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Evidence Prime Office – Sala 1002 
Campo Grande – MS – Tel.: (067) 99615.1515/ 99224.7832/ 3305.1551 
nb@nbadvogados.adv.br / www.nbadvogados.adv.br 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DO JUIZADO ESPECIAL 
CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE/MS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JACQUELLINE NAHAS, brasileira, solteira, advogada, portadora do RG 
nº 001.629.629 SSP/MS, inscrita no CPF sob o nº 033.552.851-10, portadora do e-mail: 
jacnahas@hotmail.com, residente e domiciliada na Rua Junquilhos, n. 531, Bairro Cidade 
Jardim, CEP 79040-721, na cidade de Campo Grande – MS, por intermédio de seu procurador 
abaixo constituído, vem, perante Vossa Excelência, propor a presente: 
 
AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS 
 
em face de MERCADOPAGO.COM REPRESENTAÇÕES LTDA., empresa do grupo MercadoLivre, 
devidamente inscrita no CNPJ/MF sob o nº 10.573.521/0001-91, sociedade brasileira 
empresária limitada, com sede na Avenida das Nações Unidas nº 3003 - Bonfim, Osasco - SP, 
CEP 06233-903, pelos motivos que passa a expor: 
 
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Campo Grande – MS – Tel.: (067) 99615.1515/ 99224.7832/ 3305.1551 
nb@nbadvogados.adv.br / www.nbadvogados.adv.br 
 
I) DOS FATOS: 
No dia 26/04/2019, a autora realizou uma compra através do 
intermediador "Mercado Pago" (Operação 4713939195) no valor de R$ 4.715,10 (quatro mil 
setecentos e quinze reais e dez centavos) em 3 (três) parcelas de R$ 1.571,70 (hum mil 
quinhentos e setenta e um reais e setenta centavos) – valor já com juros tendo em vista o 
parcelamento - para pagamento de locação de um imóvel por temporada na cidade de Pipa 
(RN), do dia 27/12/2019 ao dia 03/01/2020, cujo aluguel foi realizado através de um 
"vendedor/corretor" de nome "Saldanha", para uma casa de nome “Cantinho do Beija-Flor”. 
 
 
Sendo assim, tendo em vista a segurança que a empresa requerida 
passou à requerente, a mesma definiu e optou por realizar tal pagamento através desta 
ferramenta, pois, de acordo com o site, haveria “tranquilidade na compra”, ou seja, este 
intermediador seria responsável em proteger o montante pago até o efetivo recebimento do 
produto e satisfação com a compra: 
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Campo Grande – MS – Tel.: (067) 99615.1515/ 99224.7832/ 3305.1551 
nb@nbadvogados.adv.br / www.nbadvogados.adv.br 
 
 
 
 
O valor total da casa era de R$ 9.000,00 (nove mil reais), devendo ser 
pago 50% (cinquenta por cento) no ato da locação (com acréscimo de juros, pois foi escolhida 
a forma de parcelamento em três vezes, perfazendo R$ 4.715,10) e o restante quando todo o 
pessoal chegasse ao local. 
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nb@nbadvogados.adv.br / www.nbadvogados.adv.br 
 
Inicialmente, foi celebrado contrato de locação entre a “proprietária” 
da casa, de nome “Cláudia da Silva Ferreira” (que, segundo o Sr. Saldanha – intermediador da 
locação – seria sua irmã) e a locatária Laura (amiga da requerente). 
Ocorre, Excelência, que no dia 29/04/2019 a compra foi autorizada 
pelo cartão de crédito American Express de final 1552 e, infelizmente, no dia 30/04/2019 
(menos de vinte quatro horas após a compra) a requerente descobriu que a verdadeira 
proprietária da casa seria a Sra. "Ornella", italiana que não reside no Brasil, mas possui essa 
casa para locação durante o ano, e não a Sra. Cláudia como dito inicialmente. Sendo assim, a 
requerente passou a investigar o ocorrido e descobriu tratar-se de um GOLPE. 
Após algumas buscas, foi localizada a casa através do site Booking e, 
a partir daí, localizou-se a rede social da mesma bem como seu número telefônico e, ao entrar 
em contato, confirmou ser realmente a proprietária da casa, bem como não conhecia esse 
corretor de nome Saldanha (prints anexos), muito menos a Sra. Cláudia, que se passava por 
proprietária. Ainda, afirmou que já havia locado a propriedade no período desejado para outra 
pessoa, de nome Graziele. 
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Ainda, cumpre salientar que o imóvel oferecido não existe no 
endereço descrito no contrato. 
Após a descoberta de tratar-se de um "golpe", iniciaram-se as buscas 
para descobrir a identidade do “corretor” Saldanha, e houve a constatação que o mesmo era 
foragido do Estado de Mato Grosso e havia sido preso, e que, caso não houvesse tal revelação 
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antes, todos que locaram a casa chegariam à cidade e não teriam local para hospedagem, 
infelizmente. 
A empresa requerida foi alertada acerca do ocorrido no dia 
30/04/2019 às 23 horas (protocolo 30645878), que instruiu a requerente a entrar em contato 
com o vendedor e tentar resolver o “mal entendido”. Sendo assim, logo após a ligação, a 
mesma encaminhou e-mail a este, que nunca a respondeu via “Mercado Pago”, apenas através 
do “whatsapp” alegando que não conseguia realizar o estorno do valor pago: 
 
