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Monitoria Civil I_Resumo 1_AV2

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�UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – CURSO DE DIREITO 18/05/2015 (01) MONITORIA – 2º PERIODO – Direito Civil I 
Monitor: Vitor Diniz
Resumo de Direito Civil I
DIREITO CIVIL
RESUMO PARA AV2
FATO JURÍDICO 
É todo acontecimento natural ou humano capaz de criar, modificar, conservar ou extinguir relações jurídicas.
Direito Adquirido: Ter sido produzido por ato idôneo, para sua produção, ter-se incorporado definitivamente e o patrimônio do titular.
Expectativa do Direito (Nada Jurídico): É a mera possibilidade de sua aquisição, não estando amparado pela legislação em geral, uma vez que não foi incorporado ao patrimônio jurídico da pessoa.
CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS JURÍDICOS:
Os fatos jurídicos em sentido amplo podem ser classificados em: Fato naturais ou Fatos humanos
Fatos Naturais: decorrem de simples manifestação da natureza. Os fatos naturais também denominados fatos jurídicos em sentido estrito, se dividem em:
Ordinários: Como nascimento e a morte, que se constituem o início e o fim da personalidade, bem como a maioridade.
Extraordinários: Que se enquadram na categoria do caso fortuito ou da força maior: Terremoto, raio, tempestade.
B) Fatos humanos: decorrem de atividade humana, que, em sentido amplo, se dividem em: lícitos e Ilícitos.
Lícitos: São atos humanos, praticados em conformidade com o ordenamento jurídico, produzem efeitos jurídicos voluntários.
Ilícitos: Por serem praticados em desacordo com o prescrito no ordenamento jurídico. 
Art.186 C. C. – “Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar	 direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
OS ATOS LÍCITOS SE DIVIDEM EM:
Ato fato Jurídico: É aquele em que a hipótese de incidência pressupõe um ato humano, porém os seus defeitos decorrem por conta da norma, pouco interessando se houve, ou não, vontade de sua pratica.				 	 Ex. No caso que a pessoa que acha casualmente um tesouro. Não se leva em consideração a vontade, a intenção ou a consciência do agente, demandando apenas o ato natural de achar.
Ato Jurídico em sentido estrito: A manifestação de vontade não é discricionária, é aquela que não tem opção de escolha, sendo um comportamento esperável. Ex. Registro de nascimento de um filho, registro de um óbito.
Negócio Jurídico: É o acordo de vontades, que surge da participação humana e projeta efeitos desejados e criados por ela, tendo por fim a aquisição, modificação, transferência ou a extinção de direitos.
Obs. Os dois últimos exigem-se uma manifestação de vontade.
Direito eventual: Refere-se a situação em que o interesse do titular ainda não se encontra completo pelo fato de não ter realizado todos os elementos básicos exigidos pela norma jurídica. Já há um interesse, ainda que embrionário ou incompleto protegido pelo ordenamento jurídico. 
Ex.: O direito de preferência de compra do bem imóvel locado, desde que averbada na matricula do imóvel o contrato de locação.
Direito condicional: (condição = direito futuro incerto) É aquele que somente se perfaz se ocorrer um determinado acontecimento, futuro e incerto.
Ex.: Só vou ser proprietário quando acabar a última prestação.
Nota: O direito eventual tem a potestatividade entre as partes, e o condicional é um direito futuro e incerto.					
CLASSIFICAÇÃO DAS AQUISIÇÕES: 
A) Originária: É quando não há a idéia de transmissibilidade, não há vinculo subjetivo. 
Ex. Usucapião, ou seja, é transformar o possuidor em proprietário. (Art.1238 C.C.) 
Nota: Na usucapião o bem, pode possuir dividas de hipotecas e de IPTU, entretanto, quando saí a sentença não existirá mais dívida, configurando assim, uma aquisição originária. 
B) Derivada: É quando há idéia de transmissibilidade. Ex. A herança, ela advém de um direito sucessório. Outro é o caso de compra e venda de um imóvel, como houve o contrato, houve a transmissibilidade. 
