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Platão

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FILOSOFIA – J. Honorato jhonoratopereira@gmail.com
1
PLATÃO
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 Nasceu em Atenas, em 428/427 a.C.
 Seu verdadeiro nome era Aristócles.
 O apelido Platão pode ter derivado:
 De seu vigor físico;
 Da amplitude de sua filosofia;
 Da extensão de sua testa.
 Seu pai de dizia orgulhoso de seu parentesco com o rei Codros e sua mãe pelo parentesco com Sólon.
 Foi inicialmente discípulo de Crátilo, seguidor de Heráclito.
 Depois tornou-se discípulo e amigo de Sócrates.
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 Platão freqüentou a escola de Sócrates com o intuito de se preparar para a vida política.
 Seu primeiro contato com a política de deu entre 404 e 403 a.C. quando a aristocracia assumiu o poder e dois parentes seus, Cármides e Crítias participaram do governo.
 Seu desgosto pela política se dá primeiro pela condenação de Sócrates e segundo pela desastrosa experiência em Siracusa.
 Fundou a Academia em um parque dedicado aos heróis chamado Academos.
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A METAFÍSICA
E A SEGUNDA NAVEGAÇÃO
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 O ponto fundamental da filosofia platônica consiste na descoberta da existência de uma realidade supra-sensível, ou seja, uma dimensão supra-física do ser.
 Dos naturalistas, nem mesmo Anaxágoras atinou para a necessidade de introduzir uma inteligência universal para conseguir explicar as coisas, não soube explorar a intuição, continuando atribuir peso preponderante às causas físicas.
 Para responder a essa questão Platão empreendeu aquilo que ele chamou de Segunda Navegação.
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 Na antiga linguagem dos homens do mar, segunda navegação se dizia daquela que se realizava quando, cessado o vento e não funcionando mais as velas, se recorria ao remo.
 Na imagem platônica, a primeira navegação simbolizava o percurso da filosofia realizado sob o impulso da filosofia naturalista.
 A Segunda navegação, representa a contribuição pessoal de Platão, a navegação realizada sob o impulso de suas próprias forças, sua elaboração pessoal.
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 A primeira navegação se revela fora de rota, considerando que os filósofos naturalistas não conseguiram explicar o sensível através do próprio sensível.
 Já a segunda navegação encontra uma nova rota que conduz à descoberta do supra-sensível, do inteligível.
 Na primeira navegação o filósofo permanece prisioneiro dos sentidos.
 Na segunda navegação a filosofia liberta-se de maneira radical dos sentidos através de um deslocamento para o plano do raciocínio puro e daquilo que é captável pelo intelecto e pela mente.
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 Para Platão toda e qualquer coisa física existente supõe uma causa suprema última, que não é de caráter físico, mas caráter metafísico.
 A segunda navegação leva ao reconhecimento da existência de dois planos:
Fenomênico e visível 
Metafenomênico e invisível
O metafenomênico e invisível somente é captável pela razão, pelo puramente inteligível.
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O HIPERURÂNIO
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 As idéias não são simples conceitos ou representações puramente mentais, mas representam entidades, substâncias.
 As idéias não são simples pensamentos, mas aquilo que o pensamento pensa quando liberto do sensível.
 As idéias são as essências das coisas, aquilo que faz com que cada coisa seja aquilo que é.
 O termo paradigma foi usado pela primeira vez para indicar que as idéias representam o modelo permanente de cada coisa.
 As expressões mais utilizadas para indicar as idéias são indubitavelmente em si e por si.
 Tais expressões indicam o caráter de não relatividade, o caráter absoluto das idéias.
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 Afirmar que as idéias existem em si e por si significa dizer que o que é belo ou o verdadeiro não são tais apenas relativamente a um sujeito particular, nem constituem realidades que possam ser forjadas ao sabor do capricho do sujeito, mas que, ao contrario, se impõem ao sujeito de modo absoluto.
 Afirmar que as idéias existem em si e por si significa que elas não são arrastadas do devir que carrega todas as coisas sensíveis.
