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05 - ERGONOMIA E MEDICINA DO TRABALHO - Unidade 4

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Prévia do material em texto

Livro Didático Digital
Ergonomia e 
Medicina do 
Trabalho
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
ELAINE CHRISTINE PESSOA DELGADO 
MARCOS RODOLFO DA SILVA
GISELLY SANTOS MENDES
AUTORIA
Elaine Christine Pessoa Delgado 
Sou formada em administração de empresas pela Universidade 
Federal de Campina Grande (2007), e tenho uma experiência técnico-
profissional de mais de 10 anos na área de gerência de empresas. 
Marcos Rodolfo da Silva 
Sou Graduado em Enfermagem, Pós-Graduado em Enfermagem 
do Trabalho, Técnico em Radiologia e Instrumentador Cirúrgico pelo 
Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB), 
2010 - 2012 e 2008, respectivamente. Além disso, ao longo de minha 
carreira, participei de cursos na área de urgência e emergência e atuei 
como enfermeiro supervisor no Pronto Socorro Municipal Dr. Oscar Pirajá 
Martins, na cidade de São João da Boa Vista (SP), de março de 2011 a 
janeiro de 2014. Atualmente sou acadêmico do 5° ano do curso de Medicina 
no Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino Unifae, São 
João da Boa vista (SP). Além disso, desenvolvo materiais didáticos como 
professor conteudista nas áreas de saúde pública, saúde do idoso, direito 
à saúde e áreas correlatas.
Giselly Santos Mendes
Sou Mestre em Qualidade Ambiental, Tecnóloga em Polímeros, 
Administradora, Educadora com uma experiência técnico-profissional de 
mais de 12 anos na área de Processos Gerenciais e Educacionais.
Somos apaixonados pelo que fazemos e gostamos de transmitir 
nossas experiências de vidas àqueles que estão iniciando em suas 
profissões. Por isso fomos convidados pela Editora Telesapiens a integrar 
seu elenco de autores independentes. Estamos muito felizes em poder 
ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte conosco!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Medicina do Trabalho, Conceito e Legislação ................................ 10
Conceito de Medicina do Trabalho .................................................................................... 10
Legislação da Medicina do Trabalho ................................................................................ 12
Impactos do Trabalho Sobre a Saúde e Segurança dos Trabalhadores 17
Atividades Insalubres, Perigosas e a Toxicologia 
Ocupacional ..................................................................................................20
Atividades Perigosas.................................................................................................................... 20
Atividades Insalubres ...................................................................................................................24
A Toxicologia Ocupacional Relacionada com a Medicina do Trabalho ...27
Medidas Preventivas e Especiais de Proteção................................30
Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho ....................................................... 30
Medidas Especiais de Proteção ...........................................................................................34
Conduta Médico - Operacional ............................................................39
Acidentes de Trabalho ................................................................................................................ 39
Doenças Ocupacionais ...............................................................................................................43
Conduta Médico-Operacional Pertinente à Medicina do Trabalho ........... 49
7
UNIDADE
04
Ergonomia e Medicina do Trabalho
8
INTRODUÇÃO
Você sabia que a Medicina do Trabalho não busca apenas a 
prevenção de doenças e de acidentes do trabalho? Sabia que existem 
várias medidas preventivas de Medicina do Trabalho? A vida dos 
funcionários e o seu bem-estar são essenciais para conservar um bom 
ambiente laboral. Para que os locais de trabalho sejam efetivamente 
ambientes seguros, existem medidas obrigatórias que devem ser tomadas 
para evitar doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, auxiliando 
nos casos de trabalhos insalubres ou perigosos. A Medicina do Trabalho 
busca a prevenção das doenças e dos acidentes de trabalho, a promoção 
da saúde e da qualidade de vida, com o intuito de possibilitar uma boa 
relação entre pessoas e o seu trabalho. Existem alguns programas que 
são fundamentais para auxiliar na prevenção às doenças e aos acidentes 
de trabalho, como o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Nesta unidade iremos 
compreender a Medicina do Trabalho e as normas referentes a esse 
campo, as atividades perigosas e insalubres, a toxicologia ocupacional 
e as respectivas medidas preventivas e especiais de proteção, como 
também as doenças ocupacionais, as doenças do trabalho e a atuação 
médica relacionada com a Medicina do Trabalho.
Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
Ergonomia e Medicina do Trabalho
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Definir medicina do trabalho, compreendendo sua legislação e os 
impactos das doenças ocupacionais sobre a saúde e segurança 
dos trabalhadores. 
2. Discernir sobre as atividades insalubres e perigosas, entendendo 
a toxicologia ocupacional e seus impactos sobre a saúde do 
trabalhador. 
3. Descrever as medidas preventivas e as especiais de proteção da 
medicina do trabalho. 
4. Analisar os acidentes de trabalho, identificando as doenças 
ocupacionais associadas e as respectivas condutas médico-
operacionais relacionadas. 
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
10
Medicina do Trabalho, Conceito e 
Legislação
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de identificar o 
conceito de Medicina do Trabalho, quem são os médicos 
do trabalho, explicar a legislação da Medicina do Trabalho 
e os impactos do trabalho sobre a saúde e segurança dos 
trabalhadores. E então, motivado para desenvolver esta 
competência? Avante!.
Conceito de Medicina do Trabalho
Macedo (2008) define a Medicina do Trabalho como a especialidade 
que aborda as relações entre a saúde dos homens e mulheres trabalhadores 
e seu trabalho, buscando não apenas a prevenção das doenças e dos 
acidentes de trabalho, mas também a promoção da saúde e da qualidade 
de vida, por meio de ações propícias para garantir a saúde individual e 
possibilitar uma relação saudável entre as pessoas e seu trabalho.
Para Prazeres (2018), a Segurança e Medicina do Trabalho pode ser 
conceituada como uma das divisões do Direitodo Trabalho, encarregada 
de fornecer condições de proteção à saúde dos empregados no ambiente 
laboral e de sua recuperação quando não tiverem condições de realizar 
suas atividades.
NOTA:
Ela é uma especialidade médica que tem como propósito 
a promoção, a proteção e a recuperação da saúde das 
pessoas que laboram nos mais variados trabalhos e com 
as mais diferentes relações empregatícias, mencionam 
Bandini et al. (2017).
Ergonomia e Medicina do Trabalho
11
A Medicina do Trabalho é baseada na ciência e deve buscar 
comprovadas tecnologias disponíveis como instrumentos de trabalho, 
assim como tem raízes no humanismo pragmático e engloba aspectos de 
relacionamento humano, ético, jurídico trabalhista e previdenciário, afirma 
Souto (2005).
A Medicina do Trabalho deve ser compreendida como a arte de 
estudar, precaver e cuidar das doenças que derivam do trabalho, fazendo 
uso dos fundamentos técnico-científicos da Medicina em suas execuções 
pessoais e coletivas, tendo como ponto inicial as relações mútuas que 
conectam os problemas de saúde (Figura 1) ou doença dos trabalhadores 
ao ambiente físico e social no qual trabalham ou convivem, esclarece 
Souto (2005).
Figura 1 - Problemas de saúde
Fonte: Freepik.
Macedo (2008) afirma que compete ao Serviço de Medicina do 
Trabalho adotar os variados instrumentos e mecanismos que estão ao seu 
alcance, com o propósito de resguardar a saúde dos trabalhadores, seja 
resolvendo os problemas existentes, seja na prevenção de futuros. 