Desta forma, como não houve a devolutiva do vendedor em três dias 
úteis, a empresa requerida deu a seguinte resposta: 
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Ocorre que TODO O PROCEDIMENTO foi realizado através da 
empresa intermediadora da venda, ora requerida, nunca ocorrendo nada fora desta 
plataforma (como alegado pelos mesmos), ou seja, a empresa aduziu não ter responsabilidade 
alguma sobre o ocorrido, não dando qualquer respaldo à compradora/requerente. 
Cumpre salientar que a o objetivo principal da viagem era uma festa 
de nome “Let’s Pipa”, que ocorre no período mencionado inicialmente, e, no próprio grupo de 
whatsapp, os organizadores da festa alertaram a todos para não caírem no mesmo golpe, que 
já estava sendo dado há algum tempo. 
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Ainda, a requerente entrou em contato com o cartão de crédito 
(Protocolo 1251713), para tentar bloquear a compra, e, felizmente, foi o único meio que 
conseguiu sucesso, tendo a notícia de estorno no dia 27/05/2019. 
Insta salientar que foi realizado boletim de ocorrência do fato 
(documento anexo) tendo em vista o golpe ocorrido. Ainda, tendo em vista algumas 
“insinuações” que o “corretor” passou a fazer, todos desistiram da viagem na mesma semana, 
tentando, desta forma, cancelar o que fora adquirido. 
Ora, Excelência, a requerente tentou de todas as formas resolver o 
ocorrido de forma extrajudicial, o que, entretanto, não foi possível pela intermediadora, tendo 
que sesocorrer ao cartão de crédito, única forma que teve algum respaldo em todo este 
imbróglio. 
Diante de tamanha humilhação, prejuízo e desgaste com relação ao 
exposto, todos os danos cometidos à autora devem ser reparados, eis que a péssima prestação 
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de serviços, o descaso e a falta de informações ultrapassaram a seara do mero aborrecimento, 
não lhe restando nenhuma alternativa senão a busca à Justiça! 
II) DO DIREITO: 
II.a) DO ATO ILÍCITO E DA RELAÇÃO DE CONSUMO – 
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA: 
Primeiramente cabe salientar que fatos análogos ao ocorrido com a 
autora estão se tornando corriqueiros, ou seja, já é de praxe realizar condutas que lesam 
diretamente o consumidor, fato este demonstrado na presente exordial. 
Nos termos dos preceitos do Código Consumerista, a 
responsabilidade da empresa Requerida como prestadora de serviços, ora intermediadora de 
venda, é objetiva, respondendo, independentemente de culpa, pelos danos causados aos 
consumidores por defeito ou falha na prestação dos serviços. 
Os Tribunais de Justiça no país entendem que há responsabilidade 
solidária daqueles que participam de toda a cadeia produtiva, assim, a responsabilidade pela 
checagem das informações de suposto vendedor seria do site em questão, uma vez que o 
consumidor se sustenta na confiança da marca, ou seja, na teoria da confiança. 
O Código de Defesa do Consumidor, assim prevê: 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o 
importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes 
de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, 
apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por 
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores 
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por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações 
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada 
por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e 
serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular 
ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. 
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar 
informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa 
sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, 
garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre 
os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. 
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil 
e imediatamente, a identifique como tal. 
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 
Os Tribunais têm fixado o seguinte entendimento: 
Prestação de serviços. Ação de indenização por danos material e moral. Site 
de intermediação de negócios por meio eletrônico. Consumidor vítima de 
estelionato. Aquisição de celular junto à ofertante que promovia a venda 
ostentando falsa qualificação. Falso cadastro hospedado no domínio da 
empresa apelante. Aplicação do Código de Defesa do Consumidor (artigo 
14). Responsabilidade objetiva do prestador de serviço. Relação jurídica de 
intermediação que não exonera o intermediador de responder pelos defeitos 
verificados na segurança das informações disponibilizadas que levaram ao 
usuário ao prejuízo experimentado. Dano material comprovado. Restituição 
do valor pago na falsa aquisição. Dano moral comprovado e fixado com 
moderação, observados os fatos, as condições das partes envolvidas e a 
repercussão do dano. Desnecessidade de qualquer redução. Correção 
monetária não se aplica do evento, mas da decisão que o arbitrou. Apelo 
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provido em parte” (Apelação Cível nº 1.224.674-0/5, 32ª Câmara do TJ/SP, 
Rel. Des. Ruy Coppola j. 21.05.2009). 
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E 
MORAIS. COMPRA E VENDA PELAINTERNET. PRODUTO NÃO ENTREGUE. 
FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. APLICAÇÃO DO CDC. DANO MORAL 
CONFIGURADO. DESCASO E DESRESPEITO COM O CONSUMIDOR. 
INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO 8.3 DA TRU/PR. ILEGITIMIDADE PASSIVA 
AFASTADA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SITE DE ANÚNCIOS. 
RECLAMADA QUE AUFERE LUCROS PELA MEDIAÇÃO. APLICAÇÃO DA TEORIA 
DO RISCO DA ATIVIDADE (ART. 927 DO CC). MINORAÇÃO DO QUANTUM 
INDENIZATÓRIO. IMPROCEDÊNCIA. VALOR FIXADO DENTRO DOS 
PARÂMETROS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. SENTENÇA 
MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. NEGADO SEGUIMENTO. 
(TJPR – 1ª Turma Recursal – 0000467-79.2011.8.16.0031/0 – Guarapuava – 
Rel.: LEO HENRIQUE FURTADO ARAÚJO, J. 30/01/2012). 
Sendo assim, resta evidente que a compra frustrada pela internet é 
passível de indenização, tanto no cunho material quanto no moral, este na modalidade in re 
ipsa, pois não se prova o dano, mas sim o fato que o gerou, e neste caso, é a compra, o 
pagamento e a falha na prestação do serviço. 
Conforme já demonstrado acima, é mais do que suficiente para 
comprovar os problemas enfrentados na prestação de seus serviços e que evidentemente 
implicam em privação do bem-estar e menosprezo à consumidora, vez que a mesma realizou a 
transação através do canal “Mercado Pago” tendo em vista a segurança e tranquilidade que o 
próprio site anuncia, o que, entretanto, não ocorreu. 
Fica nítida a relação de consumo no caso em tela, haja vista a autora 
ser a destinatária final, embasando-se, portanto, nos moldes do disposto nos artigos 2º e 3º, § 
