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EXAME II UNIP - LETRAS PORT-ING

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Prévia do material em texto

Usuário vanilson.nunes @aluno.unip.br 
Curso ESTUDOS DISCIPLINARES VI 
Teste EXAME II 
Iniciado 25/06/22 23:08 
Enviado 30/06/22 15:41 
Status Completada 
Resultado da tentativa 8 em 10 pontos 
Tempo decorrido 112 horas, 33 minutos 
Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente 
• Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto e analise as afirmativas a seguir. 
 Para menores e maiores, sempre 
 Luiz Brás 
“Em certo momento do breve ensaio intitulado ‘Três maneiras de escrever para crianças’, 
C. S. Lewis aparece com uma afirmação inquietante: ‘uma história para crianças de que só 
as crianças gostam é uma história ruim’. Que absurdo é esse? Quer dizer que os livros que 
cativam os pequenos leitores, mas não seus pais e professores, é um livro medíocre, sem 
qualidades salientes? 
A provocação lançada pelo autor de ‘As crônicas de Nárnia’ pretende, na verdade, 
enfatizar a autonomia da literatura escrita para crianças. Não se trata de uma literatura 
menor, que serviria de suporte para a alfabetização e de escada para a Literatura maior, 
com inicial maiúscula, escrita para os adultos. Trata-se de um gênero literário pleno, com 
suas próprias convenções, e por isso diferente de todos os outros. 
C. S. Lewis está apenas nos conscientizando de que o rótulo literatura para crianças 
disfarça uma estratégia secreta. São contos e ficções muitas vezes híbridos (texto + 
imagem) que, produzidos para crianças, mesmo assim não abrem mão de seduzir também 
os mais velhos. 
Minha própria experiência confirma isso. Só comecei a me interessar verdadeiramente 
pela literatura infantil depois dos trinta anos de idade. Até então eu acreditava, em 
consonância com o senso comum, que os livros para crianças eram algo menos 
interessante. Porém, ao tomar contato com a obra de Lygia Bojunga, tudo mudou. 
Aconteceu a epifania. Logo vi que a autora de ‘O sofá estampado’ não é apenas uma 
grande escritora de livros para crianças. Lygia Bojunga é uma grande escritora, ponto. Tão 
importante para a cultura brasileira quanto Hilda Hilst e Lygia Fagundes Telles. 
Finalmente entendi que há escritores geniais que escrevem histórias para crianças 
porque, como disse C. S. Lewis, essa é a forma artística mais apropriada para expressar o 
que eles querem de fato expressar. 
Desde então eu leio os bons livros infantis não por dever profissional, mas por puro 
prazer estético. Por saber que não encontrarei em outro lugar (na televisão, no cinema, na 
música, no teatro, nos quadrinhos, na pintura, na literatura adulta) a experiência única 
que eles proporcionam.” 
Disponível em <http://edicoesolhodevidro.com.br/literatura-infantil-apenas-para-
menores/>. Acesso em 13 mar. 2018. 
I. O autor do texto afirma que ele só se interessou pela literatura infantil já adulto por ter 
preconcebida a ideia de que essa literatura era menos interessante. 
II. O autor afirma que a escritora Lygia Bojunga escreve bem tanto livros infantis quanto 
livros adultos. 
III. C. S. Lewis, segundo o autor, considera a literatura infantil uma literatura inferior. 
Está correto o que se afirma em: 
 
Resposta Selecionada: b. 
I, apenas. 
 
 
• Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
Observe os conceitos a seguir. 
I. O texto literário apresenta linguagem objetiva, clara, concisa e 
pretende informar o leitor de determinado assunto. Para isso, 
quanto mais simples for o vocabulário e mais objetiva for a 
informação, mais fácil se dará a compreensão do conteúdo, visto 
que, na literatura, a informação precisa atingir o leitor. 
II. O texto literário em poesia é, ao mesmo tempo, “um objeto 
linguístico e um objeto estético”. Em nome da expressão poética, a 
norma gramatical é quebrada, pois, como diz Sartre, o “poeta vê as 
palavras pelo avesso, como se não pertencesse à condição 
humana”. 
III. Um texto para ser literário, parte de uma elaboração especial da 
linguagem, utilizando elementos da ficção e da imaginação do autor, 
a chamada literatura stricto sensu. Essa elaboração especial 
constitui um desvio, que afasta a linguagem literária das ocorrências 
verbais ordinárias. 
Considerando que literariedade é o conjunto de características 
específicas (linguísticas, semióticas, sociológicas) que permitem 
considerar um texto como literário, são conceitos de textos 
literários? 
 
Resposta Selecionada: c. 
II e III. 
 
 
• Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
Leia os textos a seguir. 
I. “Foi de incerta feita — o evento. Quem pode esperar coisa tão sem pés nem cabeça? Eu 
estava em casa, o arraial sendo de todo tranquilo. Parou-me à porta o tropel. Cheguei à 
janela. 
Um grupo de cavaleiros. Isto é, vendo melhor: um cavaleiro rente, frente à minha porta, 
equiparado, exato; e, embolados, de banda, três homens a cavalo. Tudo, num relance, 
insolitíssimo. Tomei-me nos nervos. O cavaleiro esse — o oh-homem-oh — com cara de 
nenhum amigo. Sei o que é influência de fisionomia. Saíra e viera, aquele homem, para 
morrer em guerra. Saudou-me seco, curto pesadamente. Seu cavalo era alto, um alazão; 
bem arreado, ferrado, suado. E concebi grande dúvida.” (Guimarães Rosa). 
Disponível em <http://www.releituras.com/guimarosa_famigerado.asp>. Acesso em 11 
mar. 2018. 
II. “Era uma vez, uma linda princesa chamada Branca de Neve. Ela era doce, gentil e amiga 
de todos os animais. Um dia, Branca de Neve conheceu um charmoso príncipe. Enquanto 
cantavam uma canção apaixonada, eram observados pela malvada madrasta de Branca de 
Neve, a Rainha. A Rainha tinha tanta inveja da beleza de Branca de Neve que ordenou ao 
seu Caçador que matasse a jovem princesa. Mas o Caçador não conseguiu machucar 
Branca de Neve. Ele a alertou para fugir e jamais ser encontrada pela Rainha.” (Adaptação 
Disney) 
Disponível em <http://disneyjunior.disney.com.br/a-historia-de-branca-de-
neve>. Acesso em 11 mar. 2018. 
III. “Dois integrantes de uma equipe jornalística argentina que cobria o Rali Dakar 2014 
morreram na quinta-feira (9) em um acidente na província de Tucumán, no norte da 
Argentina, informou à AFP Francisco Delgado, responsável pela revista "Super Rally", 
 
para a qual o grupo trabalhava.” 
Os repórteres são Daniel Eduardo D'Ambrosio, da cidade de Córdoba, e Agustín Ignacio 
Mina, de Villa Carlos Paz. (G1) 
Disponível em <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/01/acidente-com-equipe-
jornalistica-deixa-dois-mortos-no-rali-dakar.html>. Acesso em 11 mar. 2018. 
Dos textos apresentados, qual(is) é(são) literário(s)? 
Resposta Selecionada: e. 
I e II. 
 
 
• Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
Analise as asserções a seguir. 
I. A literatura infantil é discutida entre os estudiosos como o objeto escolhido pelo seu 
próprio leitor 
 PORQUE 
II. Ela é o objeto de formação de um agente transformador da sociedade. 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda não é uma 
justificativa correta da primeira. 
 
