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Portfólio de Reprodução 2

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1 conhecimentos Abordados
1. Anatomia dos machos de animais domésticos
2. Endocrinologia dos machos de animais domésticos
3. Avaliação andrológica
4. Patologias do sistema reprodutivo dos machos de animais domésticos
5. Tecnologia de processamento do sêmen
6. Inseminação Artificial
7. Superovulação e Transferência de embriões
8. Fertilização in vitro
9. Clonagem
10. Trasngênese
1.1 Atividade Autodirigida 1
Anatomia dos machos de animais domésticos.
Conhecimento da Anatomia e suas estruturas.
Os órgãos genitais incluem testículos, epidídimos, canais deferentes, ampolas deferentes, uretra, glândulas acessórias (próstata, glândulas seminais e glândulas bulbouretrais), pênis e prepúcio, que apresentam diferenças entre as espécies domésticas.
Sabe-se que o sistema genital masculino compreende os órgãos envolvidos no desenvolvimento, no amadurecimento, no transporte e no armazenamento dos gametas masculinos (espermatozoides). Ele consiste em um par de testículos, o ducto contorcido do epidídimo, o ducto deferente, a uretra e as glândulas genitais acessórias. Os testículos produzem esperma e hormônios. O epidídimo armazena espermatozoides durante seu amadurecimento antes de passarem para o ducto deferente e pela uretra. As glândulas acessórias também liberam suas secreções na uretra e contribuem para o volume do sêmen. A parte distal da uretra forma o caminho combinado para a passagem tanto da urina como do sêmen. O pênis é o órgão copulador masculino e deposita sêmen no trato reprodutor feminino.
Veja agora abaixo a imagem com as particularidades do aparelho reprodutor de machos de cada espécie.
Aparelho Reprodutor Suíno
Aparelho reprodutor bovino
Aparelho Reprodutor Equino
Anatomia dos Testículos
Os testículos são os órgãos sexuais primários que têm como funções principais a produção de espermatozoides (função exócrina) e a produção de hormonas esteroides (função endócrina).
O epidídimo é a estrutura adjacente ao testículo, responsável por funções como transporte, maturação e armazenamento de espermatozoides. Anatomicamente, são reconhecidas três porções: cabeça, corpo e cauda. Esta última porção continua com o ducto deferente, que é incorporado ao cordão espermático juntamente com os vasos sanguíneos e linfáticos do testículo (plexo pampiniforme), para transportar o sêmen para a uretra durante o processo de ejaculação.
As ampolas deferentes são encontradas no cavalo, touro e carneiro, e pelo fato de apresentarem glândulas tubuloalveolares revestidas por células epiteliais secretoras, produtoras de líquido, que contribuem para o transporte dos espermatozoides, são consideradas como glândulas.
As glândulas sexuais acessórias nos bovinos, ovinos, suínos, equídeos e caninos são: ampolas, vesículas seminais, próstata e bulbouretrais. Os felinos, como o gato, necessitam das vesículas seminais e o cão das glândulas bulbouretrais e vesículas seminais. Produzem o plasma seminal, que constitui a fração líquida da ejaculação e serve, entre outras coisas, como veículo para o transporte dos espermatozoides, como fornecimento de nutrientes, para a limpeza da uretra e como coagulante após a ejaculação. Todas as glândulas acessórias estão rodeadas por uma camada de músculo liso que ajuda a secreção do seu conteúdo durante a ejaculação. Nos bovinos, equídeos e cães, a palpação retal é útil para avaliar algumas patologias.
Legendas; 1 Uretra; 2 Bexiga Urinária; 3 ducto deferente; 4 ampola; 5 glândula seminal; 6 próstata; 7 glândula bulbouretral.
A prostata;
A secreção da próstata contribui para a formação da ejaculação em diferente proporção dependendo da espécie; nos ruminantes representa 4-6%, no cavalo 25-30%, no porco 60%, no gato 14%, e no cão 100%, porque é a única glândula acessória que o mesmo possui.
Glândulas Bulbouretrais; A secreção destas glândulas não faz parte da ejaculação, uma vez que a sua função é basicamente limpar e lubrificar a uretra para a passagem da ejaculação. Isto porque a secreção destas glândulas faz parte da pré-ejaculação. No entanto, no caso do porco, considera-se que faz parte da ejaculação em 15-30% e que também participa na coagulação do mesmo. No caso do gato, considera se que 43% da ejaculação provém destas glândulas.