C) Gratuita: É aquela que não tem valor a pagar, é um ato bilateral onde a outra parte tem que aceitar. Ex. A doação de alguma coisa.
D) Onerosa: É aquela que tem uma contraprestação (Sinalagmática). Ex. o ato de compra e venda de qualquer coisa.
E) Universal: Quando o indivíduo fica com a quota parte de um todo. Ex. Quando várias pessoas compram um mesmo imóvel, e também, como ocorre no caso da herança antes de ser decretada a partilha (universalidade da herança). 
F) Singular: Coisa de um só, quando a pessoa sozinha é proprietária do todo. Ex: Compro sozinha uma fazenda.
Modificação do direito: É o que se denomina sub-rogação, que é a alteração ou a modificação de direito podendo ser de forma objetiva ou subjetiva. 
Objetiva: é a que ocorre em relação ao objeto, podendo substituir por outro qualquer, mas não precisa ser do mesmo valor.
 Subjetiva: é quando se substitui o proprietário. Ex: Quando tem um direito de crédito para receber e passa para outra pessoa.
Conservação de direito: Para resguardar ou conservar seus direitos necessita o titular tomar certas medidas ou providências preventivas ou repressivas, judiciais ou extrajudiciais. Ex. O uso de Liminares, atos de dessas preventivas (auto tutela).
Extinção do direito: Ocorre quando desaparece o direito, não podendo ser exercido pelo sujeito atual e nem por outro qualquer, o que pode ocorrer por diversas razões extinguindo-se os direitos. Podemos mencionar dentre outras, as seguintes hipóteses: alienação, renúncia, falecimento do titular do direito personalíssimo, prescrição, decadência, etc.
Obs. A renúncia não se presume, ela tem de ser expressa.
NEGÓCIO JURÍDICO:
Definição: Toda declaração de vontade emitida de acordo com o ordenamento legal e geradora de efeitos jurídicos pretendidos.
Classificação dos negócios Jurídicos: Os negócios jurídicos podem ser encarados e agrupados por classes, seguindo vários critérios:
Unilaterais: São os que aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade, como ocorre no testamento, na instituição de fundação, na renúncia de direitos.
Bilaterais: São os que perfazem com duas manifestações de vontade coincidentes sobre o objeto. Essa coincidência chama-se consentimento mútuo ou acordo de vontades. Declaração receptícia de vontade.
Disposição: É quando se dispõe de alguma coisa (quando se vende ou se faz uma doação).
Ex. No caso de casamento de regime parcial o cônjuge só está legitimado a dispor do bem, somente com a autorização de seu consorte (Art. 1647, C.C.)
Administração: Aluguel de um bem qualquer, ou seja, é o ato de locar ou emprestar algo.
Gratuitos: É aquele que não tem contraprestação, como sucede no caso da doação pura e no comodato. 
Onerosos: É aquele que o negócio tem contraprestação (sinalagmático). 
Ex.: Locação; compra e venda.
Inter Vivos: Produção de efeito desde logo. Ex.: Compra; a locação e o casamento.
Causa Mortis: são destinados a produzir efeitos após a morte de uma das partes. Ex.: Testamento.
Solenes ou Formais: Todos os negócios podem ser feitos de forma livre, exceto, aqueles negócios jurídicos que devem obedecer a forma solene prescrita em lei.
Principais e acessórios: Que obedecem ao princípio da gravitação jurídica.
Interpretação dos negócios jurídicos:
Definição: Interpretar os negócios Jurídicos é precisar o sentido e alcance do conteúdo da declaração de vontade. Busca-se apurar a vontade concreta e não a vontade interna (psicológica) das partes. (Art. 112, 113 e 114, C.C.)
Obs. A renúncia gera extinção do direito, não sendo admitida a renúncia tácita, e sim expressa. A Renúncia não se presume. 
Reserva Mental: Ela somente será oponível quando exteriorizada formalmente.
