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MATERIAL DE 
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS
MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS
VOLUME 2
Linguagens
 e suas Tecnologias
1º Ano1º Ano
Ensino Médio
2º Bimestre
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE EDUCADORES
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................. pág 01
Planejamento 1: Crônica, uma leitura do cotidiano ........................... pág 02
Planejamento 2: Influências indígenas na literatura brasileira .......... pág 06
Planejamento 3: Resenha crítica: o que é? Como fazer? .................... pág 12
Planejamento 4: Preconceito linguístico na música brasileira ........... pág 18
Planejamento 5: O perigo das Fake News .......................................... pág 24
Planejamento 6: Criação de uma biblioteca virtual pelo 
Google Drive ...................................................................................... pág 31
LÍNGUA INGLESA .................................................................................... pág 33 
Planejamento 1: Conceptualizing Formal and Informal Language ...... pág 33
Planejamento 2: A importância da leitura e interpretação 
de imagens ...................................................................................... pág 39
Planejamento 3: A cultura norte-americana e o consumismo ........... pág 44
Planejamento 4: Consumismo: um mal da sociedade ....................... pág 48
ARTE ....................................................................................................... pág 52 
Planejamento 1: Objeto artístico e manifestação cultural ................. pág 52
Planejamento 2: Conhecendo espaços de exposições ...................... pág 55
Planejamento 3: As linguagens artísticas ......................................... pág 58
EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................. pág 60 
Planejamento 1: Lutas de domínio .................................................... pág 60
Planejamento 2: Basquetebol .......................................................... pág 63
Planejamento 3: Esportes de precisão ............................................. pág 65
Planejamento 4: Quadrilha, country e outras danças juninas ............ pág 68
MATERIAL DE 
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS
MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS
1º Ano1º Ano
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA
HABILIDADE(S)
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO
COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO
1
1 o ano – 2º Bimestre Ensino Médio 2022
Linguagens e suas TecnologiasLíngua Portuguesa
COMPETÊNCIAS 
Competência Específica 01: compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais (artís-
ticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes 
campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o entendimento e as 
possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar aprendendo.
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: HABILIDADE(S):
Gênero textual: Crônica.
Narrativa. 
Elementos da narrativa. Contex-
to de produção e circulação de 
textos orais e escritos. 
Relação entre partes de textos.
Coesão e coerência.
Contextos de produção, circula-
ção e produção de textos.
Coesão e coerência textual.
(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e circulação de dis-
cursos, nas diferentes linguagens, para fazer escolhas fundamentadas em função 
de interesses pessoais e coletivos.
(EM13LGG107MG) Reconhecer e usar, produtiva e autonomamente, estratégias de 
ordenação temporal do discurso nos diversos tipos e gêneros textuais/discursi-
vos, mantendo a coesão e a coerência na produção.
(EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/escuta, com 
suas condições de produção e seu contexto sócio-histórico de circulação (leitor/
audiência previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas, papel social do au-
tor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilidades de cons-
trução de sentidos e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes 
situações.
(EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto na produção 
como na leitura/escuta, considerando a construção composicional e o estilo do 
gênero, usando/reconhecendo adequadamente elementos e recursos coesivos 
diversos que contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua progres-
são temática, e organizando informações, tendo em vista as condições de produ-
ção e as relações lógico-discursivas envolvidas (causa/efeito ou consequência; 
tese/argumentos; problema/solução; definição/exemplos etc.). 
(EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a 
posição do enunciador frente àquilo que é dito: uso de diferentes modalidades 
(epistêmica, deôntica e apreciativa) e de diferentes recursos gramaticais que 
operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expres-
sões modais, adjetivos, locuções ou orações adjetivas, advérbios, locuções ou 
orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de impessoalização (uso 
de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com vistas ao incremento da compreen-
são e da criticidade e ao manejo adequado desses elementos nos textos produzi-
dos, considerando os contextos de produção.
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APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS
MATERIAL DE
APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS
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PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Crônica, uma leitura do cotidiano
DURAÇÃO: 8 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Com este planejamento, os estudantes do 1º ano do ensino médio terão a oportunidade de desen-
volver procedimentos de leitura e escrita, utilizando a crônica, pois, por trás do humor e da simpli-
cidade presentes nela, existe um trabalho estilístico, crítico e reflexivo que a torna mais agradável 
e cativante, tornando-a porta de entrada para o mundo da literatura. 
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula – Conhecendo a crônica
Professor, para início é importante saber o conhecimento prévio dos estudantes sobre o gênero tex-
tual crônica. Levante hipóteses provocando um debate em sala, baseado nas seguintes questões:
• Você sabe o que é uma crônica? 
• Você já leu alguma crônica? Qual? 
• Quem era o autor da crônica que você leu? 
• Você conhece algum cronista brasileiro? Qual? 
• Em que lugar as crônicas são veiculadas? 
• Você afirmaria que crônica e conto fazem parte do mesmo gênero literário? Explique. 
Discutidas as questões acima, faça as considerações a respeito das respostas dos estudantes para 
que seja consolidado o processo de aprendizagem. Entregue uma cópia do texto “A Última Crônica”, 
de Fernando Sabino, em que se iniciará o processo de caracterização do gênero a ser estudado e a 
importância da leitura de todos os gêneros que a língua é capaz de produzir. Solicite que os estudan-
tes façam uma leitura individual e silenciosa. É importante que neste momento abra-se um espaço 
para os estudantes comentarem sobre as primeiras impressões que tiveram da crônica lida. 
2ª aula – Leitura da crônica
Organize a turma em grupos de três estudantes e solicite que façam nova leitura oral e compartilhada 
crônica. Observe a fluência, ritmo e uso da pontuação (final, interrogação e exclamação). Retome o 
assunto do texto com seguinte comentário:
Em nossa sociedade, há pessoas que comemoram seus aniversários de forma luxuosa, investindo 
alto em roupas, bufês, lugares inusitados, fotografias, filmagens, com o intuito de serem divulgados 
nas mídias sociais. Outras, entretanto, nem se lembram da data que nasceram, ou não fazem questão 
de comemorar em grande estilo e preferem um encontro em família ou com alguns amigos. 
Em seguida,proponha aos estudantes que respondam oralmente as seguintes questões:
• E você, comemora o seu aniversário? De que forma? 
• Se você fizer uma festa, quem não poderia faltar? 
• O que você escolheria em seu aniversário? Uma festa ou um presente? Por quê? 
• Do que você mais gosta em uma festa de aniversário? 
• Vocês já comemoraram um aniversário de forma diferente do tradicional bolo com velinhas?
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3ª e 4ª aulas – Compreensão e interpretação da crônica
Entregue aos estudantes (que deverão atuar nos mesmos grupos organizados na aula anterior) 
questões escritas referentes à relação autor/leitor/texto, conforme sugestão abaixo:
• Quem é o autor dessa crônica? Você já ouviu falar sobre ele? Se sim, fale o que você sabe 
sobre Fernando Sabino e sua obra literária. 
• Qual o objetivo dessa crônica? 
• Existe alguma relação entre a situação vivida pela família da crônica e a de nossos dias? 
• Você seria capaz de buscar, num fato do seu dia a dia, momentos de fraternidade e sensibi-
lidade e nele descobrir suas belezas? 
• O título do texto sugere algumas interpretações. Converse com seus colegas sobre as su-
gestões possíveis de um novo título. 
• Quais são as personagens envolvidas no episódio narrado? Comente sobre elas. 
• O narrador observador não está presente na festa de aniversário, mas é a personagem cen-
tral dela, por quê? 
• Que hipóteses poderíamos formular para o fato de a mãe ter guardado as velinhas? 
• “Não sou poeta e estou sem assunto”. Neste trecho da crônica, o autor afirma que não é poe-
ta. Você concorda com essa afirmação? 
• Há, nas duas últimas orações do 2º parágrafo, uma crítica à instituição família. Você concor-
da com essa crítica? Justifique. 
• “Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual”. A que ri-
tual o autor se refere? 
• Em sua opinião o constrangimento do pai, ao perceber que estava sendo notado, é normal? 
• Apesar da dificuldade financeira, podemos destacar sentimentos nobres na relação daquela 
família. Cite alguns. 
• É possível reconhecer na crônica em que época esse fato aconteceu? 
Além disso, é importante que os seguintes aspectos sejam analisados:
a) Análise linguística 
• Há marcas de temporalidade na crônica? Como se manifestam? Causam algum efeito? 
• Qual o tempo verbal revelado na crônica? Por quê? 
• No segundo parágrafo, ao descrever a menina, o autor utiliza de adjetivos no diminutivo. Que 
motivo o leva a fazer essa escolha lexical?
b) Estrutura composicional do gênero crônica 
• Defina crônica, a partir da leitura do primeiro parágrafo do texto de Fernando Sabino. 
• Os acontecimentos estão organizados em quantos parágrafos? 
• O texto lido apresenta a seguinte estrutura: 
a) situação inicial; 
b) início do conflito; 
c) clímax do conflito; 
d) resolução do conflito; 
e) volta à situação inicial. 
• Relacione essa estrutura de acordo com os parágrafos do texto. 
• Como o discurso é manifestado? Em primeira ou terceira pessoa do discurso?