 
• Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
Sobre os termos “fada” e “bruxa”, analise as afirmativas a seguir. 
I. As fadas, do grego fatum, podem ser bondosas ou diabólicas, 
sendo, nessa última acepção, corriqueiramente denominadas 
"bruxas". Embora as bruxas "reais" sejam usualmente 
representadas como megeras, nem sempre os contos descrevem 
fadas "do mal" como desprovidas de sua estonteante beleza. 
II. O termo “fada” reflete-se nos principais idiomas das nações 
europeias: hada (espanhol), fee (alemão), fata (italiano), fairy (inglês) 
e fée (francês). 
III. As primeiras alusões às fadas surgem na literatura cortesã da 
Idade Média e nas novelas de cavalaria do Ciclo Arturiano, tomando 
por base textos-fonte de origem reconhecidamente céltico-bretã. 
Está correto o que se afirma em: 
 
Resposta Selecionada: d. 
II e III. 
 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
Ana Maria Machadoé uma das grandes escritoras da literatura 
infantil. Dos posicionamentos a seguir, qual(is) é(são) da escritora? 
I. “Escrevo porque gosto. Com meus textos, quero botar para fora 
algo que não consigo deixar dentro.” 
II. “Escrevo para criança porque tenho uma certa afinidade de 
linguagem. Mas não tenho intenção didática, não quero transmitir 
nenhuma mensagem, não sou telegrafista.” 
 
III. “Acredito que a função da obra literária é criar um momento de 
beleza através da palavra.” 
IV. “Em momento algum eu acho que a linguagem deva ser 
simplificada. Em meus livros não há condescendência, tatibitate 
nem barateamento da linguagem.” 
Resposta Selecionada: a. 
I, II, III e IV. 
 
 
• Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
 Era uma vez… a importância dos contos de fadas 
 Luiza Cantarelli Coradini 
Se pararmos um pouco para pensar na nossa infância, muitos de nós nos lembraríamos 
das histórias que foram contadas e, talvez, lembraríamos também o medo de 
personagens, como a bruxa; a ansiedade para saber qual o destino da Rapunzel ou ainda a 
tristeza de acompanhar cada casinha que o Lobo mau destruía. Isto é… tais sensações se 
transformaram em boas lembranças. 
Ainda hoje, no século XXI, os contos ainda têm muito que nos contar. O que neles aparece 
como algo infantil, engraçado ou mesmo absurdo traz junto sentidos e heranças ocultos, 
mas que são fundamentais para a nossa vida. Quando lemos para uma criança, estamos 
apresentando-lhes os heróis, os sonhos, as mocinhas e os vilões, assim como o amor, o 
ódio, a compaixão. Na verdade, os contos infantis representam valores que atravessaram 
ciclos da história. Ouvir e contar histórias para os filhos é importante para o 
desenvolvimento de sua identidade, já que, através dos contos, eles têm a possibilidade de 
ensaiar papéis, desencadear ideias, opiniões, sentimentos e criatividade. 
Acredita-se que o contato com os contos de fada permite à criança o ensaio de muitos 
papéis sociais, o que auxilia na construção de suas personalidades. Ao ouvir uma história, 
os pequenos transformam as palavras e as cenas em sentimentos, desejos, dúvidas, medos 
etc. Isso acontece porque, nos contos, o que é um símbolo pode ser um personagem, que, 
enriquecendo a identidade da criança, faz com que ela experimente outras formas de ser e 
pensar, ampliando suas próprias concepções sobre o meio que lhe cerca. É no “faz de 
conta” que a criança aprende também. 
E quem convive com uma criança sabe, elas não se cansam de ouvir os contos de fadas ou 
de rever seus filmes e DVDs favoritos. Sabem por quê? Um dos motivos é que a maioria 
dos contos retrata os conflitos do desenvolvimento e, assim, determinados contos irão 
fazer mais sentido para crianças de uma fase específica, que outros. Ao escutarem “de 
novo”, ao verem “de novo” a mesma história, elas estão tentando elaborar esses conflitos 
infantis. Os contos ajudam as crianças a lidar com as dificuldades do seu dia a dia, como: 
rivalidade entre irmão, inveja, medo, relação com os pais, vingança, sentimento de 
inferioridade, morte, frustrações, conquistas, separações, alegrias, entre outros. 
Ou seja, as crianças identificam-se com a coragem do príncipe, com a sabedoria do rei ou 
com as maldades da bruxa. As histórias impactam nosso psiquismo porque tratam das 
experiências diárias e possibilitam que a gente se identifique com as dificuldades e com as 
alegrias. E tem mais, elas ainda, nos permitem fantasiar soluções e destinos e, nesse 
ponto, a fantasia é fundamental para o desenvolvimento emocional da criança, pois ao 
“entrarem” no mundo de “faz de conta”, tanto as crianças quanto os adultos conseguem 
dar vazão para as suas emoções. 
Outra função dos contos de fadas no desenvolvimento infantil é ajudar na imaginação. Na 
nossa vida cotidiana, imaginar é uma atividade paralela à ação que fazemos na realidade 
e, assim, a imaginação é um processo que é auxiliado quando a criança lê ou vê seus 
contos preferidos. 
A leitura deve ser estimulada pelos pais de forma natural. E, ao lerem, ao brincarem, 
desenharem, pintarem, ao inventarem histórias, estão estimulando não apenas a parte 
cognitiva e intelectual, mas também oferecendo um lugar para as angústias dos filhos. O 
mundo do “faz de conta” ajuda no mundo real. E aí, que tal começar a ler para o seu filho? 
 
Era uma vez... 
Disponível em <http://www.maedeguri.com.br/era-uma-vez-importancia-dos-contos-de-
fadas/>. Acesso em 14 mar. 2018 (Com adaptações) 
I. A autora do texto afirma que as crianças, ao assistirem aos mesmos filmes ou ao lerem 
os mesmos livros, estão reorganizando os seus conflitos. 
II. Para a autora, imaginação e ação caminham juntas. Por isso, a criança deve concretizar 
tudo o que é represado na imaginação. 
III. Por meio da leitura e de outras práticas lúdicas como a pintura, a brincadeira etc., as 
crianças e seus pais desenvolvem também instâncias para lidar com as angústias da vida. 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: c. 
I e III. 
 
 
• Pergunta 8 
0 em 1 pontos 
 
Considere essas informações do contexto histórico da literatura 
infantil. 
I. A função pedagógica implicava a ação educativa do livro no 
contexto da literatura infantil. 
II. Os primeiros livros para crianças surgem no final do século XVIII, 
com uma evidente função utilitário-pedagógica. 
III. A função exclusivamente pedagógica da literatura infantil torna-a 
uma literatura menor. 
Está correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: c. 
II, apenas. 
 