 Hiperurânio significa lugar acima do céu, ou acima do cosmo físico e, portanto constitui representação mística e imagem que, entendida corretamente, indica um lugar que não é absolutamente um lugar.
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 As idéias são descritas como dotadas de características tais que possibilitem qualquer relação com o lugar físico. Hiperurânio é a imagem do mundo espacial inteligível.
 O Hiperurânio é a meta que conduz a segunda navegação.
 Assim o sensível se explica mediante o recurso do supra-sensível, o relativo mediante ao absoluto, o sujeito a movimento mediante o imutável, o corruptível mediante ao eterno.
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O MUNDO 
DAS 
IDÉIAS
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 O mundo das idéias, implicitamente, é constituído por uma multiplicidade, pois existem idéias de todas as coisas.
 Tais idéias não estão sujeitas a geração, sendo incorruptível.
 A distinção entre dois planos do ser, o sensível e o inteligível, superava definitivamente a antítese entre Heráclito e Parmênides.
 O fluir perene, com todas as características a ele relativas, representam marcas especificas do ser sensível.
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 Já a imutabilidade e tudo quanto ele implica é propriedade do ser inteligível.
 Platão submetia à crítica a concepção de unidade na forma como a entendiam os eleatas.
 O UM não pode ser pensado de modo absoluto, ou seja, de maneira a excluir toda a multiplicidade. O UM não existe sem os muitos como os muitos não existem sem o UM.
 Para Platão, Parmênides tem razão quando afirma não existir o não ser, entendido como negação absoluta do ser. Existe o não ser como diversidade ou alteridade.
 Toda idéia, para ser a idéia que realmente é, deve ser diferente de todas as outras, ou seja, deve não ser todas as outras.
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 Parmênides é superado também pela admissão do repouso e de um movimento ideal no mundo inteligível. 
 Cada idéia, de modo imóvel, é ela mesma mas é, dinamicamente, um movimento ideal em direção às outras ou exclui a participação das outras.
 As idéias são como um sistema hierarquicamente organizado e ordenado, no qual as idéias inferiores implicam as superiores, numa ascensão continua até à idéia que ocupa o vértice da hierarquia, idéias que condiciona todas as outras e não é condicionada por nenhuma delas.
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 O UM sintetiza em si o bem, pois tudo quanto o UM produz é bem.
 Ao UM se contrapunha um segundo princípio, igualmente originário, mas de ordem inferior, entendido como princípio indeterminado e ilimitado e como princípio de multiplicidade. 
 O UM age sobre a multiplicidade ilimitada como princípio limitante e determinante, ou seja, como princípio formal, ao passo que o princípio da multiplicidade ilimitada funciona como
substrato.
 O UM enquanto delimita, se manifesta como bem, porquanto a delimitação do ilimitado, que se revela como forma de unidade na multiplicidade, é essência, é ordem, perfeição e valor.
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O UM :
É princípio de ser.
É o princípio de verdade e cognoscibilidade.
Princípio de valor.
Platão definiu a unidade como medida e, mais precisamente, como medida exata.
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 A geração das idéias a partir dos princípios – UM e DÍADE – não deve ser entendido como processo de caráter temporal, mas como metáfora destinada a ilustrar uma analise de estrutura ontológica.
 O mundo inteligível abrange a totalidade do ser inteligível, isto é, do pensável em todas as suas complexas relações. Era esse mundo que Platão denominava de lugar Hiperurânio e também planície da verdade, para onde partem as almas a fim de exercer a atividade contemplativa.
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O MUNDO SENSÍVEL
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 Do mundo sensível, através da Segunda Navegação, ascendemos ao mundo inteligível, que representa a verdadeira causa do mundo sensível.
 Se compreendida a estrutura do mundo das idéias, é possível compreender melhor a gênese e a estrutura do mundo sensível.
 Assim o mundo inteligível deriva do UM, que desempenha a função de princípio formal, e da Díade, que funciona como principio material, também o mundo material deriva das idéias.
 O UM age sobre a Díade sem a necessidade de mediadores, porque ambos os princípios são de natureza inteligível, mas o mesmo não acontece com o mundo sensível.
