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Resumo Geral - João Carlos Mettlach e Maísa Verdugo 184-XII

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2011 
 
DIREITO - USP 
 
João Carlos Mettlach 
& Maísa Verdugo 
184.XII – João Mendes Jr. 
COMPILAÇÃO DOS [
RESUMOS DE ECONOMIA 
POLÍTICA ]
Compilam-se, neste documento, os resumos dos textos de leitura obrigatória da disciplina 
DEF111 – Economia Política na Faculdade de Direito da USP, ministrada pelo Prof. Doutor 
Alessandro Octaviani, durante o primeiro semestre do ano letivo de 2011. 
Autoria 
[JOÃO CARLOS METTLACH] 
(Exceto quando indicado) 
 
Revisão 
[MAÍSA VERDUGO] 
 
 
ÍNDICE GERAL 
BLOCO I 
AULA 03 – Direito e Capitalismo 
AULA 04 – Direito e Hegemonia 
AULA 05 – Direito e Superação do Subdesenvolvimento 
AULA 06 – Acumulação Primitiva 
AULA 07 – Formação Simultânea e Articulada do Capitalismo e do Estado Nacional 
 
BLOCO II 
 
AULA 08 – Mercantilismo 
AULA 09 – Fisiocratas 
AULA 10 – Adam Smith 
AULA 11 – David Ricardo 
AULA 12 – A Industrialização Atrasada – Hamilton e List 
AULA 13 – Karl Marx 
AULA 14 – Neoclássicos e Marginalistas 
AULA 15 – O Capitalismo Organizado – Capital Financeiro e Imperialismo 
AULA 16 – O Capitalismo organizado – John M. Keynes 
AULA 17 – Joseph Schumpeter 
AULA 18 – Estruturalismo Latino-Americano e Desenvolvimentismo 
AULA 19 – Neoliberalismo 
 
BLOCO III 
 
AULA 21 – Internalização dos Centros Decisórios 
AULA 22 – Homogeneização Social 
AULA 23 – Democracia Participativa Quente 
AULA 24 – Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado 
AULA 25 – Fim da Alienação 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 03 
 
 
 
J o ã o C a r l o s M e t t l a c h – 1 8 4 . X I I 
 
Página 1 
 
 
I) RESUMO 
 
 Analisando-se a história do direito, nota-se que não há um claro limiar que divida o 
que é, de fato, jurídico, e aquilo que excede este assunto, como a moral, a religião e os 
costumes. O primeiro passo, dado pelos iluministas, salientou a existência de uma 
moral superior, que abrangeria todos os homens, independentemente de sua crença. 
 
 Foi, no entanto, com o surgimento da organização capitalista, que se tornou mais claro 
os limiares que dividem as esferas da religião, moral, economia e direito. 
 
 
 Como exposto acima, o capitalismo foi justamente o grade identificador de qualidade 
do que é direito. 
 
 Na verdade, há uma infinidade de assuntos que podem ser considerados jurídicos; 
muitos deles, inclusive, são regulados por outras instâncias, como a religião e a moral. 
 
 
 O diferencial do direito está explicitamente no tratamento da questão, isto é, no 
procedimento diferenciado da moral e da religião. 
 
 A organização capitalista organizou o Estado de forma a racionalizar e normatizar um 
grande leque de comportamentos. 
 
 
 Através desta análise, vê-se que o direito tem grande preocupação com as trocas, já 
que, dentro do sistema em questão, a mercadoria, em um sentido amplo, i. e., que 
abrange diferentes instâncias sociais, tem importância muito maior que os próprios 
sujeitos da troca. 
 
AULA: 03 
TEXTO: 01 - MASCARO 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 03 
 
 
 
J o ã o C a r l o s M e t t l a c h – 1 8 4 . X I I 
 
Página 2 
 O direito é, então, uma forma de tornar as trocas sociais e mercantis mais seguras, 
reforçada pela institucionalização do Estado. 
 
 
 A forma do direito, então, é a mesma do capitalismo: não são apenas os bens que são 
passíveis de troca; as pessoas também o são. 
 
 Como consequência, o direito lançou mão de inúmeras ferramentas jurídicas que 
proporcionaram apoio a este sistema. 
 
 
 Assim, é necessário que haja um Estado, na figura de um terceiro imparcial, que 
execute os contratos não cumpridos, garanta a propriedade privada das partes e que 
torne os cidadãos como sujeitos de direito, isto é, impute-lhes direitos e obrigações. 
 
 Não se pode esquecer o regime de impessoalidade da justiça: enquanto antes o 
aplicador do direito era um artesão do direito, hoje a ciência jurídica se baseia no 
regime da maior impessoalidade possível, como espelhamento da produção e das 
trocas de mercadorias. 
 
 
 Não se deve pensar, todavia, que é o tema de determinado assunto que o faz jurídico; 
o que insere um tema no âmbito do interesse do direito são, na verdade, as relações 
sociais específicas. 
 
 Já era de se esperar que as primeiras codificações do direito atendessem 
expressamente aos interesses burgueses: tratam especialmente, na parte civil, da 
manutenção da propriedade, do cumprimento dos contratos e da segurança às 
relações mercantis; já o código penal prevê punição àqueles que se desviarem do 
objetivo social de produção, combatendo, por exemplo, o roubo de um bem de 
determinado proprietário. Assim, as instituições necessárias à exploração 
permanecem asseguradas. 
 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 03 
 
 
 
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Página 3 
 Nem mesmo o direito do trabalho pode ser visto como uma forma contraditória ao 
sistema atual: na verdade, ele apenas limita a intensidade da exploração, evitando, 
assim, problemas maiores como questionamentos e revoluções. 
 
 É de se notar como mesmo a lógica matemática, oriunda do capitalismo, fincou-se 
fortemente no direito. 
 
 
 Não se deve pensar, contudo, que a normatização do direito lhe torne mais justo; na 
verdade, este processo o torna apenas mais previsível, já que, segundo o autor, não se 
poderia considerar justo um sistema que nasce para dar apoio a instituições 
capitalistas, promotoras constantes de injustiça social. 
 
 
II) ANOTAÇÕES DE AULA (Professor Convidado Alysson Mascaro) 
 
 Antiguidade: direito e religião encontram-se vinculados (primitividade, imparcialidade, 
rusticidade); 
 Modernidade: moral, religião, política e direito se separam. 
o Ocorre, então, uma transformação qualitativa do Direito. 
 Modo de produção: relações de produção e forças produtivas; 
o Mudança de modo de produção acarreta mudanças nas relações e nas forças 
produtivas; 
 
 
I. Senhor detém a força: 
o Escravo pertence ao senhor; 
o Exploração direta; 
 
II. Senhor feudal tem a posse dos meios de produção: 
o Servos; 
o Vínculo de submissão; 
 
III. Detentores do capital: 
o Trabalhadores assalariados; 
o Contrato estabelecido entre empregador e empregado; 
o Exploração indireta; 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 03 
 
 
 
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Página 4 
 
 
 
 
 
I) RESUMO 
 
 Partindo de uma análise ideológica do direito, logo de início nos é mostrado que o 
direito parece ser justamente o oposto daquilo que ele é: parece um todo sistemático 
e coerente enquanto, na verdade, o direito é uma forma de controle social, através da 
qual, determinadas relações sociais de dominação tornam-se legítimas. 
 
 Prova disso é justamente o fato de a sociedade ser tratada sempre como proprietária, 
seja de capital ou de força de trabalho. 
 
 
 Percebe-se que as ideias burguesas, iluministas, de liberdade, igualdade e propriedade 
nos mostram certa formalidade abstrata e objetiva, que nos faz crer na justiça da lei. 
Faz-nos convencido de que do Estado emana uma razão superior à própria sociedade. 
 
 Essa ilusão de justiça plena do direito rompe-se quando se vai além do limite de sua 
explicação do real; neste ponto, nota-se como a ciência jurídica é repleta de 
debilidades e contradições internas. 
 
 
 O direito, segundo CAFFÉ ALVES, trabalha num esquema dialético entre direito e não-
direito.Isto é, em vez de apenas desconsiderar plenamente aquilo que é ainda 
marginalizado pelo ordenamento, o direito acaba dialogando com esta outra entidade, 
de forma a, através de articulações internas, acolhê-la; isto dá à ciência jurídica certa 
flexibilidade operacional. 
 
 O direito, baseado em normas, parece-nos a solução mais racional para os casos; 
assim, é vedada uma decisão judicial que não se paute naquelas. 
 
 
AULA: 03 
TEXTO: 02 - ALAÔR 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA]AULA 03 
 
 
 
J o ã o C a r l o s M e t t l a c h – 1 8 4 . X I I 
 
Página 5 
 Todavia, essa formalização pode ser vista sob outro prisma: o de que o formalismo 
asseguraria a ordem social, dotando-a de suprema racionalidade e, por outro lado, 
criando modos de controle social, tão necessários à reprodução das relações 
econômicas. 
 
 O homem, então, acaba sendo tirado de sua individualidade e passa a ser visto, 
apenas, como um titular de deveres e obrigações. É neste campo que entra a análise 
mais aprofundada de igualdade e liberdade. 
 
 
 Apesar de festejada pelos liberais, estas duas condições nada mais fazem senão 
embasar o modo de produção e troca capitalista, permitindo que todo indivíduo seja 
capaz de comercializar produtos e, até mesmo, sua força de trabalho. 
 
 Há, também, diferente atuação na esfera público-privada. Enquanto o poder público 
determina a forma como os bens econômicos devem ser partilhados, o Estado prefere 
abster-se de atuar na esfera do direito civil, promovendo, assim, que os conflitos 
sejam solucionados, na maioria das vezes, através do poder econômico de cada uma 
das partes. 
 
 
 Hodiernamente, nota-se que a visualização do conflito de classes se tornou cada vez 
mais difícil, fazendo-nos parecer que as relações se dão, apenas, no nível 
intersubjetivo. 
 
 No entanto, esse dualismo se manifesta até mesmo no conceito do ser (relações 
estruturais) e dever ser (ordem jurídica): sob esta dicotomia, esconde-se o modo 
formal e abstrato de considerar tal ordem. 
 
