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Sobre o Aconselhamento Psicológico 
Autor: Apolenário Portugal | Publicado na Edição de: Fevereiro de 2015 
Categoria: Aconselhamento Psicológico 
Resumo: O presente trabalho debruçar-se-á sobre as Consultas e Aconselhamento Psicológico, é sabido que cada centro do mundo existe ciências que se preocupam logo muito cedo entender porque existem diferenças entre os indivíduos da mesma sociedade. Partindo nas predisposições psicológicas muitas ciências elaboram estudos que visam tentar os traços que o indivíduo desenvolve no percurso da sua vida, como a terapia, o aconselhamento, diagnósticos e orientação. É importante destacar que a Psicologia, se caracteriza como a ciência e área específica para esse estudo.
Palavras-chave: Aconselhamento Psicológico, Orientação Psicológica, Psicoterapia, Aconselhamento.
1. Conceitos Básicos
Orientação:
Orientar, do ponto de vista psicológico, significa facilitar o conhecimento e a análise de caminhos ou direções para a conduta, com base em referenciais pessoais e sociais.
Aconselhamento:
Aconselhar, paralelamente, refere-se: ao processo de indicar ou prescrever caminhos, direções e procedimentos ou de criar condições para que a pessoa faça, ela própria, o julgamento das alternativas e formule suas opções.
Psicoterapia:
Psicoterapia é o tratamento de perturbações da personalidade ou da conduta através de métodos e técnicas psicológicas. É fácil admitir que esses três conceitos, expressos em atuações práticas de ajuda, estão constantemente se entrecruzando, seja nos hábitos e costumes do dia-a-dia, seja nos processos educacionais ou psicológicos formais e intencionais.
Às vezes, uma simples acção orientadora, em que se facilita o acesso a informações e se deixa à pessoa decidir por si só, pode ser muito mais eficaz do que um conselho ou controle da conduta; noutros casos, principalmente em situações de emergência e de grande ansiedade, um conselho pode ser mais produtivo da que um demorado processo de orientação ou de terapia; em muitos casos, porém, orientações e conselhos não são suficientes para alterar a conduta, recorrendo à terapia, como processo mais complexo, mais difícil e mais demorado a efetividade de uma atuação depende de inúmeros fatores nos quais sobressaem a personalidade do cliente, as emergências existentes, os recursos disponíveis e, principalmente, os objetivos que se quer atingir e os critérios sociais e filosóficos que os determinam.
2. Conceitos Segundo os Efeitos
Os conceitos de orientação e de aconselhamento, vistos pelo lado de seus efeitos, têm variado ao longo da história. Já dizia Sócrates quatro séculos antes de cristo: "conhece-te a ti mesmo", conceito que parece se renovar no posicionamento atual da linha existencialista e Rogeriana, e que com algumas alterações de forma e de conteúdo vem prevalecendo através dos tempos. Todavia, há pensamentos diferentes.
Williamson (1939), um dos pioneiros do movimento acadêmico de orientação, identificava, em certos aspetos, o aconselhamento com a educação, considerando que "a parte da moderna educação referida como:
Aconselhamento refere-se a processos individualizados e personalizados, destinados a ajudar o indivíduo a aprender matérias escolares, traços de cidadania, valores e hábitos pessoais e sociais e todos os outros hábitos, habilidades, atitudes e crenças que irão constituir um ser humano normal e ajustado.
Segundo Roger (1942, 1951) aconselhamento é um método de assistência psicológica destinado a restaurar no indivíduo suas condições de crescimento e de atualização, habilitando-o a perceber, sem distorções, a realidade que o cerca e a agir, nessa realidade, de forma a alcançar ampla satisfação pessoal e social. Aplica-se em todos os casos em que o indivíduo se defronta com problemas emocionais, não importando se se trata de doenças ou perturbações não patológicas.
O aconselhamento consiste em uma relação permissiva, que oferece ao indivíduo oportunidade de compreender a si mesmo e a tal ponto que a habilita a tomar decisões em face de suas novas perspectivas, o cliente passa a se dirigir através da liberação e reorganização de seu campo percetual.
A orientação rogeriana afetou profundamente os princípios e os métodos até então existentes, e em face dessa repercussão dedica este livro um capítulo especial (cap. 5) à obra desse psicólogo, para Robinson (1950), baseado principalmente nas técnicas de comunicação, e originariamente colega de Rogers, o aconselhamento é a atuação que "cobre todos os tipos de situações de duas pessoas, na qual, uma delas, o cliente, é ajudado a ajustar-se mais eficazmente a si próprio e a seu meio", sua técnica principal é a comunicação, através de entrevistas cuidadosamente conduzidas e testadas de momento a momento, que facilitam a tomada de decisões e atuam terapeuticamente.
Do ponto de vista dos efeitos da relação ocorrida no processo de aconselhamento, pepinskye pepinsky (1954) os definem como resultantes da interação que ocorre entre dois indivíduos, conselheiro e cliente, sob forma profissional, sendo iniciada e mantida como meio de facilitar alterações no comportamento do cliente.
