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MELHORAMENTOMELHORAMENTOMELHORAMENTO APLICADOAPLICADOAPLICADO ANIMALANIMALANIMAL Luiza Messeder ZahluthLuiza Messeder ZahluthLuiza Messeder Zahluth Introdução ao MelhoramentoIntrodução ao MelhoramentoIntrodução ao Melhoramento O melhoramento é um ramo da zootecnia que se preocupa com a avaliação dos valores genéticos de animais de produção. Envolve a seleção dos acasalamentos entre os animais domésticos com a intenção de melhorar qualidades desejáveis na próxima geração. BLUP = melhor predição linear não viesada = usado para descobrir o valor genético dos animais; permite estimar efeitos não herdáveis sobre os fenótipos dos animais, chamados de efeitos fixos, e comparar animais que são criados em condições ambientais diferentes. Sua importância se dá pelo ganho acumulativo a cada geração, melhorando desempenho e eficiência Deve-se melhorar crescimento e longevidade, mas também qualidade do produto e bem estar animal. Existem diferentes formas de realizar o melhoramento e pode ser realizado em canis, haras, associações de criadores e megacorporações multinacionais. Aspectos importantes a serem considerados: ▪ o mais importante para o programa de melhoramento ter sucesso é que as características de interesse sejam controladas por componentes herdáveis (herdabilidade) ▪ os animais têm diferentes composições genéticas de maneira que a seleção seja possível ▪ a direção da seleção é definida pelo homem e ele decide quais animais serão permitidos acasalarem e produzirem os animais da próxima geração ▪ o sucesso do programa de melhoramento animal pode ser mensurado pelo ganho acumulativo resultado de múltiplas gerações sob seleção, ou seja, as decisões miram no futuro. O melhoramento iniciou como ciência no Reino Unido, por Robert Bakewell, nos anos 1700. Ele introduziu o registro dos índices de produção de maneira acurada e sistemática. Além disso, acasalou os indivíduos da mesma família para fixar fenótipos na população e fez o primeiro teste de progênie. A partir disso, muitas pessoas começaram a copiar o método de registro de população e criaram o Livro de Genealogia dos Animais, com criação de novas raças. "A NATUREZA CRIOU A VARIABILIDADE E O HOMEM SELECIONOU AS CARACTERÍSTICAS DESEJAVEIS COM O MELHORAMENTO" - Darwin 1865: Mendel, pai da genética, estudou características qualitativas 1918: Fisher, pai da genética quantitativa, fundador da genética populacional 1933: Thomas Morgan descobriu os cromossomos e que eles carregam os fatores genéticos 1937: Lush, pai do melhoramento animal, lançou livro "Planos de Melhoramento Animal" juntando a estatística quantitativa e a genética. 1941: Hazel criou teoria do índice de seleção, que explica como estimar a correlação genética 1950: Henderson fundou a estimação do valor genético dos animais, o BLUP, o que permitiu criar um modelo genético para os animais, além de estimar os efeitos ambientais das características (ex: alimentação) 1983: Mullis inventou a PCR, a qual permite saber os genes e os alelos Meuwissen e Goddard inventaram a seleção genômica com microchips, que faz muitos PCRs em pouco tempo Característica = qualquer coisa que possa ser medida, mensurada e/ou observada nos indivíduos. Fenotipo = o que é observado ou mensurado. Genealogia = representação do histórico de ascen- dentes diretos de um animal, permitido identificar quais indivíduos pertencem a mesma família. Raça = grupo de animais da mesma espécie com desempenho e aparência semelhantes entre si. Desenvolver programas de melhoramento envolve: Definir o sistema de produção; definir o objetivo do programa; coletar informações como fenótipos, relações de parentesco, genótipos; determinar o critério de seleção com modelo genético estimado do valor genético; realizar a seleção e acasalamento, predizendo a resposta à seleção e às consequências de decisões de acasalamento; disseminar a estrutura do programa e os sistemas de cruzamento; e, por fim, avaliar o programa. Granja núcleo = animais puros Granja multiplicadoras = cruzamento dos animais obtidos da Granja núcleo A seleção de acasalamento pode ser direcionada para: 1. Melhoramento genetico para modificar a mediana características produtivas. 