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73415_Resumo-Aula4P1_Direito-Civil(1)

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Direito Civil 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Sumário 
1. Teoria do Adimplemento ........................................................................................ 2 
1.1 Objeto do Pagamento ....................................................................................... 2 
1.2 A quem se deve pagar....................................................................................... 3 
2. Teoria do inadimplemento ..................................................................................... 4 
2.1 Espécies ............................................................................................................. 4 
2.2 Cláusula penal ................................................................................................... 5 
2.3 Arras .................................................................................................................. 6 
 
 
 
Direito Civil 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Observação: Obrigações: 
I – Teoria Geral 
II – Teoria do Adimplemento 
C) Objeto do pagamento 
D) A quem se deve pagar 
III – Teoria do Inadimplemento 
 
1. Teoria do Adimplemento 
1.1 Objeto do Pagamento 
Observe o art. 315, CC: 
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e 
pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes. 
Esse artigo informa que as dívidas em dinheiro devem ser pagas no vencimento pelo 
valor nominal e em moeda corrente. 
Em relação ao vencimento, deve-se ler o art. 333, CC, que aborda o vencimento 
antecipado da dívida. 
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo 
estipulado no contrato ou marcado neste Código: 
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; 
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro 
credor; 
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou 
reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. 
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não 
se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes. 
O valor nominal é diferente do valor real. O valor nominal é aquele que está 
estampado na moeda. Já o valor real se refere ao poder de compra da moeda. Exemplo: 
Fábio empresta R$ 10,00 para Artur, que compra dez cafés com esse dinheiro. R$ 10,00 é o 
valor nominal e dez cafés é o poder de compra. Um ano depois, Artur devolve o dinheiro 
para Fábio. No entanto, quando Fábio vai à mesma cantina comprar café, ele apenas 
consegue comprar cinco cafés com esse valor. Artur não devolveu o valor real, pois o poder 
de compra de Fábio foi reduzido, porém, ele devolveu o valor nominal, que é o que está 
escrito na moeda. 
Direito Civil 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Ninguém é obrigado a devolver o valor real, salvo disposição legal em contrário. O 
que a lei exige é a devolução do valor nominal, que é atualizado através da correção 
monetária. 
 O pagamento deve ser feito em moeda corrente. No entanto, seria possível 
convencionar pagar em ouro ou moeda estrangeira? 
Conforme o art. 318, CC são absolutamente nulas as obrigações convencionadas em 
ouro ou moeda estrangeira. A obrigação deve ser convencionada em moeda corrente. 
Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, 
bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, 
excetuados os casos previstos na legislação especial. 
 
1.2 A quem se deve pagar 
Deve-se pagar ao credor. 
Credor putativo é o falso credor, é aquele que aparenta ser o credor, mas não é. 
Exemplo1: pagar para o irmão gêmeo do credor; 
Exemplo2: Um credor que cede o seu crédito para terceiro, deve notificar o devedor 
sobre essa cessão, para que ele possa saber para quem vai pagar essa dívida. O art. 290, CC 
diz que uma cessão de crédito sem a notificação do devedor, é ineficaz em relação ao 
devedor. Então, se o devedor não for notificado e pagar para o credor originário, este será 
um credor putativo, sendo que a cessão de credito realizada existe, é válida, mas apenas não 
produz efeitos em relação ao devedor. 
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a 
este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou 
particular, se declarou ciente da cessão feita. 
 O pagamento feito ao credor putativo extingue a obrigação? 
É necessário um requisito presente no art. 309, CC para que seja extinta a obrigação. 
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois 
que não era credor. 
Portanto, o pagamento feito ao credor putativo extinguirá a obrigação, desde que 
haja boa-fé. Assim, no exemplo2, como o devedor pagou ao credor originário sem saber, 
esse pagamento extinguirá a obrigação. 
 
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2. Teoria do inadimplemento 
A responsabilidade civil pode ser extracontratual ou contratual. A fonte da 
responsabilidade extracontratual é o ato ilícito e a da responsabilidade contratual é o 
inadimplemento. 
 