Hahn e maclean (1955), representantes, como williamson, da corrente clássica de aconselhamento, dão ênfase ao processo de diagnóstico e tomam o aconselhamento no sentido de informações prestadas ao cliente sobre alternativas que se oferecem na solução de seus problemas. Há casos, dizem esses autores, sobre os quais o cliente precisa ser instruído! Há fatos que precisa conhecer; há aprendizagem a ser realizada.
Patterson (1959) é de opinião que o aconselhamento pode ser focalizado em termos de áreas de problemas (educacionais, vocacionais, conjugais, etc.), assim como em termos de ajustamento pessoal ou mesmo terapêutico. Segundo esse mesmo autor, o aconselhamento não se limita a pessoas normais; aplica-se ao excepcional, ao anormal ou ao desajustado; manipula as tendências adaptativas do indivíduo a fim de que este possa usá-los efetivamente.
Shoben (1966), analisando as implicações científicas e filosóficas envolvidas nos processos de assistência psicológica, afirma que do ponto de vista educacional e clínico, há dois alvos: o primeiro é ajudar o estudante ou o paciente a desenvolver suas capacidades para aperfeiçoar sua auto-avaliação "sem, necessariamente, se determinar o conteúdo de suas conclusões". Um segundo alvo, de certa forma, contraposto ao primeiro, é o de se recusar ajuda técnica sempre que esta possa ser solicitada num contexto que venha violar os princípios intrínsecos do valor pessoal.
Na corrente comportamental, encontramos bijou (1966) afirmando ser "aquele objetivo final do aconselhamento ajudar o cliente a lidar mais eficazmente com seu melo e a substituir o comportamento mal ajustado pelo ajustado". "Parece claro, do ponto de vista da análise experimental do comportamento, que uma das mais eficientes formas de produzir as alterações desejáveis é pela modificação direta das circunstâncias que as suportam, e um dos meios mais efetivos de manter essas alterações é organizar um melo que continue a suportá-las." a aplicação das leis de aprendizagem é o melo pelo qual se adquire comportamentos desejáveis. Krumboltz (1966), da corrente comportamentista, coloca os alvos do aconselhamento na mesma direção dos psicólogos contemporâneos.
Segundo Rogers, Na orientação os psicólogos dedicam-se a ajudar as pessoas a resolverem mais adequadamente certos tipos de problemas. Alguns desses problemas relacionam-se com importantes decisões escolares e profissionais, tais como: que curso devo fazer? a que profissão devo me dedicar? Outros problemas se relacionam com dificuldades pessoais, sociais e emocionais, tais como: como posso salvar meu casamento? Como poderei suportar esses horríveis sentimentos de ansiedade, solidão e depressão.
Como deverei agir para fazer valer meus direitos? Como posso relacionar-me melhor com os outros?" a essas questões o conselheiro acrescenta outras: como se conceituamos problemas? Como colocar alvos? Que técnicas serão úteis para atingir esses alvos? Como avaliarei meu propalo trabalho? Tais questões são tão familiares e nos apegamos tanto a elas que os novos procedimentos (refere-se ele ao método comportamental) podem justificar uma verdadeira revolução no aconselhamento a posição européia, notadamente à francesa, face ao aconselhamento psicológico, é bem diferente da americana. Piéron (nepveu, 1961), em um de seus últimos trabalhos, dizia que os métodos americanos aproximam-se muito da psicanálise e que a concepção francesa e a americana divergem muito no juízo que fazem sobre o papel do conselheiro. "No regime americano, onde a educação não tem caráter nacional e onde a tendência geral é a de favorecer em todos os domínios as iniciativas individuais. O conselheiro se aproxima muito do psicoterapeuta; dirige-se a 'clientes' e não participa, de modo algum, dos problemas gerais da educação, nem se preocupa em participar de uma obra coletiva. Na frança, ao contrário, tem-se procurado reduzir, ao máximo, a comercialização em matéria de orientação. Esta, que tende a se integrar, cada vez mais, na obra nacional de educação, não visa satisfazer clientes, mas a servir os interesses dos jovens encarando o seu futuro..."
3. Conclusão
Depois de inúmeras leituras bibliográficas, conclui-se que a terapia, a orientação, o aconselhamento e diagnósticos constituem o modo como a pessoa reage aos estímulos que chegam. Não é fácil identificar as origens do movimento que, em orientação, aconselhamento psicológico e psicoterapia, marcaram as profundas mudanças conceituais e operacionais ocorridas em meados do século em que vivemos.
A repercussão das ideias Rogerianas pode, pois, ter ocorrido por representar uma tendência que na época já germinava, como também, ser entendida como uma gigantesca descoberta no campo psicológico.
Referências:
BARROS Santos, Aconselhamento Psicológico & Psicoterapia: Livraria Pioneiro. Editora São Paulo, 1982.
FORSYTHE, W. I. e BUTLER, R.J(1989). "Fifty years of enuretic alarms”, Archives of Disease in Childhood 64,pp.879-885).
www.medicinanet.com.br›revisões

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