2º, do CDC, fato pelo qual deve ser utilizado o Código de Defesa do Consumidor: 
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como destinatário final. 
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Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que 
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de 
produtos ou prestação de serviços. 
§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, 
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de 
crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter 
trabalhista. 
Contudo, a empresa requerida violou os Princípios que regem as 
relações de consumo, constantes do art. 4º, I, III e IV do CDC, quais sejam a Boa-fé, a Equidade, 
o Equilíbrio Contratual e o da Informação. 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, 
com especificação correta de quantidade, características, composição, 
qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que 
apresentem; 
 IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos 
comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas 
abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; 
O vendedor procedeu de forma criminosa, efetuando um golpe, 
sendo o canal de “compra e venda” o site da empresa requerida, devendo assim ser esta 
responsabilizada pelos seus atos. 
O Código Civil pátrio normatiza a reparabilidade de quaisquer danos, 
sejam morais, sejam materiais, causados por ato ilícito, ex vi o art. 186, que trata da reparação 
do dano causado por ação, omissão, imprudência ou negligência do agente: 
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“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito." 
Cotejando o supracitado dispositivo normativo com o caso em tela, é 
notório que a empresa Requerida Mercado Pago cometeu ato ilícito – qual seja, negligência, 
vez que não tomou as cautelas devidas e necessárias antes de realizar o cadastro de tal 
vendedor/corretor, que procedeu com um golpe, de forma onerosa à requerente – fato que 
culminou em dano material e em uma imensurável lesão à honra objetiva e, por que não, à 
honra subjetiva da demandante. 
III) DA INDENIZAÇÃO: 
III.a) DOS DANOS MORAIS: 
Ora, Excelência, resta configurada, pois, a conduta ilícita da empresa 
requerida, ao proceder com negligência por não realizar com cautela o cadastro do “corretor” 
bem como intermediar tal “venda” sem ao menos certificar a idoneidade de seus 
“vendedores”, devendo responder pelas consequências daí decorrentes de forma objetiva, nos 
termos do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, porquanto o procedimento adotado 
contrariou a boa-fé e o dever de bem prestar seus serviços. 
No presente caso, latente a responsabilidade solidária daqueles que 
participam de toda a cadeia produtiva. Assim, a responsabilidade pela checagem das 
informações de suposto vendedor seria do site em questão, uma vez que o consumidor se 
sustenta na confiança da marca, ou seja, na teoria da confiança. 
Não há como concluir que houve mero dissabor no caso em debate. 
A demandante, conforme ratifica por todos os documentos anexos, teve valores de si 
extraídos de forma ilegal, pois realizou uma compra através da intermediadora e houve falha 
na prestação do serviço. 
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Campo Grande – MS – Tel.: (067) 99615.1515/ 99224.7832/ 3305.1551 
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Os transtornos sofridos, e ainda o prejuízo econômico, ultrapassam 
os limites daqueles que podem e devem ser absorvidos no dia a dia, resta plenamente 
configurado o dano moral sofrido. 
O artigo 927, Código Civil Brasileiro dispõe que: 
“Aquele que por ato ilícito (art. 186 a187), causar dano a outrem fica 
obrigado a repará-lo. 
Paragrafo Único: Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente 
de culpa, nos casos especificados em Lei, ou quando a atividade 
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, 
risco para o direito de outrem.” 
A reparação obriga o ofensor a pagar e permite ao ofendido receber 
tendo como escopo o princípio da justiça, dentro do princípio universal que se adota que 
ninguém deve lesar o outrem, conforme preleciona Limongi França: 
“Todo e qualquer dano causado a alguém ou ao seu patrimônio, deve ser 
indenizado, de tal obrigação não se excluindo o mais importante deles, que é 
o dano moral que deve automaticamente ser levado em conta.” (V.R. 
Limongi França, Jurisprudências da Responsabilidade Civil, Ed. RT. 1988). 
Mais evidente que a violação dos direitos da Autora, cuja 
reparabilidade dos danos faz-se necessária. Entretanto, a fixação da pena, nos danos morais, 
como se sabe, não possui uma fórmula matemática para que possam ser calculados pelo 
Douto Magistrado, ficando sua liquidação a critério do mesmo. 
Por conseguinte, a indenização deve ser preocupante para o ofensor 
de tal forma que o faça modificar seu posicionamento em situações como esta. Inúmeros são 
os casos semelhantes ao ora noticiado pela parte autora e a cada dia eles aumentam 
expressivamente. Se as indenizações fossem fixadas em montantes expressivos provavelmente 
atitudes como a trazida à apreciação de Vossa Excelência não seriam cometidas com tanta 
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frequência, respeitando assim o Princípio da Função Social, a qual o magistrado deve, através 
de suas tutelas jurisdicionais, afastar as frequentes insatisfações sociais. 
A concessão da reparabilidade deve ser expressiva para que os 
demais observem a punibilidade e abandonem práticas abusivas e sem responsabilidade que 
ocorrem corriqueiramente. 
Logo, ao Douto Magistrado compete avaliar o dano moral e fixar o 
quantum de sua reparabilidade, levando-se em consideração todas as consequências 
detonadas pelo ato irresponsável da parte Ré, em especial, sua indolência, e total negligência 
com a Autora, causando vários transtornos, contabilizando todos os danos intrínsecos e 
extrínsecos. 
IV) DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA: 
Ainda embasando-se no Código Consumerista, temos em seu artigo 
6º, inciso VI e VIII: 
Artigo 6 º. São direitos básicos do consumidor: 
(...) 
VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, 
individuais, coletivos e difusos; 
VIII – a facilitação da defesa em seus direitos, inclusive com a inversão do 
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando a critério do juiz, for 
verosímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras 
ordinárias de experiências (...). 
Com efeito, uma vez presentes a verossimilhança nas alegações 
autorais e a nítida hipossuficiência técnica em relação à instituição ré, o ônus da prova deve 
ser invertido. 
V) DOS PEDIDOS: 
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Campo Grande – MS – Tel.: (067) 99615.1515/ 99224.7832/ 3305.1551 
nb@nbadvogados.adv.br / www.nbadvogados.adv.br 
 