 
 O que faz hoje o ordenamento jurídico é precisamente tratar todos como iguais, 
mesmo que haja disparidade econômica entre os indivíduos. Nota-se, claramente, uma 
incompatibilidade, já que, ao tratar igualmente os desiguais, o Estado está 
compactuando, tutelando e, até mesmo, fomentando a distribuição desigual da 
riqueza privada. 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 03 
 
 
 
J o ã o C a r l o s M e t t l a c h – 1 8 4 . X I I 
 
Página 6 
 
 O papel do Estado, através de seu ordenamento, seria de, por fim, conservar a 
estrutura capitalista como ela é atualmente, canalizando a riqueza privada produzida 
para aqueles que já a têm e mostrando seu direito, sob o viés de liberdade e 
igualdade, como justo e racional, enquanto, sob esta máscara, esconde uma faceta de 
garantia de manutenção do modo de produção capitalista. 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 04 - GRAMSCI 
 
 
 
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Página 1 
 
 
I) REFLEXÕES DA NATUREZA PRÁTICA DO HOMEM 
 
 Gramsci propôs uma modificação no conceito de hegemonia; 
 Reflexão filosófica: Homem com relações ativas e orgânicas na sociedade; 
 Homem na política permite a capacidade de mudança; 
 
II) CENTRALIDADE DA POLÍTICA COMO ATIVIDADE HUMANA E 
OBJETOS PASSÍVEIS DE SEREM ALCANÇADOS 
 
 Natureza Humana  Conjunto de relações historicamente documentadas; 
 Há três passos para a análise das situações: 
a. Forças sociais; 
b. Forças Políticas; 
c. Forças militares; 
 Há uma disputa entre a grande e a pequena política: 
a. Pequena = Mudança dentro do ordenamento 
b. Grande = Substituição de um ordenamento por outro; 
 Hegemonia, então, é a capacidade de liderar grupos subordinados; 
o Trata-se de um controle sobre o ordenamento jurídico 
 Há diferença de predomínio entre consenso e força: 
o Países Ocidentais  Consenso > Força 
o Países Orientais  Força > Consenso 
 Weber propõe três conceitos: 
a. Poder  Probabilidade de impor a própria vontade a outrem; 
b. Dominação  Probabilidade de encontrar obediência em outrem; 
c. Disciplina  Probabilidade de encontrar obediência; 
 Intelectuais  Camada especializada 
o Aparato Coercitivo da sociedade 
o Classes dominantes gozam de prestígio social entre todas as classes; 
o Divisão: 
a. Orgânicos  Vinculado a alguma classe (Tanto dominantes quanto 
subordinadas) 
b. Tradicionais  Mantêm-se distante de conflitos; 
 Folclore  São respostas antigas para problemas resolvidos; 
 Senso Comum  Responde às questões atuais; 
 Bom senso  Transferido pela filosofia 
AULA: 04 
TEXTO: Gramsci 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 04 - GRAMSCI 
 
 
 
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Página 2 
 
III) HEGEMONIA CULTURAL 
 
 EUA  Há o Americanismo e o Fordismo: 
o Estrutura jurídica formal para o desenvolvimento de determinados 
objetivos; 
o Controle sobre saúde pública, álcool, etc. (Ex.: Lei Seca); 
o Dispensa da legitimação intelectual europeia; 
o Construção de um senso comum voltado ao progresso; 
o Presença de: racionalização do trabalho, ideologia, altos salários, bem-
estar; 
o Traz alienação e repressão 
 
 Nova concepção de Direito: 
o Renovador: sem doutrina anterior; 
o Sem moralismo e transcendência; 
 
IV) CONCLUSÃO 
 
 As classes dominantes gozam de um prestígio social entre as classes subordinadas; 
 Estas permanecem subordinadas por causa da hegemonia cultural; 
 A hegemonia cultural é a aceitação, pelas classes subordinadas, de determinados 
conceitos emanados pelas classes dominantes, tomando-os como bons para si 
próprios e para a sociedade; 
 Nos EUA, ao contrário da Europa, as medidas sociais não precisam de justificativa de 
intelectuais. Isto possibilitou que o país conseguisse alcançar grande desenvolvimento 
capitalista, tornando-se uma grande fábrica. 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 05 
 
 
 
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I) TESE DO PROF. COMPARATO 
 
1. Superação do Subdesenvolvimento no Direito Privado: 
 Exemplos: Contrato de seguro e macroempresas, que são os 
organizadores da circulação de riqueza; 
 Devem ser vistas como um problema de ordem política e não somente 
como um meio de maximização dos lucros de seus sócios, uma vez que 
são as organizadoras da circulação da riqueza do país; 
 
 
2. Projeto Nacional de Desenvolvimento pela Lei: 
 Adaptação às necessidades individuais; 
o Ex.: Art. 3º, CF/88 
 Subdesenvolvimento é o desequilíbrio entre classes, setores e regiões; 
 
3. Panorama Histórico: 
 Golpe de 64  Interrupção do desenvolvimento nacional; 
 Mesmo após a redemocratização, houve apenas políticas neoliberais, 
que não resolveram o subdesenvolvimento e não retomaram o 
anterior período de desenvolvimento (pré-64); 
 
II) TESE DO PROF. EROS GRAUS 
 
1. Apresentação 
 Capitalismo se sustenta através do direito; 
 Direito moderno é, na verdade, uma conservação das forças sociais; 
 Direito se configura, então, numa arena de disputas; 
 
2. Finalidade 
 Conservar os interesses dos defensores do capital; 
 Serve, na verdade, ao modelo capitalista: 
o Unificação jurídica reflete a unificação na troca mercantil; 
 Racionalidade jurídica reflete a racionalidade do mercado; 
 
3. Conflitos 
 Acolhimento das contradições; 
 Atuação do Estado na Economia; 
AULA: 05 
TEXTO: 01 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 05 
 
 
 
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 Garantia do Desenvolvimento nacional: 
o Segundo o Art. 3º, CF/88, propõe-se construir uma sociedade 
livre, justa e solidária; 
o Trata-se de um método da superação do subdesenvolvimento; 
 
III) TESE DO PROF. BERCOVICI 
 
1. Estado VS. Constituinte: 
 Forças estruturantes do Estado vão contra o poder constituinte; 
 Fortalecimento do constituinte; 
 O Art. 3º, CF/88 mostra-se transformador neste contexto; 
 É favorável ao modelo de Constituição Dirigente. Ou seja, que o texto 
Constitucional incorpore um programa de ação para alteração da 
sociedade, que trace metas e determine os rumos a serem seguidos 
pelo Governo; 
 
2. Direito Econômico Indispensável: 
 Luta contra o poder econômico sobre o Estado; 
 Base econômica própria do Estado; 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 06 - MARX 
 
 
 
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Página 1 
 
I) O SEGREDO DA ACUMULAÇÃO PRIMITIVA 
 
 Acumulação do capital: 
o Produção de mais-valia (lucro); 
o Baseia-se na reprodução do capital e na exploração da força de trabalho 
 Confronto: meios de produção VS. Força de trabalho 
 Acumulação Primitiva se dá com a separação do produtor e do meio de produção 
 Capitalistas combateram o poder feudal 
o Objetivo de explorar livremente o homem 
o Afastamento da servidão (que era empecilho da exploração) 
 Expropriação da base fundiária 
 
II) EXPROPRIAÇÃO DA BASE FUNDIÁRIA 
 
 Séc. XIV  Servidão já desaparecera 
o Maior parte do solo inglês era composto por camponeses livres 
 Séc. XVI  Massa proletária lançada no trabalho pela dissolução dos séquitos feudais; 
o Impulsionada pela manufatura flamenga da lã 
 Velha nobreza feudal já havia sido dissipada em guerras 
o A nova nobreza acatava e fomentava a transformação de lavouras em 
pastagens para ovelhas; 
 Inicialmente, a legislação voltou-se contra a expropriação 
 Durante a Reforma, as propriedades da Igreja foram confiscadas 
o Acarretou a expulsão dos súditos que habitavam estes territórios 
 Séc. XVIII  Últimos vestígios da propriedade comunal; 
 Revolução Gloriosa  Terras foram tomadas para a propriedade privada 
o Lei tornou-se veículo para o roubo de terras; 
 Liberação dos camponeses para serem usados como força de trabalho nas cidades; 
 Na Irlanda e na Escócia, os processos foram ainda mais rápidos e violentos que na 
Inglaterra 
o Gaélicos eram empurrados, conforme os interesses dominantes, às áreas mais 
inférteis; 
 
III) LEGISLAÇÃO SANGUINÁRIA & SALÁRIO 
 Proletariado não pôde ser absorvido com a mesma velocidade em que foi produzido: 
AULA: 06 
TEXTO: Marx 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 06 - MARX 
 
 
 
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o Geração de uma massa de esmoleiros, assaltantes, etc.; 
 Enquadramento dos tipos acima em leis bastante duras 
o Leis deram base formal para a disciplina que se faz necessária dentro do 
processo de produção capitalista 
 Legislação também utilizada como forma de regular o salário; 
 Proibição de associações de trabalhadores; 
 
IV) ARRENDATÁRIOS CAPITALISTAS 
 
 Criação de grandes latifundiários, sob os novos moldes capitalistas; 
 Revolução Agrícola  enriquece o arrendatário 
o Maior uso de trabalhadores assalariados; 
 
V) INDÚSTRIA & MERCADO INTERNO 
 
 Meios de subsistência se tornaram elementos do capital 
o Ex.: alimentos tornaram-se produtos adquiridos através da compra, e não mais 
plantados; 
 As máquinas tornaram-se um meio de comando para a classe trabalhadora 
 A matéria-prima seguiu o mesmo exemplo, e passou a também ser vista e 
comercializada como mercadoria; 
 
VI) CAPITALISMO INDUSTRIAL 
 
 Sistema colonial fomentou o capitalismo 
o Os tesouros encontrados nas novas áreas foram convertidos em capital 
 No período anterior, de supremacia das manufaturas, o comércio era mais relevante 
que a produção; 
o Na fase subsequente (capitalismo concorrencial/industrial), a produção 
industrial torna-se ais importante que o comércio; 
 Dívida pública é utilizada como alavanca da concentração de capital 
 
VII) TENDÊNCIA HISTÓRIA DA ACUMULAÇÃO 
 
 Propriedade privada é vista, por Marx, como condição necessária à exploração 
 O grande entrave enfrentado pelo capitalismo é a formação de monopólios 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 07 - FIORI 
 
 
 
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Página 1 
 
Por Maísa Verdugo 
184.XII 
I. TEMA 
 
 Contradição existente no modelo econômico clássico que prega a igualdade entre 
Estados, porém só funciona com a desigualdade. 
 