O Pênis; É um órgão que tem dupla função: a expulsão da urina e a deposição do sêmen no aparelho genital da fêmea. Possui três porções: a base, o corpo e a glande. A base é a parte que se insere ao arco isquiático. O corpo constitui a maior proporção do pênis; na parte ventral contém a uretra peniana, rodeada por uma camada de tecido erétil, denominada corpo esponjoso, e duas porções mais deste tecido (localizadas dorsalmente ao corpo esponjoso), denominadas corpos cavernosos. No pênis dos mamíferos encontram-se três corpos cavernosos, que cercam a uretra; conhecidos como esponjoso e cavernoso do pênis e esponjoso da glande. Estes corpos cavernosos têm a propriedade de se encher de sangue e produzir a ereção; no caso do pênis dos carnívoros e equinos (pênis vascular) observam-se grandes espaços, enquanto no pênis fibroelástico (ruminantes e suínos) os corpos cavernosos são menos desenvolvidos.
Nestas últimas espécies (ruminantes e suínos) se encontra uma flexura característica (flexura sigmoide ou "S" peniana), a qual se distende pela relaxação dos músculos retratores do pênis durante a ereção e volta a sua posição de descanso pela contração desses músculos.
O pênis do cão tem o osso peniano, e é considerado que a glande abrange desde a ponta do pênis até o bulbo em sua parte posterior. No caso do gato, além de ter oosso peniano, a glande está rodeada por 100 a 200 papilas cornificadas. 
Legendas; 1 glânde; 2 processo uretral; 3 prepúcio; 4 bulbo peniano; 5 espículas.
O prepúcio;
O prepúcio, ou bainha, é uma dobra de pele que cobre a extremidade livre do pênis em estado de repouso. Ele consiste em uma lâmina externa e outra interna, as quais são contínuas no óstio prepucial.
1.2 Atividade Autodirigida 2
Endocrinologia dos machos de animais domésticos 
· Testículos
As gônadas do macho, os testículos, têm duas funções principais: produção de células germinais denominadas espermatozóides que transmitem os genes do macho para o filhote e, produção de andrógenos, que dão as características ao indivíduo do sexo masculino
· O Parênquima Testicular
O parênquima testicular constitui túbulos seminíferos e tecido intersticial. Ele é cercado por uma cápsula denominado túnica.
Os espermatozóides são produzidos através da espermatogênese dentro dos túbulos seminíferos Estes são compostos por células espermatogênicas (espermatogônia, espermatócitos e espermátides) entremeados por células de suporte, as células de Sertoli.
Os espaço entre os túbulos seminíferos contém tecido conectivo frouxo onde se encontram numerosos vasos sanguíneos e linfáticos que são essenciais para o movimento dos hormônios e nutrientes para dentro e para fora do testículo nervos, células de Leydig e células livres (fibroblastos, macrófagos, linfócitos e mastócitos).
O tipo celular mais comumente encontrado no interstício é a célula de Leydig, a qual é primariamente envolvida na secreção de andrógenos, notavelmente a testosterona, assim como outros esteróides, incluindo o estrógeno.
Quando o desenvolvimento das células germinativas se completa, as espermátides maduras são liberadas pelas células de Sertoli dentro do lúmen, e passam por um sistema de duto coletor, conhecido como rete testes, antes de entrarem no epidídimo via dutos eferentes.
Durante a passagem através do epidídimo, as espermátides sofrem uma série de alterações bioquímicas para se tornarem espermatozóides móveis capazes de fertilizar. As secreções das glândulas acessórias (vesículas seminais, glândulas bulbouretrais e próstata) fornecem nutrientes para os espermatozóides.
· Espermatogênese
A espermatogênese é um processo no qual as células germinativas entram em divisão, diferenciação, e meiose para dar origem a espermátides haplóides.
· Mitose
A mitose, cuja função básica é assegurar a produção de grande número de célulasgerminais, é a primeira fase mais importante da espermatogênese.
O desenvolvimento da célula germinativa envolve uma série de complicados eventos, e é classificada em subtipos de acordo com o estado de diferenciação incluindo a espermatogônia tipo A, intermediária (presente apenas em roedores) e tipo B.
· Meiose
A meiose é a segunda etapa da espermatogênese e tem como função a redução do número de cromossomos da célula germinal para o estado haplóide.
