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Equações Diferenciais Lineares Aparecido J. de Souza Aula 19 - Matrizes Soluções Fundamentais de Sistemas Lineares (SLH) X ′ = P(t)X Suponha P(t) matriz n×n em que as entradas são funções reais contínuas num intervalo (α ,β ). Definição. Uma matrix Ψ(t) de funções reais n×n é uma Matriz Solução Fundamental do sistema X ′ = P(t)X no intervalo (α ,β ) se as suas n−colunas consistirem de n−soluções do sistema X ′ = P(t)X , LI no intervalo (α ,β ). Exemplo 1. O sistema X ′ = 0 1 11 0 1 1 1 0 X possui uma matriz solução fundamental dada por Ψ(t) = e −t 0 e2t 0 e−t e2t −e−t −e−t e2t . (SLH) X ′ = P(t)X Se Ψ(t) é uma Matriz Solução Fundamental de (SLH) no intervalo (α ,β ), então a solução geral de (SHL) é dada por X (t) = Ψ(t)C, em que C é um vetor de constantes. Se X (t0) = X 0, então a solução do PVI é dada por X (t) = Ψ(t) [Ψ(t0)]−1 X 0 . Exemplo 2. Determine a solução do sistema do Exemplo 1 tal que X (0) = (1,0,1)T . Teorema. Uma matriz Ψ(t) é uma Matriz Solução Fundamental do sistema X ′ = P(t)X se, e somente se, Ψ′(t) = P(t)Ψ(t) e det (Ψ(t)) 6= 0. Exemplo 3. Verifique o Teorema acima para o sistema do Exemplo1. A matriz exponencial de uma matriz Obs. Se a ∈ R, então eta = 1+ t a+ 12! t2 a2 + · · ·+ 1k! tk ak + · · · . Se A é uma matriz constante n×n, definimos a matriz exponencial de tA: et A = I+ t A+ 12! t 2 A2 + · · ·+ 1k ! t k Ak + · · · Exemplo 4. Prove que et A é solução do PVI matricial M ′(t) = AM(t) , M(0) = I . Consequência: et A é a matriz solução fundamental do sistema (SLHCC) X ′ = AX tal que para t0 = 0 coincide com a matriz identidade. Teorema Se Ψ(t) é uma matriz solução fundamental do sistema (SLHCC) X ′ = AX , então et A =Ψ(t) [Ψ(0)]−1 . Propriedades da matriz exponencial et A Exercícios. Se A e B são matrizes n×n constantes e r um escalar. Prove as seguintes propriedades. (P1) et(A+B) = et A et B se, e somente se, AB = BA. (P2) ert I = ert I. (P3) et(A+rI) = ert et A. (P4) Se M é uma matriz inversível tal que B = M−1AM, então etB = M−1et AM. (P5) Se D é uma matriz diagonal com entradas diagonais d11,d22, · · ·dnn , então et D também é uma matriz diagonal cujas entradas diagonais são ed11t ,ed22t , · · · ,ednnt . (P6) Se existir uma um inteiro k tal que Ak = 0, então a soma que define a matriz et A é finita. Autovetores Generalizados Sejam r é um escalar (real ou complexo), V um vetor não nulo de n componentes e A uma matriz real n×n. Então et A V = et (rI+A−rI) V = er tI et(A−rI) V = er t ( IV + t(A− rI)V + t 2 2! (A− rI) 2 V + · · ·+ t k k ! (A− rI) k V + · · · ) . Conclusão. Se existir k ∈ N tal que (A− rI)kV 6= 0, mas (A− rI)k+1V = 0, então et A V será finita. Definição. No caso da existência de um tal k ∈ N, o vetor V é dito um autovetor generalizado de ordem k da matriz A associado ao autovalor r . Se k = 1, então V é um autovetor usual de A (simples). Autovetores Generalizados Definição. Um vetor não nulo V é um autovetor generalizado de ordem k da matriz A associado ao autovalor r se (A− rI)kV 6= 0, mas (A− rI)k+1V = 0. Exemplo 5. A matriz 5 −3 −28 −5 −4 −4 3 3 possui r = 1 como um autovalor de multiplicidade 3. A matriz A possui dois autovetores simples associados à r = 1: V 1 = 02 −3 e V 2 = 10 2 Obtenha um autovetor generalizado V 3 de ordem k = 2 que seja LI com V 1 e com V 2.
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