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 A matéria, ou o receptáculo sensível que Platão chama de CHORA, apenas participa do inteligível.
 Como as idéias agem sobre o receptáculo que é caótico, para que dele surja algo?
 Existe um Demiurgo, um Deus-artífice, um Deus que pensa e quer, que assumido como modelo o mundo das idéias plasmou a CHORA, segundo esse modelo, gerando assim o cosmo físico.
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 Para explicar o mundo sensível é necessário que se reconheça:
 Há um modelo;
 existe uma cópia;
 O mundo inteligível é eterno, como eterno é artífice.
 O mundo sensível construído pelo artífice, nasce, isto é, foi gerado.
 O demiurgo, portanto, realizou a obra mais bela possível, animado pelo desejo do bem.
 O mal e o negativo que permanece neste mundo derivam da margem de irredutibilidade da espacialidade caótica ao inteligível e racional.
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Assim o mundo é vivo e como tal é perfeito. 
O Demiurgo dotou o mundo, alem de um corpo perfeito, também de uma alma, uma inteligência perfeita.
Assim criou a alma do mundo valendo-se de três principios:
Essência;
Idêntico;
diferente.
O mundo inteligível situa-se na dimensão do eterno, que se configura como é imóvel, sem o era e sem o será. Já o mundo sensível, coloca-se na dimensão do tempo.
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 O tempo é a imagem móvel e eterna como uma espécie de desenvolvimento do é através do era e do será.
 O mundo sensível se torna o cosmo, ordem perfeita, porque assinala o triunfo do inteligível sobre a necessidade cega da matéria, por obra da inteligência do Demiurgo.
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TEOLOGIA
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 Na segunda navegação, a descoberta do supra-sensível, proporcionou a Platão a possibilidade de encarar o DIVINO precisamente nessa perspectiva.
 Crê no Divino é crer no supra-sensível.
 O DIVINO é estruturalmente múltiplo, que é um elemento constantemente presente em toda a filosofia e na mentalidade grega.
 Devemos distinguir entre o divino impessoal e Deus e os deuses pessoais.
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 DIVINO é o mundo das idéias em todos os seus planos.
 DIVINA é a idéia de bem.
 As idéias são entes divinos impessoais e não deuses impessoais.
 Quem apresenta pessoalidade é o Demiurgo que é quem conhece e quer.
 O Demiurgo não cria nem mesmo a CHORA da qual o mundo é constituído.
 O Demiurgo é o plasmador ou o artífice do mundo e não o seu criador.
 A alma é divina, bem como divina é a alma do mundo, dos astros e dos homens.
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O CONHECIMENTO 
– ANAMNESES 
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 De que forma o homem tem acesso ao inteligível?
 É impossível investigar e conhecer aquilo que ainda não se conhece, mesmo se viesse a descobri-lo, seria impossível identifica-lo, pois faltaria o meio para a realização da identifição.
 É impossível vir a conhecer aquilo que já se conhece, precisamente porque já é conhecido.
 O conhecimento é ANAMNESE, uma forma de recordação daquilo que já existe desde sempre no interior de nossa alma.
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 Como sabemos a alma é imortal e renasce muitas vezes. Consequentemente a alma viu e conhece toda a realidade, a realidade do outro mundo e a realidade deste mundo.
 Assim é fácil compreender que a alma deve conhecer: ela deve extrair de si mesma a verdade que já possui desde sempre.
 Esse extrair de si mesma é recordar.
 Com os sentidos, constatamos a existência de coisas iguais, maiores e menores, quadrados, circulares e outros semelhantes. Entretanto com atenta reflexão, descobrimos que os dados que a experiência fornece, não se equacionam jamais, de maneira perfeita, com as noções correspondentes que possuimos.
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 Então é necessário concluir que existe um certo desnível entre os dados da experiência e as noções que possuímos: as noções contêm algo mais do que os dados da experiência.
 Qual a origem desse algo mais?
 Como vimos ele não deriva nem pode estruturalmente derivar dos sentidos, de fora, sua origem está dentro de nós.