II. CITAÇÃO DE ADAM SMITH 
 
 “Estados devem ser iguais em força e coragem...”; 
 Como isso é possível se já existe uma hierarquia? 
 Contradição entre teorias e resultados 
 
III. EXPOSIÇÃO E EXEMPLIFICAÇÃO DO “DUPLO MOVIMENTO” DE 
POLANYI 
 
 Moinho satânico: 
o EXPANSÃO: Autorregulação, euforia com o modelo liberal; 
o AUTODESTRUIÇÃO: Regeneração do capitalismo (ex. crise do padrão ouro); 
 Ocorre a associação entre capital e poder político; 
 Surgimento de novos países capitalistas: países de segunda linha; 
 Mudança de hegemonia (países periféricos mantêm-se nessa condição); 
 Poder = dinheiro e armas; 
 
IV. CONDIÇÃO DOS PAÍSES PERIFÉRICOS 
 
 Trata-se do Brasil, Argentina e México; 
 Tentam romper a hierarquia, no entanto, suas moedas são fracas no sistema monetário 
internacional; 
 “Sem moedas, nem coragem, nem força”; 
 Sem armas, sem tecnologias, sem crédito, sem força dirigente. 
 
AULA: 07 
TEXTO: Fiori 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 08 - MERCANTILISMO 
 
 
 
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Página 1 
 
 
I) BULIONISMO 
 Trata-se de uma fase inicial do mercantilismo; 
 Necessidade de atrair ouro e prata para os países europeus; 
o Ex.: Espanha 
 Proibição da exportação do ouro para conservá-lo dentro do país. 
 
II) MERCANTILISMO 
 Objetivo  Balança comercial favorável; 
 Tendência de aumentar as exportações e diminuir as importações; 
 Tendência à criação de monopólios. 
 
III) RESTRIÇÕES 
 Estado restringiu a importação; 
 Também controlou a produção interna; 
 Estado assumiu, então, funções das corporações de ofício, determinando, por 
exemplo, salários e alocação. 
o Objetivo Final  Maximizar os lucros dos mercantilistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA: 08 
TEXTO: 01 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 08 - MERCANTILISMO 
 
 
 
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Página 2 
 
 
 
 
 
 
I) MERCANTILISMO 
 
 Séc. XV  Contexto Histórico 
 Maior segurança às feiras comerciais e diminuição das barreiras à circulação de 
mercadorias; 
 Enriquecimento individual como finalidade normal 
 Estados centralizados dispostos a dirigir a economia 
 Aspectos comuns: 
a. Defesa das Manufaturas; 
b. Desenvolvimento do comércio; 
c. Expansão colonial. 
 
II) CONTEXTOS NACIONAIS 
 
A) BULIONISMO ESPANHOL 
 
 Ideologia de que a conservação do ouro e da prata traria poder ao Estado; 
 Proibição da saída de metais preciosos do Estado; 
 Pressão para diminuição das importações; 
 Esta política mostrou-se desastrosa, causando declínio da produção nacional. 
 
B) FRANÇA 
 
 Queria obter metais preciosos 
 Almejava uma economia completa e autossuficiente; 
 Regulou a produção, especialmente a esfera das corporações: 
o Fomentou o aumento da eficiência e do aperfeiçoamento; 
 Proteção alfandegária 
 Colbert apostou na alta qualidade dos produtos franceses; 
 Produção era voltada à exportação; 
 A regulamentação da agricultura, então, baixaria o custo de seus produtos; 
 
C) INGLATERRA 
 
 Não dispunha de indústria forte: 
o Pouca importância à regulamentação industrial inicialmente; 
AULA: 08 
TEXTO: 02 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 08 - MERCANTILISMO 
 
 
 
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 Objetivo  Balança comercial favorável; 
 Investiram no aumento da importação para promover o aumento da exportação; 
 Atitudes estatais: 
a. Pacto Colonial; 
b. Regime aduaneiro; 
c. Baixada taxa de juros, proporcionando maior quantidade de 
moedas; 
 Proteção à agricultura; 
 Diversificação de seus produtos 
 Proibição da importação de produtos industrializados. 
 
III) POLÍTICAS 
 
A) POLÍTICA NACIONALISTA 
 
 Enriquecimento do cidadão proporciona maior poder do Estado; 
 Comércio é forma de obtenção de riqueza; 
 Dependência da Economia (prosperidade) e da Política (poderio militar); 
 Abundância de mão-de-obra e dinheiro; 
 Crédito fácil e baixo; 
 Indústria é apenas um MEIO para atingir o lucro; o lucro é o FIM. 
 País só enriquece a custa de outro; 
 
B) POPULACIONISMO 
 
 População abundanteproporciona maior mão-de-obra; 
o Promove desenvolvimento do comércio e da indústria; 
o Permite salários menores; 
 Teoria de Malthus: Quanto maior for o número de miseráveis, maior o progresso; 
 
C) DOMÍNIO MONETÁRIO 
 
 Moedas  Poder de compra constante 
 Abundância de moeda aumenta o desenvolvimento do comércio e da indústria; 
o Aumentam, então, os preços, que gera aumento do número de miseráveis e, 
consequentemente, de mão-de-obra; 
 
D) PAPEL DO ESTADO 
 
 Individualismo  Regime voltado ás iniciativas privadas; 
 Intervencionismo estatal: 
o Estímulo à produção, troca e riquezas; 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 08 - MERCANTILISMO 
 
 
 
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Página 4 
o Permite alcance de maior riqueza; 
 Econômica dependia da política; 
 Aspectos importantes: 
o Liberdade e incentivo de exportações de manufaturados; 
o Proibição de exportação de matérias-primas necessárias às indústrias; 
o Fomento às manufaturas; 
o Conquista de colônias revela novos mercados; 
 
 
IV) CONTROVÉRSIAS 
 
 Utopia e Cidade do Sol são obras que mostram sociedades igualitárias; 
o São, na verdade, críticas ao capitalismo nascente; 
o Mostra uma reminiscência do espírito medieval; 
 
A) REGULAMENTAÇÃO 
 
 Regulamentação de comércio e da indústria 
 São condições favoráveis à manufatura; 
 Filosofia individualista 
o Uso da força e da violência; 
 Estado rompe as barreiras arcaicas (medievais) e unifica o território econômica e 
politicamente. 
 
B) OURO E PRATA COMO RIQUEZA 
 
 Marx e Smith criticam essa visão, dizendo que os mercantilistas confundem dinheiro e 
riqueza; 
 Ouro e prata não são riquezas, mas apenas transições; 
 Grande importância ao ouro gera pouca possibilidade de crédito: 
o Estimula os investimentos externos. 
 
C) DILEMA MERCANTILISTA 
 
 Erro Básico  Excedente de exportação não determina o bem-estar econômico; 
 Via-se a economia como inelástica, isto é, se um ganha, outro deve perder; 
 Inglaterra  Considerava o saldo multilateral (com relação a vários países e produtos) 
do que o bilateral; 
 Todo déficit e superávit da balança comercial deve ser compensado com o fluxo de 
metais preciosos; 
 Existência de mecanismos automáticos de reequilíbrio da balança de pagamento. 
 
D) TRANSIÇÃO PARA O LIBERALISMO 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 08 - MERCANTILISMO 
 
 
 
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 Maior quantidade de moeda gera aumento dos preços 
o Aumenta as importações e diminui as exportações. 
 Hume vê a procura como relativamente elástica; além disso, não se deve acumular 
ouro ilimitadamente; 
 Aparecem teses de “mercantilismo natural”; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 08 - MERCANTILISMO 
 
 
 
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 Mercantilismo é uma ideia que ajuda a compreender uma realidade histórica 
 Trata-se de uma transição entre a Idade Média e o Liberalismo; 
 Estado é sujeito e objetivo do Mercantilismo; 
 
 É um sistema unificador  Sistema Econômico de transição 
o Sistema de poder  consolidação da soberania dos estados recém-formados; 
o Sistema protecionista  Visão de desenvolvimento da economia nacional; 
o Sistema Monetário 
o Sistema Social  Rompimento com as relações feudais. 
 
AULA: 08 
TEXTO: 03 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 09 - FISIOCRATAS 
 
 
 
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 Séc. XVII  Regulamentações beneficiavam apenas poucas empresas 
 Capitalistas que não se beneficiavam queriam se livrar das restrições; 
 
I) PROTESTANTISMO E ÉTICA 
 
 Homem justo põe a fé acima da obra religiosa 
o Isto é, a salvação não depende da mediação eclesiástica, mas se baseia na fé 
do crente; 
o Propõe uma independência do poder da Igreja; 
 Individualismo  O homem independe do julgamento de um sacerdote, julgando-se a 
si próprio; 
 Valor religioso no trabalho constante seria o caminho da salvação; 
 Reforma protestante como uma maneira de alcançar a liberdade (econômica e 
religiosa); 
 Filosofia individualista: salvação pela fé (e não mais por intermédio da Igreja); 
 Práticas comerciais, inclusive as lucrativas, ganham uma valoração positiva (“Deus 
criou o mercado e a troca”); 
 Valorização do trabalho, pois este assegura a salvação; 
 
II) POLÍTICAS ECONÔMICAS 
 
 Protestos contra subordinação da economia ao Estado; 
 Liberdade de competição  Surgimento do mercado livre; 
 Amoralismos, como ambição e egoísmo, fomentam a industrialização; 
 Busca do lucro pressupõe a proteção da propriedade e o cumprimento dos contratos; 
 
III) ORIGENS DA TEORIA CLÁSSICA 
 
 Mão-de-obra livre  Aumenta a produtividade; 
 Trabalho como fonte de lucro; 
 
IV) FISIOCRATAS 
 
 São, na verdade, discípulos de Quesnay; 
 Pretendiam reformar a política agrária francesa; 
 Defendiam: 
a. Abolição das corporações; 
AULA: 09 
TEXTO: 01 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 09 - FISIOCRATAS 
 
 
 
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b. Remoção das barreiras; 
c. Agricultura capitalista; 
 