Depois da última mitose que forma a espermatogônia do tipo B, espermatócitos no estágio preleptoteno primário são formados. Essas células replicam o seu DNA e então iniciam a meiose.
Durante a profase da primeira divisão meiótica, as células germinativas entram em transição morfológica que podem ser classificadas com base no tamanho nuclear e morfologia.
· Espermatogênese
A espermiogênese é a transformação de espermátides arredondadas na complexa estrutura do espermatozóide, ela inicia-se nos túbulos seminíferos e termina no epidídimo.
As espermátides, produzidas pela segunda divisão meiótica, se diferenciam da forma celular esférica com núcleo esférico para células que tem uma cabeça aerodinâmica contendo enzimas que possibilitam a penetração do oócito, núcleo condensado que carreia o genoma masculino, desenvolvimento da mitocôndria para fornecer energia e uma cauda necessária para a motilidade celular.
Eixo hipotalamo hipofise testiculo.
· Celulas de Sertoli
A célula de Sertoli é importante para o controle do desenvolvimento das células germinais tanto a respeito da função nutritiva quanto da função reguladora, estas células têm longos processos que contornam os espermatócitos e espermátides e provêm uma estreita interação com as células germinais durante todo o seu desenvolvimento.
As células de Sertoli têm como função: controle da maturação e da migração das células germinativas; estão envolvidos na síntese de proteínas e esteróides, fagocitam células germinativas em degeneração, bem como, corpos citoplasmáticos residuais deixados por espermátides adultas quando na espermatogênese estão envolvidos no controle da passagem das secreções entre os compartimentos tubulares e intersticial, além de formarem a barreira hemato-testicular.
A atividade secretória da célula de Setoli é controlada pelo FSH. Ela converte a testosterona produzida pela célula de Leydig em estrogênios.
 A célula de Sertoli converte a testosterona em desidrotestosterona, um androgênio de maior potência biológica que a testosterona; a testoterona também se desloca através da célula de Sertoli para o compartimento adluminal sem ser transformada.
· Inibina 
A inibina é uma glicoproteína gonadal que preferencialmente inibe a secreção de FSH e reduz a concentração de RNA mensageiro para FSH beta, bloqueando assim a liberação de FSH induzida pelo hormônio liberador de gonadotropinas.
Na presença de alta atividade espermatogênica e, portanto alta atividade da célula de Sertoli, as concentrações de FSH tendem a ser mais baixa por causa da produção de inibina pela célula de Sertoli.
· Celulas de Leydig
As células de Leydig se encontram em contato íntimo com o sistema de capilares e sua principal função é a produção de testosterona, que é importante para o desenvolvimento e manutenção da espermatogênese e das características masculinas.
A produção de testosterona pelas células de Leydig é controlada pelo LH.
Um sensível sistema de feedback negativo opera entre a secreção de LH e testosterona. A inibição por feedback negativo na liberação de GnRH pela testosterona e seus metabólitos androgênicos e estrogênicos é seguida por um consequente declínio na síntese de testosterona.
A testosterona produzida pelas células de Leydig desloca-se para dentro do túbulo seminífero por difusão simples ou facilitada. Altas concentrações são necessárias para a espermatogênese e especialmente para o processo de meiose.
· Testosterona
Cerca de 95% da testosterona circulante no sangue é de origem testicular, o resto é liberado pela produção adrenal com a conversão periférica de androstenediona. Outros andrógenos detectados no sangue vêm do testículo, como dihidrotestotosterona (20% origem testicular), dehidro-epiandrosterona (30%) e androstenediona (50%).
As funções periféricas da testosterona incluem o desenvolvimento e manutenção da libido (o impulso sexual é totalmente dependente de andrógenos, atividade secretora dos órgãos acessórios e características corporais que em geral são associadas com o macho.
1.3 Atividade Autodirigida 3
Avaliação Andrológica é uma metodologia para indicar se um macho tem aptidão reprodutiva.
Vantagens da Técnica;
Compra e venda de Animais com segurança
Avaliação de Fertilidade
Avaliação de Impotência animal e seu curso; adquirida ou não.
O exame começa com a palpação dos testículos, do cordão espermático e do epidídimo do animal. Além da palpação, uma das fases mais importantes desse exame é a mensuração do tamanho testicular. Em ruminantes, por apresentarem testículo penduloso, em uma posição verticalizada, é possível através de uma única medida, a avaliação de circunferência escrotal, ter uma ideia de todo o volume do testículo do animal.
