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12 CÂNCER COLORRETAL

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TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
12. CÂNCER COLORRETAL 
| EPIDEMIOLOGIA: 
- tendência de CA colorretal tem diminuído nos 
pacientes mais velhos e está mais estável nos 
pacientes mais jovens 
- os jovens estão tendo mais CA colorretal 
| FATORES DE RISCO: 
- carne processada > degradação de composto 
proteico + associação de ação de bactérias 
próprias do intestino + degradação da bilirrubina 
= formam possibilidade de inflamação na parede 
intestinal que propicia a ocorrência de mitose 
irregular 
 > intestino preso pode incentivar esse 
processo de indução de processo inflamatório 
- cozimento em altas temperaturas 
- frituras 
- tabagismo 
- álcool 
- idade 
- sexo masculino 
- imunossupressão prolongada 
- obesidade 
- DM 
- polipose adenomatosa familiar > são benignos, 
mas pode haver chance de desenvolvimento de CA 
por alta taxa mitótica 
- polipose associada ao MUTYH 
- Sd de Lynch 
- colite ulcerativa e doença de Crohn > processo 
inflamatório constante que pode desencadear um 
processo mutagênico 
| retocolite ulcerativa e Crohn podem ser 
promotores de CA, mas a maioria dos casos de CA 
colorretais são por FR de hábitos de vida 
| FATORES DE PROTEÇÃO: 
- atividade física 
- vegetais e frutas / fibras >> aceleram a 
evacuação e inibem a ocorrência de fermentação 
bacteriana, diminuindo possibilidade de 
inflamação da mucosa com posterior mitose 
irregular 
- ácido fólico 
- vitaminas 
- magnésio 
- alho 
- peixes 
- aspirina e AINEs > atuam como antiinflamatórios 
tópicos 
| APRESENTAÇÃO CLÍNICA 
- depende da localização: 
• Cólon direito (ascendente): 
oligossintomáticos, não obstrutivo, consumo 
físico, sangramento oculto (anemia - tumor 
cresce e promove perda de sangue por 
descamação e neovascularização). É uma causa 
de anemia de origem desconhecida em idosos; 
• Cólon esquerdo (descendente): sintomas 
mais evidentes, alteração de hábito intestinal 
(intestino funcionava bem e passa a não 
funcionar), fezes de menor calibre, enterorragia, 
mucorreia e obstrução; 
• Sigmoide e Reto: hematoquezia 
(destruição da superfície tumoral), tenesmo, dor 
retal, diminuição no calibre das fezes 
> dor pode ocorrer em quaisquer segmentos 
| SINAIS E SINTOMAS: 
- alteração do habito intestinal > constipação 
passa a ser evacuação facilitada ou vice versa 
- sangramento retal > pode ser que paciente 
possua hemorroida em associação, atenção para 
isso! 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
- massa abdominal ou retal > nas fossas ilíacas e 
ao toque retal 
- anemia ferropriva 
- dor abdominal 
> EMERGENCIAIS: 
- perfuração; obstrução; hemorragia digestiva 
baixa (raro) 
> ASSINTOMÁTICOS: 
- identificados por screening 
| DIAGNÓSTICO: 
1. COLONOSCOPIA – primeira escolha 
- consistência firme, aderências, úlceras, tecido 
friável 
- paciente precisa estar com intestino limpo > 
fazer o preparo 
- colonoscopia incompleta > toda colonoscopia 
deve ultrapassar a válvula ileocecal 
2. TC – colonoscopia virtual com constraste 
 
- pólipos menores do que 2mm não são 
visualizados nessa modabilidade 
- não invasivo > realização de exame com 
construção de imagem depois 
- não permite biópsia > feito para pacientes com 
risco anestésico e com possibilidades de 
complicação 
3. CÁPSULA ENDOSCÓPICA 
- ingestão do “comprimido” > envio de fotos para o 
computador com bluetooth com reconstrução 
- cápsula é transitada pelo peristaltismo 
- não precisa de preparo 
- não faz biópsia 
4. LABORATÓRIO 
- hemograma > para identificar anemia 
- CEA (antígeno carcinoembrionário) > se estiver 
superior a 5ng/mL indica prognóstico ruim; se não 
normaliza pós op, podem significar doença 
persistente (metástase ou lesão não vista durante 
a cirurgia) | valor normal = 2 
 > deve-se dosar antes da cirurgia 
- CA 19-9 > não é específico 
| DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
> malignos 
- adenocarcinoma 
- linfoma 
- tumor carcinoide 
- sarcoma de Kaposi 
- CA próstata 
> benignas: 
- Crohn 
- diverticulose 
- endometriose 
- lesão ulcerada do reto 
- lipoma 
- TB 
- amebíase 
- CMV 
- infecção fúngica 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
- nematelmintos 
| TRATAMENTO 
> COLECTOMIA 
 
- vascularização em forma de “leque” 
- deve-se estabelecer a margem e a área de 
irrigação 
- a dissecação deve ser da porção lesionada, dos 
vasos do segmento do intestino, que já associa 
ressecção da drenagem linfática 
 > deve conter a área de segurança 
 
 
 
- feita anastomose entre porções restantes > com 
grampeador ou mecânica 
- feita por videolaparoscopia ou aberta 
- idealmente, deve-se fazer preparo intestinal > 
lavagem com clister para remoção de fezes 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
 
