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Melhoramento Animal Aplicado

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MELHORAMENTOMELHORAMENTOMELHORAMENTO 
 
 
APLICADOAPLICADOAPLICADO 
ANIMALANIMALANIMAL 
Luiza Messeder ZahluthLuiza Messeder ZahluthLuiza Messeder Zahluth
Introdução ao MelhoramentoIntrodução ao MelhoramentoIntrodução ao Melhoramento 
O melhoramento é um ramo da zootecnia que se
preocupa com a avaliação dos valores genéticos de
animais de produção. Envolve a seleção dos
acasalamentos entre os animais domésticos com a
intenção de melhorar qualidades desejáveis na próxima
geração. 
BLUP = melhor predição linear não viesada = usado
para descobrir o valor genético dos animais; permite
estimar efeitos não herdáveis sobre os fenótipos dos
animais, chamados de efeitos fixos, e comparar animais
que são criados em condições ambientais diferentes. 
Sua importância se dá pelo ganho acumulativo a cada
geração, melhorando desempenho e eficiência Deve-se
melhorar crescimento e longevidade, mas também
qualidade do produto e bem estar animal.
Existem diferentes formas de realizar o melhoramento e
pode ser realizado em canis, haras, associações de
criadores e megacorporações multinacionais. 
Aspectos importantes a serem considerados:
▪ o mais importante para o programa de melhoramento
ter sucesso é que as características de interesse sejam
controladas por componentes herdáveis (herdabilidade)
▪ os animais têm diferentes composições genéticas de
maneira que a seleção seja possível
▪ a direção da seleção é definida pelo homem e ele
decide quais animais serão permitidos acasalarem e
produzirem os animais da próxima geração 
▪ o sucesso do programa de melhoramento animal pode
ser mensurado pelo ganho acumulativo resultado de
múltiplas gerações sob seleção, ou seja, as decisões
miram no futuro.
O melhoramento iniciou como ciência no Reino Unido,
por Robert Bakewell, nos anos 1700. Ele introduziu o
registro dos índices de produção de maneira acurada
e sistemática. Além disso, acasalou os indivíduos da
mesma família para fixar fenótipos na população e fez
o primeiro teste de progênie. A partir disso, muitas
pessoas começaram a copiar o método de registro de
população e criaram o Livro de Genealogia dos
Animais, com criação de novas raças.
"A NATUREZA CRIOU A VARIABILIDADE E O
HOMEM SELECIONOU AS CARACTERÍSTICAS
DESEJAVEIS COM O MELHORAMENTO" - Darwin
1865: Mendel, pai da genética, estudou
características qualitativas
1918: Fisher, pai da genética quantitativa, fundador
da genética populacional 
1933: Thomas Morgan descobriu os cromossomos e
que eles carregam os fatores genéticos
1937: Lush, pai do melhoramento animal, lançou livro
"Planos de Melhoramento Animal" juntando a
estatística quantitativa e a genética.
1941: Hazel criou teoria do índice de seleção, que
explica como estimar a correlação genética 
1950: Henderson fundou a estimação do valor
genético dos animais, o BLUP, o que permitiu criar
um modelo genético para os animais, além de estimar
os efeitos ambientais das características (ex:
alimentação)
1983: Mullis inventou a PCR, a qual permite saber os
genes e os alelos
Meuwissen e Goddard inventaram a seleção
genômica com microchips, que faz muitos PCRs em
pouco tempo
Característica = qualquer coisa que possa ser medida,
mensurada e/ou observada nos indivíduos.
Fenotipo = o que é observado ou mensurado.
Genealogia = representação do histórico de ascen-
dentes diretos de um animal, permitido identificar quais
indivíduos pertencem a mesma família.
Raça = grupo de animais da mesma espécie com
desempenho e aparência semelhantes entre si.
Desenvolver programas de melhoramento envolve:
Definir o sistema de produção; definir o objetivo do
programa; coletar informações como fenótipos, relações de
parentesco, genótipos; determinar o critério de seleção com
modelo genético estimado do valor genético; realizar a
seleção e acasalamento, predizendo a resposta à seleção e
às consequências de decisões de acasalamento; disseminar
a estrutura do programa e os sistemas de cruzamento; e,
por fim, avaliar o programa.
Granja núcleo = animais puros
Granja multiplicadoras = cruzamento dos animais
obtidos da Granja núcleo 
A seleção de acasalamento pode ser direcionada para:
1. Melhoramento genetico para modificar a mediana
características produtivas.
2. Diversidade genética, utilizado em pequenas
populações e zoológicos (endogamia)
Os critérios de seleção são as características que eu
quero selecionar nos animais com intuito de atingir o
objetivo de seleção.
Ex: se o objetivo é aumentar a conversão alimentar, 
 devo observar a quantidade de alimento consumido e o
ganho de peso. 
Sua importância se dá pelo ganho acumulativo a cada
geração, melhorando desempenho e eficiência Deve-se
melhorar crescimento e longevidade, mas também
qualidade do produto e bem estar animal.
Dentro de um programa de melhoramento, a primeira
coisa a fazer é definir o objetivo de seleção - os ganhos
são a longo prazo, então os objetivos nem definidos
previnem a defasagem genética. Essa etapa também
vai ajudar a definir quais informações serão coletadas e
de quais animais coletar, dependendo da característica
e do critério de seleção. 
O OBJETIVO DE SELEÇÃO DEVE
 PENSAR NO FUTURO
A primeira coisa a determinar é a raça, em seguida, o 
 sistema de criação. Qual o sistema tecnológico usado
na propriedade? Qual a tolerância ao calor e
resistência a parasitas do local? Qual produto está
sendo produzido? Qual o propósito da produção? Qual
raça será trabalhada?
objetivos e critériosobjetivos e critériosobjetivos e critérios
 de seleçãode seleçãode seleção
O objetivo geralmente envolve mais de uma
característica. 
Ex: bovino leiteiro - produção de leite, longevidade,
performance reprodutivo, persistência de
lactação........
Quanto mais características forem incluídas em um
objetivo, menor é o ganho de cada característica por
geração. Por isso, é necessário definir quais
característica analisar e a importância/peso que cada
uma terá. 
Os pesos podem ser econômicos e não
econômicos (legislação, desejo dos consumidores,
caracterização racial) 
Para escolher a combinação de características: 
Passo 1: incluir TODAS as características de
importância econômica no objetivo, independente da
herdabilidade. 
Passo 2: escolher a importância relativa que cada
característica possui. 
O objetivo deve reunir todas as características em um
GP critério, o índice, que permite a fácil identificação
dos melhores animais de maneira geral - o melhoria
ranqueia os animais com base nos valores de índice. 
Este critério único é composto de valores genéticos
das características eleitas e dos pesos dados a elas.
ÍNDICE = v1.a1 + v2.a2 + v3.a3 .....
Vn = peso
An = valor genético da característica
Pesos:
Ovos - 2
Ganho de peso - 1
Bicagem de penas - -0,5
Ex.: 
Galinha 1 
4 ovos
5 ganho de peso
1 Bicagem de penas
I = 2.4 + 1.5 + (-0,5).1
I = 12,5
 
