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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – CCT UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL II – T 07 PROFESSOR: LINCOLN ARAÚJO JULIANA DOS SANTOS ARAUJO – 120110998 ENGENHARIA DE MATERIAIS INTERFERÊNCIA, DIFRAÇÃO E POLARIZAÇÃO DA LUZ CAMPINA GRANDE – PB 20 DE DEZEMBRO DE 2021 INTRODUÇÃO A interferência pode intensificar certos comprimentos de onda, ou cores, da luz refletida, enquanto suprime outros comprimentos de onda. A onda resultante da interferência entre duas ondas de luz depende do comprimento de onda, da amplitude e da diferença de percurso “D” entre as ondas primárias. No caso de duas ondas primárias de mesmo comprimento de onda (l), mas com uma diferença de percurso n1, teremos: ● Interferência construtiva: quando, a onda resultante apresenta uma amplitude (A) maior do que a das ondas primárias. Isto ocorrerá quando as ondas em interferência estão em fase, ou seja, "n" é um número inteiro. ● Interferência destrutiva: ou seja, a onda resultante apresenta uma amplitude (A) menor do que as duas ondas primárias. Isto ocorre quando as ondas em interferência estão fora de fase, ou seja, "n" é um número fracionário. Já a difração é a propriedade que as ondas têm de contornar obstáculos ou passar por um orifício quando são parcialmente interrompidas por ele, por exemplo, com as ondas sonoras e com os raios de luz, e que pode ser entendido como sendo o desvio da trajetória retilínea da luz após ela passar pela aresta de um objeto. As luzes emitidas por fontes luminosas, por exemplo, os raios de luzes solares têm comportamento formado por ondas eletromagnéticas que vibram em diversas direções durante a emissão, incidência e reflexão. Para cada onda do raio que vibra em uma direção sempre há outro em um plano perpendicular à onda luminosa. Essa luz com movimento “perturbado” é chamada de luz natural ou apenas de luz não polarizada. As ondas polarizadas podem ser produzidas a partir de ondas não polarizadas através de fenômenos como: absorção, espalhamento, reflexão e birrefringência. Sendo assim a Polarização é um fenômeno no qual apenas o feixe de luz que se encontram no mesmo plano conseguem atravessar alguns materiais. PREPARAÇÃO DE DIFRAÇÃO - ÓPTICA FÍSICA 1. A natureza da luz sempre foi um dos temas que sempre chamaram a atenção dos grandes cientistas da humanidade. Desde a Antiguidade (300 a.C.) com Euclides até Einstein e Planck, no séc. XX. Hoje em dia, duas teorias que explicam a natureza da luz são aceitas: a teoria corpuscular e a teoria ondulatória. Comente este conceito do comportamento da Luz, dualidade onda-partícula. A natureza da luz diz respeito a sua formação. Atualmente, entende-se que a natureza da luz é dual, ou seja: ora ela comporta-se como uma onda, ora como partícula. Esse comportamento, ficou conhecido como “dualidade onda partícula”, também é observado em outras partículas quânticas, como os prótons, nêutrons e elétrons. 2. O que é Difração da Luz? Comente dando exemplo. A difração da luz é a propriedade que as ondas têm de contornar obstáculos ou passar por um orifício quando são parcialmente interrompidas por ele, por exemplo, com as ondas sonoras e com os raios de luz, e que pode ser entendido como sendo o desvio da trajetória retilínea da luz após ela passar pela aresta de um objeto. 3. O que é Polarização da Luz? Comente dando exemplo. A polarização da luz ocorre quando a luz natural, que antes se propagava em todos os planos, passa a se propagar em um único plano. As ondas produzidas pelas emissoras de rádio e TV são ondas polarizadas, uma vez que apresentam, em uma determinada direção, um campo elétrico variável no espaço e no tempo. 4.Explique como procedemos experimentalmente, para determinar o comprimento de uma onda da Luz (onda eletromagnética). Para determinação experimental vai ser montado o equipamento, como no experimento de determinação do comprimento de onda da luz, sendo ajustada inicialmente a rede de difração a fim de formar uma nítida no anteparo, em seguida é medido e anotado a distância da fonte de luz até a rede de difração. Depois é preciso medir a distância da cor até o centro com uma régua milimetrada e anotar a distância para as cores em questão. Para concluir deve-se verificar qual foi a rede de difração usada, pois cada uma vai dar um valor para a variável “D” diferente, após isso padroniza as unidades de medidas de “D” para nanômetro e por fim substitui na equação abaixo os valores encontrando assim o comprimento da onda. 5.Explique o que é Polarização por reflexão. Comente