V) IDÉIAS DE QUESNAY 
 
 Produção em ciclos anuais; 
o Isto é, tudo o que é produzido torna-se insumo para a produção futura; 
 Excedente  Apenas através da natureza 
o A produção agrícola é vista como principal fator de riqueza (excedente); 
o Inovação: excedente está na esfera da produção agrícola e não mais na esfera 
da circulação como defendiam os mercantilistas 
 Desconhecia-se, então, o lucro industrial; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 09 - FISIOCRATAS 
 
 
 
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I) ORIGEM 
 
 França (séc. XVIII) 
o Sul  Propriedade senhorial com baixa produtividade; 
o Norte  Propriedade capitalista com maior produtividade; 
 Comício de pequeno alcance; 
 Atitude crítica em relação ao mercantilismo de Colbert; 
 Para Marx, fisiocratas são os fundadores da economia política; 
 Para Smith, cometem o erro de ver a terra como única fonte de riqueza; 
 
II) FILOSOFIA 
 
 Homem busca prazer e felicidade: 
o Natureza econômica da felicidade; 
 Ordem Natural  Leis constitutivas das sociedades humanas (Deus); 
 Sociedade como meio de fim econômico; 
o O Homem é um ser social: a sociedade, portanto, é espaço destinado às trocas 
de mercadorias. 
 Homem necessita do trabalho de outrem; 
 Moral é um meio de realização física da lei natural 
 Leis Naturais podem ser: 
a. Leis Físicas  Curso dos acontecimentos físicos; 
b. Leis Morais  Regra das ações humanas conforme a ordem física; 
 
III) TERRA E PROPRIEDADE 
 
 Cultura da terra  Permite multiplicar subsistências 
o É uma instituição necessária; 
 Propriedade como fundamento: 
o Vista como liberdade; 
o Garantia plena da fruição; 
o Necessidade: liberdade e segurança; 
o Propriedade exclui a igualdade; 
 Desigualdade como algo natural; 
 Justiça como imposição da ordem da natureza; 
 Ultrapassagem da propriedade feudal; 
AULA: 09 
TEXTO: 02 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 09 - FISIOCRATAS 
 
 
 
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 Interesse do Estado = Interesse do Proprietário; 
 Distinção: proprietários VS. Não proprietários; 
o Base: meio de produção; 
o Função de cada grupo social; 
 Apenas proprietários com direitos políticos; 
 Estado protege a propriedade; esta sustenta os gastos públicos, que sustentam, por 
sua vez, o Estado; 
 Antropologia otimista: 
o Perfeita harmonia dos interesses; 
o Equilíbrio social; 
 Defesa da concorrência e da liberdade de comércio; 
 Poder a Deus  Legislação positiva é mero ato declaratório,já que o poder do 
soberano emanaria, também, de Deus; 
 Quesnay defende intervencionismo estatal quando para beneficiar a agricultura; 
 Fisiocratas não foram liberais no que tange à política, já que defendiam o despotismo; 
 Influência do pensamento newtoniano, formulando leis absolutas e universais; 
 
IV) RIQUEZA 
 
 Apenas a terra produz excedentes; 
o Excedente surge como conceito novo na economia, isto é, como diferença 
entre grandezas físicas sem qualidade; 
 Política subordina o poder. 
 Excedente permite que os homens trabalhem em outras áreas (divisão do trabalho); 
 
V) CIRCULAÇÃO 
 
 Através da circulação do excedente há o processo produtivo; 
 Troca entre classes sociais 
o Proprietários apropriam-se da renda, consumindo-a totalmente; 
o Fluxo e processo autorrenováveis; 
o Circulação  Produção 
o Moeda facilita a troca, mas não possui função ativa (oposição ao 
mercantilismo); 
 
VI) CRÍTICAS E PRESSUPOSTOS 
 
 Economia estacionária 
o Excedente seria consumido integralmente; 
o Desconsidera a acumulação de capital; 
 Importância do conceito de Capital como estoque de bens e adiantamentos; 
 Possuem certo conservadorismo nos seguintes aspectos: 
o Economia sempre centralizada na agricultura; 
o Estrutura artesanal; 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 09 - FISIOCRATAS 
 
 
 
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 Produit-net antecipa o conceito de mais-valia de Marx 
 Suas principais limitações são: 
a. Desconsidera a classe industrial e o lucro industrial; 
b. Modelo estático, que não prevê a acumulação do capital; 
c. Pressupõe preços constantes; 
d. Ausência da teoria do valor; 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 10 - SMITH 
 
 
 
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I) BIOGRAFIA 
 
 Fundador da economia política; 
 Obra principal: A Riqueza das Nações; 
 Fenômenos econômicos vistos e formulados como um sistema de leis; 
 
II) INFLUENCIAS 
 
 Visão marcada pelo debate filosófico de sua época: 
o Existência de leis universais; 
 Riqueza das da esfera do comércio e passa para o trabalho; 
 Crítica ao mercantilismo 
o Estes confundiam a riqueza com os materiais e a nação com o soberano; 
 
III) VISÃO GERAL: RIQUEZA DAS NAÇÕES 
 Expõe que a riqueza das nações organiza e delimita a temática econômica; 
 Trata da criação e da distribuição dos bens, dos serviços; do comércio (nacional e 
mundial) e do papel das classes; 
 Tem como núcleo central de seu pensamento a criação e ampliação da riqueza; 
 Considera que a riqueza é fruto do trabalho e o seu potencial é um fenômeno social, 
pois há maneiras, como a divisão do trabalho, de ampliar-se a produtividade; 
 Abordagem  Economia como sistema 
 Núcleo  Criação e ampliação da riqueza; 
 Riqueza é vista como fruto do trabalho humano 
 A divisão do trabalho fomenta o aumento da produtividade; 
 
IV) ENFOQUES 
 
 Teoria dos Valores  Necessidade de um parâmetro para comparação entre países e 
tempos; 
o Valor de troca  Alcançado no mercado 
o Valor de uso  Pela utilidade particular do bem 
o Preço nominal  Em dinheiro 
o Preço real  De acordo com o custo humano; 
 Trabalho como mediador de valor; 
AULA: 10 
TEXTO: 01 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 10 - SMITH 
 
 
 
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 São as fontes de valor: 
o Salários; 
o Renda da Terra; 
o Lucros; 
 Preço nominal = salário + preço + lucro 
o Definido pelo mercado, de acordo com a oferta e a demanda; 
 Teoria do Trabalho comparado; 
o Valor da mercadoria = quantidade de trabalho que essa mercadoria pode 
comprar; 
 Novo conceito: CAPITAL; 
o Lucro visto como elemento da produção; 
o Eleva o nível de produtividade; 
 A divisão do trabalho propõe maior especialização para um menor custo; 
 O Livro comércio seria regulado pela “mão invisível”: 
o Há uma quebra clara com a herança feudal; 
o Pressupõe e fomenta a ampliação de mercados e a divisão do trabalho; 
o Mão invisível seriam as atitudes egoístas dos capitalistas que se converteriam 
em decisões favoráveis a toda a sociedade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 10 - SMITH 
 
 
 
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I) INTRODUÇÃO 
 
 Produção como método de medida da riqueza de um país; 
o Reflete a habilidade, destreza e bom senso do homem; 
o Há uma proporção entre aqueles que executam um trabalho útil e aqueles que 
não executam trabalho; 
 Nações desenvolvidas dependeriam da habilidade, destreza e bom-senso; 
 
II) DIVISÃO DO TRABALHO 
 
 Aprimoramento das forças produtivas 
 Sociedade evoluída necessita do trabalho de várias pessoas; 
 Agricultura comporta menos divisões; 
 São três razões: 
a. Maior destreza do trabalhador; 
b. Menor tempo na mudança de tarefas; 
c. Uso de máquinas; 
 Abundância dos bens  Cada trabalhador tem para vender uma determinada 
quantidade de trabalho 
o Em última análise, há a necessidade de cooperação entre os homens. 
 
III) ORIGEM DA DIVISÃO DO TRABALHO 
 
 Propensão humana natural de realizar trocas; 
 Homem necessita da cooperação de seus semelhantes; 
 Indivíduo tem uma ocupação específica pela certeza de poder permutar seu próprio 
excedente com o de outrem; 
 Possibilidade de desenvolvimento de talentos e habilidades distintas; 
 
IV) DIVISÃO DO TRABALHO LIMITADA PELA EXTENSÃO DO 
MERCADO 
 
 Mercado reduzido dá pouco estímulo à plena dedicação à habilidade específica 
 Há a incerteza da futura possibilidade de troca de seu excedente com o de outrem; 
 
V) ORIGEM E USO DO DINHEIRO 
 
AULA: 10 
TEXTO: 02 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 10 - SMITH 
 
 
 
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 Homem subsiste por meio da troca 
o Tornam-se todos, então, comerciantes; 
 De início, há a incerteza em relação à concretude da troca futura; 
o Desenvolvimento levou à produção de bens que poucas pessoas se recusariam 
em receber; 
 
VI) PREÇO REAL vs. NOMINAL 
 
 Trabalho é uma medida real do valor de troca 
 Valor de troca é estipulado em dinheiro (preço nominal); 
 Trabalho nunca varia de valor 
o Trata-se do preço real; 
 
VII) FATORES QUE COMPÕEM O PREÇO DAS MERCADORIAS 
 
 Quantidade de trabalho  Reflete o salário pago 
 Renda da Terra  Pagamento a proprietários da terra; 
 Lucro do empresário  Adianta salários, materiais; 
o É o capital acumulado; 
o Acumula em função do risco assumido; 
 
VIII) EFEITOS DO AUMENTO DO CAPITAL SOBRE AS FORÇAS 
PRODUTIVAS 
 
 No início, não havia acumulação de capital: 
o Cada homem supria suas próprias necessidades 
 A acumulação primitiva de capital leva ao aprimoramento das forças produtivas: 
o Manutenção do capital da melhor forma possível; 
 Quanto maior o estoque, maior a divisão de trabalho: 
o Necessária para a maximização da produção; 
 
IX) RESTRIÇÕES À IMPORTAÇÃO 
 
 Altas taxas alfandegárias geram monopólio do mercado interno para a indústria 
nacional; 
o Monopólio estimula um tipo específico de indústria; 
o Maior capital e maior mão-de-obra do que deveria ser empregado 
o Há um desvio do capital 
 Indivíduo > Legislador  Âmbito do capital 
 Em paridade de lucros, o comerciante prefere, por segurança, o mercado interno 
 Assim, o interesse individual convergiria para o social; 
 O monopólio seria, então, prejudicial; 
o País impedido de produzir objetos de maior valor; 
o Diminuição da troca da produção anual; 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 11 - RICARDO 
 