O médico do trabalho tem um campo de atuação muito 
amplo, extrapolando o âmbito tradicional da prática médica. 
Não basta ao médico do trabalho ter conhecimento apenas 
na sua área, ele também necessita de uma noção ampla 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
12
de outras áreas como Clínica Médica e Saúde Pública, por 
exemplo, para que possa realizar programas de prevenção, 
ou mesmo chegar a diagnósticos mais precisos. Também 
o médico do trabalho deve trabalhar com uma equipe 
multidisciplinar. Para isso, deve contar com o crucial auxilio 
de engenheiros de segurança do trabalho, técnicos em 
segurança do trabalho, fonoaudiologistas, fisioterapeutas 
e outros profissionais capacitados para a promoção da 
saúde no ambiente laboral. Vários são os campos de 
atuação para o médico do trabalho. Entre os principais 
destacam-se as empresas, perícia médica da previdência 
social e judicial, assessoria sindical, consultoria privada e 
toxicologia. (MACEDO, 2008, p. 23)
Todas as ações médico-sanitárias operacionalizadas dentro de uma 
coletividade de trabalho devem ser incentivadas pela compreensão de 
que a saúde do trabalhador é um meio imprescindível ao desenvolvimento 
econômico e social, um motivo de valorização do homem e que, deste 
modo, garante sua participação efetiva no progresso e na paz social, 
expõe Souto (2005).
Legislação da Medicina do Trabalho
Conforme Oliveira (2017), para que o Estado cumpra seu papel 
fundamental para a garantia dos direitos relacionados aos ambientes 
do trabalho, é imprescindível que seja exigido dos empregadores o zelo 
pela segurança e pela saúde dos trabalhadores, em observância ao 
ordenamento jurídico. 
A legislação da Medicina do Trabalho é bem ampla e inclui 
vários diplomas legais, que vão desde a Constituição Federal até leis, 
convenções, normas regulamentadoras, entre outros.
A Constituição Federal é a Carta Magna (Lei Soberana), 
destinada a assegurar o exercício dos direitos sociais 
e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o 
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores 
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem 
preconceitos. Os demais dispositivos (CLT, Código Civil, 
Código de Processo Civil e legislação Previdenciária) são 
as leis infraconstitucionais, típicas ou comuns, aprovadas 
pela maioria dos parlamentares da Câmara dos Deputados 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
13
e do Senado Federal presentes durante a votação. 
As Norma Regulamentares, por sua vez, constituem 
normas infralegais que tratam da segurança e saúde do 
trabalhador. (OLIVEIRA, 2017, p. 16)
A Constituição Federal estabelece o direito à vida e à saúde como 
um direito de todos e garante acesso universal e igualitário, que deve ser 
garantido por políticas sociais e econômicas que busquem a redução dos 
riscos de acidentes inerentes ao trabalho, demonstra Oliveira (2017). 
IMPORTANTE:
Merece destaque o art. 7º da CF, que estabelece os direitos 
dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece as normas 
que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, especialmente 
relativas à Segurança e Medicina do Trabalho previstas em seu Capítulo V, 
explicita Oliveira (2017). Prazeres (2018) menciona que a CLT trouxe muitos 
benefícios aos empregados, isto é, cada vez mais garantias de saúde, 
integridade física e outros benefícios são garantidos por essa lei, para que 
os empregados possam desempenhar suas tarefas de maneira segura e 
correta. 
A legislação previdenciária, conforme o Instituto Nacional do Seguro 
Social (INSS), tem como propósito garantir os benefícios acidentários 
(auxílio-doença acidentário, auxílio doença, aposentadoria por invalidez, 
aposentadoria especial, pensão por morte e reabilitação). 
Em resposta aos problemas que os acidentes de trabalho (Figura 2) 
manifestam, o Ministério da Previdência Social tem elaborado uma série 
de normas, com a finalidade de estimular o investimento em saúde e 
segurança no trabalho, prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, 
afirma Oliveira (2017).
Ergonomia e Medicina do Trabalho
14
Figura 2 - Acidente de trabalho
Fonte: Freepik.
As normas regulamentadoras referentes à segurança e saúde do 
trabalhador são disposições complementares à CLT, fundamentando-se 
em obrigações, direitos e deveres a serem seguidos por empregadores e 
trabalhadores, com o objetivo de assegurar um trabalho seguro e sadio, 
prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho, esclarece 
Oliveira (2017).
Pretti (2011) destaca que a Portaria nº 3.214/78 do Ministério 
do Trabalho aprovou as normas que normatizam os compromissos 
relacionados com a segurança e medicina do trabalho, que ao longo 
do tempo sofreram modificações de toda ordem, e mais cinco Normas 
Regulamentadoras para o trabalhador rural. Entre essas normas 
destacam-se:
 • NR 2 – Inspeção prévia.
 • NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
 • NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI.
 • NR 7 – Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
15
 • NR 9 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais.
 • NR 15 – Atividades e Operações Insalubres.
 • NR 16 – Atividades e Operações Perigosas.
Essas normas regulamentadoras são de cumprimento obrigatório 
pelas empresas públicas e privadas, órgãos da administração direta e 
indireta e dos Poderes Legislativo e Judiciário, que tenham empregados 
regidos pela CLT, relata Pretti (2011). 
Existem também diversas Convenções da Organização Internacional 
do Trabalho que abordam direitos dos trabalhadores e que foram 
ratificadas pelo Brasil. Essas convenções são Tratados Internacionais que 
estabelecem padrões e pisos mínimos a serem verificados e realizados 
por todos os países que os ratificam.
ACESSE:
Aprofunde-se nesse tema conhecendo as convenções 
ratificadas pelo Brasil clicando aqui. 
O Código Civil assegura o direito a indenizações por danos resultantes 
de acidentes ou doenças do trabalho. O Código de Processo Civil 
determina regras e procedimentos legais para o cumprimento de perícias 
judiciais acidentárias, aposentadoria, insalubridade, periculosidade, entre 
outros tópicos aplicáveis, e o Código Penal possibilita a responsabilização 
criminal do empregador por sujeitar a vida ou a saúde do trabalhador ao 
perigo direto ou iminente,explana Oliveira (2017). 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
https://www.ilo.org/brasilia/convencoes/lang--pt/index.htm
16
Figura 3 - Perigo direto
Fonte: Pixabay.
Cabe ainda destacar que a CLT determina a obrigação do 
cumprimento dessas normas, tanto pelo empregador quanto pelo 
trabalhador:
Art. 157 - Cabe às empresas:
I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e 
medicina do trabalho;
II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, 
quanto às precauções a tomar no sentido de evitar 
acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo 
órgão regional competente;
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade 
competente.
 Art. 158 - Cabe aos empregados:
I - observar as normas de segurança e medicina do 
trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do 
artigo anterior
II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos 
deste Capítulo.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
17
III - conhecer, em segunda e última instância, dos 
recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas 
pelos Delegados Regionais do Trabalho em matéria de 
segurança e higiene do trabalho. (BRASIL, 1943)
Oliveira (2017) afirma que a legislação de segurança e saúde do 
trabalhador tem como propósito a promoção da saúde e a melhoria da 
qualidade de vida do trabalhador e a prevenção e acidentes e de danos 
à saúde referentes ao trabalho ou que aconteçam durante este, por meio 
da extinção ou diminuição dos riscos no local de trabalho. 