2. Diversidade genética, utilizado em pequenas populações e zoológicos (endogamia) Os critérios de seleção são as características que eu quero selecionar nos animais com intuito de atingir o objetivo de seleção. Ex: se o objetivo é aumentar a conversão alimentar, devo observar a quantidade de alimento consumido e o ganho de peso. Sua importância se dá pelo ganho acumulativo a cada geração, melhorando desempenho e eficiência Deve-se melhorar crescimento e longevidade, mas também qualidade do produto e bem estar animal. Dentro de um programa de melhoramento, a primeira coisa a fazer é definir o objetivo de seleção - os ganhos são a longo prazo, então os objetivos nem definidos previnem a defasagem genética. Essa etapa também vai ajudar a definir quais informações serão coletadas e de quais animais coletar, dependendo da característica e do critério de seleção. O OBJETIVO DE SELEÇÃO DEVE PENSAR NO FUTURO A primeira coisa a determinar é a raça, em seguida, o sistema de criação. Qual o sistema tecnológico usado na propriedade? Qual a tolerância ao calor e resistência a parasitas do local? Qual produto está sendo produzido? Qual o propósito da produção? Qual raça será trabalhada? objetivos e critériosobjetivos e critériosobjetivos e critérios de seleçãode seleçãode seleção O objetivo geralmente envolve mais de uma característica. Ex: bovino leiteiro - produção de leite, longevidade, performance reprodutivo, persistência de lactação........ Quanto mais características forem incluídas em um objetivo, menor é o ganho de cada característica por geração. Por isso, é necessário definir quais característica analisar e a importância/peso que cada uma terá. Os pesos podem ser econômicos e não econômicos (legislação, desejo dos consumidores, caracterização racial) Para escolher a combinação de características: Passo 1: incluir TODAS as características de importância econômica no objetivo, independente da herdabilidade. Passo 2: escolher a importância relativa que cada característica possui. O objetivo deve reunir todas as características em um GP critério, o índice, que permite a fácil identificação dos melhores animais de maneira geral - o melhoria ranqueia os animais com base nos valores de índice. Este critério único é composto de valores genéticos das características eleitas e dos pesos dados a elas. ÍNDICE = v1.a1 + v2.a2 + v3.a3 ..... Vn = peso An = valor genético da característica Pesos: Ovos - 2 Ganho de peso - 1 Bicagem de penas - -0,5 Ex.: Galinha 1 4 ovos 5 ganho de peso 1 Bicagem de penas I = 2.4 + 1.5 + (-0,5).1 I = 12,5 Galinha 2 6 ovos 4 ganho de peso 5 bicagem de penas I = 2.6 + 1.4 + (-0,5).5 I = 13,5 LINHA MACHO LINHA FÊMEA fenótipos pedigree informação molecular (genoma) Para realizar a seleção dos animais, alguns dados são necessários: O Pedigree permite derivar a relação genética aditiva entre cada par de indivíduos. As informações do fenótipo de parentes aumentam a certeza sobre o VG. Além disso, saber como a característica se comporta nas diferentes famílias ajuda a dizer quanto esta característica é controlada pela genética e pelo ambiente e ajuda a controlar o nível de endogamia na população. ERROS DE PEDIGREE Equalização de leitões, troca de pais ou mistura de