2.1 Espécies 
O inadimplemento pode ser absoluto ou relativo. 
O que diferencia ambos é o interesse que o credor ainda tem no cumprimento da 
obrigação. No inadimplemento absoluto o credor não tem mais o interesse no cumprimento 
da obrigação. Já no inadimplemento relativo, o credor ainda tem o interesse no 
cumprimento da obrigação. 
No inadimplemento absoluto, se o credor não tem mais interesse no cumprimento 
da obrigação, resta a ele pedir perdas e danos. Já no inadimplemento relativo, se o credor 
ainda tem interesse na obrigação, resta ao credor pedir a execução específica mais perdas e 
danos. 
O inadimplemento absoluto está previsto nos artigos 389 ao 393, CC e o relativo está 
nos artigos. 394 ao 401, CC. O código chama de mora o inadimplemento relativo. 
A mora pode ser ex re (art. 397, caput) ou pode ser mora ex persona (art. 397, 
parágrafo único). 
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de 
pleno direito em mora o devedor. 
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial 
ou extrajudicial. 
A mora ex re é aquela que foi convencionada no momento da celebração do 
contrato. É comum nos contratos por prazo determinado. Nesse caso, não precisa constituir 
o devedor em mora, pois o simples vencimento da obrigação constitui o devedor em mora. 
Exemplo: se emprestou o carro para alguém por um período previamente determinado, a 
ação cabível é a reintegração de posse. Então, nesse caso não precisa notificar o devedor. 
Já a mora ex persona é aquela em que não foi previamente convencionado no 
momento da celebraçãodo contrato. É comum nos contratos por prazo indeterminado. 
Nesse caso o credor precisará notificar o devedor, constituindo-o em mora. 
 
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2.2 Cláusula penal 
O inadimplemento é a fonte da responsabilidade contratual. Em ambos os tipos de 
inadimplemento (absoluto ou relativo) são devidos perdas e danos. 
A “cláusula penal” é a clausula estipulada pelas partes em que há a prefixação das 
perdas e danos. 
 A cláusula penal pode ser compensatória (art. 410, CC) ou moratória (art. 411, CC). 
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da 
obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor. 
 
Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança 
especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da 
pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal. 
 A clausula penal compensatória decorre do inadimplemento absoluto e a cláusula 
penal moratória decorre do inadimplemento relativo. 
Observação1: O art. 412, CC informa que o limite da cláusula penal é o valor da 
obrigação principal. Há duas exceções, em que o limite da cláusula penal é menor: Art. 1336, 
§1º, CC (limite para o não pagamento de cota condominial é de 2%); art. 52, §1º, CDC (nas 
relações de consumo o valor máximo da cláusula penas é de 2% do valor da obrigação 
principal). 
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, 
como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. 
 
Art. 1.336. São deveres do condômino: 
(...) 
§ 1o O condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios 
convencionados ou, não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois 
por cento sobre o débito. 
(...) 
 
Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou 
concessão de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros 
requisitos, informá-lo prévia e adequadamente sobre: 
(...) 
§ 1° As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigações no seu termo não 
poderão ser superiores a dois por cento do valor da prestação. (Redação dada pela Lei nº 
9.298, de 1º.8.1996) 
(...) 
Direito Civil 
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Observação2: nos contratos de clube com jogador de futebol, para contratações 
nacionais, o limite da cláusula penal pode ser de 200 vezes o salário anual do jogador e para 
contratação internacional não há limite. 
Observação3: Conforme o art. 413, CC, se as partes convencionam uma cláusula 
penal nos limites da lei, o juiz pode reduzir essa cláusula se ele entender que essa cláusula 
penal é excessiva. 
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação 
principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for 
manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio. 
 As partes podem afastar a incidência do art. 413, CC? 
Para saber se uma norma é de ordem pública ou disponível, deve-se analisar o 
destinatário da norma. Se o destinatário da norma for o poder público, ela é de ordem 
pública, se for o particular, as partes podem afastar. No caso do art. 413, CC, observa-se que 
o destinatário é o poder público, portanto é uma norma de ordem pública e os destinatários 
não podem afastá-la. 
Observação4: Quando as partes convencionam cláusula penal, se o dano for superior 
à cláusula penal, a vítima pode pedir indenização suplementar? Conforme o art. 416, 
parágrafo único, CC. Não pode, salvo previsão em contrário. 
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo. 
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o 
credor exigir indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a 
pena vale como mínimo da indenização, competindo ao credor provar o prejuízo 
excedente. 
 
2.3 Arras 
Próximo bloco.

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