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------------------------ - TÉCNICA CIRÚRGICA DE CÃES E GATOS ----p.----------------- PROFILAXIA DA INFECÇÃO Assepsia: “A” negação, falta ou ausência; “Sepsis” infecção, contaminação; conjunto de técnicas empregadas para impedir o acesso de microorganismos a um meio ou um ser vivo; Esterilização: eliminação de toda forma de vida, incluindo esporos (instrumental e materiais cirúrgicos); Desinfecção: processo de destruir os agentes infecciosos; destrói a maior parte NÃO todos (ambiente hospitalar); Antissepsia: técnicas realizadas para promover a desinfecção em um ser vivo com o uso de antisépticos (paciente e cirurgiões); Técnica Asséptica: métodos e práticas que previnem a contaminação cruzada na intervenção cirúrgica; consiste na preparação adequada do ambiente, campo operatório, equipe e equipamento cirúrgico; LAVAGEM DE MATERIAIS • A limpeza tem o significado estrito da remoção física de contaminantes da superfície; e mbora a limpeza remova a sujeira e as bactérias, ela não mata ou irá inativar os vírus ou bactérias; MÉTODOS E TEMPO DE ESTERILIZAÇÃO Calor úmido: ebulição, autoclave; • Autoclave: 132-135 °C (10 a 25 min); 121 °C (15 a 30 min); caixa com buraquinhos ; Calor seco: flambado, estufas, fornos; • Estufa: 160 °C (2 horas); 170 °C (1 hora); 180°C (30 min); caixa fechada; Autoclave vertical / horizontal (a melhor é a vertical; nunca abrir enquanto houver pressão); Radiação Luz ultravioleta: raios gamma; Químicos: óxido de etileno; glutaraldeído; Envelopes: nunca sobrepostos; nunca com o plástico voltado para baixo; verificar os indicadores de temperatura além de monitorar o ciclo; Indicadores de esterilidade: Se baseando no indicador de esterilidade por fita, as listras escuras indicam que o material já foi esterilizado, já as mais claras indicam que não; ESCARIFICAÇÃO DO CIRURGIÃO Objetivo: reduzir população bacteriana e eliminar sujidades; Lavagem de mãos: é necessário que já esteja de gorro e máscara, com as unhas devidamente cortadas, e retire-se os acessórios; para a lavagem de mãos e antebraços primeiramente realizamos o enxágue com sabão; após uma lavagem geral, utilizamos uma escova com sabão antibacteriano para a lavagem em quadrantes (método cronometrado anatômico), onde dividimos a mão e o braço em áreas, distribuindo de 20-30 golpes por área; é importante que se lembre da gravidade, não abaixando a mão abaixo da altura do cotovelo; Secagem de mãos: utiliza-se a compressa; ainda não abaixando as mãos na altura do cotovelo, iremos pegar em apenas um lado do pano, enxugando primeiramente as mãos e depois os antebraços; Colocação do avental cirúrgico: avental que isole completamente a frente e as costas do cirurgião; abrindo o avental de forma asséptica, com as pontas dos dedos o avental deve ser pegado nas suas extremidades e face interna; uma vez vestida as mangas, o avental deve ser fechado por um auxiliar com um nó nas costas; Colocação de luvas: colocação de luvas cirúrgicas (duas luvas em cirurgia ortopédica) sem contaminação; • Método aberto: a luva deve ser levantada com a mão oposta a que vai ser vestida, por meio de uma pinça com os dedos polegar e indicador (tocando somente na parte interior da dobra do punho), e posta na mão que irá ser vestida voltada para cima; em seguida, deve ser colocada os dedos da mão enluvada (exceto o polegar), tocando somente a parte interna da dobra do punho da segunda luva, expondo a abertura; com a mão nua, a palma deve ser voltada para cima, a luva deve ser calçada se desfazendo da dobra do punho com os dedos polegar e indicador (somente na parte interna da dobra); após vestida, ajustar a luva com cuidado para os dedos não contaminarem a manga do avental; • Método fechado: as mãos são mantidas dentro das mangas sem serem expostas; através do punho do avental e em forma de pinça (polegar e