 
 
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I) BIOGRAFIA E INFLUÊNCIAS 
 
 Teve contato com Smith e Malthus 
 Teórico mais rigoroso entre os economistas clássicos 
 Influenciou o marxismo e as tradições neoclássicas; 
 Influenciadopela Revolução Francesa e pela Revolução Industrial; 
 
II) TEORIA DA RENDA E DO LUCRO 
 
 Três classes 
o Proprietário da terra 
o Dono do capital 
o Trabalhadores 
 Renda da Terra  parte do produto da terra paga ao seu proprietário; 
 Produto Líquido = (Total Produzido – Custo de Produção); 
o Valor excedente criado pelo trabalho (lucro + renda); 
 Terras em diferentes graus de fertilidades; 
o Fazendeiros de uma terra de menor qualidade pagam uma renda ao dono da 
terra de melhor qualidade; 
o Concorrência aumentava a renda, até que os lucros se equilibrassem; 
 Terras menos férteis  Lotes Menores  Produto Líquido cada vez menor; 
 Para Malthus, o crescimento populacional diminui os salários pagos; 
 Capital era o cereal adiantado para a subsistência do lavrador; 
 Produto líquido decrescente gerava lucro decrescente; 
 
III) CONFLITO: CAPITALISTAS vs. FAZENDEIROS 
 
 Acumulação de Capital  Prosperidade Econômica; 
o Maior procura de mão-de-obra; 
o Maiores salários; 
o Maior aumento da população; 
 Economia em dificuldade  Renda das terras diminui o lucro 
o Menor produtividade  Menores Lucros  Maior Renda da terra 
o Maior trabalho  Maior salário  Menores lucros 
 Malthus  Critica a inobservância da lei da oferta e da procura; 
 
IV) TEORIA DO VALOR-TRABALHO 
AULA: 11 
TEXTO: 01 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 11 - RICARDO 
 
 
 
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Página 2 
 
 Mercadorias recebem seu valor em função de: 
o Escassez (oferta e procura); 
o Quantidade de trabalho incorporado; 
 Ferramentas e máquinas são produtos intermediários do trabalho (Trabalho passado) 
 Produção como atividade humana; 
 Erra ao dizer que o capital é o mesmo que os meios de produção; 
o Capital reproduz uma relação social (Marx); 
 Considera o capitalismo e a divisão do trabalho coisas naturais e imutáveis, isto é, que 
relações assim sempre existiram; 
 Não previa, entretanto, que a força de trabalho também seria uma mercadoria: 
o As falhas de sua teoria foram preenchidas por Marx, ao desenvolver a teoria 
da mais-valia; 
 
V) DETERMINAÇÃO DE PREÇOS 
 
 Abandono da noção de trabalho incorporado; 
o Preços se alteram mesmo quando a quantidade de trabalho permanece 
constante; 
 Exemplo: 2 indústrias; 
o A primeira possui altos salários e menores lucros enquanto a segunda possui 
menores salários, mas com maior investimento em máquinas; 
o O preço da 2ª fábrica é melhor; 
o Caso haja aumento de salário, o preço da primeira aumenta mais que a da 
segunda; 
 Capital pode ser: 
o Fixo  Maior durabilidade; maquinaria proporciona maior lucro; 
o Circulante  menor durabilidade; 
 
VI) IMPOSSIBILIDADE DE SUPERPRODUÇÃO 
 
 Lucros dependem da quantidade de trabalho necessária dos trabalhadores da terra. 
 Tendência dos lucros é o declínio; 
o Maior quantidade de trabalho gera maiores salário e menores lucros; 
 Sem a acumulação, haveria a queda dos salários, sofrimento e pobreza; 
 Para Ricardo, os interesses capitalistas são próximos dos sociais; 
o Os interesses dos proprietários de terra, conduto, são opostos ao da 
sociedade; 
 Oferta e a Procura regulariam o mercado (Preços/Composição) 
 Capitalistas produzem aquilo que não precisam para trocar; 
o Moeda como mediadora: não se quer entesoura-la; 
o Produção cria sua própria procura; 
o Excesso pode ocorrer em apenas uma mercadoria, mas não em todas; 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 11 - RICARDO 
 
 
 
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 As crises econômicas, então, são ajustes necessários aos padrões anormais de oferta e 
procura. 
 
VII) MAQUINARIA COMO DESEMPREGO VOLUNTÁRIO 
 
 Diminui custos, poupa trabalho; 
 Diminui os preços (concorrência); 
 Substituição da classe operária por máquinas; 
 Maior produtividade; 
 Mercado não realocaria tão facilmente os desempregados 
o Capital não implica no aumento do bem-estar econômico 
 
VIII) TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS E COMÉRCIO 
INTERNACIONAL 
 
 Livre comércio pode beneficiar mutuamente os países envolvidos 
o Sem vantagem absoluta, mas apenas com vantagens relativas; 
o Cada país tem uma mercadoria em vantagem; 
 Privilegia-se aquele que emprega menos trabalho para produzir determinado produto. 
 
IX) HARMONIA SOCIAL E CONFLITO DE CLASSES 
 
 Mão Invisível  Harmonizaria o interesse de todos; 
o Cada país destina seu capital e mão-de-obra de forma mais conveniente; 
o Livre comércio aumenta a utilidade da troca para ambas as partes. 
 Crítica 
o Livre comércio apenas os mais abastados 
o Mão invisível é incompatível com conflito de interesses entre as classes e 
entre os países; 
o Uso de restrições coercitivas (Colônia vs. Metrópole e ricos vs. Pobres); 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 12 - HAMILTON 
 
 
 
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I) OBJETIVO 
 
 Convencer o Congresso Americano a adotar medidas protecionistas para promover as 
independências econômica e militar em relação às nações estrangeiras. 
 
II) ARGUMENTOS CONTRÁRIOS 
 
 Fisiocratas  Agricultura como única atividade produtiva; 
 Necessidade da ajuda do governo 
 Vocação dos EUA para a agricultura; 
 Dificuldade em competir com a Europa; 
 Falta e alto custo da mão-de-obra; 
 Falta de capital; 
 
III) RESPOSTAS 
 
 Indústria cria um novo produto, com maior quantidade de trabalho; 
 Agricultura e manufatura como complementares; 
 
IV) MÉTODOS 
 
 Divisão do trabalho  Maior destreza e habilidade 
o Menor gasto de trabalho; 
 Maior uso do maquinário 
o Auxílio à força humana; 
o Podem ser manuseadas por homens e crianças; 
 Emprego de mão-de-obra feminina e infantil 
o Resolve a falta de mão-de-obra e custo da mesma; 
o Maior produção e maior renda familiar; 
 Incentivo à imigração 
o Uso da mão-de-obra estrangeira; 
 Distinção de talento entre os homens 
o Diversificação de indústrias e de áreas de investimento; 
 Defesa da teoria das vantagens comparativas 
o EUA não podem competir em tudo com a Europa, mas não devem se restringir 
aos produtos agrícolas; 
o Fortalecimento do mercado interno; 
AULA: 12 
TEXTO: 01 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 12 - HAMILTON 
 
 
 
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o Criação de uma demanda estável e não sujeita a choques externos; 
 Divergência entre norte e sul 
o Ambos os interesses seriam defendidos ao fomentar a industrialização; 
 
 Necessidade de políticas públicas frente à dinamização provocada pela industrialização 
o Políticas voltadas ao desenvolvimento industrial; 
 Intervenção estatal é vista como único meio de permitir o desenvolvimento da 
indústria nacional; 
 Necessidade de autonomia: defesa, comida, habitação e roupas; 
 Capital provido pelo: 
o Governo, com novos impostos, forma fundos públicos; 
o Bancos 
o Capital estrangeiro 
 
V) PROTECIONISMO 
 
 Tarifas alfandegárias 
 Proibição contra bens rivais; 
 Proibição à exportação de matérias-primas 
 Bônus financeiro 
 Prêmios à inovação 
 Benefícios fiscais: importância de matérias-primas e bens de produção 
 Regulação das exortações 
 Melhorias no transporte 
 Impostos 
 
 Aplicação ao caso: ferro, açúcar refinado e chocolate. 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 13 - MARX 
 
 
 
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I) ORGANIZAÇÃO DA OBRA 
 
 Apresenta a ordem de apresentação dos temas tratados; 
 
II) PROGRESSO DA INVESTIGAÇÃO 
 
 Publicações em jornais e pesquisa de jurisprudência fomentaram debates sobre livre-
cambismo e protecionismo; 
 
 Critica a filosofia hegeliana 
 
o Relações jurídicas não se compreendem por si mesmas; 
o Importância das relações de produção 
 Sociedade determina o homem; 
o Transformação da base econômica altera a superestrutura; 
 
 Organizaçãoeconômica desaparece apenas quanto todas suas forças produtivas já se 
desenvolveram; 
 Filosofia pós-hegeliana 
 Mudança para Londres  Documentação da Economia Política 
o Marx passou a ter acesso a novos materiais de pesquisa; 
 
III) CRONOLOGIA 
 
 Surge em contexto de agitação política e social 
 Debate as ideias hegelianas na universidade 
o Anos depois, rompe com essa visão; 
 Marx apresenta um período economista utópico 
 Aprofunda-se no estudo crítico do sistema capitalista e da situação da classe 
proletária; 
 Publicação do Capital; 
 
 
 
 
 
 
AULA: 13 
TEXTO: 01 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 13 - MARX 
 
 
 
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Página 2 
 
 
 
 
 
 
 
I) A PRODUÇÃO 
 
 Crítica a Smith e a Ricardo nos aspectos: 
o Visão de um estado de natureza idealizado 
o Produção acontece sempre em sociedade 
o Indivíduo da nova sociedade visto como natural; 
 Sociedade Burguesa é um simples método de alcançar objetivos 
o Máxima evolução 
o Produção à margem do sistema é um absurdo para Marx 
 
 Produção como abstração racional 
o Possui caracteres gerais a várias épocas 
o Há necessidade de instrumento de produção e do trabalho acumulado no 
passado, isto é, capital; 
o Surge sempre no contexto social. 
 