 
• Pergunta 9 
0 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
 Literatura infantil: arte literária ou pedagógica? 
 Nelly Novaes Coelho 
“Evidentemente, a localização das origens da literatura infantil em remotas expressões da literatura adulta por si só não explica as diferentes formas que ela vem 
assumindo desde que, no século XVII, começou a ser escrita especialmente como tal: literatura para criança. 
O que se pode deduzir, diante das tendências que ela vem seguindo nestes três séculos de produção, é que um dos primeiros problemas a suscitar polêmica, quanto à sua 
forma ideal, teria sido o de sua natureza específica: A literatura infantil pertenceria à arte literária ou à arte pedagógica? Controvérsia que vem de longe: tem raízes na 
Antiguidade Clássica, desde quando se discute a natureza da própria literatura (utile ou dulce? Isto é, didática ou lúdica?) e, na mesma linha, se põe em questão a 
finalidade da literatura destinada aos pequenos. Instruir ou divertir? Eis o problema que está longe de ser resolvido. As opiniões divergem e em certas épocas se 
radicalizam. 
Entretanto, se analisarmos as grandes obras que através dos tempos se impuseram como ‘literatura infantil’, veremos que pertencem simultaneamente a essas duas 
áreas distintas (embora limítrofes e, as mais das vezes, interdependentes): a da arte e a da pedagogia. Sob esse aspecto, podemos dizer que, como objeto que provoca 
emoções, dá prazer ou diverte e, acima de tudo, modifica a consciência de mundo do seu leitor, a literatura infantil é arte. Sob outro aspecto, como instrumento 
manipulado por uma intenção educativa, ela se inscreve na área da pedagogia. 
Entre os dois extremos há uma variedade enorme de tipos de literatura, em que dias intenções (divertir e ensinar) estão sempre presentes, embora em doses diferentes. 
O rótulo ‘literatura infantil’ abarca, assim, modalidades bem distintas de textos: desde os contos de fada, fábula, contos maravilhosos, lendas, histórias do cotidiano... até 
biografias romanceadas, romances históricos, literatura documental ou informativa. 
Por via de regra, a eventual opção do escritor em relação a uma dessas atitudes básicas não depende exclusivamente desua decisão pessoal, mas de tendências 
predominantes em sua época. Essa aparente dicotomia se coloca como problema para aqueles que têm a seu cargo a educação das crianças, ou para os que escrevem 
para elas, exatamente em épocas em que a sociedade e a literatura estão em crise de mudança. 
Sabe-se que nesses momentos de transformações, quando o sistema de vida ou de valores está sendo substituído por outro, o aspecto arte predomina na literatura: o 
ludismo (ou o descompromisso em relação ao pragmatismo ético-social) é o que alimenta o literário e procura transformar a literatura na aventura espiritual que toda 
verdadeira criação literária deve ser. [...] 
Já em épocas de consolidação, quando determinado sistema se impõe, a intencionalidade pedagógica domina praticamente sem controvérsia, pois o importante para a 
criação no momento é transmitir valores para serem incorporados como verdades pelas novas gerações. Como exemplos bem próximos de nós, temos a literatura 
romântica que, ainda em plena crise do Classicismo, nasceu como entretenimento ou jogo, abrindo caminho para os valores novos que se impunham. Na luta pela 
consolidação do sistema literário-burguês-patriarcal-cristão (resultante daqueles valores e padrões), afirma-se uma grande literatura (para adultos e para crianças). 
Com a instauração total do sistema, o ideário romântico acaba impondo a todos uma ‘literatura exemplar’ (feita de fórmulas) que entra pelo nosso século adentro, 
ignorando as mudanças que já se faziam necessárias devido à vitória do próprio sistema (que em si mesmo se supera, ao engendrar um novo homem). [...] 
Compreende-se, pois, que essas duas atitudes polares (literária e pedagógica) não são gratuitas. Resultam da indissolubilidade que existe entre a intenção artística e a 
intenção educativa incorporadas nas próprias raízes da literatura infantil. 
Atualmente, a confusão é grande. Em geral, uma das atitudes tem predominado sobre a outra. Daí os excessos e os equívocos que proliferam em certa produção infantil 
mais recente. Não só os livros publicados, mas também as centenas de originais enviados a concurso ou entregues às editoras, revelam que, na maioria, predomina a 
gratuidade (livros que, em lugar de serem divertidos, como se pretendem, são apenas tolos e cacetes, ou, então, fragmentados e sem sentido). Ou então são obras 
sobrecarregadas de informações corretíssimas, mas que, despidas de fantasia e imaginação, em lugar de atrair o jovem leitor o afugenta. Não podemos esquecer que, 
sem estarmos motivados para a descoberta, nenhuma informação, por mais completa e importante que seja, conseguirá nos interessar ou será retida em nossa memória. 
Ora, se isso acontece conosco, adultos conscientes do valor das informações, como não acontecerá com as crianças? [...] 
Enfim, entre esses dois polos, está oscilando a produção atual da literatura (para adultos ou para crianças) – polos que não se excluem (a não ser quando se 
radicalizam...). Resta aos escritores tornarem-se conscientes das forças atuantes em seu tempo e conquistarem a fusão ideal... 
Não há dúvida de que essa dialética, natural do fenômeno literário, é a responsável básica pelas mutações de estilo e de temas que a literatura infantil vem apresentando 
desde as origens e também pela permanência de certos fatores que a singularizam como fenômeno específico que é, embora de difícil definição. Tais mutações 
dependem essencialmente da consciência de mundo patente ou latente na matéria literária de cada obra.” 
Disponível em 
<https://www.O+pedag%C3%B3gico+e+o+liter%C3%A1rio+na+literatura+infantil&oq=O+pedag%C3%B3gico+e+o+liter%C3%A1rio+na+literatura+infantil&gs_l=psy-
ab.3...4482.4482.0.5844.3.2.0.0.0.0.832.832.6-1.2.0....0...1c.2.64.psy-ab..1.1.776.6..35i39k1.776.PU1ORevGJfY>. Acesso em 14 mar. 2018. 
I. Nelly Novaes Coelho, autora do texto, apresenta a literatura infantil como arte literária ou como arte pedagógica, mas não se posiciona sobre nenhuma dessas 
vertentes. 
II. A autora diz que os dois polos – arte literária/arte pedagógica – são excludentes entre si quando a temática do livro é radical. 
III. Para a autora, há momentos histórico-políticos nos quais o pedagógico sublima o literário; há outros momentos nos quais o literário sublima o pedagógico. 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: d. 
II e III. 
 
• Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
Acerca do conceito de literatura, marque a alternativa que não condiz com esse conceito. 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
A literatura parte do real para construir o ficcional. Dessa forma, toda 
obra literária parte da experiência pessoal do escritor. 
 
 
 
 
 
II 
 
1. CONTEÚDO 
 
2. Revisar envio do teste: EXAME II 
 
• 
• 
ESTUDOS DISCIPLINARES VI (6582-05_SEI_LI_0721_R_20221) 
• CONTEÚDO 
Usuário vanilson.nunes @aluno.unip.br 
Curso ESTUDOS DISCIPLINARES VI 
Teste EXAME II 
Iniciado 30/06/22 15:45 
Enviado 30/06/22 16:10 
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_225264_1&content_id=_2767732_1&mode=reset
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_82772649_1&course_id=_225264_1&content_id=_2769592_1&return_content=1&step=
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_225264_1&content_id=_2767732_1&mode=reset
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_82772649_1&course_id=_225264_1&content_id=_2769592_1&return_content=1&step=
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Status Completada 
Resultado da tentativa 7 em 10 pontos 
Tempo decorrido 25 minutos 
Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente 
• Pergunta 1 
0 em 1 pontos 
 
Considere essas informações do contexto histórico da literatura 
infantil. 
I. A função pedagógica implicava a ação educativa do livro no 
contexto da literatura infantil. 
II. Os primeiros livros para crianças surgem no final do século XVIII, 
com uma evidente função utilitário-pedagógica. 
III. A função exclusivamente pedagógica da literatura infantil torna-a 
uma literatura menor. 
Está correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: a. 
I, II e III. 
 
 
• Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
O conceito “literatura infantil” não é consenso entre os escritores. 
Há aqueles que não concordam com essa dicotomia literatura 
infantil/literatura adulta. Que escritor é esse? 
 
Resposta Selecionada: d. 
Carlos Drummond de Andrade. 
 
 
• Pergunta 3 
0 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
A importância da literatura infantil no desenvolvimento da 
criança 
Katherine Rivas 
“A literatura infantil teve início na Europa, em meados do século 
XVIII, quando, devido às transformações sociais da época, a criança 
começou a ser vista como tal, deixando para trás a concepção de 
miniadulto. A partir de então, obteve um novo status e, se antes 
consumia as mesmas obras literárias dedicadas aos adultos, no 
novo cenário ganhou um espaço literário só para ela. 
No Brasil, apesar de serem publicados no início do século XIX, foi só 
ao final deste que os livros dedicados ao público mirim começaram 
a circular. Os períodos seguintes foram marcados por importantes 
mudanças que contribuíram, cada uma em seu tempo, para 
consolidar o segmento. 
Atualmente, a literatura para crianças ganha cada vez mais 
 
