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73415_Resumo-Aula3P1_Direito-Civil

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Direito Civil 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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 Sumário 
1. Hipóteses de nulidade relativa do Negócio Jurídico .............................................. 2 
1.1 Vícios de consentimento ....................................................................................... 2 
1.1.1 Estado de perigo ............................................................................................. 2 
1.1.2 Lesão ............................................................................................................... 3 
1.1.3 Erro ................................................................................................................. 3 
1.1.4 Dolo ................................................................................................................ 4 
1.1.5 Coação ............................................................................................................ 5 
1.2 Vício social ............................................................................................................. 6 
1.2.1 Fraude contra credores .................................................................................. 6 
 
 
 
Direito Civil 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
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1. Hipóteses de nulidade relativa do Negócio Jurídico 
CC, Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio 
jurídico: 
I - por incapacidade relativa do agente; 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra 
credores. 
Incapacidade relativa  remissão para o art. 4 CC. 
CC, art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o 
discernimento reduzido; 
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
IV - os pródigos. 
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. 
Já o inciso II do art. 171 traz vícios no elemento essencial consentimento que torna o 
negócio anulável e um vício social. Os vícios no elemento consentimento são: estado de 
perigo, lesão, erro, dolo e a coação. Já o vício social é a fraude contra credores. 
 
1.1 Vícios de consentimento 
1.1.1 Estado de perigo 
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de 
salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume 
obrigação excessivamente onerosa. 
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz 
decidirá segundo as circunstâncias. 
São requisitos do estado de perigo: 
a) Perigo de vida (real e imediato) do próprio contratante, de familiar ou amigo 
íntimo; 
b) Dolo de aproveitamento (a outra parte deve conhecer o perigo de vida e se 
aproveite dele). 
Exemplo: Pai de “A” está enfartando, ele pede o carro do vizinho emprestado para 
levá-lo ao hospital. O vizinho diz que só empresta se “A” pagar R$ 5.000. “A” acaba 
concordando em efetuar o pagamento. O consentimento de “A” está viciado e é possível 
anular o negócio pelo estado de perigo. 
 
Direito Civil 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
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1.1.2 Lesão 
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por 
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da 
prestação oposta. 
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em 
que foi celebrado o negócio jurídico. 
§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou 
se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. 
São requisitos da lesão: 
a) Extrema necessidade de celebrar um contrato ou celebrá-lo por inexperiência; 
b) Aproveitamento (basta que a outra parte se aproveite da extrema necessidade 
não sendo necessário que a outra parte o conheça); 
Porém, é possível existir lesão com dolo de aproveitamento. Apenas não é um 
requisito. 
c) Desproporção entre as prestações. 
Exemplo: “A” está em uma estrada deserta e o pneu fura. Alguém oferece ajuda para 
trocar o pneu por R$ 600. “A” efetua o pagamento em cheque. Posteriormente, “A” poderá 
sustar o cheque, pois houve lesão. 
O seguinte caso caiu em prova: A pessoa descobre uma doença grave no coração, 
tem que fazer um tratamento nos Estados Unidos que custa 400 mil reais por 6 meses. Se 
não for fazer o tratamento o risco de morte é muito grande. A pessoa está desesperada e 
mora em um apartamento que vale 2 milhões de reais. O vizinho sempre quis comprar o 
apartamento e a pessoa oferece o apartamento para o vizinho por 2 milhões. O vizinho diz 
que só paga 400 mil. A pessoa acaba vendendo o apartamento de 2 milhões por 400 mil. O 
consentimento está viciado e a pessoa poderá anular essa venda por lesão, pois para ser 
estado de perigo o perigo deve ser real e imediato. 
 