Impactos do Trabalho Sobre a Saúde e 
Segurança dos Trabalhadores
O ambiente de trabalho é o campo primordial dos riscos profissionais 
e é nele que deve estar o foco das orientações dos trabalhadores 
referentes à segurança e saúde no trabalho, com o propósito de alcançar 
melhorias necessárias, informa Stonoga (2020).
De acordo com Macedo (2008, p. 65), a “Organização Mundial da 
Saúde (OMS) define saúde como um perfeito estado de bem-estar físico, 
psíquico e social.” Embora a saúde seja a meta de todos, o trabalhador 
pode, em seu ambiente de trabalho, submeter-se a situações que o 
prejudiquem. 
Contudo, se o trabalho também é fundamental para sociedade 
e para o próprio indivíduo, a perda da saúde é um motivo da redução 
da capacidade laborativa e, no decorrer do tempo, pode ocasionar a 
diminuição da qualidade de vida. 
Muitos profissionais são acometidos por acidentes em seu local de 
trabalho ou por doenças que têm origem no próprio ambiente laboral, 
sejam elas ergonômicas, de intoxicações, psíquicas, entre várias outras.
Além dos perigos de ambiente de trabalho característicos, trabalho 
e saúde estão relacionados a outros modos e causam maiores impactos 
em saúde (Figura 4), pois as condições de trabalho, tipo de trabalho, 
estado profissional e localização geográfica do ambiente de trabalho 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
18
também têm um impacto intenso no estado social e bem-estar dos 
trabalhadores, elucida Stonoga (2020).
Figura 4 - Impactos em saúde
Fonte: Freepik.
Stonoga (2020) afirma que muitos serviços de Medicina Ocupacional 
são limitados ao desempenho associado ao atendimento a acidentes de 
trabalho e, ocasionalmente, consultas médicas admissionais, periódicas e 
demissionais. Entretanto, Macedo (2008) explica que o Serviço de Medicina 
do Trabalho deve transcender esses serviços e contar com funções de 
prevenção, protegendo a saúde do trabalhador e, consequentemente, a 
conservação da força produtiva de trabalho. 
A grande pluralidade de problemas de saúde ocupacional 
relacionados com os riscos para a saúde e suas repercussões na esfera 
global têm uma quantificação muito complexa. Determinadas estimativas 
são fundamentadas para demonstrar os danos profissionais e doenças 
informadas em estatísticas oficiais. Contudo, um grande número de danos 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
19
e doenças originados no ambiente de trabalho não é informado, lembra 
Stonoga (2020).
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Neste capítulo você deve ter entendido 
que a Medicina do Trabalho aborda as relações entre 
a saúde dos homens e mulheres trabalhadores e seu 
trabalho, promovendo a saúde, qualidade de vida e 
prevenção e doenças e acidentes de trabalho e que a 
saúde do trabalhador é um meio imprescindível para 
o desenvolvimento econômico e social, um motivo de 
valorização do homem e que, deste modo, garante sua 
participação efetiva no progresso e na paz social. 
Você viu também que a legislação da Medicina do Trabalho é 
bem ampla e inclui vários diplomas legais, que vão desde a Constituição 
Federal até leis, convenções, normas regulamentadoras, entre outros. 
Por fim, você compreendeu que muitos profissionais são acometidos 
por acidentes em seu local de trabalho ou por doenças que têm origem 
no próprio ambiente laboral, sejam elas ergonômicas, de intoxicações, 
psíquicas, entre várias outras, e que a Medicina do Trabalho não deve se 
limitar apenas ao atendimento a acidentes de trabalho e, ocasionalmente, 
consultas médicas admissionais, periódicas e demissionais, mas deve 
também ter funções de prevenção, protegendo a saúde do trabalhador e, 
consequentemente, a conservação da força produtiva de trabalho. 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
20
Atividades Insalubres, Perigosas e a 
Toxicologia Ocupacional
OBJETIVO:
Neste capítulo iremos definir as atividades insalubres 
e perigosas e entender a toxicologia ocupacional, 
compreendendo seus principais pontos e como ela é 
encontrada no ambiente laboral..
Atividades Perigosas
As atividades perigosas são aquelas que, por seu caráter ou 
processos de trabalho, põem em risco a vida dos trabalhadores diante da 
intensa exposição permanente sofrida.
De acordo com a Norma Regulamentadora 16, são classificadas 
como atividades e operações perigosas aquelas que compreendem o 
trabalho associado com explosivos, produtos inflamáveis, segurança 
pessoal ou patrimonial, energia elétrica, locomoção em motocicletas, 
radiações ionizantes ou substâncias radioativas, demonstram Barsano e 
Barbosa (2018).
A CLT aponta como perigosas apenas as situações que envolvem 
inflamáveis, explosivos, energia elétrica, roubos ou outras espécies de 
violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou 
patrimonial e as atividades de trabalhador em motocicleta. Contudo, a OJ 
– SD11 – 345 do TST reconhece como atividade perigosa a exposição à 
radiação ionizante ou substâncias radioativas.
IMPORTANTE:
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º XXXIII, veda 
expressamente o trabalho em condições de periculosidade 
a menores de dezoito anos. 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
21
A Norma Regulamentadora 16 indica como atividades ou operações 
perigosas as realizadas com explosivos submetidos a degradação química 
ou auto catalítica e ação de agentes exteriores, tais como calor, umidade, 
faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e atritos.
Barsano e Barbosa (2018) destacam que as atividades de transporte 
de inflamáveis (Figura 5), líquidos ou gasosos liquefeitos, em todos os 
tipos de recipientes e a granel, são classificadas como situações de 
periculosidade – salvo para o transporte em pequenas quantidades, até 
o limite de duzentos litros para os inflamáveis líquidos e cento e trinta e 
cinco quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos.
Figura 5 - Transporte de inflamáveis
Fonte: Freepik.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
22
Correia (2018) afirma que o adicional de periculosidade cabe quando 
a exposição ao risco é permanente ou intermitente (com intervalos), mas 
é indevido se o contato for puramente casual ou se, mesmo que habitual, 
acontecer por tempo muito reduzido. Ou seja, o trabalhador tem direito ao 
adicional de periculosidade mesmo que existam intervalos na sua jornada, 
mas não tem direito caso passe pouco tempo sujeito à condiçãoperigosa.
Mas o que é esse adicional de periculosidade?
O adicional de periculosidade é uma porcentagem paga ao 
trabalhador como uma forma de compensação no desempenho dessas 
atividades perigosas.
O adicional de periculosidade consistirá em 30% calculado sobre 
o salário-base, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios, 
etc. (CLT, art. 193, § 1º). 
SUM 132 O adicional de periculosidade, pago em caráter 
permanente, integra o cálculo de indenização e de 
horas extras (ex-Prejulgado nº 3). (ex-Súmula nº 132 - RA 
102/1982, DJ 11.10.1982/ DJ 15.10.1982 - e ex-OJ nº 267 da 
SBDI-I - inserida em 27.09.2002) II - Durante as horas de 
sobreaviso, o empregado não se encontra em condições 
de risco, razão pela qual é incabível a integração do 
adicional de periculosidade sobre as mencionadas 
horas. (ex-OJ nº 174 da SBDI-I - inserida em 08.11.2000) 
Histórico: Súmula mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 Nº 132 Adicional de periculosidade O adicional 
de periculosidade pago em caráter permanente integra 
o cálculo de indenização (ex-Prejulgado nº 3). Redação 
original - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982 Nº 132 
O adicional-periculosidade pago em caráter permanente 
integra o cálculo de indenização (ex-Prejulgado nº 3). 
(TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, 2020)
Segundo a súmula 132 do TST, quando o trabalhador estiver de 
sobreaviso, ou seja, de plantão ou esperando o chamado para o serviço 
ou qualquer momento, não é considerado o adicional de periculosidade, 
pois ele não está em contato direto com a atividade perigosa. A mesma 
súmula determina, também, que esse adicional deverá incorporar o 
cálculo de indenizações e horas extras, caso seja pago em caráter 
permanente. 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
23
A OJ-SDI1-259 do TST estabelece que o adicional de periculosidade 
deve fazer parte da base de cálculo do adicional noturno, pois neste 
horário o trabalhador também continua sob as condições de risco.
Mas como se identifica a periculosidade de uma atividade? A 
atividade perigosa é atestada por meio de perícia. 
Barsano e Barbosa (2018) informam que é opcional às empresas 
e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas solicitar ao 
Ministério do Trabalho, por meio das Delegacias Regionais do Trabalho, a 
efetuação de perícia na organização ou setor da empresa, com a finalidade 
de distinguir, especificar ou determinar a atividade perigosa (Figura 6).
Figura 6 - Atividade perigosa
 
Fonte: Freepik.
Entretanto, existem muitas situações em que o trabalhador ingressa 
na justiça para requerer o adicional de periculosidade. Para isso, durante o 
curso da ação é chamado um perito, pois apenas por meio da prova técnica 
é que poderá ser atestado se o ambiente põe em risco a integridade física 
do trabalhador.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
24
Atividades Insalubres
Conforme Correia (2018), as atividades insalubres são aquelas que 
sujeitam o trabalhador a agentes nocivos à sua saúde e que excedem 
o limite de tolerância, como os agentes químicos (chumbo), biológicos 
(bactérias) e físicos (ruídos).
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações 
insalubres aquelas que, por sua natureza, condições 
ou métodos de trabalho, exponham os empregados a 
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância 
fixados em razão da natureza e da intensidade do agente 
e do tempo de exposição aos seus efeitos. (BRASIL, 1943)
O adicional de insalubridade é pago ao funcionário como uma 
maneira de compensar o trabalho em condições mais danosas à sua 
saúde. O Direito do Trabalho, com seu caráter protetivo, beneficia a 
saúde do trabalhador, de forma que o adicional de insalubridade não se 
integra, de maneira definitiva, ao patrimônio do empregado, pois quando 
interrompido o agente insalubre, também acabará o pagamento de 
adicional, esclarece Moura (2017).
Para que o adicional de insalubridade seja concedido, é obrigatório 
que dois requisitos sejam preenchidos, segundo Correia (2018):
 • A atividade nociva deverá ser averiguada por meio de perícia por 
profissional habilitado, médico ou engenheiro do trabalho.
 • É obrigatório que o agente esteja compreendido na relação oficial 
do Ministério do Trabalho e Emprego. 
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos que você 
leia o texto “NR 15: Atividades e Operações Insalubres”, 
clicando aqui.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf
25
Ao contrário da periculosidade, que tem apenas uma porcentagem 
para todos os casos, na insalubridade são estabelecidos graus de 
estabilidade. O máximo é um adicional de 40% sobre o salário, o médio é 
de 20% sobre o salário e o mínimo é de 10% sobre o salário. 
A súmula nº 47 do TST diz que o trabalho realizado em condições 
insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, 
o direito à percepção do respectivo adicional. Ou seja, mesmo que o 
trabalhador tenha horários com intervalos, ele tem o direito de receber 
o adicional. Contudo, este entendimento não é válido para o trabalhador 
eventual, pois este não tem o adicional de insalubridade (Figura 7).
Figura 7 - Insalubridade
Fonte: Freepik.
A CLT, em seu art. 191, estabelece que a extinção ou a neutralização 
da insalubridade acontecerá com:
 • A tomada de medidas que mantenham o ambiente de trabalho 
dentro dos limites de tolerância.
 • O emprego de equipamentos de proteção individual ao 
trabalhador, que reduzam a intensidade do agente agressivo a 
limites de tolerância. 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
26
Diante dessa normativa, devemos observar duas súmulas do TST 
que são importantes: a súmula 80, que impõe que “a eliminação da 
insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados 
pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do 
respectivo adicional”, e a súmula 289, que determina que apenas o 
fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o desobriga 
do pagamento do adicional de insalubridade, pois devem ser adotadas as 
medidas que levem à redução ou eliminação da nocividade, inclusive as 
referentes à utilização efetiva do equipamento pelo trabalhador.
EXPLICANDO MELHOR:
Para que seja excluído o adicional de insalubridade, não 
basta apenas a entrega dos equipamentos de proteção, 
mas é necessário que a insalubridade seja considera 
eliminada.
Correia (2018) informa que o adicional de insalubridade integra as 
demais verbas trabalhistas quando este for pago com habitualidade, 
sendo incluído no décimo terceiro salário, nas férias, no FGTS e no aviso-
prévio, ficando excluído deste o descanso semanal remunerado.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
27
A Toxicologia Ocupacional Relacionada 
com a Medicina do Trabalho
Para Buschinelli (2020), a possibilidade de um trabalhador ficar 
doente pela exposição a um agente químico em um ambiente laboral 
é a preocupação inicial da Toxicologia Ocupacional. Por esse motivo, as 
análises dos ambientes e dos processos produtivos dos trabalhadores 
deve ser realizado com cautela, buscando sempre diminuir esta 
possibilidade o máximo possível.
Macedo (2008, p. 26) define a intoxicação como sendo “toda e 
qualquer manifestação clínica ou laboratorial de efeitos adversos”. É um 
estado doentio originado por um agente químico que causa o desequilíbrio 
do organismo, provocando desde simples distúrbios de saúde até o óbito.
A Toxicologia pesquisa as consequências danosas de substâncias 
químicas nos organismos vivos, levando em consideração a prevenção 
e, em situações de falha, o tratamento dos atingidos. Entretanto, não 
existem substâncias químicas (Figura 8) com ou sem efeitos danosos, mas 
sim quantidades de substâncias com potencial nocivo. Essa quantidade é 
a que pode ser efetivamente absorvida pelo organismo a ponto de afetá-
lo, explicita Buschinelli (2020).
Figura 8 - Substânciasquímicas
 
Fonte: Freepik.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
28
A Toxicologia Ocupacional é altamente preventiva, sendo 
imprescindível para ela a adequada avaliação do risco ao qual o trabalhador 
está exposto. Para isso, o primeiro passo é a informação qualitativa, que 
é a verificação de quais são as substâncias que estão sendo empregadas 
ou produzidas no processo, menciona Buschinelli (2020). 
NOTA:
É imprescindível que o profissional de saúde e segurança do 
trabalho (em específico o médico do trabalho e o higienista) 
entenda de química para tratar de modo correto os riscos 
químicos nos ambientes de trabalho (BUSCHINELLI, 2020).
O ambiente de trabalho pode proporcionar vários fatores de risco 
para o trabalhador, contudo, a emissão de gases mediante vazamentos 
de alguns equipamentos é uma das principais causas de intoxicação no 
trabalho.
Fatores como o armazenamento feito de forma inapropriada dos 
produtos tóxicos podem provocar acidentes que acarretam a intoxicação. 
Outro fator importante é a resistência física do trabalhador, pois quanto 
mais baixa a resistência, maior o risco de contaminação, afirma Macedo 
(2008).