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Elementos:
Essenciais:
Existência 
Validade
Eficácia (elementos Acidentais):
PLANO DA EXISTÊNCIA: Para que um negócio jurídico exista tem que ter: um agente,a vontade (sem vontade não negócio), um objeto (bens) e determinada uma forma (verbal ou escrita). Nota: A existência está no plano substantivo.
PLANO DE VALIDADE: Tem que ser um agente capaz (de direito), a vontade tem de ser livre e de boa-fé (para que seja excluída a fraude), tem que ser um objeto lícito (determinado em gênero e espécie), e a forma tem que ser prescrita em lei.
 Art. 104 C.C. (Obs.: ressalva-se que no Art. 104 não está configurada a autonomia de vontade). Toda vez que houver violação desses quatros elementos a sanção é a nulidade do negócio jurídico, assim, todo negócio jurídico defeituoso é nulo.
Nota: A validade está no plano adjetivo.
PLANO DA EFICÁCIA: São aqueles elementos que não são indispensáveis para realização do negócio jurídico, mas, ao existirem, podem alterar as suas consequências por vontade das partes.
ELEMENTOS ACIDENTAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO:
Condição: É o elemento acidental que subordina a eficácia do negócio jurídico a um acontecimento FUTURO E INCERTO, aposta em razão da vontade da pessoa que o pratica ou da conjugação das vontades das partes. 
Requisitos ou elementos para haja uma condição na acepção técnicas: a voluntariedade, a futuridade e a incerteza.
Voluntariedade: As partes devem querer e determinar o evento.
Futuridade: deve ser considerado em fato futuro, se fizer menção ao fato. Ex. Alguém promete para outrem doar uma casa, sendo que o indivíduo só receberá essa casa quando se casar, ou seja, a promessa está feita e depende de um evento futuro e incerto.	
Incerteza: Se relaciona a um acontecimento incerto que pode ocorrer ou não. Ex. Pagar-se-á uma determinada dívida, se a próxima colheita não chover.
Classificação das Condições:
Quanto à possibilidade:
Impossível: É aquela fisicamente impossível é a condição que não poderá ser atendida por qualquer ser humano. Ex. Levar o mar a feira de Santana. 
Possíveis: É aquela que é possível por si só.
Quanto a Licitude:
Ilícitas: É aquela condição que quando ocorre anula totalmente o Negócio Jurídico.
Licita: É aquela condição que pressupõe a observância do ordenamento jurídico
Quanto ao modo de Atuação:
Suspensivas: Impedirá a produção de qualquer efeito até que se realize o evento a que se subordinou a eficácia negocial. 
Ex. “Te doarei um determinado bem se você se casar”. 
Resolutivas: É aquela que faz cessar os efeitos que estão se produzindo. Ex. Empréstimo de um livro até que você se forme. 
**Esta condição deve estar sempre estar expressa nos contratos para que possa ocorrer a rescisão do contrato sem a interpelação judicial. (Art. 474/475 C.C.)
Quanto à fonte de onde deriva:
Causal: Se a condição depende do acaso ela é, portanto, causal. 
Ex. A não ocorrência de uma tempestade.
Potestativa: Se decorre da vontade de uma das partes.	
Mistas: quando depende de uma das partes ou de um terceiro, ou seja, uma circunstância externa.
Ex. Uma doação que se realizará se o donatário casar com uma determinada.
Pendência, inadimplemento e frustração da condição são três estados da condição:
Pendente: É a incerteza do acontecimento futuro e incerto. O inadimplemento desta condição poderá levar a rescisão do contrato. 
Causais: São as que dependem do acaso, do fortuito de fato alheio a vontade das partes 
TERMO
Conceito: É o dia ou momento em que começa ou se extingui a eficácia do negócio jurídico, podendo ter como unidade de medida à hora, o dia, o mês ou o ano. É um evento FUTURO E CERTO, tendo dia para começar e dia para terminar.
Dies A Quo (dia do início do negócio jurídico)
Dies Ad Quem (Dia que termina o Negócio jurídico)
Nota: Termo é o intervalo entre o dies a quo e o dies ad quem.
CLASSIFICAÇÃO DOS TERMOS:
Convencional: É quando as partes acordam entre si.
