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Iasmyn Paixão Referência: Aula Heloísa AULA X – DIP FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA · Importante lembrar que não só a infecção, mas a inflamação também gera uma resposta inflamatória, no cérebro isso modifica o centro termo regulador, provocando a febre. Ao mesmo tempo, o fígado começa a produzir IL1 e 6 e proteínas de fase aguda, proteína C reativa, assim como a MO começa a produzir mediadores, as citocinas podem interferir no coração, nas células endoteliais e nos tecidos gerando inúmeras repercussões. Definição Critério clássico e mais usado: Ptersdorf e Besson · Febre >38,3 · Duração de mais de 3 semanas · Diagnóstico incerto Subtipos de febre de origem indeterminada · Febre clássica · Nosocomial (adquirida após internação hospitalar) · Paciente neutropênico (com contagem de leuco baixa do tipo glóbulo branco) · HIV Etiologia · Infecções: 40% · TB · Endocardite infecciosa · Paracoccidioidomicose: mais comum no sul e sudeste · Septicepmia por Salmonella · Febre maculosa · Sinusite · Osteomielite · Calazar · Doença do tecido conjuntivo: 15% · LES · Doença de Still do adulto · AR · Arterite de células gigantes · Poliarterite nodosa · Polimiosite · Neoplasias: 20-30% · Doença de Hodgkin · Linfoma NH · Linfadenopatia angioimunoblastica · Carcionoma metastático · Paraganglioma Classificação por grupos etiológicos · Infecções · Neoplasias · Doenças autoimunes, vasculites · Miscelânea: uso de medicamentos (hidantal, anticonvulsivante potente, barato e eficaz, mas tem muitos efeitos colaterias), factícia (distúrbio psiquiátrico, paciente sempre diz que tem febre, mas o médico não consegue identificar, diagnóstico difícil) · Sem diagnóstico mesmo após extensa propedêutica A literatura demonstra que a maioria dos casos de FOI diz respeito a doenças comuns com apresentação atípica e não doenças raras. Infecções e neoplasia caíram com o tempo, doenças inflamatórias aumentaram um pouco, mas quem mais aumentou foram as doenças sem diagnóstico. Dentre as causas infecciosas, as etiologias mais comuns são: · TB · Infecção mais comum nas FOI · Febre: pode ser a única manifestação da doença por um tempo. · Situações de difícil diagnóstico: · Formas extrapulmonares; TB miliar. · Pacientes com doença pulmonar preexistente significativa. · Imunodeficiência. · Endocardite · Culturas negativas em 2-5% dos casos. No BR chaga a ~30%. · Necessidade de meios e tempo de cultura específicos · Grupo HACEK (haemophilus spp, actinobacillus, cardiobacterium, eikenella e kingella) necessita de hemeoculta incubada por 7-21 dias. · Abcessos · Abdominais e pélvicos: mais comuns · Prevalência maior nos seguintes pacientes, além disso, a apresentação clínica nesses pacientes se faz de moto atípico, oligossintomáticos: · Cirróticos · Uso de esteroides ou imunossupressores · Cirurgia recente · DM Abordagem da FOI Imensa maioria dos casos de FOI correspondem a doenças comuns com manifestações atípicas. · É um grande de desafio · Não há consenso sobre a abordagem inicial · Basear no contexto 1. Anamneses e exame físico detalhados; 2. Repetição periódica do exame físico e curva térmica; 3. Investigação com testes inespecíficos inicialmente a. Ex: hemograma, VHS, PCR, bioquímica sanguínea, urinálise, hemocultura e RX de tórax. Exames mais inespecíficos. 4. Demais exames conforme a suspeita 5. Descontinuar toda medicação dispensável Padrões de febre · Febre recorrente ou ondulante: período de temperatura normal, que dura dias ou semanas, seguidos por períodos com febre.ex: linfomas e Tus. · Febre irregular ou séptica: picos muito altos intercalados por temperaturas baixas ou apirexia. Sem caráter cíclico, totalmente imprevisíveis. ex: septicemia. · Febre remitente: hipertermia diária com variações >1ºC, sem apirexia. Ex: septicemia, pneumonia. · Febre intermitente: hipertermia com períodos cíclicos de apirexia (terçã, quartã, cotidiana). Ex: linfomas, malária e TB. Onde manejar o paciente · Ambulatorial · Pacientes estáveis · Bom estado geral · Hospitalar · Estado geral comprometido · Incapacidade para o trabalho · Deterioração do quadro · Suspeita de doença grave Conduta Tratamento de prova? Controverso, sem consenso estabelecido Terapia empírica: · Não recomendada pelos principais autores · Pode mascarar o diagnóstico e o manejo da etiologia específica · Pode haver melhoras transitória das manifestações clínicas devido a ação inespecífica de alguma dessas drogas. Terapia: quando iniciar? · Doença rapidamente progressiva · Diagnóstico suspeito de EI, TB, arterite temporal · Sem etiologia definida, mas com apenas 2 diagnósticos possíveis, que possuem terapêutica · Paciente incapaz de realizar procedimentos invasivos para diagnóstico Terapia empírica: Como? · Medicamentos com menor risco possível · Doses e tempo de tratamento adequados · Espectro de ação limitado · Exceto em pacientes críticos FOI sem causa diagnosticada · Paciente estável: · Controle clínica rigoroso · Considerar uso de AINES (é como se houvesse descartado a causa infecciosa, lançando mão da abordagem antiinflamatoria) · Evolução favorável · Maioria apresenta evolução benigna · Acompanhamento a nível ambulatorial Uso de PET-CT FDG na investigação da FOI · Tecidos com metabolismo acelerado ficam marcados na PET-CT. É caro e não muito ofertado pelos serviços de saúde. · Mais usados para infecção ou localização do sítio.
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