sêmen, erros administrativos. É comum encontrar por volta de 10% de erros. Informações de DNA podem substituir o Pedigree para computar a relação existente entre os indivíduos, livre de erros. ERROS DE ANOTAÇÃO Cada indivíduo deve ter um número de identificação individual e os fenótipos anotados são vinculados a este número. Os pais devem ser identificados e registrados. Um erro de anotação afeta não somente o animal acometido pelo erro, mas todo o plantel. rELAÇÕES DE PARENTESCOrELAÇÕES DE PARENTESCOrELAÇÕES DE PARENTESCOE ENDOGAMIAE ENDOGAMIAE ENDOGAMIA homozigoto com IBD (probabilidade = F) homozigoto sem IBD (probabilidade = 1 - F) A probabilidade de Donald ter recebido quaisquer dois alelos IBD: p(CC) = 0,5 * 0,5 * 0,5 * 0,5 = 6,25% p(DD) = 0,5 * 0,5 * 0,5 * 0,5 = 6,25% A probabilidade de Donald ter genótipo IDB é: p(CC) + p(DD) = 6,25% + 6,25% = 12,5% A probabilidade de Donald NÃO ter genótipo IDB é: 100% - (p(CC) + p(DD)) = 100% - (6,25% + 6,25%) 100% - 12,5 = 87,5% Coeficiente de endogamia: FDonald = 0,125 = 12,5% Esse coeficiente representa a probabilidade que o indivíduo tem de possuir dois alelos IBD. Pode-se dizer que 12,5% dos loci de Donald terão dois alelos idênticos, que são cópias de um dos alelos do Odie. A ENDOGAMIA ALTERA A HOMOZIGOSIDADE: Sem endogamia, segue o equilíbrio de Hardy- Weinberg: p² : 2pq : q² em que: p² e q² são a possibilidade de ser homozigoto HOMOZIGOTO = p² + q² = 1 Ex: considere que p = 0,33 e q = 0,67 p² + q² = 0,55 Probabilidade = 55% Com endogamia, existem dois componentes: P(homozigoto)= F + (1 - F) * (p² + q²) P(homozigoto)= 0,125 + 0,875 * (0,33² + 0,67²) = 0,61 Probabilidade = 61% CONSEQUÊNCIAS DA ENDOGAMIA = DEPRESSÃO ENDOGÂMICA Os indivíduos têm qualidade pior, são menores, vivem menos, têm saúde e fertilidade reduzida. Há maior chance de desenvolver doenças genéticas recessivas O animal possui menor valor adaptativo. A cada 1% extra de endogamia, a consequência é 6,7 dias a menos de vida e menos 24% de leite produzido. A taxa ideal de endogamia é de 7%. Um animal será endogâmico quando seus pais possuí- rem alguma forma de parentesco. A endogamia aumenta a homozigosidade e tem conotação negativa. Sem saber o parentesco, não se pode confirmar a endogamia de um indivíduo, mesmo que este apresente homozigosidade, No exemplo ao lado, Donald é endogâmico pois seus pais são parentes. Jim e Jill possuem o alelo C. Os dois alelos deste gene são idênticos por descendência (IBD) em Donald. É uma tabela onde cada linha e cada coluna representam um animal. Na diagonal principal, está representada a semelhan- ça genética de um indivíduo com ele mesmo. Fora dessa diagonal estão todas as relações genéticas aditivas da população. A relação a ser evitada é aquela com maior índice, ex: FH = 0,8125 indivíduos mais semelhantes geneticamente aumento do nível de parentesco entre indivíduos Em termos populacionais, a endogamia está relacio- nada com a perda da diversidade, principalmente em populações pequenas, casos de gargalo populacional e na seleção dos animais. As consequências são: RELAÇÃO DE PARENTESCO E COEFICIENTE DE ENDOGAMIA O coeficiente de endogamia mede a probabilidade de um indivíduo receber o mesmo alelo dos seus pais, por estes serem aparentados. Por isso, é importante saber grau de parentesco dos genitores - quanto mais aparen- tados forem, maior será seu coeficiente de endogamia. medida de parentesco entre dois animais = Relação Genética Aditiva CALCULO DO COEFICIENTE DE ENDOGAMIA Para isso, é necessário saber: pedigree, regras de cálculo e grau de parentesco dos pais. Para o cálculo, a relação genética aditiva será representada com "A". Ex: relação genética aditiva pai e filho = Apf = 0,5 pai e filho = 0,5 mãe e filho = 0,5 