 Ante todo o exposto, requer Vossa Excelência: 
a) Seja citada a Requerida na pessoa de seu representante 
legal via postal, para que, querendo, conteste a presente ação, sob pena de serem aceitos 
como verdadeiros os fatos arguidos na peça inicial apresentada; 
b) A procedência da presente ação para condenar a 
empresa requerida ao pagamento de uma indenização, de cunho compensatório e punitivo, 
pelos danos morais causados à autora, tudo conforme fundamentado, em valor pecuniário 
justo e condizente com o caso apresentado em tela, a ser arbitrado por Vossa Excelência, em 
importe não inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais); 
c) Seja julgado totalmente procedente o pedido formulado 
pela Requerente, condenando a requerida ao pagamento das custas e honorários advocatícios, 
a ser arbitrado por este Juízo. 
VI) DAS PROVAS: 
Protesta-se pela produção de todas as provas em direito admitidas. 
 
 Requer-se, ainda, a inversão do ônus da prova em favor da 
consumidora, nos termos do artigo 6º, inciso VIII, da Lei n. 8.078/90 (Código de Defesado 
Consumidor), uma vez que a autora é parte hipossuficiente na demanda. 
 
Por derradeiro, requer que todas as futuras intimações e publicações 
sejam dirigidas ao advogado DR. LUCAS MARQUES BUYTENDORP, OAB/MS 17.068, sob pena 
de nulidade. 
 
 Dá-se à presente causa, o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), para 
todos os efeitos de direito e alçada. 
 
 
 
 
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Campo Grande – MS – Tel.: (067) 99615.1515/ 99224.7832/ 3305.1551 
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Termos em que, 
Pede Deferimento. 
Campo Grande - MS, 28 de maio de 2019. 
 
 ________________________ 
Lucas Marques Buytendorp 
OAB/MS 17.068 
(assinado digitalmente) 
 
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 www.cgvf.com.br 
 
505-4602/792987/145223 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO 11º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DO FORO DA 
COMARCA DE CAMPO GRANDE (MS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo nº 0808739-16.2019.8.12.0110 
 
 MERCADOPAGO.COM REPRESENTAÇÕES LTDA., empresa do grupo 
MercadoLivre, devidamente inscrita no CNPJ/MF sob o nº 10.573.521/0001-91, com sede na 
Avenida das Nações Unidas nº 3003 - Bonfim, Osasco, SP, CEP 06233-903, nos autos da ação que, 
perante esse MM. Juízo, lhe move JACQUELINE NAHAS vem, por seu advogado, apresentar a 
sua CONTESTAÇÃO, nos termos expostos a seguir: 
 
EMPRESA AMIGA DA JUSTIÇA E COMPROMISSO COM AS AUTORIDADES 
BRASILEIRAS 
 
O MERCADO LIVRE é a empresa de tecnologia de e-commerce líder na América Latina, 
com mais de 182 (cento e oitenta e dois) milhões de anúncios ativos na América Latina, possuindo 
hoje mais de 267 (duzentos e sessenta e sete) milhões de usuários cadastrados na América Latina, 
com 12 (doze) produtos comprados por segundo em todos os 18 (dezoito) países nos quais atua; 
Contém 2.000 (duas mil) lojas oficiais, sendo que 600 (seiscentas) delas estão no Brasil; segundo 
dados da pesquisa Ecolatina – empresa de pesquisa e informação de mercado – há mais de 581 
(quinhentas e oitenta e uma) mil pessoas vivendo total ou parcialmente, de renda proveniente de 
suas vendas no MERCADO LIVRE, a realçar sua importância social. 
 
Com efeito, o MERCADO LIVRE e o MERCADO PAGO, atentos às pessoas que direta ou 
indiretamente confiam e dependem dos serviços por ele prestados, vem assumindo uma série de 
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compromissos com a sociedade civil, o que inclusive o levou a receber, a certificação “empresa 
amiga da Justiça” do Egrégio TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
 
SÍNTESE DA INICIAL 
 
Alega a parte autora que verificou um anúncio no facebook para locação de um imóvel na 
praia de pipa, pelo valor de R$ 9.000.00 (nove mil reais), onde que para realizar a locação do 
imóvel teria que pagar metade do valor. 
 
Assim a parte autora efetuou o pagamento de 4.715,10 (quatro mil setecentos e quinze 
reais e dez centavos) em 3 (três) parcelas de R$ 1.571,70 (hum mil quinhentos e setenta e um reais 
e setenta centavos), utilizando o gerenciador de pagamentos do Mercado Pago. 
 
Recebeu o contrato de locação, estava tudo correto. Porem passados alguns dias começou 
a desconfiar e verificou que aquela casa não pertencia a pessoa que estava com nome no contrato, 
e muito mesmo o endereço correto. 
 
Assim, verificou que se tratava de um golpe, entrou em contato com a requerida, no 
entanto não obteve sucesso, razão pela qual ajuizou a presente ação requerendo danos morais. 
 
No entanto, em que pese o inconformismo da parte autora, não há como a presente ação 
prosperar consoante restará demonstrado. 
 
Isso porque, conforme será esclarecido, a compra foi realizada fora do site do Mercado 
Livre, sendo que apenas o pagamento foi através do Mercado Pago, não havendo possibilidade 
do Mercado Pago ser responsabilizado pelo suposto prejuízo que o corretor causou a parte 
autora, conforme se denota de toda o relato na inicial. 
PRELIMINARMENTE 
 
DA INÉPCIA DA INICIAL – AUSÊNCIA DE DOCUMENTO ESSENCIAL 
 
Não paira dúvida quanto à precariedade da petição inicial no que diz respeito às provas 
documentais produzidas pela parte autora. Não bastasse isso, há de ser analisada a Carência da 
Ação, eis que no presente processo, está configurado a previsão do artigo 485, inciso IV do Código 
de Processo Civil, pois é evidente que estão ausentes os pressupostos de constituição e de 
desenvolvimento válido e regular do processo. 
 