destaque e tem esse prestígio refletido no mercado editorial. 
Segundo o Diagnóstico ANL do Setor Livreiro de 2012, elaborado 
para a Associação Nacional de Livrarias – ANL, o gênero aparece em 
evidência, respondendo por 74% dos livros comercializados nas 716 
livrarias consultadas. 
Fundamental na formação do indivíduo, o hábito da leitura na 
infância ajuda a despertarna criança o senso crítico, além de 
auxiliar o aprendizado. ‘A base do pensamento é a linguagem e a 
literatura fornece à infância alimentos primordiais para seu 
desenvolvimento: palavras significantes e imaginação’, diz o escritor 
e doutor pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo 
– USP, Ilan Brenman. 
De acordo com a escritora e especialista em literatura infantil e 
juvenil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Flávia 
Côrtes, a criança adquire mais facilmente o conhecimento, além de 
se comunicar melhor. ‘A leitura em geral faz o indivíduo crescer, 
experimentar mundos novos, sensações, sentimentos’, afirma. 
‘A leitura de textos de literatura infantil, mesmo para crianças ainda 
não alfabetizadas, é um caminho que leva a criança a desenvolver a 
imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e 
significativa’, explica Lia Cupertino Duarte, doutora em Letras pela 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP e 
diretora da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo – 
FATEC. 
A família e os professores têm papel substancial para auxiliar os 
infantes a desenvolver o gosto pela literatura. De acordo com 
Brenman, estes precisam ter modelos de leitores e ter contato com 
os livros, seja em livrarias, bibliotecas ou salas de leitura. Para ele, 
toda a comunidade deveria assumir o papel de formador de 
leitores. Côrtes acredita que se deve fazer do momento da narração 
de histórias um momento de prazer, inclusive nas escolas e não 
apenas como avaliação do aluno. Para Duarte, ‘estimular o hábito de 
leitura da literatura dos filhos será muito mais fácil se os próprios 
pais gostarem de ler e fizerem isso com frequência’. 
Entre os gêneros mais indicados para ampliar na criança o gosto 
pela literatura, Duarte diz que há uma variedade deles que podem 
ser utilizados em diversas técnicas e abordagens e que é essencial a 
criança ter a liberdade de escolher os livros que quer ler e ter acesso 
a eles desde cedo. Brenman e Côrtes destacam a poesia, a parlenda, 
o humor, os contos de fadas, as fantasias em geral. Para ambos, a 
poesia aguça a criatividade e estimula a percepção de mundo. ‘A 
poesia é um espelho do funcionamento da alma infantil, os poetas 
têm uma conexão direta com a infância’, expõe Brenman.” 
I. Antes do século XVIII, de acordo com o texto, não havia contos de 
fadas, pois a literatura infantil só surgiu em meados dos anos 1700. 
II. Tanto a família quanto os professores têm importância no 
desenvolvimento do gosto das crianças pela literatura, pois elas 
precisam de modelos de leitores. 
III. A literatura infantil divide-se nos gêneros poesia, parlenda e 
contos de fadas. 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: e. 
II e III. 
 
 
• Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
Sobre os termos “fada” e “bruxa”, analise as afirmativas a seguir. 
I. As fadas, do grego fatum, podem ser bondosas ou diabólicas, 
sendo, nessa última acepção, corriqueiramente denominadas 
"bruxas". Embora as bruxas "reais" sejam usualmente 
representadas como megeras, nem sempre os contos descrevem 
fadas "do mal" como desprovidas de sua estonteante beleza. 
II. O termo “fada” reflete-se nos principais idiomas das nações 
europeias: hada (espanhol), fee (alemão), fata (italiano), fairy (inglês) 
e fée (francês). 
III. As primeiras alusões às fadas surgem na literatura cortesã da 
Idade Média e nas novelas de cavalaria do Ciclo Arturiano, tomando 
por base textos-fonte de origem reconhecidamente céltico-bretã. 
Está correto o que se afirma em: 
 
Resposta Selecionada: d. 
II e III. 
 
 
• Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
Ana Maria Machado é uma das grandes escritoras da literatura 
infantil. Dos posicionamentos a seguir, qual(is) é(são) da escritora? 
I. “Escrevo porque gosto. Com meus textos, quero botar para fora 
algo que não consigo deixar dentro.” 
II. “Escrevo para criança porque tenho uma certa afinidade de 
linguagem. Mas não tenho intenção didática, não quero transmitir 
nenhuma mensagem, não sou telegrafista.” 
III. “Acredito que a função da obra literária é criar um momento de 
beleza através da palavra.” 
IV. “Em momento algum eu acho que a linguagem deva ser 
simplificada. Em meus livros não há condescendência, tatibitate 
nem barateamento da linguagem.” 
 
Resposta Selecionada: a. 
I, II, III e IV. 
 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
 Era uma vez… a importância dos contos de fadas 
 Luiza Cantarelli Coradini 
Se pararmos um pouco para pensar na nossa infância, muitos de nós nos lembraríamos 
das histórias que foram contadas e, talvez, lembraríamos também o medo de 
personagens, como a bruxa; a ansiedade para saber qual o destino da Rapunzel ou ainda a 
tristeza de acompanhar cada casinha que o Lobo mau destruía. Isto é… tais sensações se 
transformaram em boas lembranças. 
Ainda hoje, no século XXI, os contos ainda têm muito que nos contar. O que neles aparece 
como algo infantil, engraçado ou mesmo absurdo traz junto sentidos e heranças ocultos, 
mas que são fundamentais para a nossa vida. Quando lemos para uma criança, estamos 
apresentando-lhes os heróis, os sonhos, as mocinhas e os vilões, assim como o amor, o 
ódio, a compaixão. Na verdade, os contos infantis representam valores que atravessaram 
ciclos da história. Ouvir e contar histórias para os filhos é importante para o 
desenvolvimento de sua identidade, já que, através dos contos, eles têm a possibilidade de 
ensaiar papéis, desencadear ideias, opiniões, sentimentos e criatividade. 
Acredita-se que o contato com os contos de fada permite à criança o ensaio de muitos 
papéis sociais, o que auxilia na construção de suas personalidades. Ao ouvir uma história, 
os pequenos transformam as palavras e as cenas em sentimentos, desejos, dúvidas, medos 
etc. Isso acontece porque, nos contos, o que é um símbolo pode ser um personagem, que, 
enriquecendo a identidade da criança, faz com que ela experimente outras formas de ser e 
pensar, ampliando suas próprias concepções sobre o meio que lhe cerca. É no “faz de 
conta” que a criança aprende também. 
E quem convive com uma criança sabe, elas não se cansam de ouvir os contos de fadas ou 
de rever seus filmes e DVDs favoritos. Sabem por quê? Um dos motivos é que a maioria 
dos contos retrata os conflitos do desenvolvimento e, assim, determinados contos irão 
fazer mais sentido para crianças de uma fase específica, que outros. Ao escutarem “de 
novo”, ao verem “de novo” a mesma história, elas estão tentando elaborar esses conflitos 
infantis. Os contos ajudam as crianças a lidar com as dificuldades do seu dia a dia, como: 
rivalidade entre irmão, inveja, medo, relação com os pais, vingança, sentimento de 
inferioridade, morte, frustrações, conquistas, separações, alegrias, entre outros. 
Ou seja, as crianças identificam-se com a coragem do príncipe, com a sabedoria do rei ou 
com as maldades da bruxa. As histórias impactam nosso psiquismo porque tratam das 
experiências diárias e possibilitam que a gente se identifique com as dificuldades e com as 
alegrias. E tem mais, elas ainda, nos permitem fantasiar soluções e destinos e, nesse 
ponto, a fantasia é fundamental para o desenvolvimento emocional da criança, pois ao 
“entrarem” no mundo de “faz de conta”, tanto as crianças quanto os adultos conseguem 
dar vazão para as suas emoções. 
Outra função dos contos de fadas no desenvolvimento infantil é ajudar na imaginação. Na 
nossa vida cotidiana, imaginar é uma atividade paralela à ação que fazemos na realidade 
e, assim, a imaginação é um processo que é auxiliado quando a criança lê ou vê seus 
contos preferidos. 
A leitura deve ser estimulada pelos pais de forma natural. E, ao lerem, ao brincarem, 
desenharem, pintarem, ao inventarem histórias, estão estimulando não apenas a parte 
cognitivae intelectual, mas também oferecendo um lugar para as angústias dos filhos. O 
mundo do “faz de conta” ajuda no mundo real. E aí, que tal começar a ler para o seu filho? 
Era uma vez... 
Disponível em <http://www.maedeguri.com.br/era-uma-vez-importancia-dos-contos-de-
fadas/>. Acesso em 14 mar. 2018 (Com adaptações) 
I. A autora do texto afirma que as crianças, ao assistirem aos mesmos filmes ou ao lerem 
os mesmos livros, estão reorganizando os seus conflitos. 
II. Para a autora, imaginação e ação caminham juntas. Por isso, a criança deve concretizar 
tudo o que é represado na imaginação. 
 