Após a avaliação testicular, a segunda etapa é a avaliação das glândulas sexuais acessórias. O bovino tem a vesícula seminal como a principal glândula anexa do aparelho reprodutor. Ela quem produz boa parte do plasma seminal, que compõe o sêmen (mistura do plasma seminal com os espermatozoides).
Além da vesícula seminal, faz-se a palpação das ampolas dos ductos deferentes, que representam uma glândula sexual acessória muito menor em termos de dimensões, sendo um pouco mais difícil de ser palpada. Por outro lado, em situações em que essa glândula sofre algum processo patológico, é possível identificá-la através da palpação retal com bastante nitidez.
Outra etapa da avaliação clínica envolve a avaliação da região prepucial do animal, onde primeiramente se avalia o comprimento da prega prepucial. De uma maneira geral, não é interessante que os outros tenham o prepúcio muito comprido, o que favorece as patologias de origem traumática, podendo gerar infecções.
Formas de coleta;
Vagina Artificial
Eletroejaculação
Parâmetros a serem avaliados do sêmen; 
· Cor
· Volume
· Aspecto
· Concentração espermática
Parâmetros a serem avaliados do espermatozoides;
· Motilidade
· Vigor
· Morfologia
Algumas das Alterações que podem ser encontradas no exame Andrológico;
Oligospermia; Redução na concentração de espermatozoides do ejaculado.
Astenozoospermia; Alterações relacionadas a motilidade, como redução na motilidade espermática.
Aspermia; Ausência de ejaculação na presença de ereção completa.
1.4 Atividade Autodirigida 4
Patologia do sistema reprodutor de machos, diagnosticar e tratar as respectivas patologias que causam queda na reprodução.
Patologias da Bolsa Escrotal
São alterações que podem conduzir a degeneração testicular por compressão ou por aumento da temperatura local
· Hidrocele; Se caracteriza pelo acúmulo de fluído, conhecido como ceroma, no que podemos chamar de parede interna da bolsa escrotal, abrindo um espaço entre o testículo e a própria pele da próstata, pode ser uni ou bilateral. Existem 2 tipos, o exsudato e o transudato onde está completamente relacionado ao edema (inchaço).
· Hematocele (sangue); Apesar de possuir praticamente as mesmas características que a Hidrocele apresentada anteriormente. A Hematocele pode ser decorrente de um traumatismo no testículo ou pode ter causa de base secundária, como é o caso do Hemoperitonio onde há sangue circulante na cavidade abdominal e o mesmo desce para a bolsa escrotal via canal inguinal. É um pouco mais preocupante que a Hidrocele pois indica sangue “livre” em um lugar que não devia existir. Precisa ser tratada também e caso evolua deve ser feito o descarte do animal de produção.
· Dermatite escrotal; Consiste uma inflamação da pele do escroto, geralmente é em um achado frequente e normalmente é inespecífico, ou seja, pode ter como causa agentes patogênicos, assim como ácaros,bactérias, também quando restrita à pele da bolsa escrotal, pode ser resultado de um trauma ou de uma ulceração produzida pelo frio intenso ou de uma exposição a irritantes ambientais como pó de cimento, caracterizando como falha de manejo com o animal. Com um leque amplo de possíveis causas, o mais indicado é fazer rapados, exames que fechem melhor o diagnóstico.
Patologias do Testículo
· Monorquidismo, criptorquidismo ou anorquidismo;
Ausência congênita de um testículo ou de ambos. Caso o testículo não esteja no escroto como deveria, deve ser feita a investigação, principalmente no abdômen
· Apêndice testicular;
Se caracteriza em uma massa de tecido, de forma oval ou arredondada que costuma se localizar próxima da cabeça do epidídimo, mas também pode ocorrer no testículo, e histologicamente é semelhante a tuba uterina da fêmea. É uma afecção que ocorre em Bovinos e Equinos.
· Hipoplasia Testicular;
Sendo de origem hereditária, a Hipoplasia Testicular é uma anomalia do desenvolvimento e pode ser encontrada em todas as espécies domésticas. Se caracteriza pelo testículo diminuído de volume, ou seja, ele está lá na bolsa escrotal, porém as células não se multiplicaram, dando uma aparência menor que o esperado e nunca alcançará o tamanho normal. Provavelmente o epitélio germinativo onde ocorre a espermatogênese está comprometido.