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5ª aula – Pesquisando a crônica
Na sala de informática, organize a turma em grupos de três ou quatro estudantes e solicite que 
façam uma pesquisa sobre o gênero crônica, produzindo anotações sobre os principais aspectos.
6ª aula – Exposição da pesquisa
Organize a turma em círculo para que cada grupo possa fazer a exposição oral dos registros feitos 
na aula anterior. Retome os pontos específicos do gênero estudado, para consolidar o processo de 
aprendizagem dos estudantes.
7ª aula – Produção de texto de uma crônica
Colocando em prática o que foi estudado nas aulas anteriores, individualmente, solicite que os es-
tudantes produzam um texto relatando, de forma breve, um acontecimento simples da vida diária, 
observando as características estudadas e selecionando os recursos linguísticos adequados à si-
tuação comunicativa. 
Para tanto, os estudantes devem planejar a escrita, considerando sua finalidade – buscar nos acon-
tecimentos diários a temática, envolver-se neles e descobrir suas belezas – e o leitor que quer atin-
gir (professores, estudantes e comunidade).
8ª aula – Reescrita da produção
Entregue as produções corrigidas para que os estudantes façam a revisão e reescrita final. Solicite 
alguns estudantes que leiam a produção. Os outros estudantes deverão fazer os comentários sobre 
a produção lida. 
Escolha juntamente com os estudantes as duas melhores produções para publicação do jornal ou 
blog da escola (caso a escola tenha) ou mesmo jornal da cidade. Coloque as outras produções no 
mural da escola.
RECURSOS: 
Cópias dos textos, quadro, pincel – sala de informática da instituição. 
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Os estudantes serão avaliados desde o início da sequência: leitura, produção e divulgação do tra-
balho. Observe o interesse, a participação e principalmente o envolvimento dos estudantes duran-
te todo o processo de leitura e produção.
ATIVIDADES
Leia o texto abaixo e responda:
De homem para homem
– Ateu, não: agnóstico.
– Pois eu te dou quinhentas pratas se você me disser o que quer dizer essa palavra.
– Ora, para começar você não tem quinhentas pratas. Estou conversando a sério e você me vem 
com molecagem. Acho que Deus é uma coisa, os padres, outra. O ranço das sacristias me enoja. 
Tenho horror ao bafo clerical dos confessionários! O bem que a confissão pode nos fazer é o de uma 
catarse, um extravasamento, que a psicanálise também faz, e com mais sucesso. Estou mesmo 
com vontade de me especializar em psiquiatria.
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- Só mesmo um doido te procuraria.
Mauro não pôde deixar de rir. Eduardo acrescentou:
– Você vai ter de se curar para depois curar os outros.
– É isso mesmo - concordou o outro, sério. - Estou exatamente preocupado com o meu próprio 
caso. Já iniciei o que eu chamo de “a minha libertação”.
– E o que eu chamo de “a sua imbecilização”.
– Vista pela sua, que já é completa. O que eu chamo de libertação é a possibilidade de me afirmar 
integralmente, como homem. O homem é que interessa. Se Deus existe, posso vir a me entender 
com ele, mas há de ser de homem para homem.
Fernando Sabino
1 – O texto de Fernando Sabino apresenta características de que gênero textual:
a) Poema.
b) Conto.
c) Crônica.
d) Ensaio.
e) Fábula.
2 – Qual a crítica pode ser observada no texto, por meio da conversa entre os personagens?
3 – Em qual pessoa o texto é escrito?
REFERÊNCIAS
GALBIATI, Iracema de Luci Vagetti. Sequência didática: área de linguagens. Disponível em: <ht-
tps://bit.ly/3LEiu4c>. Acesso em: 06 abr. 2022.
Mundo educação: Exercícios Sobre Crônica No Vestibular. Mundo Educação, 2022. Disponível em: 
<https://bit.ly/3LJn7dl>. Acesso em: 06 abr. 2022.
MINAS GERAIS. PLANO_DE_CURSO_2022_EF07.pdf Disponível em:<https://curriculoreferencia.
educacao.mg.gov.br>. Acesso em: 06 abr. 2022.
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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência Específica 02: compreender os processos identitários, conflitos e relações de po-
der que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade 
de ideias e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na demo-
cracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diá-
logo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: HABILIDADE(S):
Ampliação da leitura dos 
clássicos de diversas na-
cionalidades.
Presença e invisibilidade 
dos indígenas e negros na 
literatura brasileira.
Os negros na literatura 
brasileira. 
Os indígenas na literatura 
brasileira.
Literatura contemporâ-
nea. 
Autoria de negros e ne-gras, indígenas, mulheres.
(EM13LGG205MG) Conhecer e compreender os saberes, as tradições, 
os costumes, os modos e perspectivas de vida dos povos indígenas, 
campesinos, negros, quilombolas, ciganos, imigrantes e refugiados, 
sobretudo em Minas Gerais, para a integração de suas culturas e for-
talecimento do sentimento de pertencimento.
(EM13LP50) Analisar relações intertextuais e interdiscursivas entre 
obras de diferentes autores e gêneros literários de um mesmo mo-
mento histórico e de momentos históricos diversos, explorando os 
modos como a literatura e as artes em geral se constituem, dialogam 
e se retroalimentam.
(EM13LP52) Analisar obras significativas das literaturas brasileiras 
e de outros países e povos, em especial a portuguesa, a indígena, 
a africana e a latino-americana, com base em ferramentas da crítica 
literária (estrutura da composição, estilo, aspectos discursivos) ou 
outros critérios relacionados a diferentes matrizes culturais, con-
siderando o contexto de produção (visões de mundo, diálogos com 
outros textos, inserções em movimentos estéticos e culturais etc.) 
e o modo como dialogam com o presente.
(EM13LP59MG) Identificar assimilações, rupturas e permanências 
no processo de constituição das literaturas africanas de países de 
língua portuguesa e ao longo de sua trajetória, por meio da leitura e 
análise de obras fundamentais dessa vertente literária para perceber 
a historicidade de matrizes africanas e procedimentos estéticos.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Influências indígenas na literatura brasileira
DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
A literatura aproxima a história das artes. E, neste planejamento, pretende-se mostrar o dinamis-
mo advindo das culturas indígenas e como as tradições e valores desses povos estão vinculados 
à arte e à cultura brasileira. Por meio das análises de textos com referências culturais indígenas, 
o professor poderá fazer uso de lendas pertencentes a esses grupos, as quais revelam o olhar dos 
nativos a respeito da própria identidade. Além disso, clássicos da literatura brasileira que abordam 
o mesmo tema podem ser inseridos nas aulas a fim de estabelecer um comparativo de abordagens 
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PARA APRENDIZAGENS
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PARA APRENDIZAGENS
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da mesma temática. Dessa forma, pode-se ampliar o conhecimento dos estudantes a respeito de 
tradições, de valores e de crenças que promovem a diversidade dos povos. Assim, espera-se de-
senvolver o senso crítico dos estudantes a partir das observações sobre o respeito às diferenças. 
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula – Testando conhecimentos 
A aula pode se iniciar com a apresentação da imagem abaixo, com o intuito de que os estudantes a 
observem e analisem, promovendo uma troca de ideias. 
Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br/2022/02/14/a-autodemarcacao-do-povo-nawa-conheca-o-trajeto-feito-pelo-
grupo-atraves-dos-rios-da-amazonia>. Acesso em: 08 abr. 2022.
Pode-se direcionar a conversa com intuito de observar o conhecimento prévio dos estudantes a 
respeito da cultura indígena no Brasil. Observe o exemplo de perguntas orientadas:
• Descreva a imagem de forma breve e comente o que mais lhe chama a atenção. 
• Você já leu alguma obra literária em português com a temática indígena?
• Que costumes da sociedade são considerados herança dos índios? 
• Em sua opinião, é possível produzir uma literatura que seja fidedigna aos costumes e tra-
dições dos índios e, ao mesmo tempo, compreensível a leitores que não fazem parte dessa 
cultura? 
Professor, é de extrema importância que essas reflexões sejam bem exploradas, pois, é a partir 
delas, que se pode analisar o nível de conhecimento dos estudantes sobre o assunto abordado. Por 
isso, promova uma roda de conversa em que os estudantes compartilhem saberes. 
2ª aula – Lenda indígena 
Feitas as reflexões a respeito da imagem apresentada na primeira aula, o professor pode apresen-
tar, em formato de slides, um texto sobre uma lenda indígena para que os estudantes tenham con-
tato com a narrativa que aborda a cultura dos índios. A leitura poderá ser feita de forma conjunta. 
A lenda de Iara
Iara era uma índia admirada pela sua beleza e também pelo fato de ser uma grande guerreira. In-
vejosos, seus irmãos resolveram matá-la, mas sendo uma guerreira habilidosa, consegue vencer a 
luta e é ela quem os mata.
Com medo de ser punida pelo pajé da tribo, foge. O pajé era seu pai, o qual após encontrar Iara re-
solve castigá-la lançando-a ao rio para que ela morresse, tal como seus irmãos.
No entanto, os peixes salvam a índia, a qual se transforma numa bela sereia que passa a habitar os 
rios da região da Amazônia. Atraindo os homens para lá, tenta afogá-los.
Segundo a lenda, quem consegue escapar, enlouquece e somente pode ser curado por um pajé.
Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/lendas-indigenas/>. Acesso em: 09 abr. 2022.