Legal: É o que decorre da lei.
Termo de Graça: Quando alei não determina o juiz determina e fixa o prazo.
Obs. Na contagem dos prazos, exclui-se o dia do começo e inclui-se o dia do vencimento. Se cair no feriado considera-se prorrogado o prazo até o dia útil subseqüente. (Art132 C.C.).
ENCARGO
Conceito: É uma determinação acessória acidental do negócio jurídico que impõe ao beneficiário um ônus a ser cumprido em prol de uma liberalidade maior, todavia não tem natureza de contraprestação.
É um peso atrelado a uma vantagem, ou seja, se não fizer o encargo imposto no negócio, pode gerar a revogação do Negócio Jurídico. (Art. 555 C.C.).
O encargo não trona o negócio sinalagmático, sendo que, no encargo já há a transmissão do direito. 
Ex.: Dou um lote para você desde que faça uma casa. (Se a pessoa não fizer pode fazer a revogação).				
Obs.: O encargo é muito comum nas doações feitas ao município, em geral com obrigações de construir hospitais, escolas creches etc.
Art.553, CC: O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de terceiro ou de interesse geral.
Parágrafo único: Se desta última espécie for o encargo, o ministério público poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se este não tiver feito.
Art.555, CC: A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário ou inexecução do encargo.
DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
Conceito: São vícios que impedem que a vontade seja declarada livre de boa-fé, prejudicando, por conseguinte, a validade do negócio jurídico. 
Nota: O defeito sempre recai na vontade, sendo assim, nulo.
CLASSIFICAÇÃO:
VÍCIOS DE CONSENTIMENTO: São aqueles em que a vontade não é expressa de maneira absolutamente livre. (Disparidade entre a declaração e a vontade). 
Espécies: Erro, dolo, coação, lesão e estado de perigo.
ERRO:			 								 Conceito: É uma falsa concepção ou desconhecimento da realidade, quando o agente por desconhecimento ou falso conhecimento das circunstâncias, age de modo que não seria sua vontade se conhecesse a verdadeira situação, diz-se que procede com erro. O erro é espontâneo, de ambas as partes, e sempre ocorre de boa-fé. O erro como os outros vícios são anuláveis.
Erro de essência: É aquilo que não teria feito, compostos de:
ERROR IN NEGOTIO (erro sobre a natureza): É aquele em que uma das partes manifesta a sua vontade pretendida supondo celebrar determinado negócio jurídico e na verdade realiza outro diferente.
Ex.: Quer alugar e escreve vender (pretende o agente praticar um ato e pratica outro), Outro exemplo: Uma pessoa empresta uma coisa e a outra entende que houve doação.
ERRO IN CORPORE (Erro sobre o objeto principal da declaração): É o que incide sobre a identidade do objeto. 
Ex.: Quando se troca um produto por outro que não foi inicialmente comprado. Ex.: A pessoa que adquire um quadro de um aprendiz, supondo tratar-se de tela de um pintor famoso.		
ERROR IN SUBSTANTIA (Erro sobre alguma das qualidades essenciais do objeto): É o que versa sobre a essência da coisa ou das propriedades essências de determinado objeto, é a suposição de que o objeto possui determinada qualidade, que posteriormente se verifica a inexistência.
 Ex.: A pessoa adquire um touro para reprodução e posteriormente constata que ele é estéril, não atendendo seu propósito inicial. 				
ERROR IN PERSONA (Erro quanto à identidade ou a realidade da pessoa a quem se refere à declaração de vontade). É o que versa sobre a identidade ou qualidade de determinada pessoa. 
Ex. Quando se pensa que está se casando com uma mulher e na realidade se trata de um transexual.
Vício redibitório: Defeito oculto que diminui o valor da coisa ou prejudica a sua utilização. O adquirente pode rejeitar a coisa redibindo o contrato ou se preferir exigir o abatimento do preço.
Ex.: Compro um celular, mas ele vem com um defeito oculto, neste caso, pode-se redibir o contrato e não o anular.