indicador), segura-se o punho interior da luva; a luva deve ser colocada sobre o punho do avental da mão que irá ser vestida; com a outra mão (ainda dentro do avental), é realizado um auxílio para a introdução, puxando a luva; repetir o mesmo com a outra mão; PREPARAÇÃO DO PACIENTE Raspagem de pêlos: a tricotomia deve ser realizada sempre em outro ambiente longe do local cirúrgico; limpar resquícios de pelos com aspirador ou compressas umedecidas; Cuidados adicionais devem ser realizados também na sala de preparo, como a sondagem do sistema urinário, lavagem prepucial, sutura em bolsa de tabaco (se necessário), conforme o procedimento; Posicionamento: é realizado de acordo com a técnica e local de cirurgia; Preparação cutânea estéril: deve realizar-se com gazes estéreis impregnadas com solução desinfetante (clorexidine); a desinfecção começa desde o sítio de incisão para fora (forma centrífuga); as gazes devem ser descartadas; PREPARAÇÃO DO CAMPO OPERATÓRIO Deve-se haver cuidado para que a mão não encoste nas partes internas do embrulho para que não contamine; Preparo prévio adicional: o cirurgião só pode encostar no paciente em locais que já passaram por assepsia, jamais antes disso; IMPORTANTE: para prender os campos cirúrgicos, utiliza-se das pinças backaus, pinçando o pano de modo que não haja folga entre o pano e pele do paciente, ficando melhor fixado e sem entradas de ar; deve-se ter cuidados com a perfuração e os locais utilizados para fixar a pinça; CUIDADO HOSPITALAR (vazio sanitário) Seguir normas da Vigilância Sanitária; a limpeza deve ser rigorosa, com produtos adequados e eficazes; deve haver um filtro no fluxo de acesso do paciente, anestesistas e cirurgiões ao centro cirúrgico; todos devem estar devidamente vestidos (pijama cirúrgico limpo) e com propés; AMBIENTE • Limpeza com desinfetante da mesa de instrumental e colocação de campo estéril (se molhar trocar pano da mesa e material possivelmente contaminado); • Abertura asséptica de todos os instrumentais (ambiente limpo porém contaminado); o instrumentador é responsável pelos materiais e manutenção da assepsia; • Terminada a cirurgia lavar instrumentos de forma apropriada; ÁREA DE CIRURGIA CONTAMINADA Focos de iluminação, equipo de anestesia, mesas assessorias, material de anestesia, pessoal contaminado; MISTA Periferia do campo cirúrgico, para a equipe limpa deve considerar esta como contaminada; ESTÉRIL Contemplada pelo cirurgião (avental acima da mesa e luva), auxiliar, instrumentista, instrumental cirúrgico, campo operatório; INFECÇÃO Definição: colonização de um organismo hospedeiro por uma espécie estranha; o organismo infectante, ou patogênico, interfere na fisiologia normal do hospedeiro e pode levar a diversas consequências indesejáveis ao paciente; Pode-se instalar uma infecção quando: • Agente: resistência e multiplicação da bactéria; carga bacteriana alta; • Imunocompetência do hospedeiro: imunidade (idade, doença sistêmica); hemostasia sanguínea (manutenção de fluxo lamelar;diminui após 30 minutos de cirurgia; manipulação cirúrgica dos tecidos); CLASSIFICAÇÃO DE FERIMENTOS CIRÚRGICOS Limpo: ferimento cirúrgico/incisão SEM envolvimento de trato respiratório, gastrointestinal, geniturinário e orofaríngeo; Limpo-contaminado: ferimento cirúrgico COM envolvimento de trato respiratório, gastrointestinal, geniturinário e orofaríngeo; Contaminado: ferimento traumático ou quebra de assepsia cirúrgica; Sujo: ferimento traumático com corrimento purulento, tecido desvitalizado ou corpo estranho, perfuração visceral ou conteúdo fecal contaminante; ANACORESE Quimiotaxia de bactérias circulantes por local inflamado; nunca realizar dois procedimentos sendo um contaminado ou sujo e outro limpo ou limpo contaminado sem haver necessidade; Ex: limpeza periodontal e artrotomia; TIPOS DE CIRURGIA
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