 Entretanto, ele não pode provir de dentro de nós como criação do sujeito pensante, pois o sujeito pensante não cria esse algo mais, apenas o encontra e o descobre. Ele se impõem ao sujeito objetivamente de forma absoluta, independente de qualquer poder do sujeito.
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 A reminiscência supõe estruturalmente uma marca impressa na alma pela idéia, uma visão metafísica originaria do mundo das idéias, que sempre permanece, embora velada, na alma de cada um de nós.
 As idéias são realidades objetivas absolutas que através da anamnese, se impõem à mente como objeto.
 Como na reminiscência, a mente apenas capta e não produz as idéias captando-as independentemente da experiência.
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A OPINIÃO 
E A CIÊNCIA 
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 O conhecimento é proporcional ao ser, de modo que aquilo que é ser em grau máximo pode, com exclusividade, ser perfeitamente conhecido, posto que o não-ser é absolutamente incognoscível .
 Existe um conhecimento intermediário entre ciência e ignorância: um tipo de conhecimento que não se identifica como conhecimento verdadeiro, cujo nome é opinião
– DOXA.
 A opinião é quase sempre enganadora. Pode até ser verdadeira e reta, mas não pode possuir em si mesma a garantia de sua retidão, permanecendo sempre sujeita a alterações, assim como mutáveis é o mundo sensível ao qual ela se refere.
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 A opinião se divide em simples imaginação – EIKASÍA – e crença – PISTIS – enquanto que a ciência se desdobra em ciência intermediaria – DIÁNOIA – e em intelecção pura – NOESIS.
 À eikasía e a pistis correspondem os graus do sensível, referindo-se a eikasía às sombras e as imagens sensíveis das coisas, enquanto que a pistis corresponde às coisas e aos próprios objetos sensíveis.
 A diánoia e a noesis se refere a dois graus do inteligível.
 A diánoia opera ainda em torno de elementos visivos e de hipóteses .
 A noesis através da captação pura das idéias e do princípio supremo e absoluto do qual dependem todas as idéias.
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A DIALÉTICA 
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 Os homens comuns se detêm nos primeiros degraus da primeira forma de conhecimento, não ultrapassam o nível da opinião; os matemáticos ascendem ao nível da diánoia; entretanto somente o filosofo tem acesso a noesis e à ciência suprema.
 O processo que leva o intelecto passar de idéia para idéia, constitui a dialética. O filosofo é dialético.
 Dialética ascendente que liberta dos sentidos e do sensível conduz às idéias e posteriormente ascendendo de idéia em idéia, alcança a idéia suprema.
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 A dialética descendente que percorrendo o caminho inverso, parte da idéias suprema ou as idéias gerais e por um processo de divisão, mediante a distinção progressiva das idéias consegue estabelecer a posição que uma idéia ocupa na estrutura hierárquica do mundo das idéias.
 A dialética consiste na captação, baseada na intuição intelectual, do mundo das idéias, da sua estrutura e do lugar que cada idéia ocupa em relação às outras idéias nessa estrutura.
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A ARTE
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 A arte não revela, mas esconde o verdadeiro, porquanto não constitui uma forma de conhecimento nem melhora o homem, mas o corrompe, porque é mentirosa.
 Ela não educa o homem, mas o deseduca, porque se volta para as faculdades irracionais da alma que constituem as partes inferiores de nós mesmos.
 Platão assumia uma atitude negativa perante a poesia, considerando-a inferior à filosofia.
 O poeta não é poeta através da ciência e do conhecimento, mas através da intuição irracional.
 Ignora a razão do que faz e não sabe ensinar a outro o que faz.
 O poeta é poeta por destino, não por virtude derivada do conhecimento.
 A arte constitui um ponto de vista ontológico, uma imitação da realidade sensível.
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 Se a arte por sua vez, é imitação das coisas sensíveis, consequentemente, será imitação de imitação e, por conseguinte, permanecera três vezes distante da verdade.