DOLO: É o artifício ou o expediente astucioso, estratagema empregado para induzir alguém a pratica de um negócio jurídico que o prejudica, aproveitando o autor do dolo ou terceiro. 
Nota: O Dolo difere do Erro, porque este é espontâneo, no sentido de que a vítima se enganasozinha, enquanto que no dolo, é provocado pela outra parte ou por terceiro, fazendo com que aquela se equivoque.
Dolo Principal: É a causa determinante da declaração de vontade assim, ele vem a viciar o negócio jurídico. Está sempre ligado ao objeto do negócio.
Dolo Acidental: O negócio seria realizado independente da malícia empregada pela outra parte ou por terceiro, porem em condições favoráveis ao agente. Por esta razão, o dolo acidental não vicia o negócio e só obriga a satisfação de perdas e danos.
Dolo Negativo: Se caracteriza pelo silêncio intencional de uma das partes sobre fato ou qualidade do objeto sobre o qual se repousa a declaração de vontade.
Dolo de Terceiro: Somente ensejará a anulação do negócio se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento.
Dolo Bilateral: Se ambas as partes atuarem com malícia nenhuma delas poderá alegar como cláusula anulatória. (Atr. 150 C.C.).
Dolus bonus: É uma categoria jurídica tolerada no mundo dos negócios, basicamente é fundada nos exageros cometidos pelo vendedor valorizando o objeto a ser alienado, potencializando as suas qualidades.
COAÇÃO: É toda ameaça ou pressão injusta exercida sobre um indivíduo para forçá-lo, contra sua vontade, a praticar um ato ou realizar um negócio. O que a caracteriza é o emprego da violência psicológica para viciar a vontade. 
Nota: A violência psicológica é que diferencia a coação do dolo e do erro.
Pressupostos da coação: ameaça seja a causa do negócio, que ela seja grave, injusta, atual ou iminente, receio de grave prejuízo. 
Nota: Quando o negócio for lícito não existe a coação.
Critérios subjetivos: Influi o sexo, a idade, a formação intelectual e profissional. (Art. 152 C.C.)
Coação de terceiro: Somente será clausula de anulabilidade do ato se o beneficiário dela tivesse ou devesse ter ciência.
ESTADO DE PERIGO: Constitui “Estado de perigo”, a situação de extrema necessidade que conduz uma pessoa a celebrar um negócio jurídico em que assume obrigação desproporcional e excessiva.
LESÃO: Constitui-se no prejuízo resultante da desproporção existente entre as prestações de um determinado negócio jurídico em face do abuso da inexperiência, necessidade econômica ou leviandade (falta de juízo) de um dos contratantes. 
Nota: Ela é sempre econômica.
Ela rompe a idéia de equidade (equivalente das prestações, justiça contratual)
Dois elementos: O objetivo, que é a desproporção e o Subjetivo que é o sujeito inexperiente onde ocorre o dolo de aproveitamento.
Características: Só em contratos comutativos, desproporção no momento da celebração do negócio jurídico (desproporção considerável).
Teoria da imprevisão: É aplicável quando há ocorrência de acontecimentos novos e imprevisíveis pelas partes e a elas não imputáveis, refletindo sobre a economia ou na execução do contrato, autorizam a sua resolução, ou revisão para ajustá-lo as circunstâncias supervenientes.
VÍCIOS SOCIAIS: Elas buscam um negócio para prejudicar um terceiro, tem vontade de fazer aquele negócio com a clara intenção de prejudicar aquele terceiro. 
Espécies: Fraude contra credores e Simulação.
FRAUDE CONTRA CREDORES: Consiste em um ato de alienação ou oneração de bens, assim como perdão da dívida, praticado pelo devedor, insolvente ou a beira da insolvência, com o propósito de prejudicar o credor pré-existente, em virtude da diminuição experimentada em seu patrimônio. 
Nota: O grande fundamento da fraude contra credores é a insolvência do devedor.
Elementos: Objetivo: prejuízo ao credor
Subjetivo: O conluio fraudulento
Ação Pauliana: É uma ação de conhecimento, cujo objetivo é a anulação do negócio jurídico praticado pelo devedor, trazendo de volta ao patrimônio dele aqueles bens que ele maliciosamente transferira a outros, no evidente propósito de frustra uma futura execução.