1.1.3 Erro 
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade 
emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência 
normal, em face das circunstâncias do negócio. 
Erro é um falso conhecimento da realidade e pode ser de dois tipos: essencial ou 
acidental. O erro essencial é aquele que a causa do negócio jurídico, ou seja, a pessoa só 
celebrou o negócio porque estava em erro. Já o erro acidental não é a causa do negócio 
jurídico, ou seja, a pessoa celebraria o negócio jurídico de qualquer maneira. 
Direito Civil 
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Apenas o erro essencial torna o negócio anulável e o negócio celebrado com erro 
acidental é válido. 
Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão 
determinante. 
Exemplo: Pessoa deseja comprar um carro zero. Na concessionária escolhe o carro 
pensando ser zero e compra. Em casa, descobre que o carro é seminovo. Se ela soubesse 
que era usado não teria comprado. É erro essencial e, portanto, anulável. 
Diferente seria caso a pessoa desejasse comprar um carro x que foi fabricado durante 
toda a década de 90. Para o comprador não interessa o ano, mas tão somente o modelo. Na 
concessionária ele olha o carro e compra pensando ser um carro fabricado em 98. Ao chegar 
em casa descobre que o carro era ano 94. Estava em erro ao comprar o carro, porém, se 
trata de erro acidental já que teria comprado o carro de qualquer forma. O negócio é válido. 
O art. 139 traz rol exemplificativo de hipóteses de erro essencial: 
Art. 139. O erro é substancial quando: 
I - interessa à natureza do negócio (in negocio), ao objeto principal da declaração, ou a 
alguma das qualidades a ele essenciais; (in corpore); 
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a 
declaração de vontade,desde que tenha influído nesta de modo relevante; (in persona); 
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou 
principal do negócio jurídico. (juris). 
Não se confundir com o art. 3º da LINDB. O erro de direito é um falso conhecimento 
que a pessoa possui na aplicação da norma. Exemplo: pessoa compra terreno em 
determinado lugar para lotear o terreno e vender os lotes. O único interesse da pessoa é 
esse. Ao ir à prefeitura para lotear descobre que existe uma lei que proíbe a venda de 
loteamentos naquela região. 
LINDB, art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
Observação: No erro o beneficiário não concorre para a formação da vontade da 
vítima. A pessoa se engana sozinha. 
Observação2: Erro de cálculo. 
CC, art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade. 
 
1.1.4 Dolo 
CC, art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa. 
Dolo é um ardil, artifício praticado por uma das partes para obter proveito em face 
de outra. 
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A diferença básica entre dolo e erro é a postura do beneficiário. No erro o 
beneficiário tem uma postura omissa, não participando da participação da vontade da 
vítima. No dolo o beneficiário participa da formação da vontade da vítima. Exemplo: Pessoa 
vai à concessionária e é convencida a levar um carro usado como se fosse novo. 
O dolo pode ser essencial (negócio jurídico anulável) ou acidental (negócio jurídico 
válido). 
CC, art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental 
quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. 
No dolo acidental também são devidas perdas e danos. Nesse caso há ardil, má fé, a 
pessoa induzindo a celebrar o negócio de forma equivocada e por isso as perdas e danos são 
devidas. 
Observação: Dolo por omissão. Quando o silêncio do beneficiário for intencional 
deixa de ser erro e passa a ser dolo. 
CC, art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a 
respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, 
provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado. 
Observação2: Dolo recíproco. Ocorre quando ambas as partes praticam o dolo. O 
negócio será válido tendo em vista que os dolos se compensam. 
CC, art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para 
anular o negócio, ou reclamar indenização. 
 
1.1.5 Coação 
Há dois tipos de coação: 
a) Física ou via absoluta: Há um perigo imediato. Exemplo: “B” diz para “A” assinar o 
contrato naquele momento caso contrário irá espancá-lo. Nesse caso o negócio é 
inexistente, pois é como se elemento essencial consentimento não estivesse presente. 
b) Moral ou via relativa: Tem como requisitos = perigo iminente + mal certo e 
determinado + mal injusto (art. 153 CC) + proporcionalidade entre o mal praticado e o 
prejuízo sofrido. 
CC, art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao 
paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou 
aos seus bens. 
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o 
juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação. 
 
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CC, art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem 
o simples temor reverencial. 
Observação: Para existir coação tem que levar em conta as circunstâncias concretas 
daquele fato. 
CC, art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a 
saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir 
na gravidade dela. 
 
1.2 Vício social 
1.2.1 Fraude contra credores 
Atinge um terceiro estranho à relação. 
No CC/16 a simulação era considerada como vício social, porém hoje a simulação não 
é mais vício social, mas sim vício que torna o negócio nulo.

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