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PARA APRENDIZAGENS
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PARA APRENDIZAGENS
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Em seguida, perguntas podem ser exibidas nos slides, a fim de que os estudantes respondam pro-
duzindo anotações no próprio caderno e reflitam sobre hábitos e comportamentos dos índios, bem 
como a forma de contar histórias, que têm algumas semelhanças aos dos brasileiros não indígenas. 
Roteiro de perguntas:
• Lendas fazem parte de um gênero literário que aborda histórias fantásticas ou mirabolantes 
cujos personagens são seres sobrenaturais, geralmente contam tradições populares e têm 
o objetivo de explicar um fato ou acontecimento. Por que você acha que a lenda da Iara foi 
criada?
• Os ensinamentos da lenda de Iara servem às pessoas da cultura indígena e não indígena? 
Explique. 
• Quais fatos apresentados na narrativa mostram que o pajé é uma figura importante na cul-
tura dos índios?
• Alguns sentimentos e sensações são comuns em variadas culturas. No texto sobre Iara, ob-
serva-se a menção a um sentimento que é também o motivo da luta entre a personagem e 
os seus irmãos. Que sentimento é esse? Na sociedade em que vivemos, sentimentos como 
esse também podem levar as pessoas a cometerem atos intolerantes e maldosos? 
• Na sociedade brasileira, quais as possíveis consequências de ações - como a luta entre ir-
mãos, envolvendo morte - observada na lenda de Iara? 
Professor, organize uma conversa com a turma, para que as respostas sejam socializadas e dis-
cutidas. Ações como essa podem garantir análises mais profundas e significativas a respeito do 
texto, da cultura indígena e de como as vivências desses povos têm aspectos semelhantes às das 
sociedades urbanizadas. 
3ª aula – Novas histórias, mesma temática
Nesta aula, o professor pode apresentar aos estudantes um clássico da literatura brasileira que 
tem como temática as questões indianistas. Trata-se da obra Iracema, de José de Alencar, publi-
cada em 1865, a qual se inclui na primeira fase do Romantismo brasileiro. Faz-se relevante a infor-
mação aos estudantes de que, nesse período, os povos indígenas foram destaque na literatura. 
O texto sugerido faz parte do segundo capítulo do romance mencionado, o qual pode ser retirado da 
Biblioteca Virtual de Domínio Público. A turma pode receber cópias do texto, para facilitar a leitura. 
Depois de ler atentamente o capítulo da obra Iracema, os estudantes podem se colocar em duplas, 
no intuito de comentar as primeiras impressões sobre a leitura, fazer comparativos com a lenda 
que foi apresentada na aula anterior e tecer considerações a respeito da temática. Em seguida, 
um questionário pode ser aplicado para consolidar aprendizagens e promover reflexões a respeito 
do texto. 
Questionário:
1) O romance Iracema tem o nome da protagonista, uma índia tabajara. Antes de ler o trecho da 
obra, como você imaginou que a personagem fosse? Uma guerreira forte e valente, ou uma 
índia delicada e apaixonante? Suas impressões se confirmaram?
2) No capítulo II do romance, os protagonistas da obra sãoapresentados: Iracema e Martim. 
Com base nas análises do texto lido, teça comentários sobre as diferenças que podem ser 
observadas no modo de vida de cada personagem. 
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PARA APRENDIZAGENS
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3) O texto que você leu se constitui de situação inicial, conflito e desfecho, com base nessa in-
formação, copie o quadro abaixo em seu caderno com a descrição dos trechos observando 
a situação inicial e final de cada parte. 
Frase Inicial Frase Final
Situação Inicial 
Conflito
Desfecho
4) Sobre o conflito e o desfecho do texto, os acontecimentos relatados na parte final eram o 
esperado? Explique a sua resposta. 
5) O narrador do texto, apesar de ser classificado como observador – aquele que tem uma vi-
são geral da situação – identifica-se mais com o olhar de uma personagem. Que personagem 
é essa? Explique sua resposta. 
6) No século XIX, muitas obras eram publicadas em capítulos, nos famigerados Folhetins, e 
isso ocorreu com Iracema. Na atualidade, as telenovelas cumprem esse papel e transmitem 
capítulos de histórias diariamente aos telespectadores. Assim como no Romantismo, temas 
que envolvem a cultura indígena têm muita repercussão até hoje. Pensando nessas ques-
tões, responda:
a) Como o índio é apresentado hoje, nas telenovelas? 
b) Existe, hoje, uma preocupação de denunciar as dificuldades enfrentadas por esses po-
vos? Explique. 
3) O nome Iracema compõe um anagrama, criado pelo autor. Você consegue descobrir que 
outra palavra é possível formar com o nome da personagem? 
4) Você vê uma relação de semelhança entre as personagens Iracema e Iara? Justifique a sua 
resposta. 
Professor, durante o momento de respostas ao questionário, os estudantes devem comentar suas 
expectativas antes da leitura, tendo como base a Lenda da Iara. Incentive-os a compartilhar im-
pressões e expectativas em relação à narrativa, aos elementos relacionados à cultura dos povos 
indígenas, às ações das personagens em ambas histórias e aos desfechos. Aproveite o momento 
para estimular o desenvolvimento de opiniões fundamentadas em elementos do texto. 
RECURSOS: 
Cópias de texto, DataShow, quadro, pincel – sala de multimídia da instituição. 
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: 
A avaliação corresponderá à participação dos estudantes durante as discussões; à realização das 
atividades propostas e à correção delas. 
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ATIVIDADES
O guarani é um dos principais romances de José de Alencar (1829-1877), um dos mais importantes 
autores da cultura brasileira. Sobre esse romance, responda às questões que seguem:
(MACK-SP) – adaptada. Leia o texto abaixo:
O tigre tinha-se voltado ameaçador e terrível, aguçando os dentes uns nos outros, rugindo de fúria 
e vingança: de dois saltos aproximou-se novamente. 
Era uma luta de morte a que ia se travar; o índio o sabia, e esperou tranquilamente, como da primei-
ra vez; a inquietação que sentira um momento de que a presa lhe escapasse, desaparecera: estava 
satisfeito. Assim esses dois selvagens das matas do Brasil, cada um com as suas armas, cada um 
com a consciência de sua força e de sua coragem, consideravam-se mutuamente como vítimas 
que iam ser imoladas. 
José de Alencar, O guarani.
1 – Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Ao fazer referência aos dois selvagens das matas do Brasil, o narrador explicita seu repúdio 
à cena violenta que ocorreria. 
b) O contraste entre o comportamento do animal e o do índio revela a superioridade deste com 
relação àquele. 
c) A certeza do narrador de que nessa luta não haveria nem vencedor nem vencido explicita-se 
com a expressão vítimas que iam ser imoladas.
d) A inquietação momentânea do índio tem como consequência o fato de ser uma luta de mor-
te a que ia se travar.
e) Os segmentos “rugindo de fúria e vingança” e “como da primeira vez” sugerem que o animal 
já fora anteriormente atacado. 
2 – Retire do texto elementos que apresentam provas textuais da onisciência do narrador. 
3 – Considerado também o seu contexto histórico, afirma-se corretamente que o texto: 
a) Exemplifica uma orientação estético-ideológica do século XIX que idealizou as origens do 
Brasil. 
b) Prenuncia o estilo naturalista, haja vista a idealização da natureza e a identificação entre o 
humano e o animal. 
c) Pertence à literatura colonial brasileira, marcada especialmente pela valorização dos povos 
e costumes indígenas. 
d) Parodia o estilo romântico que, influenciado pelas ideias de Rousseau, concebia o indígena 
como “o bom selvagem”. 
e) Traz índices da literatura realista do século XIX, cujo foco era a análise das condições de vida 
nas zonas rurais do território brasileiro.
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REFERÊNCIAS
ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Ateliê Editorial, 2016. p. 99-101. Questões sobre “O guarani” 
de José de Alencar. Português, literatura e redação, 2022. Disponível em: <https://atividadesde-
portugueseliteratura.blogspot.com/2016/05/questoes-sobre-o-guarani-de-jose-de.html>. Aces-
so em: 11 abr. 2022. 
MORENO, Amanda. et al. Ser Protagonista: A voz das juventudes – Língua Portuguesa. 1ª edição. São 
Paulo: SM, 2020. 
MINAS GERAIS. PLANO_DE_CURSO_2022_EF07.pdf Disponível em: <https://curriculoreferencia.
educacao.mg.gov.br>. Acesso em: 08 abr. 2022.
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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência Específica 01: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas 
culturais (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produ-
ção de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as 
formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação 
crítica da realidade e para continuar aprendendo.
Competência Específica 03: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para 
exercer, com autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de 
forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e pro-
movam os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito 
local, regional e global.
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: HABILIDADE(S):
Posicionamento crítico 
frente aos textos. 
Análise do contexto de pro-
dução, circulação e recep-
ção de textos no campo de 
práticas de estudos e pes-
quisa.
(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos ex-
pressivos da linguagem, da escolha de determinadas palavras ou 
expressões e da ordenação, combinação e contraposição de pala-
vras, dentre outros, para ampliar as possibilidades de construção 
de sentidos e de uso crítico da língua.