 
Nota: A Fraude contra credores se dá sempre contra o credor quirográfico, pois não tem nenhuma garantia de recebimento. 
Nota: Credor quirográfico é aquele que a dívida é representada por um só documento (Nota promissória, cheque, confissão de dívidas).
FRAUDE À EXECUÇÃO: caracteriza-se por violar normas de ordem pública. O devedor já tem em desfavor de si, demanda já interposta perante o poder judiciário capaz de reduzi-lo a insolvência, e, ainda assim, atua ilicitamente alienando ou onerando seu patrimônio em prejuízo não apenas de seus credores, mas também do próprio processo, caracterizando reprovável atitude de desrespeito a justiça. 
Nota: Deve presumir-se a má-fé.
SIMULAÇÃO:
Conceito: É uma declaração enganosa de vontade, visando produzir efeito diverso do ostensivamente indicado. Negócio simulado, portanto, é aquele que oferece uma aparência diversa do efetivo querer das partes. Estas fingem um negócio que na realidade não desejam.
Simulação absoluta: Quando sob o ato simulado não se encontra qualquer relação negocial efetiva entre as partes, está apenas fingem (puro fingimento, não existe negócio) 
Ex. Véspera de um divórcio, e o marido combina com um amigo forjar uma dívida para dilapidar seu patrimônio e evitar a partilha.
Simulação Relativa: Encontram-se dois negócios. Um simulado, ostensivo, aparente que não representa o íntimo interesse das partes; e outro dissimulado oculto que justamente constitui a relação jurídica verdadeira. (Existe uma “triangulação”, mas existe um negócio) 
Ex.: Pessoa “Cítrica’, passa um bem para uma pessoa fingindo um negócio, para que seja repassado para outra pessoa.
NULIDADE:
Conceito: Vem a ser uma sanção, declaração legal imposta pela norma jurídica que determina a privação dos efeitos jurídicos do negócio praticado e desobediência ao que prescreve a lei.
Nulidade Absoluta (Nulo): Considera nulo o negócio jurídico:
Quando for praticado por pessoa absolutamente incapaz, sem representante
Quando for ilícito ou impossível seu objeto.
Não se revestir da forma prevista em lei ou preterir alguma solenidade que a lei considera essencial para sua validade.
Quando tiver sido praticado por simulação 
Quando a lei, taxativamente, o declarará nulo ou proibir-lhe a pratica (nulidade Textual)
Tiver por objetivo fraudar a lei imperativa. 
Nota: “A nulidade trata do Art. 104 C.C. às avessas. Considera que o negócio nulo atinge o âmbito da validade.
Nulidade Relativa: Defeito dos negócios jurídico, exceção a simulação, praticado por pessoa relativamente incapaz, sem assistência e quando a lei determina anulável. Ela ocorre em 3 hipóteses:
É quando o ato é praticado por um relativamente incapaz, sem assistência.
É quando a lei disser que aquele ato é anulável.
São todos os defeitos dos negócios jurídicos, exceto a simulação. (Erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão e fraude contra credores)
Diferenças entre Nulidade absoluta e Nulidade relativa:
Absoluta: atinge interesse público superior, não admite confirmação. Pode ser argüida pelas partes e o M.P. quando lhe couber intervir, pode ser pronunciada de oficio pelo juiz e não sujeita a prazo prescricional e decadencial.
Relativa: Atinge interesse particular e somente pode ser suscitada pelos legítimos interessados. Admite confirmação, expressa ou tácita, e são prescritíveis e decadenciais.
A Nulidade Relativa admite ratificação que é o ato pelo a qual se expunge do ato a anulabilidade que o infirmava – expressa (Art. 173 C.C.), tácita (Art. 1741 C.C.), pode ser pelo advento do tempo e da conformação das partes.
Redução: É nulidade parcial (Art. 184 C.C.).