Galinha 2
6 ovos 
4 ganho de peso
5 bicagem de penas
I = 2.6 + 1.4 + (-0,5).5
I = 13,5
LINHA MACHO
LINHA FÊMEA
fenótipos
pedigree
informação molecular (genoma)
Para realizar a seleção dos animais, alguns dados são
necessários:
O Pedigree permite derivar a relação genética aditiva
entre cada par de indivíduos. As informações do
fenótipo de parentes aumentam a certeza sobre o VG.
Além disso, saber como a característica se comporta
nas diferentes famílias ajuda a dizer quanto esta
característica é controlada pela genética e pelo
ambiente e ajuda a controlar o nível de endogamia na
população.
ERROS DE PEDIGREE
Equalização de leitões, troca de pais ou mistura de
sêmen, erros administrativos. É comum encontrar por
volta de 10% de erros.
Informações de DNA podem substituir o Pedigree para
computar a relação existente entre os indivíduos, livre
de erros.
ERROS DE ANOTAÇÃO
Cada indivíduo deve ter um número de identificação
individual e os fenótipos anotados são vinculados a este
número. Os pais devem ser identificados e registrados.
Um erro de anotação afeta não somente o animal
acometido pelo erro, mas todo o plantel.
rELAÇÕES DE PARENTESCOrELAÇÕES DE PARENTESCOrELAÇÕES DE PARENTESCOE ENDOGAMIAE ENDOGAMIAE ENDOGAMIA
homozigoto com IBD (probabilidade = F)
homozigoto sem IBD (probabilidade = 1 - F)
A probabilidade de Donald ter recebido quaisquer dois
alelos IBD:
p(CC) = 0,5 * 0,5 * 0,5 * 0,5 = 6,25%
p(DD) = 0,5 * 0,5 * 0,5 * 0,5 = 6,25%
A probabilidade de Donald ter genótipo IDB é:
p(CC) + p(DD) = 6,25% + 6,25% = 12,5%
A probabilidade de Donald NÃO ter genótipo IDB é:
100% - (p(CC) + p(DD)) = 100% - (6,25% + 6,25%)
100% - 12,5 = 87,5%
Coeficiente de endogamia:
FDonald = 0,125 = 12,5%
Esse coeficiente representa a probabilidade que o
indivíduo tem de possuir dois alelos IBD. Pode-se
dizer que 12,5% dos loci de Donald terão dois alelos
idênticos, que são cópias de um dos alelos do Odie.
 