 A arte figurativa, portanto, imita a simples aparência. Assim, os poetas falam sem saber e sem conhecer aquilo de que falam.
 A arte não se dirige a parte melhor, mas sim a parte menos nobre da alma.
 A arte se mostra corruptora, devendo ser banida ou até mesmo eliminada do Estado perfeito, a menos que acabe por se submeter às leis do verdadeiro.
 Platão não negou a existência e o poder da arte. Negou apenas que a arte seja dotada de valor em si: a arte serve ao verdadeiro e ao falso.
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A RETÓRICA
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 A retórica não passa de mera adulteração do verdadeiro.
 Assim como a arte cria apenas fantasmas, a retórica cria persuasão infundada e crenças ilusórias.
 O retórico é aquele que mesmo sem saber, possui habilidades de persuadir os demais com maior facilidade do que aquele que verdadeiramente sabe, jogando com os sentimentos e as paixões.
 A retórica se dirige, portanto, à parte pior da alma, à parte crédula e instável.
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 Os poetas e os retóricos estão para os filósofos assim como as aparências estão para a realidade e as imitações sensíveis da verdade estão para a própria verdade.
 Somente conhecendo-se a natureza das coisas, através da dialética, e a natureza da alma, à qual se dirigem os discursos, é que será possível construir uma verdadeira arte retórica, uma verdadeira arte de persuadir através do discurso.
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O HOMEM E 
O DUALISMO
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 O corpo é visto não tanto como receptáculo da alma a qual deve a vida juntamente com suas capacidades de operação, mas sim ao contrário, é entendido como tumba, como cárcere da alma, como lugar para cumprimento de suas penas.
 Considerando que possuímos um corpo estamos mortos, porque somos fundamentalmente nossa alma; e a alma, enquanto se encontra num corpo, acha-se numa tumba; e com isso encontra-se em situação de morte.
 Nosso morrer é viver, porque, morrendo o corpo, a alma se liberta do cárcere.
 O corpo é a raiz de todo o mal, fonte de amores insensatos, de paixões, inimizades, discórdias, ignorância e loucuras.
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A FUGA DO CORPO
E DO MUNDO
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 No Fédon, Platão diz que a alma deve procurar fugir sempre mais do corpo.
 O verdadeiro filósofo deseja a morte e a verdadeira filosofia é exercício da morte.
 A morte do corpo representa a abertura para a verdadeira vida da alma.
 O filósofo é aquele que deseja a verdadeira vida da alma e a verdadeira filosofia é treino para a vida autêntica, para a vida na dimensão exclusiva do espírito.
 A fuga do corpo comporta o reencontro do espírito.
 A fuga do mundo significa tornar-se virtuoso e assemelhar-se a Deus .
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 O mal não pode desaparecer, pois sempre haverá de existir algo oposto e contrário ao bem; não pode igualmente habitar entre os deuses, mas deve necessariamente residir nesta terra, junto de nossa natureza mortal.
 Assemelhar-se a Deus é adquirir justiça, santidade e sabedoria.
 Fugir do corpo significa fugir do mal do corpo mediante a virtude e o conhecimento.
 Fugir do mundo significa fugir do mal que o mundo representa, através da virtude e do conhecimento.
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A PURIFICAÇÃO DA ALMA
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 O cuidado com a alma significa purificação da alma.
 Essa purificação se realiza à medida que a alma, ultrapassando os sentidos, conquista o mundo inteligível e do espiritual, mergulhando nele como algo que lhe é co-natural.
 O processo do conhecimento racional representa um processo de con-versão moral.
 A medida que o processo do conhecimento nos leva do sensível para o supra-sensível, nos transporta e converte de um mundo para o outro, também nos transporta da falsa para a verdadeira dimensão do ser.
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 É conhecendo que a alma cuida de si mesma, realiza a própria purificação, se converte e se eleva. Nisso reside a verdadeira virtude.
 A dialética representa libertação das cadeias do sensível, a conversão do devir ao ser, iniciação ao bem supremo.
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A IMORTALIDADE DA ALMA.