irmãos = 0,5 meio irmãos = 0,25 Os elementos da matriz são formados pela junção de uma coluna + uma linha. DIAGONAL PRINCIPAL = Ai,i OUTROS ELEMENTOS = Ai,j s = pai d = mãe RELAÇÕES ENTRE ANIMAIS, SENDO UM DESCONHECIDO, É IGUAL A 0 a ?,? = 0 a i,? = 0 a ?, j = 0 NÃO SE SABE OS PAIS = 1 Extensão onde as diferenças observadas no desem- penho dos animais são devidas à hereditariedade. É uma proporção da variância fenotípica que é atribuída às diferenças nos valores genéticos dos indivíduos. o valor da herdabilidade pode variar de 0 a 1 é representada por h² P = desempenho do animal Essa grandeza diz respeito à característica e não ao animal. Uma característica sem herdabilidade não pode ser melhorada geneticamente. A herdabilidade é um parâmetro populacional, sendo que cada população pode possuir herdabilidade diferente para a mesma característica. + variabilidade + herdabilidade + rapidez no programa Os efeitos D e I nos pais não se apresentarão da mesma forma nos filhos. Enquanto isso, o A é uma junção dos fatores que vêm dos pais, sendo metade da mãe e metade do pai. Não é possível contar que o gene de dominância dos pais sejam repassados para os filhos. Ex: A1A2 x A2A3 = A1A3 P = G + E G = A + D + I A = D + I + E P = A + E ou seja O FENÓTIPO É RESULTADO DO VALOR DO GENÉTICO E DO RESÍDUO AMBIENTAL A variância é determinada por em que Ω²a é a soma dos genes aditivos dos alelos de todos os genes que afetam uma característica. Leva em conta dados estatísticos populacionais, como média e variabilidade dos dados (desvio padrão) Ω²e refere aos efeitos ambientais, sendo que qualquer efeito que não temos controle pode afetar o fenótipo do animal. Serve para distinguir os efeitos genéticos dos efeitos não genéticos que influenciam o fenótipo, uma vez que o efeito do ambiente pode ser diferente em cada animal. Utiliza-se dados fenotípicos e as informações de parentesco para informar o valor genético (VG) dos animais. O animal que foi avaliado geneticamente como bom para a característica a ser selecionada possui maior valor comercial (sêmen). Esse teste genético é caro, pois dura cerca de 7-8 anos, logo, os animais que participam do teste são pré- selecionados. fenótipo = genética + ambiente Variância ambiental = parte da variabilidade devido às diferenças no ambiente em que cada indivíduo se desenvolve. A variância será maior em sistemas extensivos, pois o controle do ambiente é menor. extensivo > confinamento Em ambientes controlados, existem "microambientes" que causam variância, porém muito reduzida. Geral- mente, os animais usam a hierarquia para organizar quem ficará nos ambientes melhores. Em diferentes fases da vida, os efeitos ambientais vão interferir de forma diferente no fenótipo. Os eventos que influenciam o inicio da vida, podem produzir respostas na vida adulta. Diferentes características são afetadas de forma diferente pelo mesmo ambiente. OBS: grupo de contemporâneo MODELO GENÉTICOMODELO GENÉTICOMODELO GENÉTICO P = G + E G = soma de todos os alelos e suas interações, valor genotípico G = A + D + I A = valor genético aditivo, o efeito médio de cada alelo D = valor genético de desvio de dominância; interação entre alelos do mesmo locus I = valor genético de epistasia; interação entre alelos de loci diferentes O EFEITO GENÉTICO ADITIVO É O QUE É HERDADO PELA PROGÊNIE Define a similaridade genética entre pais e filhos, e irmãos dos mesmos pais. O VG da progênie é a média do VG dos pais. AMBIENTE COMUM X AMBIENTE PERMANENTE Os efeitos de ambiente comum, permanente ou temporário devem ser levados em consideração no modelo genético ou a importância da contribuição genética na variabilidade será superestimada, pois o ambiente em que os animais foram criados influencia