III. Por meio da leitura e de outras práticas lúdicas como a pintura, a brincadeira etc., as 
crianças e seus pais desenvolvem também instâncias para lidar com as angústias da vida. 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: c. 
I e III. 
 
 
• Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
Observe os conceitos a seguir. 
I. O texto literário apresenta linguagem objetiva, clara, concisa e 
pretende informar o leitor de determinado assunto. Para isso, 
quanto mais simples for o vocabulário e mais objetiva for a 
informação, mais fácil se dará a compreensão do conteúdo, visto 
que, na literatura, a informação precisa atingir o leitor. 
II. O texto literário em poesia é, ao mesmo tempo, “um objeto 
linguístico e um objeto estético”. Em nome da expressão poética, a 
norma gramatical é quebrada, pois, como diz Sartre, o “poeta vê as 
palavras pelo avesso, como se não pertencesse à condição 
humana”. 
III. Um texto para ser literário, parte de uma elaboração especial da 
linguagem, utilizando elementos da ficção e da imaginação do autor, 
a chamada literatura stricto sensu. Essa elaboração especial 
constitui um desvio, que afasta a linguagem literária das ocorrências 
verbais ordinárias. 
Considerando que literariedade é o conjunto de características 
específicas (linguísticas, semióticas, sociológicas) que permitem 
considerar um texto como literário, são conceitos de textos 
literários? 
 
Resposta Selecionada: c. 
II e III. 
 
 
• Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto e analise as afirmativas a seguir. 
 Para menores e maiores, sempre 
 Luiz Brás 
“Em certo momento do breve ensaio intitulado ‘Três maneiras de escrever para crianças’, 
C. S. Lewis aparece com uma afirmação inquietante: ‘uma história para crianças de que só 
as crianças gostam é uma história ruim’. Que absurdo é esse? Quer dizer que os livros que 
cativam os pequenos leitores, mas não seus pais e professores, é um livro medíocre, sem 
qualidades salientes? 
A provocação lançada pelo autor de ‘As crônicas de Nárnia’ pretende, na verdade, 
enfatizar a autonomia da literatura escrita para crianças. Não se trata de uma literatura 
menor, que serviria de suporte para a alfabetização e de escada para a Literatura maior, 
com inicial maiúscula, escrita para os adultos. Trata-se de um gênero literário pleno, com 
suas próprias convenções, e por isso diferente de todos os outros. 
C. S. Lewis está apenas nos conscientizando de que o rótulo literatura para crianças 
disfarça uma estratégia secreta. São contos e ficções muitas vezes híbridos (texto + 
imagem) que, produzidos para crianças, mesmo assim não abrem mão de seduzir também 
 
os mais velhos. 
Minha própria experiência confirma isso. Só comecei a me interessar verdadeiramente 
pela literatura infantil depois dos trinta anos de idade. Até então eu acreditava, em 
consonância com o senso comum, que os livros para crianças eram algo menos 
interessante. Porém, ao tomar contato com a obra de Lygia Bojunga, tudo mudou. 
Aconteceu a epifania. Logo vi que a autora de ‘O sofá estampado’ não é apenas uma 
grande escritora de livros para crianças. Lygia Bojunga é uma grande escritora, ponto. Tão 
importante para a cultura brasileira quanto Hilda Hilst e Lygia Fagundes Telles. 
Finalmente entendi que há escritores geniais que escrevem histórias para crianças 
porque, como disse C. S. Lewis, essa é a forma artística mais apropriada para expressar o 
que eles querem de fato expressar. 
Desde então eu leio os bons livros infantis não por dever profissional, mas por puro 
prazer estético. Por saber que não encontrarei em outro lugar (na televisão, no cinema, na 
música, no teatro, nos quadrinhos, na pintura, na literatura adulta) a experiência única 
que eles proporcionam.” 
Disponível em <http://edicoesolhodevidro.com.br/literatura-infantil-apenas-para-
menores/>. Acesso em 13 mar. 2018. 
I. O autor do texto afirma que ele só se interessou pela literatura infantil já adulto por ter 
preconcebida a ideia de que essa literatura era menos interessante. 
II. O autor afirma que a escritora Lygia Bojunga escreve bem tanto livros infantis quanto 
livros adultos. 
III. C. S. Lewis, segundo o autor, considera a literatura infantil uma literatura inferior. 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: b. 
I, apenas. 
 
 
• Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
Há uma aproximação entre os contos de fadas e as narrativas 
fabulescas. Com base nessa frase, analise as afirmativas a seguir. 
I. Os contos de fadas partilham com a fábula o fato de serem uma 
narrativa curta, transmitida oralmente. 
II. Nos contos de fadas, os heróis enfrentam obstáculos antes de 
triunfar contra o mal. 
III. Nos contos de fadas há sempre algum tipo de magia, de 
metamorfose ou de encantamento. Nos contos, animais falantes 
são mais comuns do que as fadas propriamente ditas. 
Está correto o que se afirma apenas em: 
 
Resposta Selecionada: a. 
I, II e III. 
 
