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EMBRIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO HIPÓFISE • Apresenta dupla origem. Entre a neurohipófise e a adenohipófise pode-se encontrar algumas vesículas foliculares, mas é raro, a única glândula verdadeiramente vesicular é a tireoide. • Adenohipófise: advém da ectoderme oral e desenvolve-se como um divertículo hipofisário do teto do estomodeu. A partir da membrana estomacal e da bucofaríngea (teto do estomodeu), formados pela ectoderme em contato direto com a endoderme é originada a bolsa de Rathke, um divertículo que origina a adenohipófise. • Neurohipófise: advém da neuroectoderme e desenvolve-se como um divertículo neurohipofisário do assoalho do diencéfalo. No assoalho diencefálico, a ectoderme espessa e gera evaginação que dá origem à neurohipófise. PINEAL • Tem origem neural, mas também é conhecida como epífise pois se forma como um divertículo mediano da região dorsal do diencéfalo. Entre a 8ª e a 10ª semana forma-se o divertículo, que, posteriormente, tem sua parede espessada, até que o lúmen é ocluído, tornando-se massa sólida, como a maioria dos epitélios glandulares. Se diferencia de acordo com os fatores transcricionais de acordo com a região que se encontra. Depois, ocorre a recanalização do tecido, compactação da glândula e diferenciação. • A meninge que envolve a pineal é a mesma que envolve todo o encéfalo, comunicando a pineal ao 3º ventrículo. TIREOIDE • Tem origem em aparelho faríngeo, sendo derivada de endoderma. É a primeira glândula endócrina a ser formada (inicio no 24º dia), quando ocorre o espessamento endodérmico mediano no assoalho da faringe primitiva > forma-se divertículo > cresce no forame cego da língua > formação do primórdio de tireoide. Posteriormente desce pelo pescoço (uma das orientações de descida é o osso hioide). Por um tempo, a tireoide fica conectada a língua pelo ducto tireoglosso. Na 7ª semana, tem localização definitiva, uma vez que perde contato com a língua (desaparecimento do ducto). Posteriormente, o aglomerado celular é invadido por mesênquima vascular, formando cordões de células secretoras ao redor dos capilares ou um agrupamento de células formando vesículas/folículos, tendo esses capilares circundantes. • Primórdio da tireoide: massa sólida endodérmica, que será invadida pelo mesênquima circundante. • As células da crista neural formam o corpo ultimofaringeo e se disseminam para o interior da tireoide, originando as células parafoliculares. MALFORMAÇÕES/ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS • Persistência do ducto tireoglosso: assintomático. • Lobo piramidal: se estende a partir do istmo, presente em 50% das pessoas. • Tireoide ectópica: formação de cistos do ducto tireoglosso. Lara Mattar | Funções Biológicas IV | Medicina UFR PARATIREOIDES • A faringe primitiva sofre reentrâncias e saliências, além da influência de agentes morfogenéticos, fatores de transcrição, e a 3ª e 4ª bolsas faríngeas dão origem as paratireoides, glândulas cuja histogênese está associada à formação da tireoide, e que apresentam atividade metabólica a partir da 20ª semana de desenvolvimento. • Na 6ª semana, a região da 3ª bolsa faríngea começa a se diferenciar, dando origem as paratireoides inferiores, enquanto a 4ª bolsa faríngea também expande e se diferencia, originando as paratireoides superiores. As inferiores se formam na mesma bolsa faríngea do timo, portanto sofrem migração juntamente com ele e são “puxadas”, ficando posicionadas inferiormente às originadas da 4ª bolsa. • Com a proliferação celular nas regiões de bolsas faríngeas, durante o período embrionário ocorre a diferenciação das células principais da paratireoide. As células oxífilas se diferenciam no 5-7º ano de vida pós neural. SUPRARRENAIS • Região medular: originada da crista neural (células derivam do gânglio simpático adjacente). Forma-se antes. • Região cortical: originada do mesoderma esplâncnico (células primordiais migram e se aglomeram próximo as cristas urogenitais). Assim que formado, o córtex primitivo começa a englobar medula. Mesotélio do córtex primitivo se diferencia em células que vão revestir o córtex primitivo, que sera o córtex definitivo. Após isso, ocorre a diferenciação das zonas. o Zonas corticais: no córtex fetal, a fasciculada surge primeiro, depois a glomerular. A reticulada só é visualizada após o término 3º ano de vida. As zonas do córtex regridem em 30% no primeiro ano de vida. As suprarrenais do feto produzem a maior parte dos pré-hormônios utilizados pela placenta, que são captados e utilizados na produção de estrogênio, essencial para a manutenção da gestação. PÂNCREAS • Desenvolvido entre a 5ª a 8ª semana, se forma a partir de 2 brotos pancreáticos envoltos por mesoderma esplâncnico: broto ventral e broto dorsal (região do duodeno). Com a diferenciação e rotação de 90º das paredes do estômago, forma-se o C duodenal, e o broto ventral se desloca e se aproxima do broto dorsal, se fundindo a ele e formando o pâncreas adulto, que, juntamente ao duodeno, se posiciona retroperitonealmente. • O endoderma pancreático origina o tecido celular básico do pâncreas. A quimiocina SDF age sobre o mesênquima, ajudando na ramificação, formando os túbulos dos ácinos pancreáticos. As ilhotas pancreáticas se desenvolvem a partir da expressão de outro morfógeno (neurogenina 3). • A produção de insulina começa na 10ª semana (já tem célula diferenciada em ácino e ilhota, que contem células beta). As células produtoras de glucagon e somatostatina se diferenciam antes. • Hipótese do manto: as células alfa se concentram no centro, depois vem as beta e depois as demais. FÍGADO • Se desenvolve a partir da endoderme, que forma o intestino primitivo > crescimento ventral (divertículo hepático). Essa endoderme forma um septo (septo transverso), precursor do diafragma. Esse septo dá as coordenadas para a disposição dos órgãos e divide o fígado em porção cranial, chamada de fígado primitivo, e porção caudal, que origina a vesícula biliar. • Migração das células mesenquimais que se infiltam no parênquima hepática originam as células de kuppfer, etc. As células endodérmicas se diferenciam nos cordões de hepatócitos. • O lobo direito se torna maior por conta do aporte sanguíneo da região hepática. Na 6ª semana do desenvolvimento do tubo digestório, ocorre migração do intestino médio para o cordão umbilical (porque o fígado cresce muito). Na 6ª semana ocorre inicio da hematopoese. A produção de bile pelos cordões de hepatócitos só inicia na 12ª semana. hipófise Pineal Tireoide malformações/alterações morfológicas Paratireoides Suprarrenais Pâncreas Fígado
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