· Tecido Adrenocortical acessório;
Ainda sobre Apêndices, alguns podem ter a característica de uma glândula como a adrenal, que fica sobre os rins. Pode acontecer de um tecido semelhante dessa glândula, no momento do desenvolvimento, quando as células estão se diferenciando e migram para outros locais, ela pode se vincular ao epidídimo ou ao testículo. Por se tratar de uma glândula hormonal, é preciso ficar atento a qualquer alteração hormonal que este animal apresente.
· Degeneração Testicular;
É a principal causa de redução de fertilidade nos machos, possui causas indiretas e nem sempre diagnosticáveis, podendo ser considerada uma patologia discreta ou até severa. Pode ser unilateral ou bilateral e inicialmente possui sinais clínicos de consistência flácida, tamanho normal ou discretamente diminuído, além da coloração pálida. Diferentemente da hipoplasia onde não há o crescimento do testículo, na Degeneração, o testículo já foi normal, sofreu uma degeneração e “involuiu” de tamanho, agregando outros problemas além da diminuição do tamanho.
· Orquite;
Se trata de uma alteração inflamatória dos testículos (ITE), e acomete a todas as espécies. Normalmente as principais causas consistem em traumatismo e agentes infecciosos (na maioria das vezes, bacterianas).
Na Orquite também é comum notar a presença dos sinais cardeais como Dor, Calor, Rubor e Tumor (aumento de volume) e Perda de função. Tudo isso depende do grau de comprometimento também.
Uma doença que possui influência sobre essa patologia é a Brucelose, pois compromete de maneira MUITO significativa a reprodução dos animais, tanto machos quanto fêmeas, se fazendo necessária a vacinação em dia, caso contrário, em machos pode chegar a ser responsável por um quadro de orquite aguda irreversível, assim como nas fêmeas repetição de cio ou até aborto em casos mais graves. Nessas condições o animal DEVE ser descartado.
Alterações neoplásicas
· Leydigocitoma
· Sertolinoma
· Seminoma
Patologias do Epidídimo
· Epidimite;
Se trata de uma alteração inflamatória que muitas vezes pode possuir relação com a orquite (inflamação do testículo), que acaba passando para o epidídimo, havendo a diminuição de espermatozoides, tumor (aumento), sensibilidade ao toque, o animal também pode apresentar dor.
· Aplasia do epididimo;
Consiste numa anomalia congênita, caracterizada pela falta de desenvolvimento de um determinado segmento do ducto epididimário. A Aplasia é quando apenas há um “vestígio” do órgão, apenas o “broto”. Ele não chegou nem a desenvolver o mínimo possível. As consequências dessa alteração são subfertilidade, devia a obstrução do fluxo espermático.
Patologias do Cordão Espermático
· Varicocele;
Se trata da dilatação das veias do plexo pampiniforme e cremastéricas quando há falha nas válvulas de retorno sanguíneo dentro da veia. Além de altera o volume do cordão, altera do testículo também, possui causa desconhecida e predispõe a degeneração testicular, levando a infertilidade. As grandes varicoceles são acompanhadas por trombose. Conduta: orquiectomia.
· Torção;
A torção do funículo espermático é observada nos testículos retidos, em especial quando há um neoplasma testicular associado. Pode gerar um trauma, e em decorrência da torção deixar de circular sangue no local, levando a uma necrose.
· Funiculite;
É o nome da do a inflamação do funículo espermático. Se trata de uma consequência usual de orquiectomia, em especial em suínos, que costumam ser castrados pelos proprietários, e equinos.
Patologias do Pênis
· Paresia/Paralisia do pênis
· Parafimose;
É a condução que resulta na incapacidade do pênis de se retrair na cavidade prepucial.
· Fimose;
Se caracteriza no impedimento da exteriorização do pênis por algum motivo, o animal consegue urinar, porém não é capaz de expor o órgão. As causas vão desde inflamatória a neoplásica, defeito congênito ou até mesmo cicatriz do óstio prepucial.
1.5 Atividade Autodirigida 5
Sexagem de Espermatozoides
A sexagem de sêmen pode ser feita por citometria de fluxo ou gradiente de concentração.