 
• Pergunta 10 
0 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
 Literatura infantil: arte literária ou pedagógica? 
 Nelly Novaes Coelho 
“Evidentemente, a localização das origens da literatura infantil em remotas expressões da literatura adulta por si só não explica as diferentes formas que ela vem 
assumindo desde que, no século XVII, começou a ser escrita especialmente como tal: literatura para criança. 
O que se pode deduzir, diante das tendências que ela vem seguindo nestes três séculos de produção, é que um dos primeiros problemas a suscitar polêmica, quanto à sua 
forma ideal, teria sido o de sua natureza específica: A literatura infantil pertenceria à arte literária ou à arte pedagógica? Controvérsia que vem de longe: tem raízes na 
Antiguidade Clássica, desde quando se discute a natureza da própria literatura (utile ou dulce? Isto é, didática ou lúdica?) e, na mesma linha, se põe em questão a 
finalidade da literatura destinada aos pequenos. Instruir ou divertir? Eis o problema que está longe de ser resolvido. As opiniões divergem e em certas épocas se 
radicalizam. 
Entretanto, se analisarmos as grandes obras que através dos tempos se impuseram como ‘literatura infantil’, veremos que pertencem simultaneamente a essas duas 
áreas distintas (embora limítrofes e, as mais das vezes, interdependentes): a da arte e a da pedagogia. Sob esse aspecto, podemos dizer que, como objeto que provoca 
emoções, dá prazer ou diverte e, acima de tudo, modifica a consciência de mundo do seu leitor, a literatura infantil é arte. Sob outro aspecto, como instrumento 
manipulado por uma intenção educativa, ela se inscreve na área da pedagogia. 
Entre os dois extremos há uma variedade enorme de tipos de literatura, em que dias intenções (divertir e ensinar) estão sempre presentes, embora em doses diferentes. 
O rótulo ‘literatura infantil’ abarca, assim, modalidades bem distintas de textos: desde os contos de fada, fábula, contos maravilhosos, lendas, histórias do cotidiano... até 
biografias romanceadas, romances históricos, literatura documental ou informativa. 
Por via de regra, a eventual opção do escritor em relação a uma dessas atitudes básicas não depende exclusivamentede sua decisão pessoal, mas de tendências 
predominantes em sua época. Essa aparente dicotomia se coloca como problema para aqueles que têm a seu cargo a educação das crianças, ou para os que escrevem 
para elas, exatamente em épocas em que a sociedade e a literatura estão em crise de mudança. 
Sabe-se que nesses momentos de transformações, quando o sistema de vida ou de valores está sendo substituído por outro, o aspecto arte predomina na literatura: o 
ludismo (ou o descompromisso em relação ao pragmatismo ético-social) é o que alimenta o literário e procura transformar a literatura na aventura espiritual que toda 
verdadeira criação literária deve ser. [...] 
Já em épocas de consolidação, quando determinado sistema se impõe, a intencionalidade pedagógica domina praticamente sem controvérsia, pois o importante para a 
criação no momento é transmitir valores para serem incorporados como verdades pelas novas gerações. Como exemplos bem próximos de nós, temos a literatura 
romântica que, ainda em plena crise do Classicismo, nasceu como entretenimento ou jogo, abrindo caminho para os valores novos que se impunham. Na luta pela 
consolidação do sistema literário-burguês-patriarcal-cristão (resultante daqueles valores e padrões), afirma-se uma grande literatura (para adultos e para crianças). 
Com a instauração total do sistema, o ideário romântico acaba impondo a todos uma ‘literatura exemplar’ (feita de fórmulas) que entra pelo nosso século adentro , 
ignorando as mudanças que já se faziam necessárias devido à vitória do próprio sistema (que em si mesmo se supera, ao engendrar um novo homem). [...] 
Compreende-se, pois, que essas duas atitudes polares (literária e pedagógica) não são gratuitas. Resultam da indissolubilidade que existe entre a intenção artística e a 
intenção educativa incorporadas nas próprias raízes da literatura infantil. 
Atualmente, a confusão é grande. Em geral, uma das atitudes tem predominado sobre a outra. Daí os excessos e os equívocos que proliferam em certa produção infantil 
mais recente. Não só os livros publicados, mas também as centenas de originais enviados a concurso ou entregues às editoras, revelam que, na maioria, predomina a 
gratuidade (livros que, em lugar de serem divertidos, como se pretendem, são apenas tolos e cacetes, ou, então, fragmentados e sem sentido). Ou então são obras 
sobrecarregadas de informações corretíssimas, mas que, despidas de fantasia e imaginação, em lugar de atrair o jovem leitor o afugenta. Não podemos esquecer que, 
sem estarmos motivados para a descoberta, nenhuma informação, por mais completa e importante que seja, conseguirá nos interessar ou será retida em nossa memória. 
Ora, se isso acontece conosco, adultos conscientes do valor das informações, como não acontecerá com as crianças? [...] 
Enfim, entre esses dois polos, está oscilando a produção atual da literatura (para adultos ou para crianças) – polos que não se excluem (a não ser quando se 
radicalizam...). Resta aos escritores tornarem-se conscientes das forças atuantes em seu tempo e conquistarem a fusão ideal... 
Não há dúvida de que essa dialética, natural do fenômeno literário, é a responsável básica pelas mutações de estilo e de temas que a literatura infantil vem apresentando 
desde as origens e também pela permanência de certos fatores que a singularizam como fenômeno específico que é, embora de difícil definição. Tais mutações 
dependem essencialmente da consciência de mundo patente ou latente na matéria literária de cada obra.” 
Disponível em 
<https://www.O+pedag%C3%B3gico+e+o+liter%C3%A1rio+na+literatura+infantil&oq=O+pedag%C3%B3gico+e+o+liter%C3%A1rio+na+literatura+infantil&gs_l=psy-
ab.3...4482.4482.0.5844.3.2.0.0.0.0.832.832.6-1.2.0....0...1c.2.64.psy-ab..1.1.776.6..35i39k1.776.PU1ORevGJfY>. Acesso em 14 mar. 2018. 
I. Nelly Novaes Coelho, autora do texto, apresenta a literatura infantil como arte literária ou como arte pedagógica, mas não se posiciona sobre nenhuma dessas 
vertentes. 
II. A autora diz que os dois polos – arte literária/arte pedagógica – são excludentes entre si quando a temática do livro é radical. 
III. Para a autora, há momentos histórico-políticos nos quais o pedagógico sublima o literário; há outros momentos nos quais o literário sublima o pedagógico. 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: e. 
I, II e III. 
 
TENTATIVA III 
 
ESTUDOS DISCIPLINARES VI 
Teste EXAME II 
Iniciado 30/06/22 16:12 
Enviado 30/06/22 16:30 
Status Completada 
Resultado da tentativa 9 em 10 pontos 
Tempo decorrido 17 minutos 
Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente 
• Pergunta 1 
0 em 1 pontos 
 
Considere essas informações do contexto histórico da literatura 
infantil. 
I. A função pedagógica implicava a ação educativa do livro no 
contexto da literatura infantil. 
II. Os primeiros livros para crianças surgem no final do século XVIII, 
com uma evidente função utilitário-pedagógica. 
III. A função exclusivamente pedagógica da literatura infantil torna-a 
uma literatura menor. 
Está correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: b. 
I, apenas. 
 
 
• Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
 Era uma vez… a importância dos contos de fadas 
 Luiza Cantarelli Coradini 
Se pararmos um pouco para pensar na nossa infância, muitos de nós nos lembraríamos 
das histórias que foram contadas e, talvez, lembraríamos também o medo de 
personagens, como a bruxa; a ansiedade para saber qual o destino da Rapunzel ou ainda a 
tristeza de acompanhar cada casinha que o Lobo mau destruía. Isto é… tais sensações se 
transformaram em boas lembranças. 
Ainda hoje, no século XXI, os contos ainda têm muito que nos contar. O que neles aparece 
como algo infantil, engraçado ou mesmo absurdo traz junto sentidos e heranças ocultos, 
mas que são fundamentais para a nossa vida. Quando lemos para uma criança, estamos 
apresentando-lhes os heróis, os sonhos, as mocinhas e os vilões, assim como o amor, o 
ódio, a compaixão. Na verdade, os contos infantis representam valores que atravessaram 
ciclos da história. Ouvir e contar histórias para os filhos é importante para o 
desenvolvimento de sua identidade, já que, através dos contos, eles têm a possibilidade de 
ensaiar papéis, desencadear ideias, opiniões, sentimentos e criatividade. 
Acredita-se que o contato com os contos de fada permite à criança o ensaio de muitos 
papéis sociais, o que auxilia na construção de suas personalidades. Ao ouvir uma história, 
os pequenos transformam as palavras e as cenas em sentimentos, desejos, dúvidas, medos 
etc. Isso acontece porque, nos contos, o que é um símbolo pode ser um personagem, que, 
enriquecendo a identidade da criança, faz com que ela experimente outras formas de ser e 
pensar, ampliando suas próprias concepções sobre o meio que lhe cerca. É no “faz de 
conta” que a criança aprende também. 
E quem convive com uma criança sabe, elas não se cansam de ouvir os contos de fadas ou 
de rever seus filmes e DVDs favoritos. Sabem por quê? Um dos motivos é que a maioria 
dos contos retrata os conflitos do desenvolvimento e, assim, determinados contos irão 
fazer mais sentido para crianças de uma fase específica, que outros. Ao escutarem “de 
novo”, ao verem “de novo” a mesma história, elas estão tentando elaborar esses conflitos 
infantis. Os contos ajudam as crianças a lidar com as dificuldades do seu dia a dia, como: 
rivalidade entre irmão, inveja, medo, relação com os pais, vingança, sentimento de 
inferioridade, morte, frustrações, conquistas, separações, alegrias, entre outros. 
Ou seja, as crianças identificam-se com a coragem do príncipe, com a sabedoria do rei ou 
com as maldades da bruxa. As histórias impactam nosso psiquismo porque tratam das 
experiências diárias e possibilitam que a gente se identifique com as dificuldades e com as 
alegrias. E tem mais, elasainda, nos permitem fantasiar soluções e destinos e, nesse 
ponto, a fantasia é fundamental para o desenvolvimento emocional da criança, pois ao 
“entrarem” no mundo de “faz de conta”, tanto as crianças quanto os adultos conseguem 
dar vazão para as suas emoções. 
Outra função dos contos de fadas no desenvolvimento infantil é ajudar na imaginação. Na 
nossa vida cotidiana, imaginar é uma atividade paralela à ação que fazemos na realidade 
 