no fenótipo. P = A + C + E C = efeito de ambiente comum, igual para todos os irmãos Ex: grupo de leitões irmãos, criados na mesma baia com a mesma mãe. O efeito de ambiente permanente revela a repetibilidade de uma característica e considera o quanto da variância fenotipica é controlada por fatores presentes em todas as mensuraçoes. Repetibilidade = características repetidas, como lactação, gestação, produção de ovos... Ex: uma galinha teve uma doença viral que afetou a produção de ovos (efeito ambiente permanente), porém os ovos pode ser menores ou maiores conforme a incidência de luz (efeito temporario) carac. reprodutivas = herd. baixa (<0,15) carac. produtivas = herd. média (0,15 - 0,35) carac. de carcaça = herd. alta (>0,35) Herdabilidade igual a 1 não é possível de ser alcançada. Quanto maior a herdabilidade, maior será a média de fenótipos de uma população conforme os melhores animais de reproduzem. HERDABILIDADE ALTA HERDABILIDADE BAIXA Em um programa de melhoramento com várias fazendase condições ambientais diferentes, o BLUP é essencial para estimar o VG. VANTAGENS: retira o viés gerado por efeitos ambi- entais (efeitos fixos), leva em consideração a matriz de parentesco e, por isso, já leva em consideração todas as relações genéticas aditivas presentes. produção do animal média da população coeficiente de regressão (acurácia) Utilizado para ordenar os animais conforme o desemp- enho em uma característica, a partir das informações do animal, dos pais, irmãos e progênie. VALOR GENÉTICO = desvio padrão do animal em relação à média, indica seu valor ao ser usado como reprodutor. DADOS NECESSÁRIOS VG = x (produção - média) EBV = valor genético estimado ACURÁCIA = correlação entre valor genético estimado e verdadeiro valor genético. Varia de 0 a 1. Indica a confiabilidade do valor estimado e diz qual o erro de predição. É a raiz quadrada da herdabilidade (h), mas é calculada diferente conforme a ligação com o indivíduo - pai, mãe, irmão, meio irmão, filho. Quando há multiplas fontes de informação (pais, filhos, irmãos e meio-irmãos), é usado uma planilha no excel que calcula a acurácia e o índice de cada fonte e a fórmula será repetida para cada fonte. EX: [acurácia x (produção - média) DO PRÓPRIO ANIMAL] + [índice x (produção - média) DA MÃE] + [índice x (produção - média) DO PAI] + [índice x (produção - média) DOS IRMÃOS] + [índice x (produção - média) DOS MEIO IRMÃOS] + [índice x (produção - média) DOS FILHOS] Quando há mais de um indivíduo (ex: dois ou mais irmãos), a produção é a média da produção do grupo (média de produção dos irmãos - média da população) ESTIMATIVA DE VGESTIMATIVA DE VGESTIMATIVA DE VG OBS SUMÁRIO DE TOUROS: SUMÁRIO = melhoramento como um todo, para todo o país, intuito menos comercial, mais transparente CATÁLOGO = voltado para uma fazenda/empresa privada, puramente comercial, menos transparente devido o segredo industrial. Publicado por empresas de pesquisa como a Embrapa, a qual organiza e coordena a reprodução dos animais, definindo o valor genético dos touros. Fala a metodologia utilizada com a base genética a ser utilizada. - animais com acurácia pequena não sao incluídos O valor genético é expresso por meio do PTA ou DEP equivalem a metade do valor genético do reprodutor. PTA = gado de leite DEP = gado de corte O cálculo para vacas é limitado pois vivem dentro de um só rebanho e produzem menos filhote. heterose ou vigor híbrido: há o cruzamento de raças produção X rusticidade: incorporação ou introgres- são de novos alelos de outras raças seleção dos animais na população herdabilidade da característica diferencial de seleção △S = quanto os animais selecionados são melhores que a média △G = h² . △S △S = i . σP △G = h² . i . σP △S = x̅S - x̅P △G = progresso genético, diferença na média entre as gerações △S = diferença entre a média da população e a média de uma parte selecionada da população, dentro da mesma geração σP = desvio padrão h = acurácia do VG na seleção massal Quando h² = 1, △G = △S As quatro principais formas de realizar o melhoramento são: 1. 