheia, semelhante à enfiteuse. - No Direito Bizantino tardio haveria a tendência não-categórica de reconhecimento da propriedade superficiária. Savigny e Lucci (contrários ao reconhecimento da propriedade horizontal) - Impossibilidade da propriedade separada dos diversos pavimentos de um edifício. - O único tipo de comunhão possível seria aquela pro indiviso, na qual cada condômino recebe uma parte ideal da coisa (Savigny). - Pavimento é passível apenas de direito de superfície, não de propriedade (Lucci). Pineles (crítico de Savigny) - Afirmava a ocorrência da communio pro diviso, inclusive sob a forma de propriedade horizontal, no Direito Romano. Riccobono (combate parcialmente a tese de Pineles) DIREITO PRETORIANO - Inderrogabilidade do princípio superficies solo cedit. DIREITO JUSTINIANEU - Revogável o princípio, admitindo propriedade separada de cada pavimento. Bonfante & Maroi (combatem totalmente a tese de Pineles) DIREITO PRETORIANO - Inderrogabilidade do princípio superficies solo cedit. DIREITO JUSTINIANEU - Inderrogabilidade do princípio superficies solo cedit, mantendo-se as tradições clássicas e não explicitando-se tratados sobre a propriedade horizontal. Serrao (adepto da tese de Pineles) DIREITO PRETORIANO - JUSTINIANEU - Princípio superficies solo cedit derrogado pela jurisprudência e pelos pretores. - “Communio pro indiviso” das escadas e do solo. Maschi (concorda com Biondi) IUS CIVILE - Princípio superficies solo cedit intangível. DIREITO PRETORIANO - Derrogado o princípio superficies solo cedit pela proteção real concedida a superficiário, configurando a superfície como entidade corpórea distinta do solo. DIREITO JUSTINIANEU - Plenamente admitida a propriedade separada dos pavimentos de um edifício, com pretor e jurisprudência derrogando o principio superficies solo cedit e constituindo communio pro indiviso das escadas e do solo. Propriedade Horizontal - Resumo OpiniSes
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