A ENDOGAMIA ALTERA A HOMOZIGOSIDADE:
Sem endogamia, segue o equilíbrio de Hardy-
Weinberg:
p² : 2pq : q²
em que: p² e q² são a possibilidade de ser homozigoto
HOMOZIGOTO = p² + q² = 1
Ex: considere que p = 0,33 e q = 0,67
p² + q² = 0,55
Probabilidade = 55%
Com endogamia, existem dois componentes:
P(homozigoto)= F + (1 - F) * (p² + q²)
P(homozigoto)= 0,125 + 0,875 * (0,33² + 0,67²) = 0,61
Probabilidade = 61%
 
CONSEQUÊNCIAS DA ENDOGAMIA =
DEPRESSÃO ENDOGÂMICA
Os indivíduos têm qualidade pior, são menores, vivem
menos, têm saúde e fertilidade reduzida. Há maior
chance de desenvolver doenças genéticas recessivas
O animal possui menor valor adaptativo.
A cada 1% extra de endogamia, a consequência é 6,7
dias a menos de vida e menos 24% de leite
produzido.
A taxa ideal de endogamia é de 7%.
Um animal será endogâmico quando seus pais possuí-
rem alguma forma de parentesco. A endogamia
aumenta a homozigosidade e tem conotação negativa.
Sem saber o parentesco, não se pode confirmar a
endogamia de um indivíduo, mesmo que este apresente
homozigosidade,
No exemplo ao lado,
Donald é endogâmico pois
seus pais são parentes. Jim
e Jill possuem o alelo C. 
Os dois alelos deste gene
são idênticos por
descendência (IBD) em
Donald.
É uma tabela onde cada linha e cada coluna
representam um animal.
Na diagonal principal, está representada a semelhan-
ça genética de um indivíduo com ele mesmo. Fora
dessa diagonal estão todas as relações genéticas
aditivas da população.
A relação a ser evitada é aquela com maior índice, ex:
FH = 0,8125
indivíduos mais semelhantes geneticamente
aumento do nível de parentesco entre indivíduos
Em termos populacionais, a endogamia está relacio-
nada com a perda da diversidade, principalmente em
populações pequenas, casos de gargalo populacional e
na seleção dos animais.
As consequências são:
RELAÇÃO DE PARENTESCO E
COEFICIENTE DE ENDOGAMIA
O coeficiente de endogamia mede a probabilidade de
um indivíduo receber o mesmo alelo dos seus pais, por
estes serem aparentados. Por isso, é importante saber
grau de parentesco dos genitores - quanto mais aparen-
tados forem, maior será seu coeficiente de endogamia.
medida de parentesco entre dois animais = Relação
Genética Aditiva
 