Macedo (2008) lembra que o próprio trabalhador pode cometer 
alguns erros que acabam provocando a intoxicação, como a falta ou o 
uso incorreto dos equipamentos de proteção individual (EPIs). Outro erro 
é quando, em um ambiente aberto, os trabalhadores aplicam produtos 
tóxicos contra o vento, o que também pode provocar intoxicações.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
29
RESUMINDO:
Neste capítulo você deve ter compreendido que 
as atividades perigosas põem em risco a vida dos 
trabalhadores, por causa da exposição intensa e 
permanente à atividades associadas com explosivos, 
produtos inflamáveis, segurança pessoal ou patrimonial, 
energia elétrica, locomoção em motocicletas, radiações 
ionizantes ou substâncias radioativas e que, por causa 
desse risco, os trabalhadores tem direito a um adicional de 
30% nos casos de exposição permanente ou intermitente. 
Você viu também que as atividades insalubres sujeitam 
o trabalhador a agentes nocivos a sua saúde, como os 
agentes químicos, biológicos e físicos.
Nessas situações, o trabalhador receberá adicionais de 40, 20 ou 10 
por cento, dependendo do grau de insalubridade detectado. Por fim, você 
compreendeu a Toxicologia Ocupacional, que é altamente preventiva, 
imprescindível para ela a adequada avaliação do risco ao qual o 
trabalhador está exposto e que o ambiente de trabalho pode proporcionar 
vários fatores de risco para o trabalhador, contudo, a emissão de gases 
mediante vazamentos de alguns equipamentos é uma das principais 
causas de intoxicação no trabalho.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
30
Medidas Preventivas e Especiais de 
Proteção
OBJETIVO:
Neste capítulo iremos descrever as medidas preventivas de 
Medicina do Trabalho e as medidas especiais de proteção. 
Vamos lá!.
Medidas Preventivas de Medicina do 
Trabalho
Segundo Pretti (2011), a Segurança e Medicina do Trabalho abrange 
uma série de medidas preventivas que devem ser seguidas no ambiente 
de trabalho, buscando tornar mínimos os acidentes e as doenças 
ocupacionais, como também proteger a integridade e a capacidade de 
trabalho do empregado. 
A CLT, em seu art. 168, determina que os empregadores deverão 
providenciar, obrigatoriamente, exame médico em caso de admissão, 
demissão e periodicamente, respeitando as condições estabelecidas na 
Lei e nas instruções emitidas pelo Ministério do Trabalho em casos de 
demissão e em situações complementares. 
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional é proposto 
para a prevenção e o controle da saúde dos empregados. Ele é realizado 
por meio da gestão de inspeções médicas permanentes e tem como 
finalidade a prevenção dos casos de doenças ocupacionais. 
Refere-se a um programa de caráter preventivo, que realiza o 
rastreamento e o diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados 
ao trabalho, inclusive daqueles que acontecem sem manifestação 
de sintomas. Além disso, verifica a existência de casos de doenças 
profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. Desse 
modo, seu planejamento e implementação devem ser baseados nos 
riscos à saúde dos trabalhadores, explica Oliveira (2018).
Ergonomia e Medicina do Trabalho
31
É por meio desse programa em que são executados e acompanha-
dos os resultados dos exames médicos obrigatórios segundo as ativida-
des desenvolvidas na empresa.
Gattai (2020) esclarece que o exame admissional deve ser feito 
antes da contratação efetiva do novo empregado, e o exame tem como 
propósito avaliar o estado de saúde física e psíquica indispensável para o 
desempenho do cargo que o novo funcionário irá executar. 
Outro intuito é o de oferecer orientação para as pessoas em 
situações especiais de saúde que ocuparão a vaga de emprego. Além 
do mais, o exame admissional é uma forma da organização se proteger 
e comprovar que está contratando uma pessoa inteiramente capaz de 
realizar aquele trabalho. 
NOTA:
Médicos especializados em Medicina do Trabalho são 
os encarregados de realizar os exames admissionais, 
demissionais e periódicos e são eles que detectam as 
enfermidades ocupacionais. 
Os exames devem ser renovados a cada ano (exame periódico) e 
também são obrigatórios quando acontece a demissão de empregados 
(exame demissional), menciona Gattai (2020).
Figura 9 - Exame médico
Fonte: Freepik.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
32
O exame demissional, de acordo com Rojas (2015), é uma garantia 
para o trabalhador, já que ele precisa demonstrar ser capaz de exercer suas 
atividades em outras empresas, e para o empregador, que fica informado 
das condições de saúde do ex-funcionário, impedindo, dessa forma, 
futuros problemas com reclamações trabalhistas e ações indenizatórias.
Todo exame efetuado pelo médico do trabalho deve ser seguido 
do atestado de saúde ocupacional (ASO) e, conforme a Norma 
regulamentadora 7, deverá compreender, no mínimo:
 • O nome completo do trabalhador, o número de registro de sua 
identidade e sua função.
 • Os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, 
na atividade do empregado, de acordo com as instruções técnicas 
expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho – 
SSST.
 • Apontamento dos procedimentos médicos aos quais o trabalhador 
foi submetido, abrangendo os exames complementares e a data 
em que foram realizados.
 • O nome do médico coordenador, quando existir, com o devido 
CRM.
 • Indicação de apto ou inapto para a função específica que o 
trabalhador vai ocupar, ocupa ou ocupou.
 • Nome do médico responsável pelo exame e endereço ou meio 
de contato.
 • Data e assinatura do médico responsável do exame e carimbo, 
assim como seu número de inscrição no CRM. 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) encara como a principal 
finalidade dos exames médicos ocupacionais a verificação da efetividade 
das medidas de controle do ambiente de trabalho. Outros propósitos são: 
a constatação de anormalidades clínicas ou pré-clínicas em um momento 
no qual uma intervenção é benéfica à saúde dos indivíduos; a prevenção 
de um futuro desgaste da saúde dos trabalhadores; a contribuição 
do aconselhamento relativo aos métodos de trabalho seguros e de 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
33
manutenção da saúde; a avaliação da aptidão para um verificado tipo de 
trabalho, sendo a principal preocupação a adequação do ambiente de 
trabalho para o trabalhador, explicita Buschinelli (2020).
A Consolidação das Leis Trabalhistas ainda determina que deverá 
ser mantido no estabelecimento o material indispensável à prestação de 
primeiros socorros médicos (Figura 10), conforme o risco da atividade.
Figura 10 - Primeiros socorros médicos
Fonte: Pixabay.
Outro ponto importante é a realização de exames toxicológicos, pois 
a Consolidação de Leis Trabalhistas estabelece que serão exigidos esses 
examesantes da admissão e em casos de demissões de trabalhadores 
que atuem como motoristas profissionais, sendo resguardado o direito à 
contraprova, caso o resultado tenha sido positivo e garantido que esses 
resultados sejam confidenciais. 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
34
Medidas Especiais de Proteção
A CLT estabelece outras medidas especiais de proteção, sendo a 
primeira delas referente ao uso de equipamentos de proteção individual 
em obras de construção, demolição ou reparos, e às medidas de 
prevenção de acidentes.
Oliveira (2017) explica que podem ser empregados equipamentos 
de proteção coletiva ou equipamentos de proteção individual, contudo, 
deve-se sempre dar prioridade à proteção coletiva. Ao implantar as 
medidas de proteção, as organizações devem verificar cada local de 
trabalho e procurar a opção mais apropriada para oferecer ao trabalhador 
uma boa condição de trabalho.
