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Heráclito de Éfeso: O Fluxo Perpétuo do Mundo

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Filosofia - J. Honorato - jhonoratopereira@gmail.com
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HERÁCLITO 
DE 
ÉFESO 
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 Filho de Blóson nasceu em Éfeso, na Jônia. Descendente de família aristocrática.
 Conservava a prerrogativa de usar os títulos régios dos fundadores da cidade.
 Renunciou, em favor do irmão mais novo, ao direito de usar os títulos políticos.
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 Em 498 a.C. todas as cidades, com exceção de Éfeso, uniram-se numa confederação contra os persas, mas foram derrotadas e cruelmente castigadas.
 Heráclito foi um dos poucos pré-socráticos de quem possuímos fragmentos, nos quais detecta-se alguns traços de sua filosofia, como: 
 O desprezo pela plebe supersticiosa;
 O sentimento aristocrático;
 A crítica à tradição contida nos poemas de Homero e Hesíodo.
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O PENSAMENTO
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 É o mais importante dos pré-socráticos. Durante os últimos vinte e cinco séculos não cessou de ser lido, citado, comentado e interpretado das mais variadas formas.
 Para alguns, tanto Heráclito de Éfeso, como Parmênides de Eléia, são vistos como o fundadores da filosofia, pois ambos colocaram os problemas e as soluções , as questões e as respostas, as interrogações e os impasses que foram definidos, nos séculos seguintes.
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 Foi alcunhado de fazedor de enigmas e obscuro – “ Não manifestam nem ocultam, mas se oferecem como algo a ser decifrado e interpretado”.
 O Logos diz que tudo é um.
 O Logos também ensina que a GUERRA é o rei e pai de todas as coisas.
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Mas, que é o logos?
 É a Physis, ou o fogo primordial que arde eternamente.
 O significado de Physis e Logos está relacionado com a ordem racional, pois o seu princípio sua arkhé é a própria razão.
 O mundo é um fluxo, um vir-a-ser permanente e eterno.
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 É a ordem que se estabelece pela guerra dos contrários.
 É a unidade presente na multiplicidade. 
 É a afirmação de que o conhecimento verdadeiro é inteiramente intelectual - razão, não podendo fundar-se somente nos dados oferecidos pela experiência sensorial ou empírica - coração.
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 “ No mesmo rio entramos e não entramos, somos e não somos”.
 Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio; suas água, não são nunca as mesmas e nós não somos nunca os mesmos.
 O mundo é mudança contínua e incessante de todas as coisas e o que é permanente é ilusão.
 Tudo flui, tudo passa, tudo se move sem cessar.
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 O úmido seca, o seco umedece, o quente esfria e o frio esquenta, a vida morre, e a morte renasce, o dia anoitece, e a noite amanhece, a vigília adormece e o sono desperta, a criança envelhece e o velho infantiliza.
 Tudo muda, nada permanece idêntico a si mesmo. 
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 O movimento é portanto a realidade verdadeira.
 Quando uma vela está acesa, temos a impressão de que a chama é estável e idêntica a si mesma e que o que muda é a quantidade de cera da vela, que vai sendo consumida pela chama. Na verdade a chama é um processo de transformação: nela a cera vai se tornando fogo e o fogo vai se transformando em fumaça.
 Assim não só a vela sofre transformação, como também a chama que a consome, pois é consumida pela fumaça.
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 O fluxo perpétuo do mundo não é caótico nem arbitrário.
 A guerra, é o pai e o rei de todas as coisas.
 E necessário saber que a guerra é a comunidade; a justiça é discórdia, e tudo acontece conforme a discórdia e a necessidade.
 A guerra é o que coloca as coisas juntas para formar um mundo em comum.
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 A luta dos contrários é a harmonia e a justiça.
 A harmonia no mundo nasce da tensão entre os opostos.
 O que se opõe a si mesmo está de acordo consigo mesmo.
 Engana-se os que supõem que a realidade é tranquila e inerte.
 A unidade do mundo é sua multiplicidade.
 Tudo é um porque o um é tudo ou todas as coisas.
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 Tudo é um porque acreditam que cada oposto poderia existir sem o seu oposto e olham as coisas como uma multiplicidade de seres separados uns dos outros.
 Não percebem que a multiplicidade é unidade e a unidade, multiplicidade, pois cada contrário nasce de seu contrário.
 A noite traz dentro de si o dia e este traz dentro de si a noite.
 O frio traz dentro de si o quente e o quente traz dentro de si o frio.
 A necessidade traz dentro de si o acaso e o acaso traz dentro de si a necessidade.
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 A saúde traz dentro de si a doença e a doença traz dentro de si a saúde.
 A beleza traz dentro de si a feiúra e a feiúra traz dentro de si a beleza.
 A vida traz dentro de si a morte e a morte traz dentro de a vida.
 O UNO é um múltiplo e o múltiplo é um.
 A unidade primordial é múltipla, o um existente múltiplo, é múltiplo.
 Tudo é um significa que a multiplicidade tensa, contraditória ou em luta é a unidade e a comunidade de todas as coisas.
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 O fogo primordial é uma força em movimento, uma ação em que faz de si mesmo todas as coisas e todas elas são ele mesmo.
 Ele é como chama de vela, mas uma chama eterna, acendendo-se e apagando-se sem cessar.
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 O fogo primordial se distribui quantitativamente em todas as coisas em quantidade perfeitamente determinada e o fogo primordial delimita todas as coisas para que nelas não haja excesso nem falta.
 Quando a água se evapora uma medida de úmido se apaga e uma medida de quente se acende. Quando a água evapora se condensa em nuvens, uma medida de quente se apaga e uma medida de úmido se acende. 
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 A exalação do fogo distingue-se em claras e obscuras.
 O quente é a mais perfeita expressão da primeira.
 O úmido é a mais perfeita expressão da segunda.
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 São claras ou do fogo ardente: o sol, a luz, o calor, a vida, a saúde, a beleza, o conhecimento.
 São obscuras, ou do fogo apagado; a noite, a treva, o frio, a morte, a doença, a feiura, a ignorância, .
 Há uma guerra entre as medidas, guerra que é ordem e justiça do mundo.
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 O mais sábio dos homens se comparado aos deuses, é apenas um símio. Porem, num outro fragmento
é dito que o mais belo símio é feio se comparado ao homem.
 A idéia de que a sabedoria e a verdade plena pertencem à divindade e que os homens podem apenas amá-las e procura-las.
 O conhecer é decifrar e interpretar a natureza que ama ocultar-se. O conhecimento é um movimento espiral da alma que sabe usar os olhos e os ouvidos quando aprendeu a pensar a si mesma.
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BIBLIOGRAFIA 
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
ABBAGNANO, Nicola. História da Filosofia – Vol. 1. Lisboa: Presença, 1985.
LARA, Tiago Adão. A filosofia nas suas origens gregas. Petrópolis: Vozes, 1989.
MANNION, James. Livro completo da filosofia. São Paulo: Madras, 2004.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
MONDIN, Battista. Curso de Filosofia – Vol. 1. São Paulo: Paulinas, 1981.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dário. História da filosofia – Vol. 1. São Paulo: Paulinas, 1990.
REZENDE, Antônio. Curso de filosofia para professores e alunos dos cursos de segundo grau e de graduação. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
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