a relação desse conceito com a aplicação de fibra óptica. A luz incidente em uma superfície plana e polida sofrerá em parte reflexão, que será polarizado perpendicularmente ao plano de incidência, enquanto que a porção refratada será polarizada paralelamente ao plano de incidência. O grau de polarização será função de vários fatores, como qualidade e índice de refração da superfície refletora e principalmente, do ângulo de incidência do feixe de luz, segundo Brewster, atingirá a máxima polarização quando os raios incidentes e refratados forem complementares, ou seja, quando: nnn n = nnn n. As fibras óticas são formadas por um núcleo transparente de alto índice de refração revestido por camadas plásticas transparentes cujos índices de refração são mais baixos que os do núcleo, sendo assim, permite a reflexão interna total da luz. 3. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS 3.1 Material utilizado ● Fonte de luz branca 12V – 21W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e sistema de posicionamento do filamento; base metálica 8 x 70 x 3cm com duas mantas magnéticas e escala lateral de 700mm; ● Lente de vidro convergente biconvexa com Ø = 50mm, DF = 50mm, em moldura plástica com fixação magnética; lente de vidro biconvexa Ø = 50mm, DF = 100mm, em moldura plástica com fixação magnética; ● Diafragma de uma fenda; ● Cinco cavaleiros metálicos; ● Uma rede de difração 500 fendas/mm em moldura plástica com fixação magnética; ● Uma trena de 2m; anteparo para projeção com fixador magnético e régua milimetrada de ±150mm. ● Dois anteparo para projeção com fixador magnético; ● Três polaroides em moldura plástica com fixação magnética. ● Um disco giratório Ø = 23cm com escala angular e subdivisões de 1°; ● Um suporte para disco giratório. 3.2 Procedimentos experimentais: PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL - 12 ● Montar o equipamento conforme foto abaixo (Fig.4-13). ● Colocar na frente da fonte luminosa e à 4cm, uma lente convergente de distância focal f = 5cm. Essa lente é utilizada para iluminar a fenda; ● Colocar na frente da lente o diafragma com uma fenda; ● Utilizar uma lente convergente de distância focal f = 10cm para projetar a fenda no anteparo; ● Ajustar a posição da lente para que a fenda projetada fique bem nítida; ● Colocar a rede de difração na frente da lente e ajustar para que o espectro fique bem nítido; ● Ajustar a posição da rede de difração para que fique a 14cm (a = 0,140m) do anteparo de projeção; ● Medir a distância do centro de cada cor até o centro da fenda projetada, completando a tabela; ● Medir as distâncias X e a para a radiação vermelha: X = 4,7cm e a = 14 cm. ● Calcular a constante da rede de difração que tem 500 linhas / mm: D (1 / 500 linhas / mm) = D = 2 x 103 nm (nanômetro 10-9 m). ● Calcular o comprimento de onda da radiação vermelha: = 636,52nm ● Anotar os valores acima na Tabela 4-7 e calcular o comprimento de onda para as outras cores: ● Qual a radiação que tem maior comprimento de onda? Vermelho ● Qual a radiação que tem maior frequência? A que tem menor comprimento de onda, que no caso é o violeta. ● Qual radiação sofre interferência construtiva mais afastada da raia central? Vermelho. ● Tabela de cores e comprimentos de onda: ● Os resultados encontrados foram os esperados, comparando com a faixa da Tabela acima? Comente. Sim, ao comparar a tabela que achamos com a que é dada na apostila, é possível perceber que os resultados encontradosforam os esperados. Polarização da Luz – Experiência 13 ● Montar o equipamento conforme foto abaixo (Fig.4-14). ● Colocar sobre a base metálica um cavaleiro metálico com lente convergente de distância focal 12cm e fixar no cavaleiro o diafragma com uma fenda; ● Colocar na extremidade da base metálica um anteparo para projeção e ligar a fonte de luz; ● Colocar sobre a base metálica, um polaroide fixo no cavaleiro e a 10cm da lente; ● Ajustar a posição da lente para que a fenda projetada fique bem nítida; ● Observar a projeção luminosa e colocar sobre a base metálica o segundo polaroide e a 10cm do primeiro polaróide; ● A projeção luminosa sobre o anteparo de projeção (desapareceu/diminuiu/ou não se alterou)? Em condições ideais desaparece, quando um polaroide ficar perpendicular ao outro, mas inicialmente a projeção diminui, pois os dois polarizadores estão na mesma posição, portanto só vai passar determinadas ondas de luz por eles; ● Girar o segundo polaróide sobre o cavaleiro num ângulo de 90° em relação ao primeiro polaróide e observar a projeção; Ao girar o segundo polaróide sobre o cavaleiro num ângulo