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 Para Sócrates, era suficiente compreender que a essência do homem é a sua alma para que se estabelecessem os fundamentos da nova moral.
 Não era necessário estabelecer ou não a imortalidade da alma. Pois a virtude tem o seu prémio e o vício o seu castigo em si.
 Para Platão a alma humana é capaz de conhecer coisas imutáveis e eternas.
 Para poder conhecer tais coisas, ela deve possuir, como conditio sine qua non, uma natureza dotada de afinidade com essas coisas.
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 Como as coisas que a alma conhece são imutáveis e eternas, a alma também precisa ser eterna e imutável.
 As almas são geradas pelo Demiurgo com a mesma substancia de que é feita a alma do mundo.
 A existência e a imortalidade da alma só tem sentido caso se admita a existência do ser meta-empírico.
 A alma constitui a dimensão do inteligível, meta-empírico e, por isso mesmo, incorruptível.
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O DESTINO DA ALMA
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 A metempsicose é a doutrina que ensina a transmigração da alma em vários corpos e, por conseguinte, propõe o renascimento da alma em diferentes formas de seres vivos.
 No Fédon afirma que se as almas viveram uma vida excessivamente ligada ao corpo, as paixões, ao amor e aos prazeres dele derivado, não consegue, com a morte, separar-se inteiramente do que é, portanto o corpo se lhe tornou co-natural.
 Já as almas que tiverem vivido na prática da virtude, não da virtude filosófica, mas da virtude comum, encarnar-se-ão em animais mansos e sociáveis ou até mesmo em homens honestos e virtuosos.
 Para os que viveram a filosofia cabe-lhes a estipe dos deuses.
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O ER
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 Os paradigmas das vidas se encontram, diz Platão, no regaço da MOIRA LAQUESIS, filha da necessidade.
 Tais paradigmas não são impostos mas apenas propostos às almas: a escolha fica entregue à liberdade da própria alma.
 O homem não é livre de escolher entre viver e não viver, mas é livre para optar por viver ou não de acordo com as normas da moral, ou seja pode escolher viver segundo a virtude ou arrastado pelo vício.
 A culpa do erro ou do acerto cabe a quem escolhe.
 Assim não será o demônio que vos escolherá, mas vós escolhereis o vosso demônio.
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 Um profeta de Laquesis sorteia os números para estabelecer a ordem segundo a qual cada alma deve dirigir-se para a escolha.
 Então o profeta estende sobre a relva os paradigmas das vidas, em números bastante superiores aos das almas presentes.
 A primeira à qual cabe a escolha tem a disposição muito mais paradigmas de vidas do que da ultima.
 Isso, porém, não vicia de forma irreparável a escolha, pois, mesmo para a ultima, resta a possibilidade da escolha de uma vida boa, caso não lhe seja possível escolher uma vida ótima.
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 A escolha que cada um realiza recebe confirmação das duas Moiras – CLÓSTOS e ÁTROPOS, tornando-se assim irreversível.
 Então as almas bebem o esquecimento e descem aos corpos para viver a vida escolhida.
 É correto dizer que a escolha depende da liberdade da alma, seria mais exato dizer do conhecimento ou da vida boa ou má.
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O CARRO ALADO
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 Originalmente, a alma se encontrava junto aos deuses, vivendo uma vida divina.
 Em conseqüência de uma culpa, viu-se sobre a terra, projetada num corpo.
 A alma se assemelha a um carro alado puxado por dois cavalos e guiado por auriga.
 Enquanto os dois cavalos dos deuses são iguais e bons, os dois cavalos das almas dos homens são de raças diferentes: um é bom e o outro é ruim.
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Assim as almas desfilam no cortejo dos deuses, voando pelas estradas do céu e procurando em conjunto com os deuses, chegar ao ápice e contemplar o Hiperurânio, ou a Planície da Verdade.
 Algumas conseguem contemplar o ser ou, parte dele, e por essa razão continuam vivendo com os deuses.
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 As outras almas, ao contrário, não conseguem chegar ao Hiperurânio, amontoam-se e não conseguem subir a ladeira que dá acesso ao ápice, chocam-se e atropelam-se; dá-se uma briga, as asas quebram-se e as almas tornam-se pesadas, precipitam-se sobre a terra.