A NR 6 define que os equipamentos de proteção individual (EPI) são 
os dispositivos ou produtos de uso individual utilizados pelo trabalhador. 
Eles são adotados para a proteção contra riscos eu ameaçam a segurança 
e a saúde dos trabalhadores. Além disso, a NR 6 regulamenta o uso dos 
equipamentos de proteção individual e estabelece:
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, 
gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito 
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes 
circunstâncias: 
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam 
completa proteção contra os riscos de acidentes do 
trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem 
sendo implantadas; e, 
c) para atender a situações de emergência. (MINISTÉRIO 
DO TRABALHO E EMPREGO, 1978)
Outra medida está relacionada com os depósitos, armazenagem e 
manuseio de combustíveis, inflamáveis e explosivos, além do trânsito e 
continuação nas áreas relativas, assim como o trabalho em escavações, 
túneis, galerias, minas e pedreiras, especialmente quanto à prevenção de 
explosões, incêndios, desmoronamentos, soterramentos, eliminação de 
poeiras, gases, entre outros. 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
35
SAIBA MAIS:
Aprofunde-se nesse tema lendo a NR 19, que trata dos 
explosivos, e a NR 20, que aborda a segurança e a saúde 
no trabalho com inflamáveis e combustíveis, clicando aqui. 
Deve existir proteção contra insolação, calor, frio, umidade e vento, 
especialmente no local de trabalho a céu aberto, com o fornecimento 
de água potável, alojamento e profilaxia de endemias, determina a 
Consolidação das Leis trabalhistas. 
A NR 21 regulamenta os trabalhos realizados a céu aberto (Figura 
11) e determina que “serão exigidas medidas especiais que protejam os 
trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os 
ventos inconvenientes”.
Figura 11 - Céu aberto
Fonte: Freepik.
A CLT, em seu art. 200, VI, prevê a proteção do trabalhador exposto 
a substâncias químicas nocivas, radiações ionizantes e não ionizantes, 
ruídos, vibrações e trepidações ou pressões anormais ao ambiente de 
trabalho.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default
36
Cabe ao Ministério do Trabalho regulamentar a especificação das 
medidas cabíveis para extinção ou diminuição desses efeitos, dos limites 
máximos quanto ao tempo de exposição, da intensidade da ação ou de seus 
efeitos sobre o organismo do trabalhador, assim como regulamentar os 
exames médicos obrigatórios, os limites de idade, o controle permanente 
dos locais de trabalho e as demais exigências imprescindíveis.
Um programa muito importante para a saúde dos trabalhadores é o 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e, de acordo com a NR 9, 
é estabelecido que:
Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a 
obrigatoriedade da elaboração e implementação, por 
parte de todos os empregadores e instituições que 
admitam trabalhadores como empregados, do Programa 
de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à 
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, 
através da antecipação, reconhecimento, avaliação e 
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais 
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, 
tendo em consideração a proteção do meio ambiente 
e dos recursos naturais. (MINISTÉRIO DO TRABALHO E 
EMPREGO, 1978)
Os riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos 
presentes no ambiente de trabalho que podem causar danos à saúde 
quando estão acima dos limites toleráveis. 
Deve existir, também, proteção contra incêndios com a medidas 
preventivas adequadas, como portas e paredes com revestimentos 
especiais, construção de paredes contrafogo, saídas amplas e protegidas 
etc., como estabelece a CLT.
NOTA:
A NR 23 (proteção contra incêndio) estabelece que os 
empregadores devem seguir as medidas de prevenção de 
incêndios disponibilizadas pelos respectivos estados e as 
normas técnicas correspondentes. 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
37
Não se deve esquecer, ainda, a higiene nos locais de trabalho. 
Devem existir medidas como: instalações sanitárias, fornecimento de 
água potável, condições de limpeza no ambiente laboral, tratamento de 
resíduos industriais, entre outros, determina a CLT.
Souto (2005) informa que, na política de medicina do trabalho 
subordinada à aprovação da Direção Superior da Empresa ou Instituição, 
devem estar contidos, pelo menos, os seguintes princípios e propósitos: 
 • Trocar, controlar ou diminuir as situações adversas do trabalho.
 • Determinar requisitos para o atendimento imediato de acidentes, 
oferecendo transporte rápido e efetivo de acidentados para 
atendimento médico-hospitalar.
 • Apresentar formas de tratar as manifestações transitórias de 
doenças que aconteçam na empresa durante o período de 
trabalho.
 • Seguir as medidas que fazem parte da legislação específica 
de medicina do trabalho; se apropriado, oferecer apoio aos 
programas disponibilizados por ações voluntárias extramuro; se 
for o caso, fazer a negociação coletiva de trabalho, na existência 
de condições determinadas sobre medicina do trabalho; oferecer 
os meios para efetuação de outras ações que sejam aceitas e 
acordadas pela empresa.
 • Oferecer garantia de que os trabalhadores serão ouvidos e 
incentivados a contribuir em todas as fases do processo de gestão 
de medicina do trabalho.
 • Possibilitar os meios administrativos e financeiros para que exista 
uma contínua preocupação de aperfeiçoar o sistema de gestão de 
Medicina do Trabalho da empresa.
Por meio desses princípios, a direção demonstra o compromisso 
de garantir proteção para todas as pessoas que trabalham na empresa, 
mediante medidas preventivas.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
38
Todas as medidas adotadas no ambiente de trabalho devem levar 
em consideração que a saúde do trabalhador é muito importante para os 
trabalhos efetuados nas organizações.
RESUMINDO:
Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos 
resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que 
as medidas preventivas visam diminuir os acidentes e as 
doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade 
e a capacidade de trabalho do empregado, sendo uma 
dessas medidas a obrigatoriedade de exame médico em 
casos de demissão, admissão e periódicos, conforme 
o programa de controle médico de saúde ocupacional. 
Você compreendeu, também, que deve existir materiais 
de primeiros socorros nos estabelecimentos e que a 
realização de exames toxicológicos é necessária. Você viu 
que existem várias medidas especiais de proteção, como o 
uso de equipamentos de proteção individual; os trabalhos 
com depósitos armazenagem e manuseio de combustíveis 
e líquidos inflamáveis; trabalho com escavações, túneis, 
galerias, minas e pedreiras, especialmentequanto à 
prevenção de explosões, incêndios, desmoronamentos, 
soterramentos, eliminação de poeiras, gases; trabalhos 
realizados a céu aberto; exposição a substâncias químicas, 
radiações, ruídos, vibrações e trepidações; prevenção 
contra incêndios e a higiene no local de trabalho. Por fim, 
você entendeu alguns princípios relativos à medicina do 
trabalho que devem ser considerados nos ambientes 
laborais.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
39
Conduta Médico - Operacional 
OBJETIVO:
Neste capítulo iremos analisar os acidentes de trabalho, 
identificar as doenças ocupacionais e esclarecer a conduta 
médico - operacional..
Acidentes de Trabalho
O processo de trabalho deve ser devidamente planejado, pois 
quando isso não acontece, são geradas várias formas de perdas – 
principalmente relacionadas com os trabalhadores – que afetam a saúde 
e bem estar, por meio de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. 
Mas o que é um acidente de trabalho?
A Lei nº 8.213/91 define o acidente do trabalho como toda lesão 
corporal ou perturbação funcional que acontece com o empregado 
durante suas atividades a serviço da empresa, provocando a morte, 
a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o 
trabalho.
