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Iasmyn Paixão Referência: Aula Medcurso + Slides Evônio AULA X, P2 – DIP MALÁRIA · É uma doença parasitária. · Epidemiologia no Brasil · P vivax é o mais frequente e que de modo geral, causa formas mais brandas da doença. · Região Amazônica Brasileira é considerada área endêmica, com 99% dos casos autóctones. · Entretanto, existe transmissão residual de malária no Piauí, Paraná e em áreas de Mata Atlântica (SP, MG, RJ, ES) · Fora da região amazônica, mais de 80% dos casos registrados são importados. · Agente etiológico: · Plasmodium · Vivax: mais comum · Falciparum: mais grave · Febre terçã! · Malarie: mais raro · Febre quartã! · Todos esses invadem a hemácia a esse reproduzem ali dentro, até que essa se rompe, liberando vários Ag no sangue, promovendo resposta muito intensa, momento que paciente apresenta febre com muito calafrio. A depender do tempo que dura para a hemácia atinja sua capacidade máxima, haverá: · Febre terça: febre do terceiro dia, dois dias sem febre e quadro se repete. · Febre quartã: febre do quarto dia, três dias sem febre e quadro se repete. · Esses padrões são mais comuns fora da área endêmica, pois na área endêmica (bolsão amazônica) os pacientes são multiparasitários, sendo difícil a diferenciação e comum a mistura da apresentação clínica. · Vetor: · Anopheles darlingi Ciclo evolutivo Pode haver transmissão vertical. · 2 etapas: 1. Hepática 2. Eritrocitáras · Principal alvo: hemácia · Forma hipnozoítica: forma que fica latente no fígado, mas que só acontece num quadro provocado pelo p. vivax. É importante ter essa informação, pois há fármacos que só agem na forma hemática (ex: cloroquina). Ou seja, se tratado com medicamentos como esse, o paciente voltará a apresentar o quadro a partir do momento que essas formas se tornarem eritrocitárias, por isso, na maioria dos casos, quando não se sabe qual o agente ou se sabe que é vivax, é preciso associar dois medicamentos para destruir o esquizonte tecidual e esquizonte eritrocitário. Fisiopatologia e patogenia · Uma característica importante da patogênese de P falciparum é a capacidade dos seus trofozoítos maduros e esquizontes de sequestrar eritrócitos na microvasculatura venosa profunda. Esse sequestro é promovido por 3 mecanismos básicos: · Adesão dos eritrócitos infectados às células endoteliais: citoaderência · Formação de estruturas que deformam as hemácias · Ligação de eritrócitos aos eritrócitos não infectados reduzindo a capacidade de deformação eritrocitária: formando as rosetas · Mediada por plaquetas, há aglomeração de eritrócitos infectados: aglutinação · Sequestro de eritócitos · Interferência na microcirculação, principalmente em cérebro. · Parasitemia elevada Transmissão · Picada do vetor · Transfusão sanguínea · Compartilhamento ou acidente com agulhas contaminadas · Transmissão congênita também pode ocorrer, mas é rara. · Gestantes desenvolvem casos mais graves · Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa Período de incubação · Varia de acordo com a espécie de plasmódio: · P falciparum: 8-12 dias · P vivax: 13-17 dias · P malariae: 18-30 dias Clínica · Febre (em crises) + anemia hemolítica (icterícia com aumento de BI, ou seja, diferente das outras síndromes febris, não é por atrapalhar a excreção de BD e sim pela hemólise). · Dica: paciente que mora em região endêmica, região norte. Ou ofício que envolva se deslocar pelo país. · Febre · Cefaleia · Leve e constante · Astenia · Mialgia · Diarreia · Náuseas e vômitos · Icterícia · Hepatomegalia e esplenomegalia Diagnóstico · Gota espessa: exame de escolha. · Exame mais S e E para o diagnóstico de malária. Após essa coleta, faz análise microscópica. · Em alguns casos, pode-se lançar mão do esfregaço de sangue periférico. Mas fora da zona endêmica, dificilmente há pessoal treinado para executar esses exames. · TR (teste rápido) · Regiões não endêmicas. · Encontra Ag da malária circulando. · PCR · Uso para Knowlesi · Sorologia Malária cerebral · Relacionado com falciparum · Coma persistente após convulsão ~ letalidade 20% · Crianças em até 50% · Convulsão generalizada · Hemorragias retinianas · Cegueira · Surdez · Hemiplegias · Déficit da linguagem persistente Hipoglicemia · Insuficiência da gliconeogênese hepática · Aumento do consumo de glicose pelo hospedeiro e parasita · Alguns antimaláricos levam ao aumento da secreção de insulina Edema pulmonar e insuficiência renal · Apenas 3% desenvolvem · Letalidade de 80% · Necrose tubular aguda Complicações Formas graves ligadas a quimiocitocinas provocadas pela alta parasitemia Diagnóstico diferencial · Hepatite viral A, B, C · Febre tifoide · Febre de dengue · Gripe · Febres virais · Infecção pelo HIV · Infecções do cérebro por meningite ou da encefalite Tratamento · P. vivax · Cloroquina + Primaquina (mata hipnozoita, contraindicada para gestantes. Nesse caso faz cloroquina durante toda a gestação, pois isso mantem o hipnozoina latente, não permitindo que haja transformação para forma eritrocitária) · P. falciparum · Artemeter + lumefrantrina · Casos graves (não são exclusivo do falciparum, embora seja esse o agente mais comumente envolvido) · Em qualquer espécie, tratamento imediato: artesunato + clindamicina Obs. Marcadores de malária grave: · Disfunção renal (aumento de Cr e Ur) · Acidose láctica (AG aumentado) por hiperlactemia: shift do metabolismo celular para anaeróbio. Recorte diagnóstico entre Febre amarela, Leptospirose e Malária DD Síndromes febris ictéricas Febre amarela Leptospirose Malária “Dicas” Dissociação pulso-temperatura: Faget. Ecoturismo Sufusão conjuntival (dada a vasculite) Contato com água de enchente Febre em crises Região amazônica Hemograma Leuco: leucopenia Leuco: leucocitose com desvio a E Anemia dada a hemólise Bilirrubina Necrose hepatocelular/Interromper excreção: aumento de BD. Após conjugação hepática. Aumento de BI, antes da conjugação hepática. Bioquímica Necrose Aumento de ASTALT. AST>ALT. Problema canalicular: elevação de enzimas canaliculares, FA e Gama-GT Pela destruição das hemácias: aumento de LDH. Profilaxia · Uso de mosquiteiros, repelentes. · Doxiciclina 100mg/dia: não evita, mas termina por permitir apenas que a forma mais branda da doença se manifeste.
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