 O povo industrial seria, então, o apogeu da produção e apogeu histórico; 
 
 Produção é a apropriação da natureza pelo indivíduo 
 
o Propriedade é condição de garantia dos bens adquiridos 
o Uso do direito e polícia; 
 
II) RELAÇÕES: PRODUÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, TROCA E CONSUMO 
 
 Produção  Membros da sociedade adaptam os produtos da natureza à sociedade 
humanas; 
 Distribuição  Proporção de cada indivíduo; 
 Troca  Converter a proporção da distribuição; 
 Consumo  Torna o produto como necessidade individual; 
 
 Produção  Consumo 
 
A) PRODUÇÃO E CONSUMO 
 
a. Duplo caráter  Aquele que produz, consome suas faculdades na 
produção; 
AULA: 13 
TEXTO: 02 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 13 - MARX 
 
 
 
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b. Consumo de meios de produção 
 
 A segunda produção é igual ao consumo, pois é resultante da destruição do primeiro 
produto; 
 
 Consumo e produção são intermediários de si, justificam-se; 
 Consumo torna o produto, de fato, produto; 
o Cria a necessidade de uma nova produção 
 Produção fornece ao consumidor sua matéria 
o Dá aspecto determinado 
o Determina o objetivo e seu modo de consumo 
o Cria o consumidor e a necessidade de produtos 
 A identidade entre consumidor e produtor pode se dar: 
o Imediata  Produção consumidora; 
o Intermediários  Reciprocamente indispensáveis; 
o Ao realizarem-se, criam-se um sob a forma do outro; 
 Produção e consumo como momento de um mesmo ato. 
 
B) DISTRIBUIÇÃO E PRODUÇÃO 
 
 Capital é agente de produção e fonte de receitas; (Ex.: Juro e lucro): 
o A distribuição é produto da produção; 
 Distribuição é como lei social 
o Condiciona o indivíduo à sua posição no interior da produção, precedendo a 
produção; 
 Distribuição parece proceder e determinar a produção 
o Também inclui a distribuição dos instrumentos de produção e da sociedade 
pelos diferentes gêneros de produção; 
 Embora distribuição seja coordenada previamente, é um produto da produção; 
 
C) TROCA vs. PRODUÇÃO 
 
 Troca constituiu um momento da produção 
o Intermediário entre a produção e a distribuição que ela determina 
o Fornece o produto acabado, destinado ao consumo imediato; 
 Não há troca sem a divisão do trabalho; 
 Troca pressupõe atividade privada 
o Intensidade determinada pelo desenvolvimento da produção 
 Troca inteiramente determinada pela produção; 
 
III) MÉTODO DA ECONOMIA POLÍTICA 
 
 Ideal  Caminhar em sentido contrário ao tradicional; 
 É necessário partir de noções simples (Exemplos: trabalho e divisão do trabalho); 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 13 - MARX 
 
 
 
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 Hegel errou ao conceber o real como resultado do pensamento; 
 Evolução do pensamento abstrato: simples  complexo 
o Troca surge antes entre comunidades que dentro das mesmas; 
 
 Smith  Considera o trabalho como forma de riqueza; 
 Abstrações mais gerais só nascem com o desenvolvimento concreto mais rico. 
 Até as categorias mais abstratas são válidas apenas sob determinadas condições 
históricas; 
 Sociedade burguesa é a organização mais desenvolvida e variada que há 
o Conserva relações de sociedade anteriores; 
 Em todas as formas de sociedade, há a determinação de uma produção: 
o Estabelece importância às outras relações; 
o Ex.: Agricultura na sociedade burguesa; 
 
 Séc. XVIII  Riqueza criada unicamente pelo Estado, sendo medida de poder; 
o Considera o Estado como única forma de produzir riqueza; 
 
 Plano: 
1. Determinações abstratas gerais; 
2. Categorias que constituem a estrutura interna da sociedade burguesa e sobre 
as quais se assentam as classes fundamentais; 
3. Concentração da sociedade burguesa na forma do Estado; 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 14 - MARGINALISTAS 
 
 
 
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I) INTRODUÇÃO 
 
 De 1840 até 1873  Rápida expansão econômica: 
o Surto de crescimento industrial; 
o Grau cada vez maior de concentração do capital; 
 Relações sociais distintas: hierárquico, burocrático: 
o Cada estrato era rigidamente controlado pelo acima; 
o Objetivos: maximização do lucro e acúmulo de capitais; 
 Abandono da “mão livre” de Smith: 
o Previa concorrência e várias empresas pequenas, o que não mais ocorria; 
 Novos teóricos (1870):: 
o Jevons, Menger e Walras; 
o Teoria do Valor-Utilidade; 
 Marginalismo  Ênfase no rigor lógico-matemático; 
 Visão utilitarista da natureza humana; 
 Maximização racional e calculista; 
 
II) JEVONS 
 
 Autor da Teoria da Utilidade Marginal de troca; 
 Economia como cálculo entre o prazer e a dor; 
 Valor depende inteiramente da utilidade; 
o Rejeitava a ideia de trabalho incorporado, utilizada por Marx; 
 Evitou discussão de relações sociais; 
 Usou duas características dos homens como agentes sociais: 
o Extraiam utilidade do consumo de mercadorias; 
o Eram maximizadores de mercadorias; 
 Buscavam sempre a maior quantidade de prazer; 
 A Utilidade Marginal era extraída pelo consumido até o ultimo pequeno incremento 
dessa mercadoria; 
o Diminui com o aumento da quantidade consumida; 
 Utilidade total é a relação proporcional com a quantidade consumida; 
 EXEMPLO: Suponha uma pessoa com muita sede. Ao comprar a primeira garrafa de 
água, o indivíduo irá aproveitar ao máximo cada parte daquele produto. Ao comprar 
uma segunda garrafa de água, a sede já será menor e, então, aproveitará menos 
aquela quantidade de água para saciar sua sede em relação ao que aproveitou na 
primeira vez. Se houver uma terceira vez, o mesmo irá acontecer. Este “aproveitar” se 
refere à utilidade marginal, enquanto a utilidade total é o total de água comprada. O 
AULA: 14 
TEXTO: Marginalistas 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 14 - MARGINALISTAS 
 
 
 
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Página 2 
total de água comprada (utilidade total) aumenta proporcionalmente, enquanto o 
aproveitamento (utilidade marginal) tende a diminuir, até tender a zero; 
 Quanto maior a quantidade, maior a utilidade total e menor a utilidade marginal; 
 Maximização é quando não se pode obter mais utilidade de qualquer incremento da 
mercadoria; 
 UMx/Px > UMy/Py  Processo continuaria até se igualar; 
 Deve comprar mais de “x” ou vender “y”; 
 Na troca voluntária, o indivíduo compra aquilo que lhe dá mais utilidade; 
 Teoria limitada  Trata de sensações subjetivas; 
 Jevons pensava a harmonia como o estado natural do capitalismo; 
 Perfeita liberdadede troca tende a maximizar a utilidade; 
 Teoria do Capital; 
 Refutava a tese de Ricardo, segundo o qual, quanto maior o lucro, menor deverá ser o 
salário, isto é, lucro e salário relacionavam-se em proporção inversa; 
 Para Jevons: Produto = Lucro + Salário; 
 Concorrência garantiria ao operário sua participação legítima; 
o Vê a acumulação, então, como benéfica ao operário; 
 
III) MENGER 
 
 Autor da Teoria da Utilidade Marginal, dos preços e da distribuição de renda; 
 Rejeição ao uso de fórmulas matemáticas; 
 Utilizou uma tabela numérica; 
o Utilidade Marginal cai conforme quantidade consumida aumenta; 
o Utilidade Total se dá pela soma dos quadros, de cima a baixo; 
o Quando a utilidade total atinge seu máximo, a utilidade marginal tende a zero; 
 Explicou os preços através da oferta e da procura; 
o Oferta como cálculo da utilidade; 
o Procura como produtividade; 
 Preço alto de uma mercadoria significa que há maior utilidade em guardar-se o 
dinheiro; 
 Exaltava a livre concorrência; 
 Em relação à metodologia, tinha as seguintes ideias: 
 Ciência pura deve ser isenta de valores; 
o Apenas descrição e compreensão da realidade concreta; 
 Põem leis da propriedade privada acima de qualquer discussão 
 Economia vista em unidades familiares 
o Orientação individualista extrema; 
o Conservadorismo moral; 
 
IV) WALRAS 
 
 Autor de Teoria do Equilíbrio Econômico Geral; 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 14 - MARGINALISTAS 
 
 
 
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 Mostra que as forças de oferta e procura dependem dos preços vigentes em outros 
mercados; 
 Provou matematicamente, através de um sistema de equações; 
 Fatores institucionais: 
o Aceitação das leis da propriedade e distribuição como corretas e justas; 
o Economia formada por empresas pequenas em perfeita concorrência; 
o Supunha utilidade fixa para cada parte; 
 Equilíbrio  Procura = Oferta; 
 Concorrência perfeita leva o preço ao custo de produção; 
 Lei de Walras  Implica que a procura efetiva é igual ao valor da oferta efetiva; 
 Lei de Say  Implica que haja uma procura de todas as novas mercadorias produzidas; 
 Se todos os mercados, exceto um, estiver em equilíbrio, este um obrigatoriamente 
também está em equilíbrio; 
 Estabilidade do Equilíbrio Geral; 
o Determina que as forças do mercado corrigirão automaticamente um possível 
desequilíbrio; 
 Ajustes rápidos e eficazes; 
 Economia partia de uma posição de equilíbrio; 
 Supunha imediato o processo: maior preço gera menor procura, que gera maior oferta 
e diminui o valor do preço, ajustando o mercado; 
 Variação de preços deslocaria a curva de oferta e procura e se espalharia por todos os 
mercados; 
 Defesa ideológica do capitalismo; 
 Via a economia sob a perspectiva da troca e nunca das relações de trabalho como 
Marx; 
 Todo o processo como um mero exercício de maximização da utilidade; 
o Não havia lucro, exceto em caso de desequilíbrio; 
o Havia o juros ao capital, a renda à terra e os salários ao trabalho; 
 O acaso determinaria quem seria o empresário; 
 Achava ter alcançado clara distinção entre o que é valor moral e ciência; ele próprio 
não respeitou esta ideia; 
 Crítico do socialismo: 
o Defendia a harmonia e a prosperidade do capitalismo; 
o Cria que o capitalismo maximizava o bem-estar social; 
 