(EM13LP15) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar 
textos escritos e multissemióticos, considerando sua adequação 
às condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar so-
cial a ser assumido e à imagem que se pretende passar a respeito 
de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo e mídia em que o texto 
ou produção cultural vai circular, ao contexto imediato e sócio-his-
tórico mais geral, ao gênero textual em questão e suas regularida-
des, à variedade linguística apropriada a esse contexto e ao uso do 
conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pon-
tuação adequada, mecanismos de concordância nominal e verbal, 
regência verbal etc.), sempre que o contexto o exigir.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Resenha crítica: o que é? Como fazer?
DURAÇÃO: 4 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Durante a formação do Ensino Médio, são muitas as situações em que estudos com culminância 
na produção de textos são realizados. Essas ações se fazem importantes, visto que se observam, 
como efeito dessesestudos, várias contribuições das quais se podem destacar a aquisição de co-
nhecimento prático de muitos gêneros textuais e a obtenção de subsídios para a elaboração de tex-
tos acadêmicos e para uma formação profissional de qualidade. Por isso, é papel da escola buscar 
recursos que promovam a escrita criativa, independente, a qual atenda às condições de produção 
e de circulação de texto. Neste planejamento, intenciona-se oferecer uma sequência didática que 
contribua com a aprendizagem do gênero resenha crítica e auxilie os estudantes na construção de 
um texto persuasivo, a partir do momento em que se utilizam argumentos coerentes os quais per-
mitem expressar com clareza as intenções textuais. 
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B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula – Informações sobre o gênero
Para iniciar a aula sobre a resenha, o professor deve começar apresentando definições gerais que 
permitam o reconhecimento desse gênero, para que mais adiante o estudante tenha em mente os 
mecanismos de produção e consiga utilizá-los de maneira autônoma. É importante também traba-
lhar a questão da linguagem utilizada nesses textos, a fim de que os discentes se atentem à orto-
grafia, ao vocabulário e às questões gramaticais tão importantes na produção de textos. 
Por meio de material impresso, slides exibidos em datashow ou reprodução no quadro branco, 
o professor poderá apresentar definições que permitam facilitar a compreensão do gênero resenha. 
Informação sobre o gênero que podem ser apresentadas:
A resenha crítica tem como base os tipos textuais descritivos e argumentativos. Trata-se de um 
gênero que expõe os pontos mais relevantes de um determinado produto cultural, seguidos da opi-
nião fundamentada e coerente do autor. Dessa forma, faz-se necessário que as informações prin-
cipais da obra resenhada estejam bem descritas. Por se tratar de um texto curto, o exercício de 
síntese se faz imprescindível, assim as ideias serão apresentadas de forma breve e coerente. Além 
disso, a capacidade de análise crítica e a utilização da norma culta são elementos consideráveis 
que precisam ser empregados. 
Depois de exibir as informações sobre a resenha, o professor pode mostrar mecanismos de estru-
turação do texto, ou seja, expor maneiras de organização para se alcançar adequação ao gênero 
proposto. 
Estrutura - Para a elaboração da resenha, usualmente consideram-se as seguintes partes: 
a) Cabeçalho (referência da obra resenhada).
b) Título – original e criativo (não utilize o mesmo título da obra).
c) Credenciais do autor (em um parágrafo, informações como nacionalidade, formação, livros 
publicados, enfim, tudo que possa mostrar quem é o autor).
d) Resumo (ideias e partes principais da obra, em um parágrafo, inclusive descrevendo quan-
tos e quais são os capítulos).
e) Comentário e julgamento do resenhista, com argumentos embasados e justificados.
f) Indicações do resenhista (curso, disciplina e público-alvo aos quais a obra é endereçada).
Professor, é comum observar que os estudantes não acessam com frequência esse gênero textual 
e podem demonstrar dificuldades de reconhecerem o contexto de produção, de circulação e a fi-
nalidade de uma resenha crítica. Por isso, é importante levar o texto para a sala de aula, trabalhar 
seus principais aspectos e mostrar que resenhas se aplicam a vários produtos e não apenas a tex-
tos escritos. Desse modo, a segunda aula apresenta uma resenha sobre um filme de muito apreço 
pelos adolescentes, o que pode contribuir para compreensão do gênero textual. 
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2ª aula – Contexto de circulação de produção do texto
Professor, para promover o conhecimento dos estudantes sobre resenha crítica é indispensável 
apresentar um modelo, pois, é dessa maneira que eles podem se familiarizar com o gênero. 
Sugestão de material:
• Trailer oficial do filme Liga da Justiça: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=H0Z7ewOXCKw>. Acesso em: 12 abr. 2022. 
• Resenha do filme Liga da Justiça, apresentado no site AdoroCinema: Disponível em: <ht-
tps://www.adorocinema.com/filmes/filme-126527/criticas-adorocinema/>. Acesso em: 12 
abr. 2022.
A sala de multimídia da instituição pode ser usada para essa aula, pois será necessário transmitir 
um vídeo contendo o trailer. A resenha pode ser exibida por meio de slides. 
O professor também poderá optar pelo uso da sala de informática, oferecendo aos estudantes os 
links do material, ou auxiliando-os na busca. 
Após transmitir o trailer do filme, o professor deve promover uma conversa em sala, utilizando es-
tratégias de orientação.
Pergunte aos estudantes onde eles buscam referências antes de assistirem a um filme ou lerem 
um livro.
• Indicação de amigos? 
• Anúncios na TV? 
• Anúncios na Internet? 
• Resenhas? 
Questione: Quais critérios vocês utilizam para escolher um filme ou um livro?
Em seguida, ofereça a resenha do site Adorocinema como exemplo de recomendação para o filme 
Liga da Justiça. 
Peça aos estudantes para fazerem uma leitura silenciosa da resenha e, em seguida, pontue os as-
pectos estruturais mencionados na primeira aula. É recomendável que os estudantes sejam in-
centivados a buscarem no texto argumentos utilizados pelo autor, para embasar suas afirmações 
sobre o filme. Vale ressaltar que uma análise linguística também se faz importante, para que os dis-
centes possam analisar o nível de formalidade de um texto publicado em um site de grande aces-
so, voltado para um público heterogêneo, e observar que pode haver critérios mais exigentes de 
uso da linguagem formal, caso a resenha seja acadêmica, ou divulgada por uma editora de livros, 
nos quais o público é mais específico, por exemplo. 
3ª aula – compartilhando saberes 
Para concluir as análises feitas na segunda aula, o professor poderá formar duplas na turma e so-
licitar aos estudantes que preencham um quadro com as impressões obtidas sobre a resenha e o 
trailer do filme. Esse quadro pode vir acompanhado de perguntas direcionadas, uma vez que esses 
questionamentos auxiliam na tarefa. 
• Quem pode produzir uma resenha como a que você leu?
• De quais conhecimentos necessitam o autor de uma resenha ?
• Para que público, provavelmente, a resenha “Deu liga” teria sido escrita?
• Qual dos dois produtos (trailer oficial e resenha crítica) apresentados nessa aula é mais im-
parcial? Por quê?
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Trailer oficial / Resenha crítica
Semelhanças
Diferenças
Vantagem 
Após o preenchimento do quadro, proponha a seguinte discussão com os estudantes:
Qual dos dois gêneros você recorreria, se estivesse procurando por uma avaliação sólida sobre a 
obra? Espera-se que o estudante aponte a resenha crítica como o gênero mais consistente, dada a 
parcialidade explícita do trailer oficial. 
Levante questionamentos sobre o impacto da leitura da resenha sobre as escolhas do estudante. 
Após a leitura da resenha, e supondo que você ainda não tenha assistido ao filme, teria curiosidade 
em vê-lo?
Solicite aos estudantes o compartilhamento dessas ideias em sala. 
 
4ª aula – Produção de texto 
Como fechamento de conteúdo, os estudantes poderão produzir uma resenha, tendo como base as 
três últimas aulas. 
Professor, utilize a proposta abaixo para dar início à produção textual. 
Proposta de texto
Imagine que você foi escolhido para fazer parte do grupo administrador da página da escola em 
uma rede social. Sua função é a de divulgar uma atração cultural (filme, série, livro, peça de teatro) 
por meio de uma resenha. Você precisa produzir um texto que incentive os estudantes e os segui-
dores da página a assistirem/ lerem a obra que for indicada em uma postagem (você pode escolher 
uma obra da qual tenha gostado). Seja criativo e produza o seu texto, observando os seguintes 
aspectos:• Linguagem adequada.
• Título original.
• Breve resumo da obra. 
• Informação sobre o autor/produtor. 
• Argumentação embasada, que convença o leitor a assistir/ler a obra indicada.
• Recomendação do produto. 
Professor, peça aos estudantes que compartilhem a leitura das resenhas e troquem impressões 
sobre o texto. Esse formato de aula servirá para avaliar a capacidade de entendimento desses es-
tudantes e o pensamento crítico.
RECURSOS: 
Cópias de texto, slides a serem exibidos por DataShow, quadro, pincel – sala de multimídia ou de 
informática da instituição. 
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: 
A avaliação corresponderá à participação dos estudantes durante as discussões e leituras da rese-
nha; à realização das atividades e produção de texto propostas, bem como à correção delas. 