OUTRAS FORMAS DE EXTINÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS:
Resilição: Denuncia imotivada, quando não se quer mais faze negócio com aquela pessoa (Art.473 C.C.). 
Rescisão: Descumprimento contratual, quando ambas as partes estão descumprindo o contrato.
Revogação: Ato unilateral se dá na idéia de discricionariedade. Ex. Revogação de testamento.
Redibição: É vicio redibitório, defeito oculto, podendo desfazer-se o contrato por vício.
Distrato: As pessoas amistosamente desfazem um contrato que fizeram de boa-fé.RESPONSABILIDADE CIVIL:
ATO LÍCITO: É aquele que se amolda a lei, é um ato que existe, tem validade e é eficaz e, portanto, merece proteção.
ATO ILÍCITO: É uma transgressão do dever jurídico. Pode ocorrer na órbita civil, penal e administrativa
DEVER JURÍDICO ORIGINÁRIO: Surge em decorrência da lei ou dos negócios jurídicos. Ex.: Contratos de trabalho, obediência aleis de trânsito, etc. 						
Nota: Todo aquele que obedecer a seu dever jurídico originário não cometerá ato ilícito. São as obrigações.
DEVER JURÍDICO SUCESSIVO: É quando há uma violação do dever jurídico originário. Quando eu não cumpro com a minha obrigação, entro com a minha responsabilidade. 		 Nota: A responsabilidade é à sombra da obrigação.
A responsabilidade civil pede um “algo a mais” além da obrigação, sendo este “a mais” o dano.
DANO: É a subtração de um bem jurídico, sendo ele: material, moral ou estético.
RESPONSABILIDADE CIVIL - É um dever jurídico sucessivo que surge para recompor o dano (material, moral ou estético) decorrente da violação do dever jurídico originário. 	 
Nota: É um descumprimento de uma obrigação com dano.
FUNÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL: Restituir integralmente a vítima do ato ilícito ao “status quo” (estado anterior lesão).
RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL: É aquela que decorre da lei, a nossa responsabilidade é extracontratual para com quem nós causarmos dano.
RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL: É quando se rompe o dever jurídico pré-existente advindo de um contrato. 
Nota: Indenização não é sinônimo de responsabilidade, e sim, uma conseqüência da responsabilidade civil (mas nem sempre vem da responsabilidade).
DICOTOMIA ENTRE A RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL:
O ato civil não é típico, é atípico. A sanção civil não restritiva de liberdade nem de direto. É apenas pecuniária, patrimonial.
Para o direito civil o menor de idade é imputável.
A ação civil reparadora é disponível sendo somente a vítima do dano é que pode ajuizar a ação.
A responsabilidade civil é transferível, podendo ser indireta (Ex. os pais são responsáveis pelos filhos) ou por atos de terceiros.
SISTEMA DA INDEPENDÊNCIA MITIGADA (ART. 935 C.C.):
Se houver sentença penal absolutória que negue a ocorrência do fato, que negue que você foi o autor do ilícito tem efeito no âmbito civil.
Não precisa esperar o trânsito em julgado da ação criminal para entrar com a ação civil.
PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL:
É aquilo que deva ocorrer para que se inicie aquela demanda. A responsabilidade é subjetiva, é a regra.
CONDUTA: Deve ter a culpa ou dolo. O nexo causal é o da teoria da causalidade direta, tem que ter o liame imediato e tem que ter o dano.
AÇÃO: É um dever positivo, tinha um dever jurídico de abster daquela pratica.
OMISSÃO: É que tinha o dever de agir e não o fez.
CULPA: Ela pode ocorrer em três condutas básicas: Imprudência, negligência e imperícia. 
Nota; Na dúvida do que tenha sido colocar sempre “a inobservância dos cuidados necessários”.
DANO: Decorrerá da subtração, eliminação de um bem jurídico seja ele moral, material ou estético.
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA: É aquela que se despreza os elementos subjetivos da culpa ou do dolo em relação ao risco. Ex. Quem mexe com energia elétrica, nuclear, etc. (Art. 927 C.C.)
Podem-se cumular os danos (estético, moral e material) numa mesma ação.