V) CONCLUSÃO 
 
 Séc. XVIII e XIX  Capitalistas industriais combateram proprietário de terra e 
capitalistas comerciantes; 
 Necessidade de teorias econômicas que sancionassem a propriedade privada do 
capital; 
 Teoria da utilidade atendeu aos interesses; 
o Visão racional e calculista do indivíduo combinava com o comportamento dos 
burgueses. 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 15 - LÊNIN 
 
 
 
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I) CONCENTRAÇÃO DA PRODUÇÃO DOS MONOPÓLIOS 
 
A) VISÃO GERAL 
 
 Grandes empresas existem em menor quantidade, mas possuem maior concentração; 
 Concentração conduz ao monopólio; 
 Com o monopólio, há a possibilidade de crescer mais rapidamente; 
 Maior dificuldade de surgimento de empresas que possam concorrer com os 
monopólios; 
 INTEGRAÇÃO  Reunião, em uma única empresa, de diversos ramos da indústria 
o Abrange sucessivas fases de tratamento da matéria-prima; 
o Taxa de lucro mais estável; 
o Eliminação do intermediário; 
o Obtenção de lucros suplementares; 
o Durante a crise, há o fortalecimento da empresa integrada: 
 Empresas “simples” sofrem com preços altos das matérias-primas em 
relação ao baixo preço dos manufaturados. 
 Altas tarifas alfandegárias aceleram a concentração e formação de monopólios (Ex.: 
Caso da Alemanha); 
 Concentração demanda investimentos cada vez maiores; 
o Dificuldade na criação de outras empresas (exigência de capital maior); 
 Diferenças entre países (em relação ao desenvolvimento do capitalismo ou do livre-
cambismo) pouco importaram na consolidação dos monopólios, que se apresentam 
como lei geral; 
 
B) VISÃO HISTÓRICA 
 
 Antes de 1860  Apenas embriões de monopólios; 
 1860-1870  Pequeno desenvolvimento; 
 1870-1880  Desenvolvimento importante com a depressão industrial; 
o 1873  crack; 
 Depressão  Pausa que antecede uma nova conjuntura favorável; 
 2ª Fase: 1890-1900 
o Cartéis como base de toda a vida econômica (domínio completo entre 1900 e 
1910); 
AULA: 15 
TEXTO: Lênin 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 15 - LÊNIN 
 
 
 
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C) VISÃO FUNCIONAL 
 
 CARTÉIS – Atitudes: 
a. Repartem entre si os mercados; 
b. Determinam a quantidade de produto a fabricar; 
c. Fixam os preços; 
 Monopólios asseguram enormes benefícios e conduzem à formação de unidades 
industriais formidáveis; 
 Trustes têm superioridade no seu notável equipamento técnico; 
o Compra de inúmeras patentes de seu ramo; 
o Experimento de novidades técnicas 
 Concentração faz inventário de todas as fontes de matérias-primas; 
o Fontes são apoderadas por poderosos grupos monopolísticos 
o Monopólio da mão-de-obra especializada, dos meios de comunicação e dos 
meios de transporte; 
o Imperialismo leva à situação intermediária entre a livre-concorrência e a 
socialização da produção; 
o Produção é social; apropriação permanece privada. 
 
 Meios a que as uniões monopolistas recorrem: 
a. Privação de matérias-primas a outras empresas; 
b. Privação de mão de obra a outras empresas: alianças entre capitalistas e 
sindicatos 
c. Privação dos meios de transporte 
d. Encerramento dos mercados 
e. Acordos com compradores, para que estes comprem apenas do cartel 
f. Baixa assimétrica de preços, arruinando empresas fora do cartel (as chamadas 
outsiders); 
g. Privação de crédito; 
h. Boicote; 
 
 Não se trata de concorrência entre grandes e pequenas empresas, mais sim de 
aniquilamento; 
 Com os cartéis, indústrias de matéria-prima adquiriram certo domínio sobre as de bem 
semiacabados; 
 Cartéis não ajudam a suprimir crises 
o Agravam o caos inerente ao capitalismo; 
o Provocam clara desproporção entre agricultura e indústria; 
 Crises aumentam a tendência de concentração 
o Crise de 1873  Seleção ainda de nível técnico; 
o Crise de 1900  Fomento à concentração; 
 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 15 - LÊNIN 
 
 
 
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II) O CAPITAL FINANCEIRO 
 
 Bancos participam cada vez mais do capital industrial; 
 Capital Financeiro  capital de que os bancos dispõem e que os industriais utilizam; 
 Bancos dominam empresas e gerenciam seu capital, de forma que a indústria tenha se 
tornado dependente; 
 Sistema de participações permite o aumento do poderio dos monopolistas; 
 Fusão de filiais é um processo comum; 
 Grande rentabilidade na emissão de títulos (empréstimos a países estrangeiros);o Compra das pequenas empresas em tempo de depressão (preço baixo); 
o Colocam sob sua tutela novas sociedades; 
 
 Especulação dos terrenos nos arredores das grandes cidades; 
o Grande lucro na sua venda por lotes; 
 Bancos querem subordinar os meios de comunicação e transporte; 
 Hegemonia do capital e da oligarquia financeira; 
o Situação privilegiada de determinadas oligarquias; 
o Possui o domínio de todo o sistema; 
 
III) PARTILHA DO MUNDO ENTRE OS GRANDES CAPITALISTAS 
 
 Além do mercado interno, grupos capitalistas repartem entre si os mercados 
internacionais; 
 Grau de concentração muito mais elevado; 
 1900  Bancos já haviam propiciado a ruína de empresas menos e sua absorção pelas 
maiores 
 Surgimento de “sucursais” espalha o cartel pelo mundo; 
 Pode haver nova partilha apenas em caso de modificação nas relações de poder; 
 Bancos procuram interferir na partilha, conforme os seus interesses; 
 Monopólios do Estado não beneficiam os consumidos, apenas socorrem indústrias 
privas à beira da falência; 
 Para autores burgueses, os cartéis promovem a internacionalização do capital e 
favoreceriam a paz no sistema capitalista; 
 Denota-se visão otimista e harmônica do capitalismo; 
 
IV) PARTILHA DO MUNDO ENTRE AS GRANDES POTÊNCIAS 
 
 Política colonial dos países capitalista pôs termos à conquista dos territórios 
desocupados do planeta; 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 15 - LÊNIN 
 
 
 
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 Grande expansão de conquistas entre 1860 e 1890; 
 Durante a livre-concorrência, os dirigentes eram contra a política colônia; 
 Defendiam a emancipação das colônias da Inglaterra; 
 Final do Séc. XIX  defendiam o imperialismo; 
o Visto como forma de combater os problemas sociais dos países centrais; 
 Grande desigualdade entre os países do centro do sistema (europeus) na expansão 
colonial; 
 Grande desigualdade entre o desenvolvimento entre os países capitalistas antigos 
(Inglaterra, França) e os jovens (Alemanha, EUA); 
 Capital financeiro é capaz de subordinar até mesmo Estados independentes 
politicamente; 
o Voltam ao status de semicolônia; 
 Capitalistas monopolistas reúnem as matérias-primas em suas mãos para evitar a 
concorrência; 
o Com o maior desenvolvimento do sistema, torna-se cada vez mais rara a 
matéria prima, o que aumenta a luta pela mesma; 
 Tendência ao domínio, e não à liberdade; 
 Criação de formas de dependência entre Estados (Exemplos: Argentina, Portugal e 
China); 
 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 16 - KEYNES 
 
 
 
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I) INTRODUÇÃO 
 
 Procura desvendar as complexas relações entre economia e sociedade; 
 Ruptura  Percepção sobre a natureza do raciocínio econômico: 
o Hipóteses reducionistas têm fraco poder explicativo; 
 
1. Discute o funcionamento do padrão-ouro e seus mecanismos de ajuste nas economias 
do centro e periferia do sistema: 
 Como exceção, a suspensão da conversibilidade das principais moedas europeias em 
ouro não diminui a confiança no padrão monetário dessas economias; 
 
2. Criticou a posição dos vencedores da primeira guerra mundial: 
 Contrário à redução da renda interna disponível por meio de medidas fiscais e 
monetárias contracionistas para produção de superávit compatível com o pagamento 
das indenizações de guerra pelo governo alemão; 
 Sugeria financiamento externo e taxa de câmbio favorável, de modo a gerar superávit, 
possibilitando, assim, a indenização de guerra; 
 
3. Quantidade de moeda está em função de: 
o Preço de sua cesta de consumo; 
o Quantidade de bens adquiridos; 
 Determinado pelo montante de bens e serviços que permitissem adquirir no país 
emissor, isto é, pelo poder de compra interno; 
 
4. Sobrevalorização da libra: 
o Deflação exagerada de preços e lucros; 
o Estagnação da indústria; 
o Alta dos juros; 
 Defesa da desvalorização da libra, proporcionando mais crédito e mais produção; 
 Gasto público usado como forma de recuperar economias deprimidas; 
 
5. Expansão Econômica de 1920 
 Grande volume de inversões necessário à reconversão da economia de guerra: 
o Investimentos em serviços de utilidade pública; 
o Demanda alta de crédito, gerando maiores taxas de juros; 
 Surgimento de grande diferença entre as taxas de juros e retorno dos investimentos; 
 Para Keynes, a causa é a adesão de bancos ao padrão-ouro em situação de grande 
endividamento público; 
AULA: 16 
TEXTO: 01 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 16 - KEYNES 
 
 
 
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6. Contexto da Grande Depressão de 1930 
 Keynes abandona a defesa do livre cambismo em defesa do protecionismo; 
 Preferência pela desvalorização em vez da deflação; 
 Prioridade ao equilíbrio interno; 
 
II) TEORIA GERAL 
 
 Decompõe a estrutura econômica em: 
o Trabalho; 
o Bens; 
o Capital; 
o Moeda; 
 Níveis de emprego e salário real não seriam determinados simultaneamente: 
o Emprego é determinado pelos empresários segundo suas estimativas de 
demanda efetiva; 
o O salário é determinado pela barganha entre trabalhadores e empresários; 
 Grande importância da incerteza nos investimentos em longo prazo: 
o Influenciados por antecipação de agentes do futuro; 
 Poupança e taxa de juros determinados pela intersecção entre curvas de oferta de 
capital e demanda por capital; 
 Efetivação de investimento demanda que o retorno dos mesmos seja maior que as 
taxas de juros; 
 Estado de confiança como variável essencial e realidade observável; 
 Taxa de juros passaria a ser determinada no mercado da moeda: 
o Controlável por autoridade monetária; 
o Curva de Preferência pela liquidez; 
o Juro como retribuição pela renúncia à liquidez; 
 Taxa de juros marcariam o mínimo nível que deveria alcançar a eficiência marginal de 
um ativo para ser objetivo de novo investimento; 
 Propõe, como meio de evitar desvalorizações competitivas, seria necessário criar 
moeda e banco emissor internacionais: 
o Não foi aceito pelos EUA, já que o padrão ouro era forma de hegemonia norte 
americana; 
 