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ATIVIDADES
AMORAS, DE EMICIDA
Tamires de Carvalho
Baixei o e-book de Amoras, do Emicida, com ilustrações de Aldo Fabrini, em uma ação da Com-
panhia das Letras bem lá no começo da pandemia da Covid-19 no Brasil, que disponibilizou vários 
títulos de literatura infantil gratuitamente para download. De longe foi o que mais gostamos!
A vantagem do e-book para as crianças é que dá para ler pelo celular (recomendo o aplicativo 
Amazon Kindle). Aqui em casa lemos muito deitadas na cama, na hora de dormir. Também já lemos 
transmitindo a tela do celular na televisão, o que foi um sucesso!
Dito isso, vamos ao livro: Amoras é o livro que toda criança deveria ler, pelo menos uma vez. Aqui, 
de forma bem doce, Emicida pincela temas que geralmente não estão facilmente à disposição das 
crianças; não fazem parte do repertório de seus livrinhos “clássicos”. Ele fala, por exemplo, dos vá-
rios nomes de Deus (diversidade religiosa), Martin Luther King e Zumbi dos Palmares.
Amoras reforça a importância de cultivarmos a autoestima das crianças negras, quando a menina 
percebe que ela é tão linda quanto as doces amoras do pomar, “as pretinhas são o melhor que há!”. 
Isso é importante não só para as crianças negras, mas para todas as crianças, para que elas apren-
dam a cultivar e apreciar não apenas um único padrão (europeu) de beleza, mas todas as belezas.
Prepare-se para várias perguntas e leituras deste livro. Mas vai valer a pena, garanto. E tem um 
glossário no final para ajudar!
Disponível em: <https://www.literaturablog.com/resenha-amoras-de-emicida/>. Acesso em: 12 abr. 2022.
1 – Pode-se concluir que o texto lido é: 
a) um artigo de opinião sobre um livro 
do Emicida. 
b) uma crônica sobre amoras. 
c) uma notícia sobre a publicação de um 
e-book.
d) uma resenha do livro Amoras.
2 – No início do texto, a autora aponta uma vantagem sobre o um formato de texto? Explique que 
vantagem é essa. 
3 – Com base no texto de Tamires de Carvalho, indique qual o assunto principal do livro Amoras, 
produzido pelo cantor Emicida. 
4 – Retire do texto o argumento utilizado pela autora para comprovar a afirmação de que Amoras é 
o livro que toda criança deveria ler. 
5 – Produza uma pequena resenha, recomendando um livro que você tenha lido e achou, assim 
como a autora do texto, que valeu a pena. 
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REFERÊNCIAS
FONSECA, F. C. B. A função social do gênero resenha - Revista Nova escola. Disponível em: <ht-
tps://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/9ano/lingua-portuguesa/a-funcao-social-do-
-genero-resenha/3027>. Acesso em: 12 abr. 2022.
Liga da Justiça - Trailer Oficial “Heróis” (leg) [HD]. Warner Bros. Pictures Brasil. 08 de out. de 2017. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=H0Z7ewOXCKw>. Acesso em: 11 abr. 2022
MENDES, R. S - A importância da adequada estruturação de resumo e resenha. Revista Espaço 
acadêmico nº 114. 2010. Disponível em: <http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/ar-
quivosUpload/7536/material/Resumo%20e%20resenha.pdf>. Acesso em: 11 abr. 2022. 
MINAS GERAIS. PLANO_DE_CURSO_2022_EF07.pdf Disponível em: <https://curriculoreferencia.
educacao.mg.gov.br>. Acesso em 06 abr. 2022.
SALGADO. L. Deu liga. Adoro Cinema - LIGA DA JUSTIÇA. Disponível em: <https://www.adorocine-
ma.com/filmes/filme-126527/criticas-adorocinema/>. Acesso em: 11 abr. 2022.
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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência Específica 04: Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, 
cultural, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo suas varie-
dades e vivenciando-as como formas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como 
agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza.
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: HABILIDADE(S):
Variação Linguística.
(EM13LGG103) Analisar o funcionamento das linguagens, para interpretar 
e produzir criticamente discursos em textos de diversas semioses (vi-
suais, verbais, sonoras e gestuais).
(EM13LGG104) Utilizar as diferentes linguagens, levando em conta seus 
funcionamentos, para a compreensão e produção de textos e discursos 
em diversos campos de atuação social.
(EM13LGG401) Analisar criticamente textos de modo a compreender e ca-
racterizar as línguas como fenômeno geopolítico, histórico, social, cultu-
ral, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.
EM13LGG402) Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de 
língua adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gê-
nero textual/ discursivo, respeitando os usos das línguas por esse(s) inter-
locutor(es) e sem preconceito linguístico.
(EM13LP16) Produzir e analisar textos orais, considerando sua adequação 
aos contextos de produção, à forma composicional e ao estilo do gêne-
ro em questão, à clareza, à progressão temática e à variedade linguística 
empregada, como também aos elementos relacionados à fala (modulação 
de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração etc.) e à cines-
tesia (postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expres-
são facial, contato de olho com plateia etc.).
(EM13LGG205MG) Conhecer e compreender os saberes, as tradições, os 
costumes, os modos e perspectivas de vida dos povos indígenas, campe-
sinos, negros, quilombolas, ciganos, imigrantes e refugiados, sobretudo 
em Minas Gerais, para a integração de suas culturas e fortalecimento do 
sentimento de pertencimento.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Preconceito linguístico na música brasileira 
DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
O objetivo deste planejamento é o de trabalhar relações entre as variedades da língua falada, 
os conceitos de norma-padrão e o preconceito linguístico. Intenciona-se, pois, promover reflexões 
a respeito das várias formas de construções linguísticas que situam nos campos da formalidade 
e da informalidade e procurar desmistificar preconceitos que são gerados contra determinadas 
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variações da fala. Durante a aplicação deste planejamento, faz-se necessário propiciar uma con-
versa em que se explique aos estudantes a importância do respeito às mais variadas maneiras de 
se comunicar e que mudanças na língua são comuns, devido a diversos fatores. 
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula – Orientações iniciais
Comente com a turma a proposta da aula: a de conhecer, compreender e refletir sobre a norma- 
padrão, as variedades da língua e o preconceito linguístico. Em seguida, apresente à turma algu-
mas frases que são comuns na fala do brasileiro e, apesar disso, muito criticadas. Seguem alguns 
exemplos que podem ser escritos no quadro:
Temos um pobrema aqui. 
A gente tiramos uma foto com o jogador de futebol. 
Uai, tá na hora de sair. 
Entra pra dentro, menino! 
Ôxente, que matéria difícil!
Bah, como essa guria estuda! 
Professor, pergunteaos estudantes quais as impressões sobre as frases apresentadas. Em segui-
da, informe-os de que essa maneira de se expressar ocorre mais na fala do que na escrita e que são 
compreendidas como variação linguística. Neste momento uma definição desse conteúdo precisa 
ser apresentada. 
Variações linguísticas são diferenças que uma mesma língua apresenta quando é utilizada, 
de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas. Assim, a língua não é usada de 
modo homogêneo por todos os seus falantes. O uso de uma língua varia de época para época, 
de região para região, de classe social para classe social e assim por diante. Nem individualmen-
te podemos afirmar que o uso seja uniforme. Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode 
usar diferentes variedades de uma só forma da língua.
[…]
A possibilidade de variação da língua expressa a variedade cultural existente em qualquer grupo. 
O processo de variação ocorre em todos os níveis de funcionamento da linguagem, sendo mais 
perceptível na pronúncia e no vocabulário.
Caderno 03 de Língua Portuguesa – Curso Técnico de Segurança do Trabalho – MEC / Governo Federal.
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Após trabalhar os conceitos de variação linguística é preciso também definir o que é a norma-pa-
drão para que os estudantes possam estabelecer diferenças entre elas. 
A norma-padrão é o nome que se dá à variedade da língua usada oficialmente e ensinada nas 
escolas. Trata-se de uma convenção que tem por objetivo estabelecer um “modelo” de língua que 
possa ser compreendido por todo o país. O problema é que essa norma acaba sendo considerada 
uma variante de maior prestígio – não porque inclua em si algo de especial, mas por ser a nor-
ma que, em geral, grupos de maior poder aquisitivo dominam. A norma serve de referência para 
que não ocorram desvios muito grandes que pudessem descaracterizar a língua, mas isso não 
significa que deva ser seguida à risca. Ela pode ser comparada à caligrafia: ainda que se defina 
um padrão, cada pessoa vai escrever com uma letra diferente, já que é impossível reproduzir um 
modelo com perfeição. Vale a mesma ideia para a fala.
Português é legal <https://www.portugueselegal.com.br>.
Depois de estabelecidas as definições alguns questionamentos podem ser feitos com a finalidade 
de levar o estudante a refletir sobre o tema. Peça a turma para que responda, no caderno, as se-
guintes perguntas:
1) É possível dizer que as frases dispostas anteriormente estão erradas? Justifique a sua res-
posta.
2) Que fatores intervêm na construção de diferentes formas de falar um mesmo idioma?
3) A norma-padrão é a única correta para se comunicar? Explique. 
Peça aos estudantes para compartilharem a leitura das respostas, para que haja troca de opiniões, 
promovendo criticidade dos estudantes ao justificarem o que redigiram para a atividade. 
2ª aula – Analisando preconceitos
Nesta aula, os estudantes deverão analisar a letra de um rap sob a ótica da variação linguística. 