 A vida humana à qual a alma dá origem é moralmente mais perfeita na proporção que mais houver contemplado a verdade no Hiperurânio e moralmente menos perfeita quanto menos a tenha contemplado.
 As almas que viveram de acordo com os ensinamentos da filosofia por três vidas consecutivas constituem exceção e gozam por isso de um destino privilegiado porque retomam as asas após três mil anos.
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A ESTRUTURA DA REPÚBLICA
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 A verdadeira arte política é a arte que cura a alma e a torna o mais possível virtuosa, sendo, por isso, a arte do filósofo.
 A República é precisamente a da coincidência da verdadeira filosofia com a verdadeira política. 
 Apenas na condição de o político se tornar filósofo é que se torna possível construir a cidade autêntica, o Estado verdadeiramente fundado sobre o valor supremo da justiça e do bem.
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Construir a cidade significa conhecer o homem e o seu lugar no universo.
 O Estado é senão o engrandecimento de nossa alma. Uma espécie de gigantografia que reproduz, em vasta dimensão, tudo aquilo que existe em nossa psyché.
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 Um estado nasce porque cada um de nós não é autárquico, não se basta e tem a necessidade dos serviços de muitos outros homens.
 Em primeiro são imprescindíveis os serviços de todos aqueles que provem às necessidades materiais, desde o alimento até às vestes e à habitação. 
 Em segundo lugar são necessários os serviços de alguns homens responsáveis pela guarda e defesa da cidade.
 Em terceiro lugar, é necessário a dedicação de alguns poucos homens que saibam governar adequadamente.
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A cidade, portanto, necessita de três classes sociais.
1. é constituída de homens nos quais prevalecem o aspectos concupiscível da alma, que é aspecto mais elementar. 
 Esta classe, a dos lavradores, artesãos e comerciantes, é boa quando nela predomina a virtude da temperança, que consiste numa espécie de ordem, domínio e disciplina dos prazeres.
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 As riquezas e os bens não deverão ser nem muitos
e nem poucos demais.
2. a segunda classe, dos guardas, é constituída de homens nos quais prevalecem a forca irascível. Deve ser composta de homens que se assemelham aos cães de raça, dotados ao mesmo tempo de mansidão e ferocidade.
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 A virtude dessa classe é a fortaleza e coragem.
 Deverão cuidar para que o estado não se torne demasiadamente grande ou exageradamente pequeno. Devem providenciar para que as tarefas confiadas aos cidadãos correspondam à índole de cada um e para que proporcione a todos a educação conveniente.
3. os governantes deverão ser aqueles que tenham amado a cidade mais do que os outros, tenham cumprido com zelo sua própria missão e especialmente tenham aprendido a contemplar e conhecer o bem.
 Nos governantes predomina a alma racional e sua virtude especifica é a sabedoria.
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 A cidade perfeita é aquela em que predomina a temperança na primeira classe, a fortaleza e a coragem na segunda classe e a sabedoria na terceira.
 A justiça nada mais é do que a harmonia que se estabelece entre essas três virtudes.
 Em cada homem estão presentes as três faculdades da alma.
 Assim existe em nós :
 Uma tendência para os desejos;
 Outra tendência que nos afasta deles e nos leva a controla-los;
 Uma última que nos permite ficar irados.
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 A justiça coincide com uma disposição da alma segundo a qual cada uma de suas partes realiza aquilo que deve e de modo que deve realizar.
 A cidade perfeita deve contar com uma educação perfeita.
 A primeira classe não necessita de educação especial, pois as artes e os ofícios são facilmente apreendidos com a prática.
 Para a classe dos guardas a educação deve ser clássica – ginástica e música – com o objetivo de robustecer a parte da alma da qual derivam a coragem e a fortaleza.
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 Para a classe dos governantes coincidia com os exercícios necessários para o aprendizado da filosofia.
