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Fratura Exposta

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Fratura Exposta 
INTRODUÇÃO 
→ Toda fratura que ocorre agudamente com 
comunicação com o meio externo: 
→ Toda lesão em partes moles no mesmo 
segmento sangrante; 
→ O osso não precisa necessariamente 
aparecer. 
→ Tipos: 
• Direta: Trauma e lesão de partes moles. 
• Indireta: Existência de segmento fraturado 
no mesmo membro sangrante. 
HISTORIA 
→ Hipócrates - 460 a.C: em uma ferida 
aberta espera-se diminuir o edema para 
realizar outros procedimentos. Paciente 
normalmente tinha uma infecção e morria 
por sepse. 
→ Galeno - 129-200 d.C: aparecimento de 
pus: “pus louvável"; pesquisa de formas que 
pudesse levar a uma resposta purulenta – 
INFECÇÃO 
→ Ambroise Paré - 1510-1590: desbridamento 
dos tecidos necrosados e abertura da ferida 
O QUE DEVEMOS SABER ? 
→ Para o amplo entendimento das lesões, 
quatro componentes fundamentais devem 
ser avaliados, são eles: 
• Fratura em questão 
• Dano das partes moles 
• Comprometimento neurovascular 
• Potencial de contaminação. 
 
→ A incidência de fraturas expostas varia 
com o tipo de trauma prevalente na região 
em questão. 
• Mais comum no sexo masculino e idosos 
• Osso mais acometido é a tíbia 
• Apresentação bimodal. 
 
ETIOLOGIA 
→ Fratura exposta é resultado de fora 
violenta 
→ K = mv2/2 
→ K é a energia cinética a ser absorvida – 
Potencial de destruição 
→ Quando dissipado – Com força maior 
além de lesão óssea causa lesão de partes 
moles 
FISIOPATOLOGIA 
 
→ Contaminação: consequência da fratura 
exposta - risco de infecção da lesão; 
→ Se o organismo não combater o agente 
infeccioso → aumento no número de 
agentes → processo de cicatrização é 
lentificado → menor chegada de sangue 
até a lesão → desenvolvimento de 
osteomielite (infecção óssea) → 
consolidação óssea retardada 
Inflamatória 
 
Fase Proliferativa/ Reparadora 
→ Ocorrem juntas através dos fatores de 
crescimento 
→ Processo normal leva a cicatrização: 
presença de pus no tecido lentifica o 
processo. 
→ Inicia o processo de cicatrização: 
fibroblastos → colágeno 
→ Tecido ósseo – inicia o processo de 
consolidação
 
QUADRO CLÍNICO 
 
TRATAMENTO PRÉ–HOSPITALAR 
 
→ Avaliação de dois grupos de pacientes: 
• Pacientes com fratura exposta com 
atendimento antes de 30 min: média de 
infecção de 3,5%. 
• Pacientes com fratura exposta com 
atendimento depois de 30 min: média de 
infecção de 22,2%. 
→ Conclusão: 
• O atendimento tem que ser o mais rápido 
possível: 
- ↓ tempo de exposição; 
- ↓ a chance de contaminação; 
- ↓ chance de desenvolvimento de infecção. 
AVALIAÇÃO 
 
PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO: ATLS 
→ X, A, B, C, D, E, ressuscitação e estabilizar o 
paciente 
TRATAMENTO FASE HOSPITALAR 
→ Essa fase devemos fazer curativo estéril da 
ferida e imobilização provisória 
→ Analisar pulsos periféricos/perfusão distal à 
fratura 
→ Avaliação Radigráfica 
→ Antibiótico profilático + Tetanoprofilaxia 
MANUSEIO INICIAL 
→ Não deve ser realizada limpeza ou 
exploração na sala de emergência 
→ Classificação para ver o tratamento de 
escolha – Classificação de Gustilo e 
Anderson 
CLASSIFICAÇÃO DE GUSTILO E ANDERSON 
→ I – Baixa energia, exposição menor do que 
1 cm, baixo grau de contaminação e 
cominuição. 
→ II – Exposição entre 1 cm e 10cm, 
contaminação, lesão de partes moles e 
cominuição moderadas. 
→ III – Exposição maior do que 10cm, alto 
grau de lesão de partes moles e 
contaminação. 
• IIIA – Permite cobertura primária 
• IIIB – Cobertura primária não é possível 
• IIIC – Lesão arterial que necessita de 
reparo VASCULAR 
 
 
TRATAMENTO ANTIBIOTICO 
 
 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
1° PASSO → DESBRIDAMENTO 
→ Sua eficácia é comprovada até 6h do 
tecido exposto 
→ Objetivo: 
• Remover corpos estranhos 
• Remover tecido desvitalizado 
• Reduzir a contaminação bacteriana 
• Criar ferida vascularizada 
→ Sempre analisar a área traumatizada, 
para ver a viabilidade tecidual 
• Cor, consistência, circulação, 
contratilidade 
2° PASSO → IRRIGAÇÃO 
→ Lavagem exaustiva da ferida 
→ Usar solução salina 
→ Limpeza com mais de 10L – diminui a 
incidência 
→ É uma ação mecânica – faz uma 
remoção de detritos 
→ Uso de solução com ou sem pressão? 
• Com: aumenta lesão tecidual, aprofundar 
corpo estranho 
• Sem: diminui colônias bacterianas 
→ Uso de ATB (antibiótico) nos últimos 2I 
→ Uso de sabão é indicado nas feridas 
infectadas 
3° PASSO → FIXAÇÃO ÓSSEA 
→ Fechamento da ferida 
→ Fazer sutura sem tensão e não deixar 
espaço morto 
→ Nos tipos III → Não devem ser fechadas 
primariamente e devem ser reavaliadas em 
24-48hrs. 
→ Acima de 6hrs não fechar, deve-se fazer 
reparo vascular.

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