A sexagem espermática técnica utilizada tanto em humanos quanto em animais, consiste na identificação e separação dos espermatozoides X (fêmea) e Y (macho). Em bovinos a sexagem espermática é de grande interesse comercial, onde a seleção do sexo para raças de alta produção de leite visam o nascimento de fêmeas, e na produção de carne buscam o nascimento de machos e a formação de matrizes para reposição. A concentração espermática na dose comercial de sêmen sexado é de 2x106 espermatozóides. A centrifugação em gradiente de densidade e a citometria de fluxo são duas técnicas descritas com base na separação pelo conteúdo de DNA dos espermatozóides. A quantidade de DNA contida no cromossomo X em bovinos é 4% maior do que no cromossomo Y. Embora pequena a diferença, é possível mensurar o conteúdo de DNA dos espermatozóides. A fertilidade do sêmen sexado comparada ao sêmen convencional é menor, onde a taxa de prenhez da dose do sêmen sexado gira entorno de 56%. A possível causa da queda na fertilidade pode ser pela menor concentração da dose ou pelo processo de citometria de fluxo. Para solucionar problemas de fertilidade do sêmen sexado é necessário à busca de melhores resultados relativos com a seleção espermática melhorando a qualidade e viabilidade das células. Mesmo que o touro produza um ejaculado de boa qualidade, não necessariamente, após a separação, o sêmen manterá essa qualidade. A coloração do espermatozóide acaba afetando sua capacidade de fertilização. Os espermatozóides sexados pelo citômetro sofrem capacitação prematura, afetando o congelamento dos mesmos, porém, não prejudica a realização de FIV logo após a separação, dispensando a capacitação espermática. O sêmen sexado é criopreservado pela mesma metodologia de criopreservação do sêmen convencional e possibilita sua comercialização, porém, a qualidade e viabilidade dos espermatozóides são diminuídas após o processo. Após a descongelação, a proporção de espermatozóides móveis, com membrana íntegra e vivos com acrossoma íntegro é menor para o sêmen sexado quando comparado ao não sexado. O processo de sexagem aumenta a sensibilidade dos espermatozóides a futuros danos, como a congelação. A sexagem espermática possui muitas limitações. O processo de separação dos espermatozóides por citometria de fluxo causa danos às células e acaba diminuindo sua capacidade fecundante. Devido a esse fator e a baixa concentração da dose, o sêmen sexado é indicado para inseminação artificial em novilhas ou utilizado na produção in vitro de embriões, permitindo seu uso de forma mais eficiente.
Exemplo Gradiente de concentração
Sêmen Sexado por citometriade Fluxo
1.6 Atividade Autodirigida 6
Inseminação Artificial;
Ferramenta reprodutiva que engloba a colheita do sêmen, sua análise, processamento e manutenção , até a introdução no aparelho genital da fêmea, por meio de recursos artificiais, objetivando a concepção.
Vantagens;
· Controle da transmissão de doenças infecto-contagiosas
· Incremento do melhoramento genético e da produção animal
· Aprimoramento do controle zootécnico
· Racionalização do manejo reprodutivo
Desvantagens;
· Sêmen de baixa qualidade
· Falha no processamento do sêmen
· Falha no armazenamento do sêmen
Etapas;
· Coleta do sêmen
· Avaliação do sêmen
· Processamento
· Manipulação
· Técnica de IA
Preparação do Material;
Descongelar Sêmen 35° a 37° por 30 segundos
Montagem do aplicador
Técnica de Inseminação Artificial;
· Identificação de vacas no cio, ou indução através do protocolo hormonal.
· Inseminação intrauterina com auxilio de palpação retal.
· Introdução do aplicador via vaginal, transpassando a cervix.
· Deposição do sêmen no corpo do útero.
1.7 Atividade Autodirigida 7
Superovulação e Transferência de Embriões;
A técnica de superovulação é um dos passos fundamentais no programa de transferência de embriões em bovinos. Tem como objetivo estimular, através de administração de hormônios, o desenvolvimento de um grande número de folículos até o estágio no qual possam ovular. Estes folículos a mais que se tornam “ovulatórios”, pertencem a uma onda de desenvolvimento, e normalmente sofreriam atresia. Com a indução hormonal, fornecemos a estes folículos também a condição de ovular. 
A variação dos resultados da superovulação é o principal fator limitante à grande contribuição que a técnica de transferência de embriões (TE) pode fornecer ao melhoramento genético. Trata-se de um elemento chave que, passados mais de 40 anos do nascimento do primeiro bovino oriundo da técnica de TE, poucas mudanças significativas ocorreram nos protocolos de superovulação.