É sabido que a possibilidade jurídica do pedido deve guardar estreito relacionamento com 
a causa de pedir, sob pena do pedido ser considerado impossível. 
 
No caso em tela, a parte autora pretende receber danos materiais e danos morais alegandosupostamente ter adquirido um produto, sem, contudo, apresentar qualquer documento que 
comprove a participação da empresa requerida na fatídica transação. 
 
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Alega a parte autora que pagou uma locação de um imóvel utilizando o Mercado Pago, 
no entanto não junta aos autos nenhuma fatura, e nem o cartão utilizado, para confirmar o 
suposto prejuízo. 
 
A apresentação genérica dos fatos sem comprovar minimamente suas alegações, além de 
prejudicar o correto e completo exercício do direito de defesa, ofende os artigos 319, III e 330, III, 
ambos do CPC. 
Assim, de rigor seja a presente ação extinta sem apreciação do mérito em razão da patente 
configuração do quanto previsto no artigo 485, inciso IV do CPC. 
 
DA ILEGITIMIDADE PASSIVA - DA AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DO RÉU 
QUANTO À RELAÇÃO DE CONSUMO HAVIDA ENTRE A PARTE AUTORA E O 
USUÁRIO VENDEDOR 
 
Conforme se nota ao analisar os fatos e os documentos acostados aos autos, a Contestante 
é parte ilegítima para figurar no polo passivo desta demanda, na medida em que realizou uma 
locação diretamente com o suposto corretor por um anúncio do facebook, sendo o corretor e único 
responsável pela devolução do pagamento. 
 
 Ora, a parte autora negociou a compra através de conversas particulares com o corretor 
por meio de “Aplicativo de Mensagens” funcionalidade está que não possui qualquer vínculo 
com o Mercado Pago. 
 
Para que não haja dúvidas, cabe uma breve explicação. Dentre as principais atividades do 
MERCADO PAGO, está a plataforma de pagamentos online, com o intuito de realizar transações 
de pagamento, sendo utilizado tanto no site MERCADO LIVRE, como em outros sites de 
comércio eletrônico. 
 
Ora, se a própria parte autora requer o ressarcimento do que efetivamente foi pago, tem-
se que a indenização pelos danos supostamente sofridos deveria ter sido ajuizada em face, tão 
somente, do corretor e da suposta proprietária do imóvel, únicas pessoas que podem 
efetivamente devolver a quantia por ela recebida! 
 
Desta forma, é notório que a Ré é parte ilegítima para figurar no polo passivo desta 
demanda, na medida em que o contrato de locação e toda a negociação ocorreu diretamente entre 
a parte autora e o corretor. 
 
 Por tudo isso, inclusive, é que nosso Poder Judiciário tem decidido pela ilegitimidade dos 
provedores em demandas como essa e tem constantemente proferido decisões nesse sentido: 
 
“AUTOR: ANA PAULA RODRIGUES DE PAIVO RÉU 1: NOSSA WEB LOJO 
RÉU 2: MERCADOPAGO.COM. REPRESENTAÇÕES LTDA PROJETO DE 
SENTENÇA Dispensado o relatório, na forma do art. 38, L. 9099/95. Trata-se de ação 
indenizatória proposta pela parte autora requerendo indenização por danos morais e 
materiais em face da parte ré. Em ACIJ a parte autora desistiu da ação em face da 1ª ré, 
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o que acarreta a extinção do feito sem resolução do mérito em relação a ela. Outrossim, 
o mérito da demanda não será analisado em relação à 2ª ré. Diante dos fatos narrados 
pela inicial, é flagrante à ilegitimidade da parte ré, uma vez que em momento 
algum a parte autora reporta qualquer conduta danosa praticada pela 2ª ré, o 
tempo todo somente manifestando inconformismo perante o inadimplemento da 
1ª ré. assim, é forçoso concluir pela ausência de causa de pedir em relação à 2ª ré. Ante 
o exposto, JULGO EXTINTO O FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, na forma 
do art. 267,VIII,CPC em relação à 1ª ré e na forma do art. 267,VI,CPC em relação à 2ª 
ré.” (TJ/RJ, processo nº 0380883-33.2012.8.19.0001, decisão proferida em 24 de 
janeiro de 2013). 
E sobre o tema, quanto à Ilegitimidade Passiva, por ausência de intervenção na 
transação comercial, assim se manifesta o Egrégio Tribunal de Justiça de Santa Catarina, “in 
verbis” - grifamos: 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL - COMÉRCIO PELA INTERNET POR MEIO DA 
INTERMEDIAÇÃO DO SITE "MERCADO PAGO" - MERCADORIA NÃO 
ENTREGUE PELO SITE VENDEDOR - ALEGADA ILEGITIMIDADE PASSIVA 
DA INTERMEDIADORA - ACOLHIMENTO - NEGOCIAÇÃO REALIZADA 
DIRETAMENTE COM A EMPRESA VENDEDORA DOS PRODUTOS - 
RECURSO PROVIDO (TJSC, Recurso Inominado n. 0703549-45.2012.8.24.0023, da 
Capital, rel. Des. Alexandre Morais da Rosa, j. 10-04-2014). 
 
 Além disso, observamos que a 4º turma Recursal do TJ/RJ fechou entendimento 
de que o Mercado Livre é parte ilegítima em vários processos com o mesmo objeto (Resp. 
1.639.028) e passou a julgar improcedentes os pedidos. 
 