2. 3. Em uma distribuição normal de população, a média, a moda e a mediana possuem o mesmo valor. Nessa curva, a resposta à seleção é o deslocamento da curva em que a média da nova geração é maior que a média da geração anterior. Também pode ser chamada de ganho genético e progresso genético. O progresso genético depende de: 1. 2. O diferencial de seleção depende da variabilidade fenotípica (variância ou desvio padrão) e da intensidade da seleção (mais rigoroso, mais intenso). baixa fertilidade atraso na maturidade sexual longo período de gestação necessidade de muitos registros de produção para tornar o animal elegível à seleção △G anual = h² . △S / L L = intervalo entre gerações, idade média dos pais quando nascem os filhos Alguns fatores tendem a aumentar o intervalo entre gerações, como SE O INTERVALO ENTRE GERAÇÕES AUMENTA, O GANHO GENÉTICO DIMINUI Métodos de seleção que aumentam a acurácia podem aumentar o intervalo entre gerações, como é o caso do teste de progênie. P = média + VG + E + sexo/fixos Grupo de contemporâneo = animais com os mesmos efeitos ambientais fixos (ex = nasceram no mesmo ano, estação e mês, ordem de gestação, etc) Seleção massal = VG = (P - média) . h² Predição de mérito genético = herdabilidade X desempenho h² = (P - média) selecionando 100%, i = 0 selecionando 50%, i = 0,8. σP Quanto maior a intensidade (i), maior o diferencial de seleção OBS: esses valores são tabelados EX: x̅P = 90kg σP = 10kg h² = 0,3 selecionar 50% > i = 0,8 △S = 0,8 . 10 = 8kg x̅S = x̅P + △S = 98kg △G = h² . △S = 0,3 . 8 = 2,4kg A próxima geração terá média de 92,4. resposta à seleçãoresposta à seleçãoresposta à seleção Os programas são contínuos e o número de fazen- das colaboradoras é grande, logo, o número de efeitos também é grande. Grupos de contemporâneos são formados para que animais sejam comparados com outros animais que são criados em condições ambientais semelhantes ou com características não-herdáveis semelhantes. EX: animais do mesmo sexo, animais nascidos no mes- mo mês/ano, animais criados em fazendas com mesmos níveis de tecnificação, animais na mesma ordem de lactação... Os grupos de contemporâneos são importantes em programas de melhoramento de todas as espécies, mas são especialmente importantes em melhoramento de bovinos, tanto de corte como leiteira. Para determinar o desempenho de animais criados em um rebanho A, usa-se a média de produção deste rebanho. O problema é que mesmo todos os animais do mesmo rebanho A não necessariamente terão esses efeitos iguais, pois se os animais nascem em anos diferentes pode ser que em um determinado ano ocorra uma estiagem, ou em determinado ano haja recupe- ração de áreas degradas, entre outros diferentes efeitos que possam fazer com que apenas comparar o desempenho de animais do rebanho A não seja o suficiente para realizar uma comparação justa. Assim, em bovinocultura os GC são criados fazendo uma combinação de fazenda*/ano de nascimento/estação de nascimento. Em um programa de melhoramento existem centenas de milhares de registros, formando centenas de GC diferentes. O IDEAL É QUE OS GRUPOS TENHAM TAMANHO GRANDE, COM O MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE ANIMAIS, E PEQUENA ABRANGÊNCIA, COM CONDIÇÕES DE AMBIENTE MAIS HOMOGÊNEAS. depende do volume de dados mínimo = 3 registros perde alguns dados, mas tem maior consistência, eliminando estimativas ruins