Uma cópia contendo a letra da música pode ser entregue aos estudantes ou, se preferir, o profes-
sor poderá apresentar a letra em um datashow para que a turma possa acompanhar. 
Professor, após o trecho com a letra da música, solicite aos estudantes que façam observações 
sobre o texto, apresentando os pontos de vistas. 
É importante a observação de que desvios gramaticais e linguagem peculiar a um grupo é comum 
em uma sociedade diversa e que o rap, muito além de uma linguagem informal, possui críticas so-
ciais de importante reflexão.
Trecho da música Negro Drama, dos Racionais MC’s (2013). 
[…]
Luz, câmera e ação, gravando a cena vai
Um bastardo, mais um filho pardo sem pai
Hei, senhor de engenho, eu sei bem quem você é
Sozinho cê num guenta, sozinho cê num entra a pé
Cê disse que era bom e as favela ouviu
Lá também tem uísque, Red Bull, tênis Nike e fuzil
Admito, seus carro é bonito, é, e eu não sei fazer
Internet, videocassete, os carro loco
Atrasado, eu tô um pouco sim, tô, eu acho
Só que tem que
Seu jogo é sujo e eu não me encaixo
Eu sou problema de montão, de Carnaval a Carnaval
Eu vim da selva, sou leão, sou demais pro seu 
quintal
Problema com escola eu tenho mil, mil fita
Inacreditável, mas seu filho me imita
No meio de vocês ele é o mais esperto
Ginga e fala gíria; gíria não, dialeto.
[…]
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Composição: Edy Rock/Mano Brown
Após apresentarem suas considerações sobre a música e o tema, o professor poderá expor os se-
guintes questionamentos:
• Quem são os sujeitos do discurso apresentado na música?
• Qual o papel do rap na sociedade atual?
• Pode-se dizer que o uso da informalidade na letra da música é equivocado? Justifique a sua 
resposta. 
• Em sua opinião, é preciso dominar a gramática para produzir rap? Explique. 
• No último verso do trecho apresentado, é possível observar uma correção feita pelo eu líri-
co, na qual ele diz que é imitado na ginga e na gíria, corrigindo este último termo para dia-
leto. Pesquise a diferença entre gíria e dialeto e explique o porquê da correção, na letra da 
música. 
Professor, esses questionamentos servirão para levar os estudantes a refletirem sobre o fato de 
que a nossa língua é diversa e mutável, sendo inapropriada – como afirmou o linguista Marcos Bag-
no – a noção simplista que separa o uso da linguagem em “certo” e “errado”. Questões como essas, 
necessitam de análise e discussão e não de julgamento.
Faz-se importante também que os estudantes observem o uso do rap e sua linguagem como mani-
festação social. É por meio desse gênero musical que os autores se posicionam e criticam a exclu-
são que sofre, moral e socialmente. E usar a mesma linguagem que eles lidam no seu dia a dia para 
exteriorizar suas angústias e inquietações é importante para que sejam respeitados. 
Além disso, por meio dessas questões reflexivas, os discentes poderão estabelecer as diferenças 
entre dois termos muito importantes para o estudo da variação linguística: a gíria e o dialeto. É fun-
damental para o estudante compreender que, no caso da música, a gíria que é uma manifestação 
linguística utilizada por pequenos grupos, acaba se tornando um dialeto devido ao uso frequente 
e ampliado dessa maneira de falar. É de fato o que ocorre nas periferias, onde a maioria dos raps é 
construída. 
3ª aula – Produção de texto
Para fechamento, os estudantes poderão produzir um texto, de caráter dissertativo-argumentati-
vo, apresentando opiniões e fundamentos sobre o seguinte tema: O preconceito linguístico na arte 
brasileira. 
Professor, solicite aos estudantes que utilizem como apoio de escrita o material e as discussões 
propostas nas aulas anteriores. Dessa forma, eles terão bases e fundamentações para a produção. 
RECURSOS: 
Cópia impressa do material de apoio (definições, letra da música e questionários) ou DataShow – 
com uso da sala de multimídia da instituição - para exibição desses materiais, ou quadro branco. 
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: 
O processo de avaliação pode ser feito com base na participação dos estudantes nas aulas teóricas 
e nas discussões propostas, além da produção e entrega das redações. Nestas, poderá ser avalia-
da a capacidade de argumentação, o embasamento utilizado, a organização textual e a linguagem 
adequada. 
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ATIVIDADES
Leia com atenção a letra da música Escurinha, de Geraldo Pereira e Arnaldo Passos. 
Escurinha, tu tens que ser minha de qualquer 
maneira
Te dou meu boteco, te dou meu barraco
Que eu tenho no morro de Mangueira
Comigo não há embaraço
Vem que eu te faço meu amor
A rainha da escola de samba
Que o teu nego é diretor.
Quatro paredes de barro, telhado de zinco
Assoalho no chão, só tu escurinha
É quem está faltando no meu barracão
Deixa disso bobinha, só nessa vidinha levan-do a pior
Lá no morro eu te ponho no samba
Te ensino a ser bamba, te faço a maior, 
Escurinha, vem cá!
(Geraldo Pereira e Arnaldo passos, no disco Valsa Brasileira, gravado por Zizi Possi, 1994, Velas, Faixa 6)
Agora responda às questões:
1) Quem está falando para quem? Trace o perfil das personagens: idade, classe social, natu-
ralidade, profissão, valores, ambições, apontando elementos do texto que permitam essas 
conclusões. 
2) Escreva um pequeno texto analisando o uso do termo “Escurinha” pelo compositor. Apon-
te observações sobre a utilização de termos que podem ser pejorativos, ofender raças e 
classes sociais e como o uso da linguagem adequada se faz importante na construção dos 
discursos. 
3) Como você entende o verso “Deixa disso, bobinha, só nessa vidinha levando a pior”? 
4) Comente a linguagem usada pelo personagem, na música. 
5) Considerando a proposta feita pelo personagem e os argumentos por ele usados, o que se 
pode dizer em relação ao papel da mulher na sociedade?
6) Se a proposta fosse feita por interlocutores diferentes, a linguagem seria a mesma? Analise 
os possíveis interlocutores abaixo e justifique a sua resposta:
• Um adolescente de família rica à sua paquera, igualmente rica. 
• Uma mulher de classe média ao seu pretendente.
• Um dono de uma churrascaria à sua namorada vegana.
• Você à (ao) sua (seu) namorada (o). 
7) Escolha uma das situações sugeridas na questão 5 e redija um e-mail que seria enviado com 
a possível proposta, observando atentamente a questão da variação linguística, do interlo-
cutor e do enunciador. 
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8) Compartilhe com os colegas os textos de e-mail produzidos e discuta a pertinência da lin-
guagem, da argumentação e as diferenças observadas de acordo com os enunciadores es-
colhidos. 
REFERÊNCIAS
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 15 ed. Loyola: São Paulo, 2002.
CAVALCANTE, I. F.  Língua Portuguesa A03.  Governo Federal: Ministério da Educação. Brasília: 
MEC, 2002. Disponível em: <http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_amb_saude_se-
guranca/tec_seguranca/portugues/061112_ling_port_a03.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2022.
COSCARELLI, Carla. O Livro Receitas do Professor de Português: Atividades para a sala de aula. 
2ª ed. Autêntica. Belo Horizonte. 2008. p. 96-98. 
MINAS GERAIS. PLANO_DE_CURSO_2022_pdf Disponível em: <https://curriculoreferencia.educa-
cao.mg.gov.br>. Acesso em: 12 abr. 2022.
PACHECO, Angeline Suellen. Plano de aula: A norma-padrão e o preconceito linguístico. Nova esco-
la Disponível em: <https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/9ano/lingua-portugue-
sa/a-norma-padrao-e-o-preconceito-linguistico/3583#section-slide0>. Acesso em 12 abr. 2022.
PEREIRA, C.; MARTINS, P. Português é legal. São Paulo, 2014. Disponível em: <http://www.portu-
gueselegal.com.br/wp-content/uploads/2014/04/portugueselegal2.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2022.
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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência Específica 07: Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as 
dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir 
sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos 
da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: HABILIDADE(S):
Estratégia de análise e 
curadoria da informação. 
Contextos de produção, 
circulação e recepção de 
textos.
WhatsApp. 
Fake News. 
Notícias. 
Checagem de informa-
ções.
Normas de referências bi-
bliográficas.
(EM13LP11) Fazer curadoria de informação, tendo em vista diferentes 
propósitos e projetos discursivos.
(EM13LP12) Selecionar informações, dados e argumentos em fontes 
confiáveis, impressas e digitais, e utilizá-los de forma referenciada, 
para que o texto a ser produzido tenha um nível de Todos os campos 
de atuação social aprofundamento adequado (para além do senso 
comum) e contemple a sustentação das posições defendidas.