- paciente tem diarreia crônica 
| CIRURGIA DE HARTMANN na emergência 
 
- paciente com distensão intestinal por obstrução 
tumoral do cólon (+ comum); perfuração do cólon 
ou hemorragia > situações de emergência 
 > resseca-se a região tumoral, fechada de 
porção final, com formação de colostomia 
 > não se pode fazer anastomose da porção 
final com o reto nesse primeiro momento – risco 
de deiscência 
> semanas depois da cirurgia de Hartmann deve-
se realizar a cirurgia de correção da colostomia 
| paciente com CA de reto > deve-se fazer 
ressecção de cólon – fazer abaixamento do reto 
(o sigmoide é colocado no ânus – sem esfíncter – 
paciente deve usar fralda) ou fazer colostomia 
 > pode ser realizada uma cirurgia plástica 
com produção de esfíncter a partir de músculo da 
coxa 
| linha pectínea = CA espinocelular/CA escamoso 
>> CA de reto abaixo da linha pectínea – 
comportamento de carcinoma de pele 
 > não necessita de cirurgia – pode-se fazer 
apenas radioterapia – é tratamento curativo 
| se paciente não estiver com sofrimento do cólon 
importante, processo agudo, sem sangramento 
intenso, paciente em estado geral relativamente 
bom 
 > fazer ressecção, lavar porção final e 
fazer anastomose com reto (com grampeamento 
mecânico) 
 > consegue-se resultado bom nesses 
casos 
| TRAMENTO DE METÁSTASES: 
- pesquisa: TC abdome, tórax 
 > se paciente tem 1 ou 2 metástases 
hepáticas, já deve-se realizar a ressecção na 
mesma cirurgia de ressecção do IG 
 > se houver uma metástase pulmonar > 
retirar lobo acometido 
 > se houver mais de um foco metastático >> 
proceder quimioterapia e retirada de sítio 
primário 
 > se houver metástase cerebral – 
considerar quadro de doença avançada – 
disseminação via hematogênica 
> tratamento mais agressivo, principalmente para 
metástases hepáticas 
> ressecção pulmonar só quando não há outras 
metástases 
> não se indica cirurgia para metástases cerebrais 
| SCREENING DE CA DE CÓLON 
- fatores de risco desenvolvem inflamação, que 
podem alterar mitoses e produzir câncer de cólon 
>> SCREENING DE PÓLIPOS 
- pólipos inflamatórios (de Crohn, colite 
inespecífica) > não evoluem para neoplasia 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
- pólipos hamartomatosos (são benignos): 
 > pólipos juvenis (2% das crianças com 
<10a) 
 > Sd de Peutz-Jeghers: pólipos no cólon + 
mucosa pigmentada 
 - pólipos hiperplásicos: mais comuns e não 
evoluem para neoplasia 
- pólipos adenomatosos: são os que evoluem para 
neoplasia 
 > podem ou não ter pedículos 
 > quanto maior ele for, maiores chances de 
desenvolvimento de CA 
 
- adenoma com displasia de alto grau > se evolui 
para neoplasia há formação de pólipo neoplásico 
 
- adenoma tubular ou túbulo-viloso: pelo 
tecido conjuntivo que possui na base 
 
- adenoma viloso: não possui tecido 
conjuntivo na base > ressecção com menor 
segurança 
- deve-se injetar nanquim após a retirada 
para caso a lesão evoluir e se desejar acessar 
novamente 
| RESSECÇÃO = POLIPECTOMIA 
- por alça de polipectomia ou fazer a dissecção de 
submucosa (soro por baixo, lesão eleva e faz-se 
cauterização)- se realização incorreta > risco de lesão e 
perfuração do tecido 
 
>> PESQUISA DE SANGUE OCULTO NAS FEZES não 
é indicada como método preventivo – baixa 
sensibilidade para prevenção; alta sensibilidade 
para identificar câncer precoce ou adenoma 
>> PADRÃO OURO para screening populacional 
para CA colorretal é a COLONOSCOPIA 
| RECOMENDAÇÕES DE SCREENING 
- busca de pólipos na faixa de 50 a 75 
- fortemente recomendado o screening a partir 
dos 45 anos > têm havido aumento nos casos de 
pacientes mais novos 
- individualizada após 75a > demoram em torno de 
15 a 20a para metastatizar – não vale a pena a 
busca nessa faixa etária 
TXXIV Larissa Cardeal 
 
 
- recomendada a realização da pesquisa por 
colonoscopia e sangue oculto em modalidades 
específicas 
- pacientes com história familiar de CA <40a > 
pesquisar no paciente 10a antes da idade do 
paciente índice 
> ao encontro de um pólipo, esse deve ser retirada 
e deve-se repetir o exame em 3 anos 
> se não houver encontro de pólipo ou se houver 
encontro de pólipo sabidamente benigno, pode-se 
fazer a próxima após 5a 
> pacientes com polipose adenomatosa familiar 
deve passar por colectomia 
 
- os dois invadiram a mucosa. Mas, no túbulo-
viloso a mucosa é elevada, então é mais fácil fazer 
a ressecção. Já no viloso, se invadir a mucosa, é 
mais difícil ressecar, porque a mucosa está na 
base e não proeminente 
 
- distribuição mais comum de CA colorretal e de 
pólipos 
- metade dos CA ocorrem no reto e no sigmoide, 
pois é nessa região que ocorrem a maioria dos 
pólipos

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