CALCULO DO COEFICIENTE DE ENDOGAMIA
Para isso, é necessário saber: pedigree, regras de
cálculo e grau de parentesco dos pais.
Para o cálculo, a relação genética aditiva será
representada com "A".
Ex: relação genética aditiva pai e filho = Apf = 0,5
pai e filho = 0,5
mãe e filho = 0,5
irmãos = 0,5
meio irmãos = 0,25
Os elementos da matriz são formados pela junção de
uma coluna + uma linha.
DIAGONAL PRINCIPAL = Ai,i
OUTROS ELEMENTOS = Ai,j
s = pai
d = mãe
RELAÇÕES ENTRE ANIMAIS, SENDO UM
DESCONHECIDO, É IGUAL A 0
a ?,? = 0
a i,? = 0
a ?, j = 0
NÃO SE SABE OS PAIS = 1
Extensão onde as diferenças observadas no desem-
penho dos animais são devidas à hereditariedade. É
uma proporção da variância fenotípica que é atribuída
às diferenças nos valores genéticos dos indivíduos.
 o valor da herdabilidade pode variar de 0 a 1
é representada por h²
 
 
 
P = desempenho do animal
Essa grandeza diz respeito à característica e não ao
animal. Uma característica sem herdabilidade não
pode ser melhorada geneticamente.
A herdabilidade é um parâmetro populacional, sendo
que cada população pode possuir herdabilidade
diferente para a mesma característica.
+ variabilidade + herdabilidade + rapidez no programa
Os efeitos D e I nos pais não se apresentarão da
mesma forma nos filhos. Enquanto isso, o A é uma
junção dos fatores que vêm dos pais, sendo metade
da mãe e metade do pai.
Não é possível contar que o gene de dominância dos
pais sejam repassados para os filhos.
Ex: A1A2 x A2A3 = A1A3
 
P = G + E
G = A + D + I
A = D + I + E
P = A + E ou seja
O FENÓTIPO É RESULTADO DO VALOR DO
GENÉTICO E DO RESÍDUO AMBIENTAL
A variância é determinada por
 