de 90° em relação ao primeiro polaróide, observa-se que a projeção desaparece. ● Repetir os procedimentos acima e comentar sobre a polarização da luz. As fontes luminosas geralmente emitem luzes formadas por ondas eletromagnéticas que vibram em várias direções. São as luzes naturais, ou não polarizadas. Na natureza existem substâncias que, ao serem atravessadas pelos feixes de luz, deixam passar apenas uma parte da onda luminosa. Desse acontecimento ocorre um fenômeno chamado de polarização da luz, onde a luz natural que antes se propagava em todos os planos, agora se propaga em um único plano. Os polarizadores funcionam como uma fenda permitindo que a luz passe somente em um plano. Caso dois polarizadores estejam alinhados na mesma direção, a luz passa pelo primeiro, mas no segundo não se vê nada, pois os raios que atravessam o primeiro polarizador são filtrados no segundo. Polarização da Luz por Reflexão – Experiência 14 ● Montar o equipamento conforme foto abaixo (Fig.4-15). ● Colocar na frente da fonte de luz um cavaleiro metálico com uma lente convergente de distância focal 12cm e o diafragma com uma fenda; ● Ligar a fonte de luz e ajustar o raio luminoso bem no centro do transferidor; ● Colocar o semicírculo no disco ótico, conforme foto e ajustá-lo no disco óptico de tal modo que o ângulo de incidência seja igual à 0°, o ângulo de refração também 0°; ● Fixar em outro cavaleiro metálico, um polaróide e em outro cavaleiro o anteparo de projeção; ● Girar o disco ótico 20° e observar o raio refletido, colocar na mesma direção do raio refletido o polaroide e projetar o feixe refletido no anteparo a 10cm do polaroide; ● Girar o polaroide de 90° e observar a projeção do feixe luminoso e retornar o polaroide para a mesma posição; ● Girar o disco ótico para 40° e observar o raio refletido, reposicionar, o conjunto polaroide e anteparo de projeção; ● Girar o polaroide de 90° e observar a projeção do feixe luminoso, e retornar o polaroide para a mesma posição; ● Repetir esses procedimentos para os ângulos entre 50° e 60°, encontrar um ângulo de reflexão de tal modo que girando o polaroide a projeção desapareça; ● Medir o ângulo α de incidência que tem a luz polarizada: θB = 55° (simulado) ● Medir o ângulo entre o raio refletido e o raio refratado. A soma entre θB e θr igual a 90°. ● Qual a direção de polarização? Comente sua resposta. Como o experimento não foi feito presencialmente só é possível supor que a direção de polarização é vertical. ● Encontrar a tangente do ângulo θB: tg θB= 1428. ● Encontrar esse valor com o índice de refração do material (acrílico) encontrado no experimento anterior: n = 1,50. ● Admitindo uma tolerância de erro 5%, podemos considerar que a tangente do ângulo de Brewster θB é igual ao índice de refração do material? Comente a resposta. Sim, pois o erro foi menor que 5, portanto a tangente do ângulo de Brewster é igual ao índice de refração do material, já que o valor de n1 (o valor do índice de refração do ar), assume valor unitário. 4.CRÍTICAS E SUGESTÕES. Mediante o material requisitado e disponibilizado, assim como a explicação do conteúdo. Não possuo nenhuma crítica e nem sugestão a registrar. 5.CONCLUSÕES No experimento 12 foi possível compreender o fenômeno físico conhecido como interferência e ressaltar que a diferença de fase entre duas ondas luminosas pode mudar se as ondas atravessarem materiais com diferentes índices de refração e, facilitando o entendimento sobre esse fenômeno físico. O espectro de luz visível pode assumir diversas cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e violeta, em função do seu comprimento de onda. Quanto maior o comprimento de onda, menor a frequência, logo, a radiação de maior comprimento de onda (vermelha) possui menor frequência e a radiação de menor comprimento de onda (violeta) possui maior frequência. No experimento 13 é possível concluir que há vários materiais que ao serem atingidos pelos feixes de luz deixam passar apenas uma parte da onda luminosa, esse acontecimento é conhecido como polarização da luz. Após girarmos os parabolóides com uma diferença de 90° é possível perceber que o feixe luminoso desaparecia, verificando que a equação da Intensidade do Raio Luminoso é verossímil e entender o fenômeno conhecido por polarização. Por fim, no experimento 14 foi possível entender a polarização da luz por reflexão e mostrar que a relação existente entre a tangente do ângulo de Brewster B e o índice de refração de um material, sendo esta uma relação comprovada experimentalmente.
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