O objetivo principal da superovulação é produzir um grande número de ovulações e obter um número correspondente de embriões viáveis, que resultem em uma elevada taxa de gestação nas receptoras. As alterações hormonais que podem ser provocadas pelo processo de superovulação são citadas como potencialmente responsáveis pela redução na qualidade dos embriões que, às vezes, são recuperados no dia da colheita. O que se pretende com o processo é induzir o maior número possível de ovulações e de embriões viáveis.
Três mecanismos de ação são sugeridos para o processo de superovulação por aplicação de gonadotrofinas exógenas: (1) Alguns folículos que estão em estágio inicial de atresia poderiam ser “resgatados”, presumidamente pela estimulação hormonal que induziria uma reativação dos mecanismos normais, resultando na esteroidogênese normal e também num maior índice de mitose. (2) Grupos de pequenos folículos, às vezes de diferentes classificações morfológicas e funcionais, seriam estimulados em conjunto, num ritmo de desenvolvimento superior ao normal, atingindo simultaneamente um mesmo estágio de desenvolvimento num curto período. (3) O processo de atresia folicular poderia ser reduzido, ou seja, um número menor de folículos destinar-se-ia a este processo.
Resultado final de um bom programa de superovulação. Embriões em quantidade e com qualidade.
Esquema de tratamento utilizado para superovulação;
· ECG
Trata-se de um hormônio denominado Gonadotrofina Coriônica Eqüina. A dose usual recomendada é de uma única aplicação, no 9o a 11o dia do ciclo e aplicação de prostaglandina (PGF) dois dias mais tarde.
· FSH
É a preparação hormonal mais utilizada para a superovulação de bovinos. A dose utilizada varia de acordo com o produto comercial. Cabe ao técnico adequar a dose e o produto a cada animal em questão, infelizmente, de forma totalmente empírica. Não existem hoje, padrões de qual seja o produto e a dose ideal para ser utilizada nesta ou naquela raça. Utilizam-se geralmente 8 aplicações, intervaladas de 12 horas. Alguns autores utilizam doses iguais, porém a maioria prefere doses decrescentes.
Exemplo de Esquema de Tratamento Superovulatório com Produtos a Base de FSH, em Doses Decrescentes, de Acordo com o Dia do Ciclo Estral.
A prostaglandina é aplicada simultaneamente a 7a e/ou 8a dose de FSH, e visa a regressão do corpo lúteo formado no dia 0 (cio base), levando a redução na taxa de progesterona, removendo o bloqueio na secreção de GnRH, dando início a um novo ciclo. Quando ocorrer a onda de LH, esta teoricamente encontrará uma série de folículos em condições de ovular, devido à indução hormonal.
A aplicação de prostaglandina no terceiro dia de superovulação, como executada por alguns profissionais, às vezes faz com que o animal manifeste cio antes de receber a última dose de FSH, que neste caso, não teria mais efeito.
1.8 Atividade Autodirigida 8
Fertilização in vitro;
A fertilização in vitro (também chamada de FIV) visa aumentar a produção de bezerros de nível superior em genética. Caracteriza-se por ser utilizado em conjunto com a inseminação artificial (IA), a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) e a transferência de embriões (TE) como biotecnologia responsável por acelerar o progresso genético do rebanho. A diferença do FIV é que as fêmeas produzem muitos bezerros em um ano. E a tecnologia também permite o uso de fêmeas geneticamente superiores que não podem se reproduzir naturalmente por algum motivo.
Vantagem;
Enquanto a Inseminação Artificial (IA) produz 1 bezerro por ano a Fertilização in vitro (FIV) produz 1 bezerro por semana.
Vacas que não respondem a superovulação
Vacas com infertilidade adquirida
Não utiliza hormônios
Desvantagens;
Propagação Anomalias genéticas
Baixa resistência de embriões a congelamento
Baixa eficiência da técnica
Etapas FIV;
· Maturação in vitro;
Esta etapa inclui a sucção folicular guiada por ultrassom. Por envolver muitos procedimentos detalhados, só pode ser realizado por um veterinário. Após a aspiração do folículo, os oócitos doadores são colocados na embalagem junto com o meio de cultura para completar a maturação na incubadora (24 horas). Então, quando o oócito está totalmente maduro (totalmente desenvolvido), ele pode ser fertilizado pelo esperma.
· Fertilização in vitro;
Ao final da maturação, os oócitos são colocados em uma nova placa contendo um meio de fertilização específico, onde são co-cultivados com os espermatozoides. O método de processamento do sêmen é selecionar apenas espermatozoides vivos sem fatores indesejáveis. A concentração e a motilidade (conveniência do exercício) também são avaliadas para ajuste da dose a ser utilizada.