 
em que Ω²a é a soma dos genes aditivos dos alelos
de todos os genes que afetam uma característica.
Leva em conta dados estatísticos populacionais,
como média e variabilidade dos dados (desvio
padrão)
Ω²e refere aos efeitos ambientais, sendo que
qualquer efeito que não temos controle pode afetar o
fenótipo do animal.
Serve para distinguir os efeitos genéticos dos efeitos
não genéticos que influenciam o fenótipo, uma vez que
o efeito do ambiente pode ser diferente em cada animal.
Utiliza-se dados fenotípicos e as informações de
parentesco para informar o valor genético (VG) dos
animais.
O animal que foi avaliado geneticamente como bom
para a característica a ser selecionada possui maior
valor comercial (sêmen).
Esse teste genético é caro, pois dura cerca de 7-8 anos,
logo, os animais que participam do teste são pré-
selecionados.
fenótipo = genética + ambiente
Variância ambiental = parte da variabilidade devido às
diferenças no ambiente em que cada indivíduo se
desenvolve. A variância será maior em sistemas
extensivos, pois o controle do ambiente é menor.
extensivo > confinamento
Em ambientes controlados, existem "microambientes"
que causam variância, porém muito reduzida. Geral-
mente, os animais usam a hierarquia para organizar
quem ficará nos ambientes melhores.
Em diferentes fases da vida, os efeitos ambientais vão
interferir de forma diferente no fenótipo. Os eventos que
influenciam o inicio da vida, podem produzir respostas
na vida adulta.
Diferentes características são afetadas de forma
diferente pelo mesmo ambiente.
OBS: grupo de contemporâneo
MODELO GENÉTICOMODELO GENÉTICOMODELO GENÉTICO
P = G + E
G = soma de todos os alelos e suas interações, valor
genotípico
G = A + D + I
A = valor genético aditivo, o efeito médio de cada alelo
D = valor genético de desvio de dominância; interação
entre alelos do mesmo locus
I = valor genético de epistasia; interação entre alelos de
loci diferentes
O EFEITO GENÉTICO ADITIVO É O QUE É
HERDADO PELA PROGÊNIE
Define a similaridade genética entre pais e filhos, e
irmãos dos mesmos pais.
O VG da progênie é a média do VG dos pais.
AMBIENTE COMUM X AMBIENTE PERMANENTE
Os efeitos de ambiente comum, permanente ou
temporário devem ser levados em consideração no
modelo genético ou a importância da contribuição
genética na variabilidade será superestimada, pois o
ambiente em que os animais foram criados influencia
no fenótipo. 
P = A + C + E
C = efeito de ambiente comum, igual para todos os
irmãos
Ex: grupo de leitões irmãos, criados na mesma baia
com a mesma mãe. 
O efeito de ambiente permanente revela a
repetibilidade de uma característica e considera o
quanto da variância fenotipica é controlada por fatores
presentes em todas as mensuraçoes.
Repetibilidade = características repetidas, como
lactação, gestação, produção de ovos...
Ex: uma galinha teve uma doença viral que afetou a
produção de ovos (efeito ambiente permanente),
porém os ovos pode ser menores ou maiores
conforme a incidência de luz (efeito temporario)
carac. reprodutivas = herd. baixa (<0,15)
carac. produtivas = herd. média (0,15 - 0,35)
carac. de carcaça = herd. alta (>0,35)
Herdabilidade igual a 1 não é possível de ser
alcançada.
Quanto maior a herdabilidade, maior será a média de
fenótipos de uma população conforme os melhores
animais de reproduzem.
HERDABILIDADE ALTA
HERDABILIDADE BAIXA
Em um programa de melhoramento com várias
fazendase condições ambientais diferentes, o BLUP
é essencial para estimar o VG. 
VANTAGENS: retira o viés gerado por efeitos ambi-
entais (efeitos fixos), leva em consideração a matriz
de parentesco e, por isso, já leva em consideração
todas as relações genéticas aditivas presentes.
produção do animal
média da população
coeficiente de regressão (acurácia)
Utilizado para ordenar os animais conforme o desemp-
enho em uma característica, a partir das informações do
animal, dos pais, irmãos e progênie.
VALOR GENÉTICO = desvio padrão do animal em
relação à média, indica seu valor ao ser usado como
reprodutor.
DADOS NECESSÁRIOS
VG = x (produção - média)
EBV = valor genético estimado
ACURÁCIA = correlação entre valor genético estimado
e verdadeiro valor genético. Varia de 0 a 1. 
Indica a confiabilidade do valor estimado e diz qual o
erro de predição.
É a raiz quadrada da herdabilidade (h), mas é calculada
diferente conforme a ligação com o indivíduo - pai, mãe,
irmão, meio irmão, filho.
Quando há multiplas fontes de informação (pais, filhos,
irmãos e meio-irmãos), é usado uma planilha no excel
que calcula a acurácia e o índice de cada fonte e a
fórmula será repetida para cada fonte.
EX: 
[acurácia x (produção - média) DO PRÓPRIO ANIMAL]
+ [índice x (produção - média) DA MÃE] + [índice x
(produção - média) DO PAI] + [índice x (produção -
média) DOS IRMÃOS] + [índice x (produção - média)
DOS MEIO IRMÃOS] + [índice x (produção - média)
DOS FILHOS]
Quando há mais de um indivíduo (ex: dois ou mais
irmãos), a produção é a média da produção do grupo
(média de produção dos irmãos - média da população)
ESTIMATIVA DE VGESTIMATIVA DE VGESTIMATIVA DE VG
OBS
SUMÁRIO DE TOUROS:
 
SUMÁRIO = melhoramento como um todo, para todo o
país, intuito menos comercial, mais transparente
CATÁLOGO = voltado para uma fazenda/empresa
privada, puramente comercial, menos transparente
devido o segredo industrial.
 