“[...] O Colendo Superior Tribunal de Justiça, tem entendimento consolidado no sentido 
de que: “Consoante pacífico entendimento desta Corte, a responsabilidade pelo dano 
decorrente de fraude não pode ser imputada ao veículo de comunicação, visto que esse 
não participou da elaboração do anúncio, tampouco do contrato de compra e venda do 
veículo“(AgRg nos EDcl no Ag nº 1.360.058/RS, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, 
Terceira Turma, DJe 27/04/2011). Em outras palavras, sem participação no anúncio ou 
recebimento do valor do negócio transacionado, a sociedade empresária que administra 
o site não tem responsabilidade por defeitos ou não entrega de produtos ofertados e 
comprados por consumidores. 
[...] 
Por fim, recentemente, o Colendo Superior Tribunal de Justiça decidiu, em caso 
envolvendo a apelante, que “As rés não é responsável pela idoneidade das pessoas que 
ofertam bens em seu sítio e muito menos pelos pagamentos não realizados. Se assim o 
fosse, outros classificados de jornais também teriam que suportar prejuízos daqueles que 
realizassem negócios envolvendo bens ali ofertados. Dessa forma, as rés Ebazar não é 
parte legítima para ser demandada, leva extinção feito em relação àquela requerida (e-
STJ, fls. 351/352). Nessas condições, DOU PROVIMENTO ao recurso especial para, 
reconhecendo a ilegitimidade passivaad causam do EBAZAR, restabelecer a sentença 
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de mérito” (REsp 1639028, Rel. Ministro Moura Ribeiro, em 11.04.201'7, publicação 
de 19/04/2017)”. 
 
Sendo assim, é inafastável a conclusão de que o réu é parte manifestamente ilegítima para 
figurar no polo passivo da presente ação, uma vez que não possui qualquer relação com os 
eventos que causaram o suposto dano alegado pela parte autora, devendo ser excluídos do feito, 
com a extinção desta demanda sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485, inciso VI do 
Código de Processo Civil. 
 
DEFESA DE MÉRITO 
 
SISTEMA MERCADO PAGO – PLATAFORMA DE PAGAMENTOS ELETRÔNICOS 
 
O MERCADO PAGO, pessoa jurídica de direito privado, é uma Instituição de Pagamento 
Emissora de Moeda Eletrônica, devidamente autorizada pelo Banco Central do Brasil, que oferece 
diversas funcionalidades a seus usuários. 
Dentre uma de suas principais atividades, o MERCADO PAGO atua como plataforma de 
pagamentos online, com o intuito de realizar transações de pagamento, sendo utilizado tanto no 
site MERCADO LIVRE, como em outros sites de comércio eletrônico. 
Conforme se demonstra na tela abaixo, ao acessar o site do MERCADO PAGO1, o usuário 
tem acesso aos mais diversos produtos e serviços disponibilizados, sendo que, ao se cadastrar na 
plataforma do MERCADO PAGO e/ou contratar algum de seus produtos ou serviços, os 
usuários declaram estar vinculados a seus “Termos e Condições de Uso”2. Desta forma, a 
aceitação dos “Termos e Condições de Uso” é absolutamente indispensável à utilização dos 
serviços prestados pelo MERCADO PAGO. 
 
 
Frise-se que os serviços prestados pelo MERCADO PAGO visam facilitar a execução da 
atividade de vendedores, prestadores de serviço autônomos, pessoas físicas e jurídicas de 
 
1 https://www.mercadopago.com.br 
2 https://www.mercadopago.com.br/ajuda/termos-e-politicas_194 
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pequeno porte, no sentido de permitir que estes efetuem transações de pagamento através da 
internet. Isto significa dizer que sua atividade se destina, mas não se limita, ao gerenciamento de 
contas de pagamento e realização de transações de pagamentos online, não possuindo qualquer 
responsabilidade sobre a comercialização de produtos, por não fazer parte da cadeia de consumo. 
 
PROGRAMA COMPRA GARANTIDA 
 
Impende salientar o Mercado Pago se preocupa com seus usuários e cumpre 
integralmente com os termos de seu Programa Compra Garantida, sendo certo que, se a parte 
autora tivesse adquirido o produto na plataforma Mercado Livre, estaria assegurada pelo referido 
programa. 
 
O programa de Compra Garantida foi criado com o objetivo de proporcionar cobertura a 
todos os usuários compradores que tenham comprado um produto na plataforma do MERCADO 
LIVRE e efetuado o pagamento pelo MERCADO PAGO e que cumpram com a totalidade dos 
requisitos do programa. 
 
 
 
 Importante elencar as situações que não estão cobertas pelo Programa Compra 
Garantida: 
 
 
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No entanto, como a compra não foi efetuada através do site do Mercado Livre, mas sim 
através de um anuncio junto a site do facebook e a negociação da locação ocorreu entre a parte 
autora e o suposto corretor, a negociação não tem a cobertura do programa compra garantida, 
devendo a parte autora direcionar a presente demanda somente em face do suposto corretor e da 
suposta dona do imóvel, posto que foi ele quem auferiu os valores da negociação. 
 
Destarte, não se pode perder de vista que a parte autora estava ciente das condições do 
programa, tendo em vista que as regras são expostas nos Termos e Condições3 aceitos por todo 
usuário ao realizar o cadastro na plataforma, razão pela qual, não pode pretender responsabilizar 
a empresa requerida pelos fatos noticiados. 
 