(EM13LP32) Selecionar informações e dados necessários para uma 
dada pesquisa (sem excedê-los) em diferentes fontes (orais, impres-
sas, digitais etc.) e comparar autonomamente esses conteúdos, le-
vando em conta seus contextos de produção, referências e índices 
de confiabilidade, e percebendo coincidências, complementarida-
des, contradições, erros ou imprecisões conceituais e de dados, 
de forma a compreender e posicionar-se criticamente sobre esses 
conteúdos e estabelecer recortes precisos.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: O perigo das Fake News
DURAÇÃO: 4 aulas 
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Na sociedade atual, vive-se uma era de muito acesso à informação, fator positivo para a aquisição 
de novos conhecimentos e para atualização das notícias. Contudo, essa mesma facilidade propicia 
também a divulgação de notícias falsas ou tendenciosas – fator este que contribui de maneira ne-
gativa na formação intelectual dos jovens, principalmente. Por isso, preparar os estudantes para 
seleção e checagem das informações é função preponderante da escola, para que se formem ci-
dadãos conscientes, capazes de desenvolver o pensamento crítico. Além disso, prepara-os para 
distinguir o que é parcial ou não corresponde à realidade do que precisa ser de fato noticiado. 
Com este plano de aula, o professor poderá trabalhar em sala habilidades que permitam os discen-
tes a exercitarem a capacidade análise dos textos, de observarem estratégias de argumentação 
para saberem se realmente comprovam fatos e de buscar fontes confiáveis para confirmação de 
notícias. É muito importante, pois, que o professor leve para sala de aula orientações que visem 
levar os estudantes a refletir sobre o que acompanham nas mídias.
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B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula – Identificando uma notícia falsa 
Professor, apresente aos estudantes um exemplo de notícia falsa, já desmistificada e observe as 
primeiras impressões da turma.
FAKE NEWS – USAR O CELULAR PODE CAUSAR CÂNCER
Existem diferentes versões dessa fake news sobre saúde, seja que a radiação da bateria pode 
causar câncer no cérebro ou que utilizar o aparelho no escuro aumenta as chances de câncer 
nos olhos. Porém, nenhum estudo mostrou que exista uma relação entre os celulares e o au-
mento das chances da pessoa desenvolver qualquer tipo de câncer. O que se sabe é que a luz 
emitida pelas telas dos aparelhos pode causar dores de cabeça, a sensação de olhos cansados 
e dores no globo ocular.
Fonte: <https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/conheca-5-fake-news-sobre-saude>. Acesso em: 13 abr. 2022. 
Em seguida, converse com estudantes sobre os efeitos de disseminação de notícias como essas. 
Pergunte quem já recebeu mensagens desse tipo e qual foi a reação. Neste momento, é preciso 
mostrar aos estudantes os perigos de se informar por notícias de fonte não confiável e como fake 
news dificultam a aquisição do conhecimento. 
Para dar segmento a aula, o professor pode questionar com uma pergunta no quadro:
Como saber se uma mensagem é confiável?
Professor, explique aos estudantes que, ao consumir ou compartilhar um conteúdo sem refletir 
sobre a veracidade das informações, pode-se contribuir com disseminação de ideias inverídicas 
ou mesmo levar alguém a tomar decisões com base em dados não confiáveis. Por isso, a checagem 
de conteúdos se faz tão importante e é isto que será apresentado à turma: maneiras de identificar 
uma notícia falsa. 
Ao receber qualquer conteúdo, seja artigo, postagens em redes sociais, mensagem ou vídeo, de-
ve-se cultivar o hábito de investigá-lo, antes de reproduzi-lo. Algumas perguntas ajudam a avaliar 
a confiabilidade dos conteúdos e ler melhor as mensagens que chegam. Professor,apresente as 
perguntas no quadro branco, ou em uma folha impressa, para que os estudantes possam ter um 
registro dessas informações. 
1) Quem criou isto? Esta fonte é confiável? (observar a fonte)
2) As afirmações se sustentam? (avalie as evidências e argumentação)
3) Por que isto foi criado? (avalie o propósito da informação)
4) Para quem isto foi criado? (pense no público, analise a linguagem do texto)
5) Como esta informação está sendo apresentada? (observe se não há sensacionalismo)
6) Qual é a história maior? (confira se a informação está completa ou se apenas parte dela foi 
divulgada)
Guia de Educação midiática apud E.S.C.A.P.E. Junk News, desenvolvido por NewseumEd. Texto adaptado.
Professor, utilize essas perguntas com o intuito de desenvolver o hábito cotidiano da leitura reflexiva.
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2ª aula – Aprofundando a checagem 
A segunda aula pode começar com um novo questionamento:
Você sabe o que é curadoria de informação?
Explique à turma que curadoria de informação tem a ver com a seleção de conteúdos por importân-
cia e confiabilidade, ou seja, é a maneira de distinguir o que vale ou não a pena ser lido. 
O professor deverá esclarecer a necessidade de selecionar bem as fontes e os autores de um texto, 
assim, será possível alcançar maior compreensão dos fatos e dos acontecimentos da sociedade. 
Esse exercício colabora com a formação do conhecimento e do entendimento sobre o que ocorre 
ao redor do mundo. 
Por meio de slides ou com reprodução no quadro, o docente poderá mostrar e explicar o quadro 
que sintetiza a primeira aula:
QUATRO PASSOS SIMPLES PARA CHECAR A INFORMAÇÃO
Propostas para checagem de informações
PAUSE
Olhe um pouco para a 
mensagem.
INVESTIGUE A FONTE
O que você sabe so-
bre quem escreveu ou 
publicou?
BUSQUE MAIS 
INFORMAÇÕES
Onde mais esta informa-
ção pode ser encontrada?
CONHEÇA 
O CONTEXTO
Qual é a história 
completa?
Guia de Educação midiática apud E.S.C.A.P.E. Junk News, desenvolvido por NewseumEd. Texto adaptado.
É de extrema importância mostrar que o leitor bem informado se difere do consumidor de notícias, 
porque procura se inteirar das informações por mais de uma mídia, busca fontes confiáveis, ques-
tiona o que lê e pesquisa diferentes opiniões e argumentos consistentes. 
3ª aula – Avaliando informações 
Professor, apresente à turma uma imagem circulou pelas redes sociais em 2019, após a tragédia do 
rompimento da barragem Mina do Córrego do Feijão em Brumadinho/MG. 
O que circulou nas redes? 
Flagrante do homem resgatado em Brumadinho abraçando o bombeiro que o salvou. 
Fonte da imagem: <https://educamidia.org.br/>.
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Professor, pergunte a turma se é possível confiar em mensagens postadas nas redes sociais, com 
imagens sem fonte ou créditos. 
Discuta com os estudantes a possibilidade de este ter grandes chances de se tratar de uma fake 
news, devido à ausência de informações, de fonte e de embasamento. 
Após ouvir as considerações dos estudantes, o professor pode mostrar a eles – com auxílio de um 
datashow e acesso à internet - o link de uma matéria a qual mostra ser parcialmente falsa a notícia 
que circulou nas redes. A foto que foi amplamente divulgada, à época, é verdadeira, porém não está 
relacionada à tragédia em Brumadinho – foi feita em outra data e em outro contexto. A imagem 
mostra o agradecimento de um cidadão que havia caído em um poço e foi resgatado pelo bombeiro. 
O professor pode utilizar o link com a matéria para demonstrar aos estudantes o texto na íntegra e, 
depois de fazer uma leitura em conjunto; novas considerações podem ser colocadas a respeito da 
importância de se fazer curadoria de informações antes de divulgá-las. 
Link da matéria a ser utilizada na aula: <https://veja.abril.com.br/coluna/me-engana-que-eu-pos-
to/bandeira-na-lama-e-abraco-em-bombeiro-as-imagens-falsas-sobre-brumadinho/>. Acesso 
em: 13 abr. 2022.
Para finalizar, proponha uma roda de discussão na sala e apresente perguntas que promovam a 
reflexão da turma:
• Na opinião de vocês, as redes sociais são realmente uma das maiores divulgadoras de notí-
cias falsas? Justifiquem a resposta.
• Quais as consequências da divulgação de fake news para a sociedade?
• Vocês acreditam que grande parte da população considera verdadeiro o conteúdo das notí-
cias que recebem por meio das redes sociais e por isso as compartilham? Expliquem. 
• A utilização de imagens aumenta a possibilidade de as pessoas acreditarem nos fatos? Ex-
plique. 
Pode-se citar a montagem de fotos ou de vídeos, além do uso indevido da imagem dos bombeiros, 
como mostrou a matéria da revista Veja. 
4ª aula – Cartaz de divulgação
Professor, peça aos estudantes que produzam cartazes para divulgação na escola, os quais con-
tenham campanhas contra fake news e orientem a comunidade escolar a checar as informações 
recebidas. 
O conteúdo trabalhando nas aulas anteriores servirá de base para a produção. 
Sugira dicas de curadoria de informação que podem ser colocadas nos cartazes, como as pergun-
tas oferecidas na primeira aula, ou as dicas sintetizadas no quadro da segunda aula. 
Ofereça também a divulgação de mensagens que causem impacto nos leitores dos cartazes, a fim 
de convencê-los de que as notícias falsas são um problema para a população. 
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RECURSOS: 
Sala de multimídia, DataShow, internet ou cópias impressas do conteúdo, ou quadro branco. Para 
a produção dos cartazes, serão necessárias cartolinas, pincéis coloridos e revistas para recorte. 
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: 
O processo de avaliação pode ser feito com base na participação dos estudantes nas aulas teóricas 
e nas discussões propostas, além da produção e entrega de cartazes de divulgação. Nestes, pode-
rá ser avaliada a capacidade de persuasão, a estética das frases e das informações, bem como a 
linguagem adequada. 