Publicado por empresas de pesquisa como a Embrapa,
a qual organiza e coordena a reprodução dos animais,
definindo o valor genético dos touros.
Fala a metodologia utilizada com a base genética a ser
utilizada.
- animais com acurácia pequena não sao incluídos
O valor genético é expresso por meio do PTA ou DEP
equivalem a metade do valor genético do reprodutor.
PTA = gado de leite
DEP = gado de corte
O cálculo para vacas é limitado pois vivem dentro de
um só rebanho e produzem menos filhote.
heterose ou vigor híbrido: há o cruzamento de raças
 produção X rusticidade: incorporação ou introgres-
são de novos alelos de outras raças
seleção dos animais na população
herdabilidade da característica
diferencial de seleção
△S = quanto os animais selecionados são melhores
que a média
△G = h² . △S
△S = i . σP
△G = h² . i . σP
△S = x̅S - x̅P
△G = progresso genético, diferença na média entre as
gerações
△S = diferença entre a média da população e a média
de uma parte selecionada da população, dentro da
mesma geração
σP = desvio padrão
h = acurácia do VG na seleção massal
Quando h² = 1, △G = △S
As quatro principais formas de realizar o melhoramento
são:
1.
2.
3.
Em uma distribuição normal de população, a média, a
moda e a mediana possuem o mesmo valor.
Nessa curva, a resposta à seleção é o deslocamento
da curva em que a média da nova geração é maior que
a média da geração anterior. Também pode ser
chamada de ganho genético e progresso genético.
O progresso genético depende de:
1.
2.
O diferencial de seleção depende da variabilidade
fenotípica (variância ou desvio padrão) e da intensidade
da seleção (mais rigoroso, mais intenso). 
baixa fertilidade
atraso na maturidade sexual
longo período de gestação
necessidade de muitos registros de produção
para tornar o animal elegível à seleção 
△G anual = h² . △S / L
L = intervalo entre gerações, idade média dos pais
quando nascem os filhos
Alguns fatores tendem a aumentar o intervalo entre
gerações, como
SE O INTERVALO ENTRE GERAÇÕES AUMENTA,
O GANHO GENÉTICO DIMINUI
Métodos de seleção que aumentam a acurácia podem
aumentar o intervalo entre gerações, como é o caso
do teste de progênie.
P = média + VG + E + sexo/fixos
Grupo de contemporâneo = animais com os mesmos
efeitos ambientais fixos (ex = nasceram no mesmo
ano, estação e mês, ordem de gestação, etc)
 