e, assim, a imaginação é um processo que é auxiliado quando a criança lê ou vê seus 
contos preferidos. 
A leitura deve ser estimulada pelos pais de forma natural. E, ao lerem, ao brincarem, 
desenharem, pintarem, ao inventarem histórias, estão estimulando não apenas a parte 
cognitiva e intelectual, mas também oferecendo um lugar para as angústias dos filhos. O 
mundo do “faz de conta” ajuda no mundo real. E aí, que tal começar a ler para o seu filho? 
Era uma vez... 
Disponível em <http://www.maedeguri.com.br/era-uma-vez-importancia-dos-contos-de-
fadas/>. Acesso em 14 mar. 2018 (Com adaptações) 
I. A autora do texto afirma que as crianças, ao assistirem aos mesmos filmes ou ao lerem 
os mesmos livros, estão reorganizando os seus conflitos. 
II. Para a autora, imaginação e ação caminham juntas. Por isso, a criança deve concretizar 
tudo o que é represado na imaginação. 
III. Por meio da leitura e de outras práticas lúdicas como a pintura, a brincadeira etc., as 
crianças e seus pais desenvolvem também instâncias para lidar com as angústias da vida. 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: c. 
I e III. 
 
 
• Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
Observe os conceitos a seguir. 
I. O texto literário apresenta linguagem objetiva, clara, concisa e 
pretende informar o leitor de determinado assunto. Para isso, 
quanto mais simples for o vocabulário e mais objetiva for a 
informação, mais fácil se dará a compreensão do conteúdo, visto 
que, na literatura, a informação precisa atingir o leitor. 
II. O texto literário em poesia é, ao mesmo tempo, “um objeto 
linguístico e um objeto estético”. Em nome da expressão poética, a 
norma gramatical é quebrada, pois, como diz Sartre, o “poeta vê as 
palavras pelo avesso, como se não pertencesse à condição 
humana”. 
III. Um texto para ser literário, parte de uma elaboração especial da 
linguagem, utilizando elementos da ficção e da imaginação do autor, 
a chamada literatura stricto sensu. Essa elaboração especial 
constitui um desvio, que afasta a linguagem literária das ocorrências 
verbais ordinárias. 
Considerando que literariedade é o conjunto de características 
específicas (linguísticas, semióticas, sociológicas) que permitem 
considerar um texto como literário, são conceitos de textos 
literários? 
 
Resposta Selecionada: c. 
II e III. 
 
 
• Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
Ana Maria Machado é uma das grandes escritoras da literatura 
infantil. Dos posicionamentos a seguir, qual(is) é(são) da escritora? 
 
I. “Escrevo porque gosto. Com meus textos, quero botar para fora 
algo que não consigo deixar dentro.” 
II. “Escrevo para criança porque tenho uma certa afinidade de 
linguagem. Mas não tenho intenção didática, não quero transmitir 
nenhuma mensagem, não sou telegrafista.” 
III. “Acredito que a função da obra literária é criar um momento de 
beleza através da palavra.” 
IV. “Em momento algum eu acho que a linguagem deva ser 
simplificada. Em meus livros não há condescendência, tatibitate 
nem barateamento da linguagem.” 
Resposta Selecionada: a. 
I, II, III e IV. 
 
 
• Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
Sobre os termos “fada” e “bruxa”, analise as afirmativas a seguir. 
I. As fadas, do grego fatum, podem ser bondosas ou diabólicas, 
sendo, nessa última acepção, corriqueiramente denominadas 
"bruxas". Embora as bruxas "reais" sejam usualmente 
representadas como megeras, nem sempre os contos descrevem 
fadas "do mal" como desprovidas de sua estonteante beleza. 
II. O termo “fada” reflete-se nos principais idiomas das nações 
europeias: hada (espanhol), fee (alemão), fata (italiano), fairy (inglês) 
e fée (francês). 
III. As primeiras alusões às fadas surgem na literatura cortesã da 
Idade Média e nas novelas de cavalaria do Ciclo Arturiano, tomando 
por base textos-fonte de origem reconhecidamente céltico-bretã. 
Está correto o que se afirma em: 
 
Resposta Selecionada: d. 
II e III. 
 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
 Literatura infantil: arte literária ou pedagógica? 
 Nelly Novaes Coelho 
“Evidentemente, a localização das origens da literatura infantil em remotas expressões da literatura adulta por si só não explica as diferentes formas que ela vem 
assumindo desde que, no século XVII, começou a ser escrita especialmente como tal: literatura para criança. 
O que se pode deduzir, diante das tendências que ela vem seguindo nestes três séculos de produção, é que um dos primeiros problemas a suscitar polêmica, quanto à sua 
forma ideal, teria sido o de sua natureza específica: A literatura infantil pertenceria à arte literária ou à arte pedagógica? Controvérsia que vem de longe: tem raízes na 
Antiguidade Clássica, desde quando se discute a natureza da própria literatura (utile ou dulce? Isto é, didática ou lúdica?) e, na mesma linha, se põe em questão a 
finalidade da literatura destinada aos pequenos. Instruir ou divertir? Eis o problema que está longe de ser resolvido. As opiniões divergem e em certas épocas se 
radicalizam. 
Entretanto, se analisarmos as grandes obras que através dos tempos se impuseram como ‘literatura infantil’, veremos que pertencem simultaneamente a essas duas 
áreas distintas (embora limítrofes e, as mais das vezes, interdependentes): a da arte e a da pedagogia. Sob esse aspecto, podemos dizer que, como objeto que provoca 
emoções, dá prazer ou diverte e, acima de tudo, modifica a consciência de mundo do seu leitor, a literatura infantil é arte. Sob outro aspecto, como instrumento 
manipulado por uma intenção educativa, ela se inscreve na área da pedagogia. 
Entre os dois extremos há uma variedade enorme de tipos de literatura, em que dias intenções (divertir e ensinar) estão sempre presentes, embora em doses diferentes. 
O rótulo ‘literatura infantil’ abarca, assim, modalidades bem distintas de textos: desde os contos de fada, fábula, contos maravilhosos, lendas, histórias do cotidiano... até 
biografias romanceadas, romances históricos, literatura documental ou informativa. 
Por via de regra, a eventual opção do escritor em relação a uma dessas atitudes básicas não depende exclusivamente de sua decisão pessoal, mas de tendências 
predominantes em sua época. Essa aparente dicotomia se coloca como problema para aqueles que têm a seu cargo a educação das crianças, ou para os que escrevem 
para elas, exatamente em épocas em que a sociedade e a literatura estão em crise de mudança. 
Sabe-se que nesses momentos de transformações, quando o sistema de vida ou de valores está sendo substituído por outro, o aspecto arte predomina na literatura: o 
ludismo (ou o descompromisso em relação ao pragmatismo ético-social) é o que alimenta o literário e procura transformar a literatura na aventura espiritual que toda 
verdadeira criação literária deve ser. [...] 
Já em épocas de consolidação, quando determinado sistema se impõe, a intencionalidade pedagógica domina praticamente sem controvérsia, pois o importante para a 
criação no momento é transmitir valores para serem incorporados como verdades pelas novas gerações. Como exemplos bem próximos de nós, temos a literatura 
romântica que, ainda em plena crise do Classicismo, nasceu como entretenimento ou jogo, abrindo caminho para os valores novos que se impunham. Na luta pela 
consolidação do sistema literário-burguês-patriarcal-cristão (resultante daqueles valores e padrões), afirma-se uma grandeliteratura (para adultos e para crianças). 
Com a instauração total do sistema, o ideário romântico acaba impondo a todos uma ‘literatura exemplar’ (feita de fórmulas) que entra pelo nosso século adentro, 
ignorando as mudanças que já se faziam necessárias devido à vitória do próprio sistema (que em si mesmo se supera, ao engendrar um novo homem). [...] 
Compreende-se, pois, que essas duas atitudes polares (literária e pedagógica) não são gratuitas. Resultam da indissolubilidade que existe entre a intenção artística e a 
intenção educativa incorporadas nas próprias raízes da literatura infantil. 
Atualmente, a confusão é grande. Em geral, uma das atitudes tem predominado sobre a outra. Daí os excessos e os equívocos que proliferam em certa produção infantil 
mais recente. Não só os livros publicados, mas também as centenas de originais enviados a concurso ou entregues às editoras, revelam que, na maioria, predomina a 
gratuidade (livros que, em lugar de serem divertidos, como se pretendem, são apenas tolos e cacetes, ou, então, fragmentados e sem sentido). Ou então são obras 
sobrecarregadas de informações corretíssimas, mas que, despidas de fantasia e imaginação, em lugar de atrair o jovem leitor o afugenta. Não podemos esquecer que, 
sem estarmos motivados para a descoberta, nenhuma informação, por mais completa e importante que seja, conseguirá nos interessar ou será retida em nossa memória. 
Ora, se isso acontece conosco, adultos conscientes do valor das informações, como não acontecerá com as crianças? [...] 
Enfim, entre esses dois polos, está oscilando a produção atual da literatura (para adultos ou para crianças) – polos que não se excluem (a não ser quando se 
radicalizam...). Resta aos escritores tornarem-se conscientes das forças atuantes em seu tempo e conquistarem a fusão ideal... 
Não há dúvida de que essa dialética, natural do fenômeno literário, é a responsável básica pelas mutações de estilo e de temas que a literatura infantil vem apresentando 
desde as origens e também pela permanência de certos fatores que a singularizam como fenômeno específico que é, embora de difícil definição. Tais mutações 
dependem essencialmente da consciência de mundo patente ou latente na matéria literária de cada obra.” 
Disponível em 
<https://www.O+pedag%C3%B3gico+e+o+liter%C3%A1rio+na+literatura+infantil&oq=O+pedag%C3%B3gico+e+o+liter%C3%A1rio+na+literatura+infantil&gs_l=psy-
ab.3...4482.4482.0.5844.3.2.0.0.0.0.832.832.6-1.2.0....0...1c.2.64.psy-ab..1.1.776.6..35i39k1.776.PU1ORevGJfY>. Acesso em 14 mar. 2018. 
I. Nelly Novaes Coelho, autora do texto, apresenta a literatura infantil como arte literária ou como arte pedagógica, mas não se posiciona sobre nenhuma dessas 
vertentes. 
II. A autora diz que os dois polos – arte literária/arte pedagógica – são excludentes entre si quando a temática do livro é radical. 
III. Para a autora, há momentos histórico-políticos nos quais o pedagógico sublima o literário; há outros momentos nos quais o literário sublima o pedagógico. 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: c. 
III, apenas. 
 
• Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
Há uma aproximação entre os contos de fadas e as narrativas 
fabulescas. Com base nessa frase, analise as afirmativas a seguir. 
I. Os contos de fadas partilham com a fábula o fato de serem uma 
narrativa curta, transmitida oralmente. 
II. Nos contos de fadas, os heróis enfrentam obstáculos antes de 
triunfar contra o mal. 
III. Nos contos de fadas há sempre algum tipo de magia, de 
metamorfose ou de encantamento. Nos contos, animais falantes 
são mais comuns do que as fadas propriamente ditas. 
Está correto o que se afirma apenas em: 
 
Resposta Selecionada: a. 
I, II e III. 
 
 
• Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
Acerca do conceito de literatura, marque a alternativa que não condiz com esse conceito. 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
A literatura parte do real para construir o ficcional. Dessa forma, toda 
obra literária parte da experiência pessoal do escritor. 
 
 
• Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
O conceito “literatura infantil” não é consenso entre os escritores. 
Há aqueles que não concordam com essa dicotomia literatura 
infantil/literatura adulta. Que escritor é esse? 
 
Resposta Selecionada: d. 
Carlos Drummond de Andrade. 
 
 
• Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
A importância da literatura infantil no desenvolvimento da 
criança 
Katherine Rivas 
“A literatura infantil teve início na Europa, em meados do século 
XVIII, quando, devido às transformações sociais da época, a criança 
começou a ser vista como tal, deixando para trás a concepção de 
miniadulto. A partir de então, obteve um novo status e, se antes 
consumia as mesmas obras literárias dedicadas aos adultos, no 
novo cenário ganhou um espaço literário só para ela. 
No Brasil, apesar de serem publicados no início do século XIX, foi só 
ao final deste que os livros dedicados ao público mirim começaram 
a circular. Os períodos seguintes foram marcados por importantes 
mudanças que contribuíram, cada uma em seu tempo, para 
consolidar o segmento. 
Atualmente, a literatura para crianças ganha cada vez mais 
destaque e tem esse prestígio refletido no mercado editorial. 
Segundo o Diagnóstico ANL do Setor Livreiro de 2012, elaborado 
para a Associação Nacional de Livrarias – ANL, o gênero aparece em 
evidência, respondendo por 74% dos livros comercializados nas 716 
livrarias consultadas. 
Fundamental na formação do indivíduo, o hábito da leitura na 
infância ajuda a despertar na criança o senso crítico, além de 
auxiliar o aprendizado. ‘A base do pensamento é a linguagem e a 
literatura fornece à infância alimentos primordiais para seu 
desenvolvimento: palavras significantes e imaginação’, diz o escritor 
e doutor pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo 
– USP, Ilan Brenman. 
De acordo com a escritora e especialista em literatura infantil e 
 
juvenil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Flávia 
Côrtes, a criança adquire mais facilmente o conhecimento, além de 
se comunicar melhor. ‘A leitura em geral faz o indivíduo crescer, 
experimentar mundos novos, sensações, sentimentos’, afirma. 
‘A leitura de textos de literatura infantil, mesmo para crianças ainda 
não alfabetizadas, é um caminho que leva a criança a desenvolver a 
imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e 
significativa’, explica Lia Cupertino Duarte, doutora em Letras pela 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP e 
diretora da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo – 
FATEC. 
A família e os professores têm papel substancial para auxiliar os 
infantes a desenvolver o gosto pela literatura. De acordo com 
Brenman, estes precisam ter modelos de leitores e ter contato com 
os livros, seja em livrarias, bibliotecas ou salas de leitura. Para ele, 
toda a comunidade deveria assumir o papel de formador de 
leitores. Côrtes acredita que se deve fazer do momento da narração 
de histórias um momento de prazer, inclusive nas escolas e não 
apenas como avaliação do aluno. Para Duarte, ‘estimular o hábito de 
leitura da literatura dos filhos será muito mais fácil se os próprios 
pais gostarem de ler e fizerem isso com frequência’. 
Entre os gêneros mais indicados para ampliar na criança o gosto 
pela literatura, Duarte diz que há uma variedade deles que podem 
ser utilizados em diversas técnicas e abordagens e que é essencial a 
criança ter a liberdade de escolher os livros que quer ler e ter acesso 
a eles desde cedo. Brenman e Côrtes destacam a poesia, a parlenda, 
o humor, os contos de fadas, as fantasias em geral. Para ambos, a 
poesia aguça a criatividade e estimula a percepção de mundo. ‘A 
poesia é um espelho do funcionamento da alma infantil, os poetas 
têm uma conexão direta com a infância’, expõe Brenman.” 
I. Antes do século XVIII, de acordo com o texto, não havia contos de 
fadas, pois a literatura infantilsó surgiu em meados dos anos 1700. 
II. Tanto a família quanto os professores têm importância no 
desenvolvimento do gosto das crianças pela literatura, pois elas 
precisam de modelos de leitores. 
III. A literatura infantil divide-se nos gêneros poesia, parlenda e 
contos de fadas. 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: b. 
II, apenas.

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