Miscigenação no Brasil: Mestiçagem e suas consequências

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Miscigenação
Tal termo é ligado a mistura de diferentes etnias gerando características físicas de variadas regiões, ao nascer a partir da miscigenação o indivíduo é denominado como mestiço.
Em fins educacionais as etnias são divididas em três grupos, sendo estes, brancos, negros e amarelos (o qual também inclui os indígenas), a miscigenação ocorrerá, por exemplo, quando duas etnias diferentes gerarem uma criança (como um(a) negro(a) e um(a) amarelo(a)), ou seja, ela não ocorre quando os dois indivíduos são da mesma.
Diante da colonização do Brasil houve um alto índice de miscigenação entre os brancos (portugueses), negros (escravos vindos dos países africanos) e indígenas (povo nativo), com a intenção de expandir os habitantes que viviam no novo continente.
Durante a segunda guerra mundial, gerada no século XX, houve uma grande expansão de ideais que condenavam indivíduos mestiços e pregavam a “raça pura”, ideal que defendia a não mistura entre as etnias e que o ser deveria ser puro de cor.
No entanto no Brasil o racismo também se encontra nas pessoas miscigenadas, levando os princípios básicos como a igualdade nas oportunidade e nos direitos serem negados a eles pela cor de suas peles e características físicas, como por exemplo o cabelo crespo considerado por muitos um cabelo “rebelde e sujo”.
Podemos ver algumas denominações criadas para “diferenciar” a miscigenação no Brasil:
- Mulato: branco(a) com negro(a)
- Caboclo ou Mameluco: branco(a) com índio(a)
- Cafuzo: negro(a) com índio(a)
A denominação “pardo” foi incluída pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para as pessoas que se declaram como miscigenados, sendo que, sua primeira menção foi feita na Carta de Pero Vaz de Caminha que utilizou este termo para descrever a cor da pele dos indígenas.
“Três em cada cinco brasileiros, o equivalente a cerca de 95 milhões de pessoas, carregam em cada célula do corpo uma herança genética que provém dos índios ou dos africanos e se preservou por meio das mães ao longo das gerações. Mesmo que não se traduza necessariamente em traços do rosto ou na cor da pele, a miscigenação entre os povos formadores do Brasil é mais intensa do que se imaginava, como demonstrou um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) num artigo publicado na Ciência Hoje de abril.” (Pesquisa FAPESP)
“Verificou-se que cerca de 60% das matrilinhagens (linhagens maternas) são de origem ameríndia ou africana, enquanto a maioria, mais de 90%, das patrilinhagens dos brancos brasileiros é de origem européia – portanto, apenas um em cada dez brasileiros brancos tem um ascendente paterno negro ou índio. Entretanto, pelo lado materno, seis em cada dez têm ascendência negra ou índia. A herança materna, especificamente, é constituída por 33% de linhagens ameríndias, 28% de africanas e 39% de européias, com variações de região para região. No Sul, predomina a linhagem européia, e no Nordeste, a africana.” (Pesquisa FAPESP)
Bezerra, J., Miscigenação. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/miscigenacao/. Acesso em: 29 de abril de 2022.
Borges, G., Significado de Miscigenação. Disponível em: https://www.significados.com.br/miscigenacao/. Acesso em: 29 de abril de 2022.
Marcas genéticas da miscigenação: Estudo avalia a herança indígena, negra e européia nos brasileiros brancos. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/marcas-geneticas-da-miscigenacao/. Acesso em: 29 de abril de 2022.
 (Links para um site externo.)
Mendonça, C., Povo Brasileiro: Miscigenação e racismo. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/povo-brasileiro-miscigenacao-e-racismo.htm. Acesso em: 29 de abril de 2022.
Souza, M., O que significa Miscigenação. Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/o-que-significa-miscigenacao/. Acesso em: 29 de abril de 2022.