Como são criados centenas de grupos de contemporâneos, cada um desses GC tem que ter seu efeito no desempenho estimado. PRIMEIRO CRITÉRIO: escolher os efeitos SEGUNDO CRITÉRIO: tamanho do GC OBS: uma estratégia usada para diminuir a perda do volume de dados seria aumentar a abrangência dos GC, ou seja, descartar algum efeito. EX: rebanho + ano de nascimento + estação do ano > rebanho + ano de nascimento Ao excluir a estação do ano, temos menos GCs, mas todos os animais serão incluídos em grupos, sem perder dados. PRÁTICAS QUE PODEM LEVAR À FORMAÇÃO INCORRETA DOS GC: 1 - perfeita identificação dos grupos 2 - tratamento diferenciado 3 - encurtamento da estação de monta 4 - controle seletivo 5 - distribuição das progênies ao longo da estação de monta grupos de contemporâneogrupos de contemporâneogrupos de contemporâneo quantidade de leite introduzir ou eliminar genes melhorias anatômicas para melhorar a ordenha etc Holandesa Jersey Pardo-suíço Gir Leiteiro Girolanda (7/8 holandês) Utilizado para melhorar a produção de leite, sendo que o aspecto a ser melhorado pode ser: Principais raças utilizadas na bovinocultura de leite: Holandesa e Jersey = similar eficiência Jersey = mais precoce, maior teor de sólidos no leite Holandesa = leite mais fluido MELHORAMENTO EMMELHORAMENTO EMMELHORAMENTO EM BOVINOCULTURA LEITEIRABOVINOCULTURA LEITEIRABOVINOCULTURA LEITEIRA Controle regularizado pelo MAPA. Medição da produção leiteira feita a cada 30 dias. As vacas são esgotadas no dia anterior ao controle. EUA = 50%do rebanho BR = 3 a 4% do rebanho Produção total de leite; Produção de leite aos 305 dias; % proteína no leite; % gordura no leite; OUTRAS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES: Persistência de lactação - capacidade de manter a produção por vários meses, sem queda importante Stayability - tempo de permanência produtivo, a vaca precisa "se pagar" para só depois dar lucro. ângulo de garupa (ideal = 5) largura de garupa (ideal = 9, largo) força de lombo (ideal = 9) ângulo de casco (ideal = 7) qualidade óssea (ideal = 9) pernas posteriores (ideal = 5, nem muito curvas, nem muito retas) profundidade do úbere (ideal = 5) ligamento mediano (ideal = 9) inserção do úbere anterior (ideal = 9) altura do úbere posterior (ideal = 9, muito alto) largura do úbere posterior (ideal = 9, muito largo) colocação dos tetos (ideal = 5, base dos tetos no centro dos quartos) comprimento dos tetos (ideal = 5) - Garupa (10%) - Pernas e Pés (26%) - Sistema Mamário (42%) característica não é de alta herdabilidade; há condições para avaliar um número expressivo de filhos por reprodutor animal selecionado vai ser usado intensamente característica não se manifesta no próprio animal fêmeas selecionadas ao acaso para os machos rações e manejo alimentar padronizados todos filhos do reprodutor alimentados separados descendentes criados em ambientes similares mesmo ano e estação de nascimento todos os filhos são testados sem seleção prévia. Efeitos ambientais avaliados: idade da vaca ao parto, mês do parto, frequência de ordenha, ordem de parto, duração da lactação e período de serviço. SELEÇÃO POR PROGÊNIE Seleção dos animais baseado na informação dos descendentes, por meio da comparação das médias dos filhos e filhas de um reprodutor com as filhas e filhos de outro reprodutor. A avaliação é feita por meio do teste de progênie com a metodologia BLUP (PTA) Usada quando: REGRAS: LIMITAÇÕES: necessita inseminação artificial, longo tempo, criação e manutenção de muitos filhos. estatura (ideal = 7 / 1,47m) nivelamento da linha superior (ideal = 6) largura de peito (ideal = 7) profundidade corporal angulosidade (ideal = 9) - Força leiteira (22%)
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