Segundo Macedo (2008, p. 117), “Essa lesão pode ser caracterizada 
apenas pela redução da função de determinado órgão ou segmento do 
organismo, como os membros, por exemplo.”
Monteiro e Bertagni (2016) afirmam que se refere a um episódio 
único, inesperado, imprevisto, bem configurado no espaço e no tempo e 
de resultados, na maioria das vezes, imediatos.
IMPORTANTE:
Adversidades no ambiente de trabalho podem acabar 
resultando em danos graves e até fatais, meses ou anos 
após o seu acontecimento, sendo exigido o nexo de 
causalidade e a lesividade, explana Macedo (2016).
Ergonomia e Medicina do Trabalho
40
Dessa forma, para que algo seja considerado como acidente de 
trabalho, deve existir a lesão e também a relação clara entre o acidente, o 
dano causado e o trabalho (Figura 12).
Figura 12 - Dano causado e trabalho
Fonte: Freepik.
Mattos e Másculo (2011) afirmam que, hoje em dia, entende-se que 
o acidente de trabalho começa a ocorrer quando algum componente do 
processo laboral passa a não funcionar como planejado, isto é, quando 
ele apresenta uma alteração.
Essa alteração não se apresenta somente como originária de falhas 
ou quebras, ou seja, não é decorrência apenas do não alcance completo 
do resultado principal do produto, mas pode acontecer também de um 
resultado secundário, que não tenha função positiva no processo de 
produção, informam Mattos e Másculo (2011). 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
41
De acordo com a Lei 8.213:
Art. 21.  Equiparam-se também ao acidente do trabalho, 
para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha 
sido a causa única, haja contribuído diretamente para 
a morte do segurado, para redução ou perda da sua 
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija 
atenção médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário 
do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por 
terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por 
motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de 
terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos 
fortuitos ou decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do 
empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do 
local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob 
a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa 
para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo 
quando financiada por esta dentro de seus planos para 
melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente 
do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de 
propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho 
ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de 
locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 
(BRASIL, 1991)
Ergonomia e Medicina do Trabalho
42
Assim, Macedo (2008) separa os tipos de acidentes em três, sendo 
eles: 
 • O acidente típico, que é aquele resultante da natureza da atividade 
profissional que o trabalhador desempenha.
 • O acidente de trajeto, que acontece no trajeto entre a residência 
do trabalhador e o lugar de trabalho e vice-versa.
 • As doenças profissionais ou do trabalho, que são provocadas 
pela execução de determinada função, peculiar a um emprego 
específico. 
A caracterização do acidente de trabalho ocorre por meio de 
uma observação pericial, que deve determinar uma relação direta entre 
o acidente e a lesão gerada. Quando isto acontecer, o médico perito 
examinará o paciente e poderá determinar se ele poderá voltar ou não às 
atividades normais designadas ao seu cargo. 
Caso o perito determine o afastamento, será definido também, 
a partir de sua avaliação clínica, se o funcionário permanecerá em 
afastamento temporário ou definitivo do emprego, explícita Macedo 
(2008).
NOTA:
O afastamento definitivo ou temporário dependerá do grau 
da lesão sofrida, se esta lesão será revertida com o tempo 
ou se é um tipo de lesão definitiva, que impossibilita a 
atividade laboral.
Mattos e Másculo (2011) destacam o fato de que preocupar-se 
exclusivamente com o agente causador da lesão pode ser uma atitude 
limitada com relação à prevenção de acidentes. 
Villela (2010) lembra que a culpa do empregado não impossibilita a 
qualificação do acidente de trabalho, contudo, o dolo do empregado, que 
ocorre quando este se acidenta propositalmente e de forma espontânea, 
retira as consequências ocupacionais do fato. 
Ergonomia e Medicina do Trabalho
43
Doenças Ocupacionais
As doenças ocupacionais se dividem em doença profissional e 
doença do trabalho. De acordo com Râmissa (2019), a doença profissional 
e a doença do trabalho são classificadas como espécies do gênero de 
doença ocupacional que, por sua vez, é espécie de acidente do trabalho. 
Vejamos a diferença entre elas.
Segundo Monteiro e Bertagni (2016), as doenças profissionais 
também são chamadas de ergopatias, tecnopatias ou doenças 
profissionais típicas, e são aquelas produzidas ou desencadeadas pelo 
exercício profissional peculiar à determinada atividade. Derivam de micro 
traumas que habitualmente acometem e vulneram as defesas biológicas 
e, por conta do efeito cumulativo, acabam vencendo-as, provocando o 
processo doentio. 
Já as doenças do trabalho (Figura 13), também conhecidas como 
mesopatias ou moléstias laborais atípicas, são aquelas desencadeadas 
por condições especiais em que o trabalho é realizado, se relacionando 
diretamente com ele. Elas também derivam de micro traumas mas, por 
serem atípicas, determinam a constatação do nexo de causalidade com 
o trabalho, normalmente por meio da vistoria do ambiente de trabalho, 
esclarecem Monteiro e Bertagni (2016). 
Figura 13 - Doenças do trabalho
Fonte: Freepik.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
44
Furtado et al. (2016) explica que, na esfera da Saúde do Trabalhador, 
é comum a utilização da classificação de Schilling para caracterizar a 
relação existente entre as doenças ocupacionais. Schilling assegurou que 
o trabalho poderia se relacionar com as doenças, agrupando-os de três 
formas distintas, que são:
 • GRUPO I: engloba as situações nas quais o trabalho é causa 
necessária da doença, representadas pelas doenças profissionais 
em seu sentido literal, e pelas intoxicações agudas de procedência 
ocupacional, como quando há a intoxicação por chumbo.• GRUPO II: compreende as situações nas quais o trabalho é um 
fator de risco e não a principal causa da doença, como nos casos 
das doenças triviais, mais regulares ou que ocorrem mais cedo 
em certos grupos ocupacionais e para as quais o nexo causal é 
de natureza eminentemente epidemiológica, como neoplasias 
malignas (cânceres), em alguns grupos ocupacionais ou profissões.
 • GRUPO III: abrange as situações nas quais o trabalho é motivador 
de um possível distúrbio, ou até mesmo intensifica uma doença já 
instituída ou preexistente, caracterizadas pelas doenças alérgicas 
de pele e respiratórias e pelos distúrbios mentais, em certos 
grupos ocupacionais ou profissões, como a asma e as doenças 
mentais.
A Lei 8.213/ determina alguns casos que não são considerados 
como doença do trabalho:   
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante 
de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação 
de que é resultante de exposição ou contato direto 
determinado pela natureza do trabalho. (BRASIL, 1991).
Ergonomia e Medicina do Trabalho
45
IMPORTANTE:
Nos casos em que a doença não provoca o afastamento do 
trabalho, não é reconhecido o acidente do trabalho, pois a 
cobertura do seguro acidentário está atrelada à atividade 
laborativa, esclarece Villela (2010).
Macedo (2008) afirma que as doenças ocupacionais podem ser 
provocadas por alguns agentes existentes no ambiente laboral que 
causam riscos, podendo ser caracterizados como físicos, ergonômicos, 
biológicos ou químicos.
Os riscos físicos são aqueles originados por agentes capazes de 
alterar as propriedades físicas do meio ambiente, o que, posteriormente, 
originará agressões em quem estiver nele presente, explicam Mattos e 
Másculo (2011).