Seleção massal =
VG = (P - média) . h²
Predição de mérito genético = 
herdabilidade X desempenho 
h² = (P - média)
selecionando 100%, i = 0
selecionando 50%, i = 0,8. σP
Quanto maior a intensidade (i), maior o diferencial de
seleção 
OBS: esses valores são tabelados
EX:
x̅P = 90kg
σP = 10kg
h² = 0,3
selecionar 50% > i = 0,8
△S = 0,8 . 10 = 8kg
x̅S = x̅P + △S = 98kg
△G = h² . △S = 0,3 . 8 = 2,4kg
A próxima geração terá média de 92,4.
resposta à seleçãoresposta à seleçãoresposta à seleção
Os programas são contínuos e o número de fazen-
das colaboradoras é grande, logo, o número de
efeitos também é grande.
Grupos de contemporâneos são formados para que
animais sejam comparados com outros animais que são
criados em condições ambientais semelhantes ou com
características não-herdáveis semelhantes.
EX: animais do mesmo sexo, animais nascidos no mes-
mo mês/ano, animais criados em fazendas com
mesmos níveis de tecnificação, animais na mesma
ordem de lactação...
Os grupos de contemporâneos são importantes em
programas de melhoramento de todas as espécies, mas
são especialmente importantes em melhoramento de
bovinos, tanto de corte como leiteira.
Para determinar o desempenho de animais criados em
um rebanho A, usa-se a média de produção deste
rebanho. O problema é que mesmo todos os animais do
mesmo rebanho A não necessariamente terão esses
efeitos iguais, pois se os animais nascem em anos
diferentes pode ser que em um determinado ano ocorra
uma estiagem, ou em determinado ano haja recupe-
ração de áreas degradas, entre outros diferentes efeitos
que possam fazer com que apenas comparar o
desempenho de animais do rebanho A não seja o
suficiente para realizar uma comparação justa.
Assim, em bovinocultura os GC são criados fazendo
uma combinação de fazenda*/ano de
nascimento/estação de nascimento. Em um
programa de melhoramento existem centenas de
milhares de registros, formando centenas de GC
diferentes. O IDEAL É QUE OS GRUPOS TENHAM
TAMANHO GRANDE, COM O MAIOR NÚMERO
POSSÍVEL DE ANIMAIS, E PEQUENA
ABRANGÊNCIA, COM CONDIÇÕES DE AMBIENTE
MAIS HOMOGÊNEAS.
depende do volume de dados
mínimo = 3 registros
perde alguns dados, mas tem maior consistência,
eliminando estimativas ruins
Como são criados centenas de grupos de
contemporâneos, cada um desses GC tem que ter
seu efeito no desempenho estimado.
PRIMEIRO CRITÉRIO: escolher os efeitos 
SEGUNDO CRITÉRIO: tamanho do GC
OBS: uma estratégia usada para diminuir a perda do
volume de dados seria aumentar a abrangência dos
GC, ou seja, descartar algum efeito.
EX: 
rebanho + ano de nascimento + estação do ano >
rebanho + ano de nascimento
Ao excluir a estação do ano, temos menos GCs, mas
todos os animais serão incluídos em grupos, sem
perder dados.
PRÁTICAS QUE PODEM LEVAR À FORMAÇÃO
INCORRETA DOS GC:
1 - perfeita identificação dos grupos 
2 - tratamento diferenciado
3 - encurtamento da estação de monta
4 - controle seletivo
5 - distribuição das progênies ao longo da estação de
monta
grupos de contemporâneogrupos de contemporâneogrupos de contemporâneo
quantidade de leite
introduzir ou eliminar genes
melhorias anatômicas para melhorar a ordenha
etc
Holandesa
Jersey
Pardo-suíço
Gir Leiteiro
Girolanda (7/8 holandês)
Utilizado para melhorar a produção de leite, sendo que
o aspecto a ser melhorado pode ser:
Principais raças utilizadas na bovinocultura de leite:
Holandesa e Jersey = similar eficiência
Jersey = mais precoce, maior teor de sólidos no leite
Holandesa = leite mais fluido
MELHORAMENTO EMMELHORAMENTO EMMELHORAMENTO EM
BOVINOCULTURA LEITEIRABOVINOCULTURA LEITEIRABOVINOCULTURA LEITEIRA
Controle regularizado pelo MAPA.
Medição da produção leiteira feita a cada 30 dias. As
vacas são esgotadas no dia anterior ao controle. 
EUA = 50%do rebanho
BR = 3 a 4% do rebanho
Produção total de leite;
Produção de leite aos 305 dias;
% proteína no leite;
% gordura no leite;
OUTRAS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES:
Persistência de lactação - capacidade de manter a
produção por vários meses, sem queda importante
Stayability - tempo de permanência produtivo, a vaca
precisa "se pagar" para só depois dar lucro.
ângulo de garupa (ideal = 5)
largura de garupa (ideal = 9, largo)
força de lombo (ideal = 9)
ângulo de casco (ideal = 7)
qualidade óssea (ideal = 9)
pernas posteriores (ideal = 5, nem muito curvas,
nem muito retas)
profundidade do úbere (ideal = 5)
ligamento mediano (ideal = 9)
inserção do úbere anterior (ideal = 9)
altura do úbere posterior (ideal = 9, muito alto)
largura do úbere posterior (ideal = 9, muito largo)
colocação dos tetos (ideal = 5, base dos tetos no
centro dos quartos)
comprimento dos tetos (ideal = 5)
- Garupa (10%)
- Pernas e Pés (26%)
- Sistema Mamário (42%)
característica não é de alta herdabilidade;
há condições para avaliar um número expressivo
de filhos por reprodutor
animal selecionado vai ser usado intensamente
característica não se manifesta no próprio animal 
fêmeas selecionadas ao acaso para os machos
rações e manejo alimentar padronizados
todos filhos do reprodutor alimentados separados
descendentes criados em ambientes similares
mesmo ano e estação de nascimento
todos os filhos são testados sem seleção prévia.
Efeitos ambientais avaliados: idade da vaca ao parto,
mês do parto, frequência de ordenha, ordem de parto,
duração da lactação e período de serviço.
SELEÇÃO POR PROGÊNIE
Seleção dos animais baseado na informação dos
descendentes, por meio da comparação das médias
dos filhos e filhas de um reprodutor com as filhas e
filhos de outro reprodutor. A avaliação é feita por meio
do teste de progênie com a metodologia BLUP (PTA)
Usada quando:
REGRAS:
LIMITAÇÕES: necessita inseminação artificial, longo
tempo, criação e manutenção de muitos filhos.
estatura (ideal = 7 / 1,47m)
nivelamento da linha superior (ideal = 6)
largura de peito (ideal = 7)
profundidade corporal
angulosidade (ideal = 9)
- Força leiteira (22%)

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