 
 
 
 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 16 - KEYNES 
 
 
 
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 Produção destina-se a satisfazer o consumidor: 
o Decorre algum tempo entre custo do produtor e compra pelo consumidor 
final; 
 Empresário deve fazer as melhores previsões; 
 Dois tipos de expectativa: 
a. Em curto prazo  Preço que um fabricante pode esperar obter pela sua 
produção acabada; 
b. Em longo prazo  O que o empresário pode esperar ganhar sob a forma de 
investimentos futuros; 
 Expectativas de curto prazo, como custo de produção e produto da venda, dependerão 
das expectativas em longo prazo de outrem; 
 Mudança nas expectativas demanda tempo considerável para surtir efeito prático: 
o Em curto prazo, as favoráveis demandam certo tempo enquanto as 
desfavoráveis não ocasionam abandono do trabalho; 
 Emprego em longo prazo é quando não há nenhuma parcela do nível de emprego 
existente que não seja produto do estado de expectativas; 
 Simples mudança é capaz de causar um efeito cíclico; 
 Volume de emprego em um momento qualquer depende de todos os estados de 
expectativa do nível anterior: 
o Expectativas passadas estão incorporadas no equipamento do capital atual; 
 Produtos têm expectativas que os resultados recentes se manterão: 
o Não se deve eliminar, contudo, o fator das expectativas em longo prazo; 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA: 16 
TEXTO: 02 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 16 - KEYNES 
 
 
 
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1. Investimento depende da relação entre a taxa de juros e a curva de eficiência 
marginal; 
 
2. Estado de expectativa em longo prazo não depende apenas doprognóstico mais 
provável que se pode formular; 
 Estado de confiança tem grande relevância e considerável influência sobre a curva de 
eficiência marginal do capital: 
o Observação prática das mercadorias; 
 
3. Grande precariedade da base de conhecimento sobre o qual se faz o cálculo das 
rendas esperadas; 
 Antes, empresas pertenciam aos sócios ou a fundadores: 
o Tinham temperamento entusiástico e impulsos construtivos; 
o Negócio como maneira de viver; 
 Hoje, há separação da propriedade e gestão: 
o Novo fator  Reavaliação diária da bolsa de valores dos investimentos; 
o Influência decisiva sobre o montante de investimentos correntes; 
 
4. É convenção supor que a situação existente dos negócios continuará por tempo 
indefinido: 
o Trata-se de uma hipótese bastante improvável; 
 Investimento torna-se razoavelmente seguro para o investidor individual: 
o Oportunidade de rever suas decisões e modificar o investimento; 
 
5. Redução do elemento real de conhecimento na avaliação dos investimentos: 
o Ações possuídas por pessoas sem conhecimento especial; 
 Flutuações de curto prazo, efêmeras e sem significações, ganham imensa influência 
sobre o mercado; 
 Avaliação convencional, fruto da psicologia de massa de grande número de indivíduos 
ignorantes: 
o Mercado sujeito a ondas otimistas e pessimistas pouco razoáveis; 
 Pressuposto concorrência entre profissionais competentes corrigiria os indivíduos 
ignorantes: 
o Investimento profissional prevê mudanças de curto prazo com curta antecedência 
em relação ao público em geral: 
 Objetivo: sair na frente; 
 Não há evidência em demonstrar que a política de investimentos socialmente mais 
vantajosa combina com o mais lucrativa; 
AULA: 16 
TEXTO: 03 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 16 - KEYNES 
 
 
 
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 É um importante fator o grau de confiança que as instituições de crédito concedem às 
pessoas que nelas procuram empréstimos; 
 
6. Especulação prevê a psicologia do mercado; prevê também a renda provável dos bens 
durante toda a sua existência; 
 Progressão dos mercados  Tendência do predomínio da especulação, isto é: 
especulação > investimentos; 
 Há facilidade no acesso às bolsas de valores; isto deveria ser difícil e dispendioso: 
o Propõe a criação de um imposto sobre as transferências que poderia atenuar 
essas diferenças; 
 Mal de nossa época seria resolvido caso a maior parte dos investimentos fosse em 
longo prazo, em vez de curto prazo; 
 
7. Instabilidade como natureza humana: 
o Nossas atividades positivas dependem mais do otimismo espontâneo do que 
de uma expectativa matemática; 
 Empresa que depende de esperanças futuras beneficia a comunidade como um todo; 
 Prosperidade econômica depende muito do clima político e social que satisfaça ao 
homem de negócios; 
 
8. Outros fatores atenuam os efeitos da nossa ignorância do futuro, como por exemplo; 
o Mecanismos de juros compostos; 
o Probabilidade de obsolescência; 
 Apenas a administração da taxa de juros é capaz de propiciar um fluxo contínuo de 
investimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 16 - KEYNES 
 
 
 
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1. Perspectiva Histórica 
 Séc. XVII  Dominação divina substituída pela liberdade natural e pelo contrato social: 
o Origem divina progrediu para o cálculo da utilidade; 
 Locke e Hume são os iniciadores do individualismo: 
o Fundamento intelectual na propriedade privada; 
o Promoção do indivíduo em detrimento do monarca e da Igreja; 
 Paley, Bentham a Rousseau  Conceito de utilidade social: 
o Felicidade social realçada; 
o Introduzem novos conceitos, como igualdade, altruísmo e socialismo utilitário; 
 Séc. XIX  Harmonização do individualismo e do socialismo: 
o Adam Smith propõe o bem comum como o repouso no esforço individual de 
melhorar a sua situação; 
o Laissez-faire é, na verdade, a junção do individualismo com o socialismo; 
o Corrupção e incompetência dos governantes do séc. XVIII fomentaram o 
laissez-faire; 
 Progresso material entre 1750 e 1850 adveio da iniciativa individual: 
o Doutrina da ação limitada do Estado; 
 Teorias de Darwin fomentaram a livre-concorrência: 
o Interferências socialistas foram ineficientes e apenas retardaram o 
desenvolvimento; 
 
2. Marquês d’Argenson, em 1751 foi o primeiro a usar o termo ‘laissez-faire’: 
o Governar melhor seria governar menos; 
o Houve demora até este termo integrar-se à literatura econômica; 
 Ideia do laissez faire não se encontra na dogmática de Smith, Ricardo ou Malthus: 
o Ao contrário, defendem, por exemplo, legislação de navegação e contra usura; 
o Visão teísta e ordenada do mundo; 
 Aceita a teoria populacional de Malthus e, o livre comércio, que nasceu otimista, 
transforma-se em pessimista; 
 Em 1870, Cairnes se consagrou como o primeiro economista ortodoxo a atacar o 
laissez-faire: 
o Também Marshall percebeu que, em importantes casos, o interesse privado e 
o social não se harmonizavam; 
 
3. Distribuição ideal de recursos é quando os indivíduos agem independentemente: 
o Eleva ao topo os mais bem sucedidos; 
o Luta cruel pela sobrevivência, baseado na maior ou menos eficiência; 
 Consumido distribuirá melhor seu consumo e cada objeto encontrará o caminho mais 
atraente até o consumidor que o almeja mais: 
AULA: 16 
TEXTO: 04 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 16 - KEYNES 
 
 
 
J o ã o C a r l o s M e t t l a c h – 1 8 4 . X I I 
 
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o Trata-se de um pensamento baseado, explicitamente, na seleção natural; 
 Amor ao dinheiro acoplado como tarefa de distribuir recursos econômicos da melhor 
maneira para aumentar a riqueza: 
o Spencer  Foi o primeiro a reconhecer o paralelismo entre o darwinismo e o 
laissez faire; 
o A reprodução, seja de capitais, seja da espécie, se baseava no amor ao 
dinheiro e no amor ao sexo, respectivamente; 
 Keynes faz algumas críticas, como: 
o Trata-se de uma teoria incompleta e reducionista, pois pressupõe: 
 Inorganicidade dos processos e da produção; 
 Conhecimento prévio suficiente de condições e requisitos; 
 Oportunidades de obtenção desse conhecimento; 
o Riqueza distribuída aos que mais apreciam: 
 Não se pode menosprezar o sofrimento de uma luta competitiva; 
o Laissez-faire teve vários aliados além da Economia: 
 Teorias contrárias de baixa qualidade, como o marxismo e o 
protecionismo; 
 Garantiu o desejo dos empresários de sua época; 
 
4. Tamanho ideal de unidade de controle e organização está entre o Estado e o indivíduo 
o Reconhecimento de sociedades semiautônomas, próximas das corporações; 
 Tendência de socialização das empresas: 
o Afastamento da empresa privada capitalista; 
o Separação da gestão e da propriedade; 
o Estabilidade e reputação são mais importantes que os lucros; 
 Estado deve realizar, na sua agenda política, aquilo que ninguém possui o interesse em 
fazer: 
o Separação dos serviços sociais dos individuais; 
o Controle deliberado da moeda e do crédito por uma instituição central; 
o Ampla e completa publicidade dos fatos econômicos de relevância; 
 
5. Sabiamente administrado, o capitalismo provavelmente pode se tornar mais eficiente 
para atingir seus objetivos econômicos; 
 Desafio: conceber uma organização social tão eficiente quanto possível 
[RESUMO: ECONOMIA POLÍTICA] AULA 17 - SCHUMPETER 
 
 
 
J o ã o C a r l o s M e t t l a c h – 1 8 4 . X I I 
 
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 Obra de Schumpeter é bastante vasta; 
 Núcleo: visão original da dinâmica capitalista: 
o Ruptura de rotinas e transformação das estruturas tem papel de destaque; 
 Sistema capitalista tem a inovação como motor, dentro de um processo de mudança; 
 Processo de destruição das estruturas econômicas existências e criação de novas 
estruturas: 
o Rupturas, desequilíbrios

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