EXEMPLO: Os ruídos capazes de gerar danos ao aparelho auditivo, 
iluminação, calor, vibrações, radiações etc.
Macedo (2008) destaca que algumas das consequências 
indesejadas dos ruídos podem ser psicológicas (Figura 14), como 
nervosismo e neuroses, além de perda de audição, dor de cabeça, vômitos, 
diminuição do controle muscular, entre outros. Nos casos das vibrações, 
elas podem originar síndromes dolorosas de origem vertebral, desordens 
gastrintestinais, aumento da frequência cardíaca, etc. Já as radiações 
podem acarretar conjuntivites e cataratas, além de queimaduras e lesões 
cutâneas. 
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Figura 14 – Consequências psicológicas
Fonte: Freepik.
Os riscos químicos compreendem substâncias, compostos ou 
produtos que possam adentrar no organismo, por conta da exposição 
crônica ou acidental. Assim, o contato com esses produtos pode causar 
várias consequências, tais como o aparecimento de câncer, mutações, 
doenças sistêmicas, entre outros, informam Mattos e Másculo (2011).
Barsano e Barbosa (2013) definem os riscos ergonômicos como 
aqueles que podem provocar distúrbios psicológicos e fisiológicos nos 
trabalhadores, como nos casos de esforço físico intenso, levantamento e 
transporte manual de peso, exigência de postura inapropriada, monotonia 
e repetitividade etc.
Já os riscos biológicos abrangem os agentes que contaminam 
os ambientes ocupacionais, que são os micro-organismos como vírus, 
bactérias, protozoários, fungos, artrópodes, parasitas e derivados de 
animais vegetais (agentes que causam alergias). Geralmente eles estão 
em hospitais, ambientes de serviços de saúde em geral, matadouros, 
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https://br.freepik.com/fotos-gratis/empresaria-exausta-sentado-no-escritorio_3938733.htm
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laboratórios de análises e pesquisas, empresas de coleta e reciclagem de 
lixo, entre outros, descreve Brevigliero et al. (2020).
Mattos e Másculo (2011) ainda mostram os riscos mecânicos, que são 
aqueles que se caracterizam por agir em pontos específicos do ambiente 
laboral, geralmente atuando sobre usuários diretos do agente causador 
do risco e acarretando, algumas vezes, lesões agudas e imediatas.
EXEMPLO: Os materiais cortantes, os aquecidos, os perfurocortantes, 
os que estão em movimento, os energizados etc.
Existem diversas doenças ocupacionais que atingem os 
trabalhadores. Vamos observar apenas algumas delas, que são muito 
recorrentes, conforme Rojas (2015):
 • O distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT), que 
atinge os membros superiores em torno do ombro e da região 
cervical por causa do uso repetitivo dos músculos ou de postura 
imprópria na execução das atividades profissionais.
 • Perda Auditiva induzida pelo ruído ocupacional (PAIR), que surge 
com a redução gradual da audição resultante da exposição 
contínua a níveis elevados de ruídos.
 • Dermatoses ocupacionais, que podem ser causadas por agentes 
biológicos, físicos e mecânicos, e podem aparecer como dermatite 
irritativa de contato (que é aquela causada pela manipulação de 
detergentes, solventes orgânicos e inorgânicos, resinas, óleos de 
corte e outros produtos) e como dermatite alérgica de contato 
(que é a ocasionada pelo contato com borracha e seus aditivos, 
cromatos, resinas, metais plásticos, tintas, pigmentos e madeiras). 
 • Distúrbios neurológicos, que podem ser causados por toxinas que 
estão no ambiente laboral, como solventes orgânicos, metais e 
pesticidas.
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 • Doenças associadas ao estresse, que podem ser a irritabilidade, 
fadiga, medo de acidente, de assalto e de desemprego, sonolência, 
ansiedade, depressão, tensão e distúrbios do sono. 
Râmissa (2019) menciona uma dessas doenças, que é a síndrome do 
esgotamento profissional, conhecido também como síndrome de Burnout. 
Essa doença é o resultado de um estresse sem fim, que provoca uma 
exaustão emocional e física relacionada a um trabalho muito desgastante, 
no qual a exigência é alta, as metas são quase impossíveis de serem 
atingidas ou, ainda, quando existe uma carência de reconhecimento do 
profissional.
O Burnout, nos dias atuais, tem sido objeto de definições em 
diversas áreas, contudo, todos concordam que o campo profissional é o 
ambiente mais favorável para o aparecimento do esgotamento.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
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Conduta Médico-Operacional Pertinente à 
Medicina do Trabalho
Os médicos desempenham um papel muito importante no auxílio ao 
trabalhador. Macedo (2008) explica que muitos dos serviços de Medicina 
Ocupacional limitam-se ao desempenho associado ao atendimento de 
acidentes de trabalho e, eventualmente, consultas médicas admissionais 
e demissionais.
Figura 15 - Medicina Ocupacional
Fonte: Freepik.
Outra atuação que merece destaque é quanto ao médico perito. 
Barros e Teixeira (2015) afirmam que, em geral, os médicos peritos do 
trabalho são responsáveis por verificar se o trabalhador está ou esteve 
doente e determinar se a doença tem nexo de causalidade com o trabalho, 
como também avaliar se existem sequelas que diminuam a capacidade 
laborativa.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
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NOTA:
Em litígios na justiça que envolvam trabalhadores, são 
constantes os diagnósticos relacionados com depressão, 
síndrome do pânico, transtorno de estresse pós-traumático, 
transtorno de ansiedade generalizada, síndrome de 
Burnout e assédio moral, informam Barros e Teixeira (2015).
O Conselho Federal de Medicina, em sua resolução nº 2.183, de 21 
de junho de 2018, determina que:
Art. 13. São atribuições e deveres do médico perito judicial 
e assistentes técnicos:
I - examinar clinicamente o trabalhador e solicitar os 
exames complementares, se necessários;
II - o médico perito judicial e assistentes técnicos, 
ao vistoriarem o local de trabalho, devem fazer-se 
acompanhar, se possível, pelo próprio trabalhador que 
está sendo objeto da perícia, para melhor conhecimento 
do seu ambiente de trabalho e função;
III - estabelecer o nexo causal,considerando o exposto no 
artigo 2º e incisos (redação aprovada pela Resolução CFM 
nº 1.940/2010) e tal como determina a Lei nº 12.842/2013, 
ato privativo do médico. (CFM, 2018)
Macedo (2008) ainda lembra que é fundamental que os profissionais 
de Medicina do Trabalho tenham o seu trabalho abalizado nos Códigos 
de Ética Médica e de Conduta do Médico do Trabalho.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
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RESUMINDO:
Neste capítulo você deve ter compreendido que o acidente 
de trabalho é toda lesão corporal ou perturbação funcional 
que acontece com o empregado durante suas atividades 
laborais, que os tipos de acidentes podem ser acidente 
típico, acidente de trajeto e doenças profissionais ou do 
trabalho. Você viu que as doenças profissionais são aquelas 
produzidas ou desencadeadas pelo exercício profissional 
peculiar à determinada atividade e que as doenças do 
trabalho são aquelas desencadeadas em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado, assim 
como também entendeu que elas podem ser provocadas 
pelos agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos 
e mecânicos. Por fim, você conheceu como deve ser a 
conduta do médico do trabalho e do perito: pautadas na 
ética e na conduta médica do trabalho.
Ergonomia e Medicina do Trabalho
52
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