AUSÊNCIA DE FALHA NOS SERVIÇOS PRESTADOS PELO MERCADO PAGO 
Através do MERCADOPAGO, o usuário comprador pode pagar a compra realizadas fora 
da plataforma do Mercado Livre, em sites de anúncios e por conversas particulares, com cartão 
de crédito, boleto bancário, dentre outras facilidades, a sua escolha. 
A contestante exerce suas atividades por meio de exercício de mandado outorgado pelo 
usuário ao celebrar o Contrato de Gerenciamento de Pagamentos. O MERCADOPAGO exerce a 
condição de mandatário a dar cumprimento às Solicitações de Gerenciamento de Pagamento nos 
exatos termos definidos pelo usuário, agindo por sua conta e ordem. 
Atua no mesmo segmento das plataformas de pagamento online PayPal e Pagseguro: 
 
 
3 Disponível em: https://www.mercadopago.com.br/ajuda/compra-garantida_521ht
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Ora, negociação de locação sequer foi realizada na plataforma do Mercado Livre! Deve-
se destacar que quando a compra é realizada dentro da plataforma, o valor fica retido até que 
a entrega seja realizada ou, passado o prazo, não tenha nenhuma reclamação. 
No caso em apreço, essa negociação não e coberta pelo compra garantida, uma vez que 
a locação de imóvel foi realizada fora da plataforma, assim o pagamento através do Mercado 
Pago, foi realizado como uma transferência, ou seja, o valor é encaminhado diretamente ao 
vendedor, sem qualquer intermediação da empresa. Logo a prestação do serviço foi realizada 
de forma plena, não havendo qualquer dano a ser indenizado 
E como todas as empresas, está também possui Termos e Condições de Uso, que devem 
ser atentadas pelos usuários e que são de conhecimento destes quando se cadastram na 
plataforma. 
 
Cumpre esclarecer, ainda, que este serviço visa facilitar a execução da atividade de 
vendedores, prestadores de serviço autônomos, pessoas físicas e jurídicas de pequeno porte, para 
efetuarem as vendas através da internet, com cartão de crédito, por exemplo, não tendo qualquer 
responsabilidade sobre a transação da comercialização de qualquer produto, por não fazer parte 
da cadeia de consumo. 
Nesse sentido foi o entendimento da Quinta Turma Recursal do TJRJ: 
 
*** CAPITAL CONSELHO RECURSAL DOS JECS E JECRIMS *** SÚMULA DE 
JULGAMENTO - QUINTA TURMA RECURSAL Av. Erasmo Braga, 115 - sala 216, 
Lamina I, D Castelo - Rio de Janeiro 085. RECURSO INOMINADO 0003077-
75.2018.8.19.0068 Assunto: Indenização Por Dano Moral - Outras / Indenização por 
Dano Moral / Responsabilidade do Fornecedor / DIREITO DO CONSUMIDOR 
Origem: RIO DAS OSTRAS J ESP ADJ CIV Ação: 0003077-75.2018.8.19.0068 - 
RECTE: mercadopago.com representações ltda ADVOGADO: EDUARDO CHALFIN 
OAB/RJ-053588 RECORRIDO: ELIDA DE FATIMA FERREIRA ADVOGADO: 
NAIRA REGINA MOLINA DA SILVA OAB/RJ-090521 Relator: JULIANA 
CARDOSO MONTEIRO DE BARROS TEXTO: Acordam os juízes que integram a 
Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis, por unanimidade, em conhecer do 
recurso e dar-lhe provimento para julgar improcedente o pedida parte autoraal, pois o 
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Recorrrente ¿ Mercado Pago atuou como mero meio de pagamento, não tendo 
qualquer responsabilidade quanto à entrega do produto. Note-se que a compra 
foi realizada diretamente no site do segundo réu, em face de quem a parte 
autora desistiu do feito e que a oferta de Compra Garantida se restringe às 
negociações feitas na plataforma Mercado Livre. Todas as questões aduzidas no 
recurso debatidas oralmente pelos integrantes do colegiado, com a percuciência 
necessária, não sendo transcritas as conclusões em homenagem aos princípios 
informativos previstos no art. 2º da Lei 9.099/95, frisando-se, outrossim, que a 
motivação concisa atende à exigência do art. 93 da Carta Política (STF, Ag.Rg no AI 
310.272- RJ). Sem ônus sucumbenciais por se tratar de recurso com êxito, conforme 
artigo 55 caput da Lei 9099/95. (grifo nosso) 
 
Dessa forma, a obrigação de indenizar a parte autora recai somente sobre o suposto 
corretor e a suposta dona do imóvel e não sobre o sistema de pagamentos. 
 
Dessa forma, o suposto dano sofrido pela parte autora não decorreu de falha na prestação 
do serviço desta empresa Ré e sim de sua conduta e da má fé do suposto corretor e a suposta 
dona do imóvel 
 
Ademais, ainda que se entendesse diversamente, conforme explicitado, o ora contestante 
prestou regularmente seu serviço. Portanto, eventuais danos não lhe poderiam ser imputados, 
ante o disposto no art. 14, § 3º, da Lei 8078/90. Nesse sentido: 
 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. Compra e venda realizada por parceiros aproximados 
por meio de site destinado ao tal fim. Logro em que incorreu o comprador, por não 
corresponder a mercadoria entregue à que pretendia adquirir. Não verificação de tal 
qualidade no momento de sua retirada junto à agência postal. Culpa imputável a si 
unicamente. Não demonstração de fatos sugestivos de que a gerenciadora do site 
garantisse a eficácia do negócio. Procedência da ação de condenação aos 
prejuízos. Apelação provida, para inversão do resultado do julgamento. 
(...) Em princípio e, portanto, baseado apenas em opinião, é dado concluir apenas que a 
apelante disponibiliza seu site especializado para que os interessados tenham 
um lugar comum, por intermédio do qual discutam negócios e chegue ao 
consenso. 
Seria impossível a subsistência de um serviço de tal natureza, se a gerenciadora 
do site tivesse de se responsabilizar pela idoneidade dos negociantes ou mesmo 
por cada mau negócio que fosse feito. 
(...) Em nome dos direitos individuais, sociais e mesmo dos de consumidor, criou-se 
uma cultura em demasia paternalista, com o cultivo de uma nefasta tendência 
a infantilizar os membros da sociedade, os quais, fiados sempre na proteção de 
entidades que vão do sagrado ao profano, assumem condutas não raro as mais 
irresponsáveis, certamente na expectativa de que, em caso de erro, terão o beneplácito 
de um salvador. Apelação nº 992.08.047127-6, 25ª Câmara de Direito Privado, TJ/SP, 
Des. Rel. Sebastião Flávio. 
 