ATIVIDADES
1 – (IBFC -2019) Em maio de 2019 a Revista Superinteressante publicou matéria sobre a propagação 
de notícias falsas na rede social Twitter estudada por um grupo de cientistas da informação segue 
o trecho abaixo.
“De acordo com uma análise de conteúdo do Laboratório de Mídia do Massachusetts Institute of 
Technology (MIT), as fake news se disseminam seis vezes mais rápido do que notícias verdadei-
ras nessa rede social. O estudo analisou 126 mil histórias contadas no Twitter entre 2006 e 2017. 
Os dados foram compartilhados por cerca de 3 milhões de pessoas mais de 4,5 milhões de vezes. 
Seis organizações independentes verificaram as alegações, incluindo instituições respeitadas de 
checagem de fatos, como Snopes, Politifact e Factcheck.”
(Fonte: Superinteressante)
No estudo, considera-se o número de pessoas que replicou notícias identificadas como falsas em 
um determinado período de tempo, e a velocidade que pode ser definida pela proporção: “número 
de pessoas / unidade de tempo”. Nesse sentido, analise as afirmativas abaixo e dê valores: verda-
deiro (V) ou falso (F).
( ) Uma notícia falsa chega ao mesmo número de pessoas que uma notícia verdadeira mas em um 
tempo seis vezes menor.
( ) Uma notícia falsa chega a seis vezes mais pessoas que as notícias verdadeiras em um mesmo 
tempo.
( ) As pessoas tendem a replicar seis vezes mais notícias falsas do que notícias verdadeiras.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V, V, V b) F, V, V c) F, V, F d) V, F, F
2 – (FUNDEP - Gestão de Concursos -2019) Analise a imagem a seguir:
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“Fake News são notícias falsas publicadas por veículos de comunicação como se fossem informações 
reais.”
Disponível em:<https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/oque- sao-fake-news.htm>.Acesso em: 17 jul. 2019.
Sobre fake news, é correto afirmar:
a) As fake news se restringem ao campo do humor, não oferecendo prejuízo aos usuários da 
tecnologia.
b) As falsas notícias podem ser controladas pela justiça e seu conteúdo corrigido por meio das 
redes sociais.
c) As redes sociais se auto regulam no que tange à divulgação de fake news que podem ser 
debatidas no meio digital.
d) As tecnologias digitais favoreceram a divulgação de fake news devido à sua velocidade e 
extensão de acesso.
REFERÊNCIAS
Conheça 5 Fake News Sobre Saúde E Saiba Como Evitar De Compartilhar Informações Erradas. 
Pfizer. 2019. Disponível em: <https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/conheca-5-fa-
ke-news-sobre-saude>. Acesso em: 13 abr. 2022. 
FERRARI, A. C.; Ochs, M.; Machado, D. Guia da Educação Midiática. 1ª ed. São Paulo: Instituto Pala-
vra Aberta, 2020.
MINAS GERAIS. PLANO_DE_CURSO_2022_pdf Disponível em: <https://curriculoreferencia.educa-
cao.mg.gov.br>. Acesso em: 12 abr. 2022.
ROMANI, André. Bandeira na lama e abraço em bombeiro: as imagens falsas de Brumadinho. Re-
vista Veja. 2019. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/coluna/me-engana-que-eu-posto/ban-
deira-na-lama-e-abraco-em-bombeiro-as-imagens-falsas-sobre-brumadinho/>. Acesso em: 13 
abr. 2022. 
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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência Específica 06: Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e 
culturais, considerando suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhe-
cimentos sobre as linguagens artísticas para dar significado e(re) construir produções autorais 
individuais e coletivas, exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, com respeito à di-
versidade de saberes, identidades e culturas.
Competência Específica 07: Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as 
dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir 
sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos 
da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: HABILIDADE(S):
Identificação de interesses 
e afinidades para organiza-
ção e participação em gru-
pos sociais e culturais.
Diferenças de interesses, 
gostos, expressões comu-
nicativas e estilísticas, res-
peitando e valorizando as 
diversidades.
Identificação de interesses 
e afinidades para organiza-
ção e participação em gru-
pos sociais e culturais.
(EM13LGG703) Utilizar diferentes linguagens, mídias e ferramentas 
digitais em processos de produção coletiva, colaborativa e proje-
tos autorais em ambientes digitais. 
(EM13LP17) Elaborar roteiros para a produção de vídeos variados 
(vlog, videoclipe, videominuto, documentário etc.), apresentações 
teatrais, narrativas multimídia e transmídia, podcasts, playlists co-
mentadas etc., para ampliar as possibilidades de produção de sen-
tidos e engajar-se em práticas autorais e coletivas.
(EM13LP19) Apresentar-se por meio de textos multimodais diversos 
(perfis variados, gifs biográficos, biodata, currículo web, vídeo cur-
rículo etc.) e de ferramentas digitais (ferramenta de gif, wiki, site 
etc.), para falar de si mesmo de formas variadas, considerando di-
ferentes situações e objetivos.
(EM13LP20) Compartilhar gostos, interesses, práticas culturais, 
temas/problemas/questões que despertam maior interesse ou 
preocupação, respeitando e valorizando diferenças, como forma 
de identificar afinidades e interesses comuns, como também de 
organizar e/ou participar de grupos, clubes, oficinas e afins.
(EM13LP24) Analisar formas não institucionalizadas de participa-
ção social, sobretudo as vinculadas a manifestações artísticas, 
produções culturais, intervenções urbanas e formas de expressão 
típica das culturas juvenis que pretendam expor uma problemática 
ou promover uma reflexão/ação, posicionando-se em relação a es-
sas produções e manifestações.
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PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Criação de uma biblioteca virtual pelo Google Drive
DURAÇÃO: 2 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Neste planejamento, intenciona-se modernizar o processo de aprendizagem dos estudantes por 
meio da interação, da produção colaborativa e do compartilhamento de informações, utilizando 
os recursos oferecidos pelo Google Drive, tendo em vista que os estudantes da rede pública esta-
dual de Minas Gerais possuem acesso a e-mails institucionais do Google com drive compartilhado. 
Pretende-se também criar ou melhorar as metodologias de ensino-aprendizagem com atividades 
centradas na produção de conteúdo para divulgação. Para isso, planeja-se o incentivo à criação de 
uma biblioteca virtual – via Google Drive - com acervo produzido pelos próprios estudantes. 
B) DESENVOLVIMENTO:
1ª aula – orientações iniciais 
O professor poderá iniciar a aula com uma roda de conversa, para falar sobre playlists. Perguntas 
do tipo “Quem já ouviu alguma playlist de músicas indicada por um amigo?”, “Alguém sabe o que é 
uma playlist comentada?”, “Quem nunca fez comentários ou indicações sobre determinados álbuns 
de que gostou muito?”
Estabelecida a conversa, é possível apresentar para os estudantes o tema da aula. A proposta é a 
de que eles montem não apenas playlists, mas também conteúdos, resumos das aulas, vídeos, mú-
sicas e ofereçam links de sites sobre as matérias estudadas, a fim de auxiliar nos estudos da turma. 
Professor, oriente os estudantes a selecionar resumos e textos que já produziram, além de apre-
sentarem mídias que tenham relação com os conteúdos estudados em todas as disciplinas, para 
que sejam organizadas – na sala de informática – pastas no Google Drive com material para estudos. 
Essas pastas podem ser organizadas por nomes das disciplinas e o trabalho pode ser feito em grupo. 
Sugestão: nesta aula podem ser formados os grupos que serão responsáveis por uma disciplina 
específica (peça que escolham uma matéria com a qual têm mais afinidade) e cada segmento irá 
pesquisar materiais digitais para serem organizados na biblioteca do Google Drive, a qual será cria-
da e mantida pelos próprios componentes dos grupos. 
2ª aula – Criação e organização da biblioteca virtual 
Na sala de informática da instituição, os estudantes devem ser orientados pelo professor a acessar 
seus e-mails institucionais (Google) ou criar novas contas (para aqueles que ainda não possuem). 
Por meio do Google drive, os estudantes - com apoio do professor - deverão, de forma colaborativa, 
organizar o conteúdo teórico aprendido nas aulas – digitá-los no Google Docs para a elaboração de 
novo material que comporá o acervo da biblioteca virtual. 
Como o trabalho será feito em grupo, enquanto alguns estudantes digitalizam os materiais, outros 
podem selecionar músicas, vídeos, indicação de filmes ou séries que se relacionam ao conteúdo da 
disciplina escolhida para organização das pastas. 
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Orientações sobre a adequação da linguagem na digitação dos resumos e na construção dos co-
mentários que irão compor as pastas das disciplinas precisam ser apresentadas pelo docente.
Professor, para esta aula, é importante ter conhecimentos sobre o uso do Google Drive, para que os 
estudantes com mais dificuldade de acesso sejam auxiliados. 
3ª aula – Planejamento e organização 
Para que as pastas fiquem organizadas de forma adequada, é interessante que, nesta aula, o pro-
fessor oriente os estudantes a produzirem pequenos textos que conduzam o público de leitores 
que irá acessar a biblioteca virtual. 
Para isso, exemplos do gênero sinopse são muito úteis. O professor pode utilizar os compêndios 
que são apresentados nas plataformas de podcasts, por exemplo,

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