· Cultivo in vitro;
Após a fertilização in vitro, possíveis zigotos (células formadas pela combinação de espermatozoides e oócitos) são novamente transferidos para uma nova placa contendo um meio específico para permitir o desenvolvimento do embrião. final dessa etapa, os embriões viáveis são transferidos para vacas receptoras (barriga de aluguel) ou criopreservados.
Exemplo da FIV
Embrião em fase mórula
Blastocisto (Fase de transferência)
1.9 Atividade Autodirigida 9
Clonagem;
Técnica de reprodução assexuada por brotamento com capacidade de produzir indivíduos geneticamente idênticos.
Definição;
População de moléculas, células ou organismos que se originaram de uma única célula e que são idênticas à célula original e entre elas. Clones= indivíduos geneticamente idênticos.
Métodos de Clonagem;
· Separação de Blastômeros;
Técnica onde na fase de 2 ou 4 blastômeros, cortava-se a zona pelúcida, e através de um chacoalhamento os blastômeros se separavam. (Hoje não é muito utilizada.)
· Bipartição embrionária;
Técnica para produzir gêmeo idêntico. Nessa técnica pega o embrião em estagio de mórula compacta. Na luz do microscópio corta o embrião ao meio com uso de bisturi oftalmológico, formando 2 massas aproximadamente iguais. Transfere essas metades para uma receptora sincronizada, podendo ter uma gestação gemelar. Chances de 30% de ocorrer gestação, isso pq as células foramcortadas.
· Transferência Nuclear
Método usado para fazer clonagem. Envolve a transferência de núcleos: Remoção do DNA de um oócito maturo e introdução do núcleo de uma célula somática (2n).
A célula do indivíduo adulto é mais interessante, pois já se conhece o indivíduo do qual será feito um clone. 
Etapas da Clonagem;
1. Enucleação de oócito; Consiste em retirar o núcleo do oócito, sobrando apenas citoplasma mais zona pelúcida, chamado citoplasma receptor
2. Transferência de célula doadora; Reconstrução com transferência da célula doadora para o oócito enucleado. 2 técnicas, pipeta e por eletrofusão.
3. Cultivo e ativação
4. Cultivo embrionário
5. Transferência para receptoras
1.10 Atividade Autodirigida 10
Transgenia; 
Animal transgênico é um animal que possui seu genoma modificado artificialmente pelo homem, quer por meio da introdução, quer da alteração ou da inativação de um gene (uma sequência definida de DNA).
· O gene modificado pode ser da mesma espécie, espécies diferentes, ou advindo de bactérias ou plantas.
· Os tipos de modificação podem ser, introdução, modificação ou inativação.
Principais métodos de transgenia de introdução;
· Microinjeção;
Cópias do gene exógeno são inseridas em óvulos recém-fertilizados para posterior implantação em mães de aluguel. (Principal método utilizado).
Vantagens;
· Grande probabilidade de transmissão da linhagem germinativa do transgene.
Relativa estabilidade devido a herdabilidade do gene transgênico.
Desvantagens;
· Devido a incorporação do gene ser aleatória, pode resultar em inserções indesejadas, causando mutações.
· Embriões em estágio mais avançado do desenvolvimento não são viáveis para a técnica.
· Utilização de Retrovírus como Vetor;
O retrovírus é usado como veículo do transgene para a célula embrionária.
Vantagem;
· Forma eficaz para transferir material genético, em animais de produção se apresenta 50 vezes mais eficaz que a microinjeção.
Desvantagens;
· Somente células em divisão podem ser infectadas.
· Retrovírus se integra de forma aleatória, podendo causar inserções indesejadas, o que pode causar mutações, morte fetal.
Transferências de células tronco embrionárias;
· As células-tronco são modificadas e injetadas no blastocisto.
Neste método os resultados são mais previsíveis, quando você deseja direcionar a inserção de um gene num determinado loco do genoma. Os filhotes são quiméricos ou seja; duas linhagens de células diferentes.
Essa técnica é unicamente utilizada para fazer o nocaute de um gene Esse método é utilizado apenas em camundongos, pois é única espécie, além da humana, que domina o cultivo de células tronco embrionárias.
Utilização
· Aplicações médicas futuras; transplantes.
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