MATERIAL: se divide em: 
Emergente: que aquilo que se aufere logo após o ilícito.
Lucro cessante: que é a perda de ganho esperável aquilo que deixou de auferir em virtude do dano sofrido.
MORAL: É a violação dos direitos da personalidade.
ESTÉTICO: Lesão corporal.
Atos causadores de danos não considerados ilícito (Art.188 C.C.): Quando gera um dano a outrem apurado pela legitima, estado de necessidade e/ou exercício regular do direto, não existe responsabilidade civil.
PRESCRIÇÃO
CONCEITO: É a perda da pretensão atribuída a um direito, e de toda a sua capacidade defensiva, uma conseqüência do não uso dela durante um determinado espaço de tempo previsto em lei.
OCORRE POR: Inércia do credor, aquele que é titular do direito subjetivo violado, por período de tempo fixado em lei (códigos) que conduz a perda da pretensão. A pretensão é a submissão do interesse alheio a minha vontade.
ESPÉCIES:
Extintiva: Ela extingue o direito.
Aquisitiva: Transforma alguém de possuidor em proprietário. Ex.: usucapião.
Intercorrente: É aquela que ocorre quando a ação já está ajuizada. 
Ex.: quando uma demanda está parada por mais de cinco anos.
Ordinária: Prazo máximo de regra, pelo direito civil é de dez anos.
Especial: É o princípio da especialidade, pois tem períodos de prescrição diferentes para cada tipo de relação jurídica.
ALEGAÇÃO:
No primeiro momento que se é provocado é que se alega a prescrição. Prescrição é um instituto de direito material.
Princípio da eventualidade: ampla defesa do contraditório.
O momento preclusivo da defesa é o da contestação, pois mesmo que pedido a prescrição pode o juiz não acatar a mesma. 
Nota: A prescrição somente pode ser argüida na primeira ou na segunda instância.
O juiz pode agir a prescrição de ofício, mesmo sendo muito difícil. 
(de ofício = sem provocação da parte).
INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO: É uma atitude proativa do credor que se pode apenas uma vez: 
1) basta a distribuição da ação (Art. 202 C.C.) e
 2) Se protestar o título, o prazo prescricional recomeça.
IMPEDIMENTO: 
A diferença entre interrupção e suspensão é que na interrupção começa do zero novamente, a partir do momento que se interrompeu. A suspensão computa-se o prazo anterior a suspensão e após o evento suspensivo, continuasse o prazo prescricional. 
AÇÕES IMPRESCRITÍVEIS:	
Ação negatória de paternidade 
Ação de condomínio por indiviso, condomínio de mais de uma pessoa e um deles quer fazer a divisão do imóvel.
Ações de Estado.
São exemplos de ações imprescritíveis, tendo muito mais casos.
As ações podem ser: declaratória, desconstitutiva e condenatória.
Condenatória: Os prazos são sempre prescricionais.
 Ex. Indenização e responsabilidade civil.
Preclusão: É a perda de uma faculdade processual. 
Ex. Contestação tem um aprazo de15 dias se não o fizer estará precluso o prazo.
DECADÊNCIA:
Ela ocorre nas ações desconstitutivas e não nas ações condenatórias. 
Ex.: A ação anulatória irá buscar a desconstituição de um negócio praticado (Art.1785 C.C.).
Sempre que se for desconstituir um negócio irá se falar em prazo decadencial.
Nota: “O prazo prescricional ocorre a partir da violação de um direito subjetivo e o prazo decadencial ocorre a partir do nascimento do negócio jurídico”.
PLANO DA EFICÁCIA
Elementos acidentais dos Negócios
Condição
Termo
Encargos
PLANO DA VALIDADE
Agente capaz
Vontade
 ( Livre e de boa-fé)
PLANO DA EXISTÊNCIA
Agente (Pessoa)
Vontade
Objeto
Forma
Objeto Lícito
 ( Determinado ou 
determinável)
Forma
 ( Prescrita ou sem defesa 
em Lei)
ESCADA PONTEANA 
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