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Ácido Zoledrônico [RESUMO]

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Ácido Zoledrônico 
 
Os bisfosfonatos orais possuem pouca absorção pelo intestino (1% a 7%), 
sofrem eliminação renal e são absorvidos por meio da ligação ao cálcio nos 
cristais de hidroxiapatita, possuindo alta afinidade pela matriz óssea. Dentre os 
bisfosfonatos, o ácido zoledrônico é o que tem maior afinidade e liga-se 
rapidamente à matriz óssea; porém, sua distribuição pelo osso é lenta, enquanto 
que o clodronato, com menor afinidade, tem uma distribuição mais ampla e 
rápida; 
Indicação: Tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa 
para reduzir a incidência de fraturas do quadril, vertebrais e não vertebrais e para 
aumentar a densidade mineral óssea; Aumento da densidade óssea em homens 
com osteoporose; Tratamento e prevenção de osteoporose induzida por 
glicocorticoides; Tratamento da doença de Paget do osso; 
Contraindicações: Pacientes com hipocalcemia, insuficiência renal 
grave, grávidas e lactentes, pacientes com hipersensibilidade ao princípio ativo 
ou um dos excipientes do produto; 
Mecanismo de Ação: O Ácido Zoledrônico pertence à classe de 
bisfosfonatos contendo nitrogênio e atua especificamente nos ossos. É um 
inibidor da reabsorção óssea mediada por osteoclastos. A ação seletiva dos 
bisfosfonatos no osso tem como base sua alta afinidade pelo osso mineralizado. 
O Ácido Zoledrônico administrado intravenosamente é rapidamente distribuído 
no osso e, assim como outros bisfosfonatos, se acumula preferencialmente nos 
locais de alta remodelação (turnover) óssea. O principal alvo molecular no 
osteoclasto é a enzima farnesil pirofosfato sintase, porém isso não exclui outros 
mecanismos. A duração relativamente longa da ação é atribuída a sua alta 
afinidade de ligação ao sítio ativo da farnesil pirofosfato sintase (FPS) e sua forte 
afinidade de ligação ao mineral ósseo; 
Farmacocinética: Após o início da aplicação de Ácido Zoledrônico, as 
concentrações plasmáticas da substância ativa aumentaram rapidamente, 
atingindo seu pico ao final do período de aplicação, seguido de um rápido 
declínio a < 10% do pico após 4 horas e < 1% do pico após 24 horas, com um 
período subsequente prolongado de concentrações muito baixas não excedendo 
0,1% dos níveis de pico. é eliminado por meio de um processo trifásico 
desaparecimento rápido bifásico da circulação sistêmica com longa meia-vida de 
eliminação (146 horas). Não é metabolizado e é excretado de forma inalterada 
através dos rins. A depuração não é afetada por sexo, idade, raça ou peso 
corpóreo; 
Reações Adversas: Febre, náusea, vômito, diarreia, mialgia, sintomas 
similares a gripe, artralgia, pirexia e cefaleia e tontura; 
Impactos do Uso no Tratamento da Osteoporose em Idosos: Dentre 
os impactos relacionados como uso prolongado de bisfosfonatos, 
aproximadamente 81,25% estão relacionados com osteonecrose maxilar e 
18,75% com fraturas atípicas no fêmur. A osteonecrose que acontece no maxilar 
é identificada pela exposição do osso necrótico na região maxilofacial que segue 
mais de oito semanas sem cicatrização sem nenhum histórico de radioterapia na 
região maxilofacial. a osteonecrose associada aos bisfosfonatos restringe-se aos 
ossos maxilomandibulares, comprometendo a mandíbula. Considera-se como 
fatores relevantes para o surgimento destes efeitos colaterais o bisfosfonato 
utilizado, a via de administração e a duração do tratamento, sendo o risco maior 
oferecido pelos bisfosfonatos nitrogenados com administração endovenosa; 
 
REFERÊNCIAS 
 
COELHO, A.I.; GOMES, P.S.; FERNANDE, M.H. Osteonecrose dos maxilares 
associada ao uso de bisfosfonatos. Parte II: Linhas de Orientação na Consulta 
de Medicina Dentária. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária 
e Cirurgia Maxilofacial, 51(3): 185-191 (2010); 
 
IZQUIERDO, C.M.; OLIVEIRA, M.G.; WEBER, J.B.B. Terapêutica com 
bisfosfonatos: implicações no paciente odontológico. Revista da Faculdade 
de Odontologia Universidade de Passo Fundo. 16(3): 347-352 (2011); 
 
KHAJURIA, D.K.; RAZDAN, R.; MAHAPATRA, D.R. Drugs for the management 
of osteoporosis: a review. Revista Brasileira de Reumatologia, 51(4):365-382 
(2011); 
 
PASSERI, A.L.; BÉRTOLO, M.B.; ABUABARA, A. Osteonecrose dos 
maxilares associada ao uso de bisfosfonatos. Revista Brasileira de 
Reumatologia, 51 (4):401-407 (2011); 
 
SOUSA, E.S; SANTOS, J.J; SANTANA, L.L; Impactos associados ao uso 
prolongado de bisfosfonatos no tratamento da osteoporose em idosos. 
Textura, 12(20): 151-161 (2019);

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