 A finalidade da educação do político-filósofo consistia em leva-lo ao conhecimento e à contemplação do bem, conduzindo-o ao conhecimento máximo para que ele pudesse plasmar a si mesmo conforme o bem, visando inserir o bem na realidade histórica.
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A POLÍTICA E AS LEIS 
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 As constituições históricas, que representam imitações ou formas corrompidas da constituição ideal podem ser três:
 A monarquia – quando um só homem manda imitando o político ideal.
 A aristocracia – quando vários homens ricos governam imitando o político ideal.
 A democracia – o povo na sua totalidade governa e imitam o político ideal.
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 Quando essas três formas de poder se corrompem e os governantes buscam apenas os próprios interesses e não o do povo nascem:
 A tirania.
 A oligarquia. 
 A demagogia.
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 Quando o Estado é bem governado, a primeira forma de governo se apresenta como a melhor.
 Quando campeia no Estado a corrupção a melhor forma de governo é a terceira, pois, pelo menos, a liberdade permanece garantida.
 O poder absoluto da tirania e a liberdade exagerada acarreta a demagogia.
 A verdadeira igualdade não é aquela buscada a todo custo pelo igualitarismo abstrato, mas aquela alcançada de forma proporcional.
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O MITO DA CAVERNA
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 O mito traduz os diversos graus em que ontologicamente se divide a realidade, isto é, os gêneros do ser sensível e supra-sensível.
Assim as sombras da caverna simbolizam as aparências sensíveis das coisas; 
 As estatuas as próprias coisas sensíveis; 
 O muro representa a linha divisória entre as coisas sensíveis e as coisas supra-sensíveis;
 As coisas verdadeiras situadas do outro lado do muro são representações simbólicas do ser verdadeiro e das idéias; 
 O sol simboliza a Idéia de bem.
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Simboliza o grau de conhecimento.
 A visão das sombras simboliza a imaginação e a visão das estatuas a crenças;
 A passagem da visão das estatuas para a visão dos objetos verdadeiros e para visão do sol, antes de forma mediata e depois de forma imediata, simboliza a dialética em seus vários graus de intelecção.
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O mito significa o aspectos ascético, místico ou teológico.
 A vida na visão dos sentidos e do sensível é a vida na caverna.
 A vida na pureza e plenitude da luz é a vida na dimensão do espírito;
 O voltar-se do sensível para o inteligível é expressamente representado com a libertação das algemas, como con – versão, enquanto a visão suprema do sol e da luz em si mesma é a visão do bem e a contemplação do Divino.
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Expressa também a concepção política de Platão.
 Platão menciona um retorno à caverna por parte daquele que se tornou livre, retorno com a finalidade de libertar aqueles que ainda eram mantidos como escravos.
 Passar da luz para escravidão, ele não conseguirá enxergar enquanto não se habituar aos costumes dos antigos companheiros, se arriscará a não ser por eles entendido e, tomando por louco, correrá até mesmo o risco de ser assassinado, como aconteceu com Sócrates.
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A ACADEMIA
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 Uma comunidade de homens dedicada à busca do verdadeiro.
 A finalidade da escola não consistia na difusão de um saber preocupado apenas com a erudição, mas devia se traduzir na preocupação de que o conhecimento, através do saber e de sua organização, forma homens novos, capazes de renovar o Estado.
 Fundamentou-se no pressuposto de que o conhecimento torna os homens melhores e, consequentemente, aperfeiçoa a sociedade.
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BIBLIOGRAFIA 
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
ABBAGNANO, Nicola. História da Filosofia – Vol. 1. Lisboa: Presença, 1985.
LARA, Tiago Adão. A filosofia nas suas origens gregas. Petrópolis: Vozes, 1989.
MANNION, James. Livro completo da filosofia. São Paulo: Madras, 2004.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
MONDIN, Battista. Curso de Filosofia – Vol. 1. São Paulo: Paulinas, 1981.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dário. História da filosofia – Vol. 1. São Paulo: Paulinas, 1990.
REZENDE, Antônio. Curso de filosofia para professores e alunos dos cursos de segundo grau e de graduação. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
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