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Com efeito, a empresa Ré não comete qualquer ilícito quando age de boa-fé e presta seus 
serviços adequadamente. 
 
Dessa forma, é evidente que este Contestante não poderá arcar com os supostos prejuízos 
alegados pela parte autora, pois conforme se verifica foram gerados exclusivamente pelo suposto 
corretor e a suposta dona do imóvel e cabendo a este devolver os valores. 
 
INEXISTÊNCIA DE DANO MORAL 
 
O pedido de indenização por hipotético dano moral merece poucos comentários da parte 
requerida, haja vista, a desproporção total deste pedido, isto é, no mínimo uma afronta ao 
judiciário e uma forma de enriquecer ilicitamente. 
 
Sustenta a parte autora, ainda, que teria suportado danos morais por força da conduta 
imputada, equivocadamente, à parte requerida. O reconhecimento da falta do nexo de 
causalidade — elemento fundamental à caracterização da responsabilidade civil —, já seria mais 
do que suficiente para afastar o pleito autoral. 
 
Mas não é só: inexiste prova de que o ato tenha causado tamanho abalo à parte autora. De 
fato, o alegado recebimento de mercadoria defeituosa ou diversa da pretendida é caso clássico de 
mero aborrecimento, situação do cotidiano, cabendo citar que o mero inadimplemento contratual 
— que não ocorreu por parte da contestante — não gera dano moral. 
 
Registre-se, a título de argumentação, que nada nos autos autoriza reconhecer que a parte 
autora tenha sofrido qualquer constrangimento, dor, vexame ou tenha tido problemas 
psicológicos em consequência da alegada situação, a justificarem o pleiteado dano moral, jamais 
podendo prosperar a pretensão indenizatória. 
 
Utilizando as palavras de SERGIO CAVALIERI FILHO, verifica-se que o dano moral, 
albergado no inciso III do artigo 1º da Constituição da República, tem fundamento na proteção 
da dignidade humana: 
 
Temos hoje o que pode ser chamado de direito subjetivo constitucional à dignidade. Ao 
assim fazer. A Constituição deu ao dano moral uma nova feição e maior dimensão porque 
a dignidade humana nada mais é do que a base de todos os valores morais, a essência de 
todos os direitos personalíssimos. (...) Pois bem, dano moral, à luz da Constituição 
vigente, nada mais é do que violação do direito à dignidade4 
 
 Também tratando da matéria referente ao descabimento de danos morais: 
 
CIVIL. DANO MORAL. O inadimplemento contratual implica a obrigação de 
indenizar os danos patrimoniais; não, danos morais, cujo reconhecimento implica mais 
 
4 CAVALIERI FILHO, Sérgio. Visão Constitucional do Dano Moral, Internet 
(www.estacio.br/direito/artigos/dir_artvcdm.htm) 
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do que os dissabores de um negócio frustrado. Recurso especial não conhecido. (STJ, 
3.ª Turma, REsp 201414/PA, Rel. Min. Waldemar Zveiter, j. 05.02.01) 
Nesse sentido, há posicionamento adotado pelos Tribunais de Justiça da inexistência de 
dano moral, tem-se que o mero aborrecimento não é capaz de gerar indenização por danos 
morais, conforme amplamente decidido: 
 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. Compra de colchão pela 
“Internet”. Entrega de produto diverso do adquirido, com reiteração desse equívoco após 
a reclamação. Fornecedora que torna frustrada a terceira tentativa de entrega a pretexto 
de indisponibilidade da mercadoria. Vendedora que permitiu aa parte autora escolha de 
colchão mais caro que aquele anteriormente comprado. Entrega efetuada no prazo 
previamente estipulado (...) Dano moral indenizável não configurado. Ausência de 
violação a direito de personalidade e de elementos de convicção aptos a justificar a 
pretendida indenização. Dissabor que não passou da esfera do mero 
aborrecimento, transtorno ou percalço do cotidiano, nem causou abalo 
psicológico apto a ensejar o dever de indenizar. Vendedora que acabou por entregar 
produto mais caro, escolhido pelo própria parte autora, sem cobrar qualquer diferença. 
Conduta que evidencia a diligência e o cuidado da Fornecedora no trato com o 
consumidor. Sentença mantida. RECURSO NÃO PROVIDO. (Apelação nº 
1014231.45.2016.8.26.0037, 27ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado de São 
Paulo; Rel. Des. Daise Fajardo Nogueira Jacot; Julgamento: 18/07/2017) 
 
Nessa linha, provada e comprovada a inexistência de ato imputável à contestante que 
pudesse causar abalo relevante à parte autora, deve ser afastada a condenação da suplicante no 
pagamento de indenização por danos morais. 
 
 Contudo, se por acaso se entender pela ocorrência do dano moral, o que se admite apenas 
por argumentação, vale ressaltar que a reparação deve ser cabível na medida exata extensão do 
dano sofrido. 
 
 Pela narrativa da inicial, não se pode concluir que tenha a parte autora padecido de dor 
psíquica a justificar a indenização pleiteada, pois não relata especificamente nenhum 
acontecimento vexatório, não podendo admitir que seja o instituto reparatório do dano moral 
aproximado da famigerada hipótese de enriquecimento sem causa. 
 
Assim, impondo-se a fixação da eventual e improvável condenação (o que se admite 
apenas por hipótese) em valor condizente com a razoabilidade e com a relevância dos fatos 
especificamente relatados neste caso, evitando-se o enriquecimento ilícito da parte autora vedado 
pelo artigo 884 do Código Civil, vez que o valor pleiteado na inicial se encontra totalmente 
dissociado da realidade. 
 
PEDIDOS 
 
Por todo o exposto, requer o acolhimento das preliminares suscitadas com a extinção do 
processo e, caso assim não entenda, requer a IMPROCEDÊNCIA dos pedidos. 
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