Buscar

DIREITO CONSTITUCIONAL

Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Inicialmente, quando se fala em direitos políticos, é necessário que o aluno tenha 
recordação das seguintes expressões e palavras-chaves para melhor discorrer em questões 
discursivas, bem como centralizar o seu estudo. Veja: 
 Soberania 
 Garantia de participação popular 
 Processo de condução da vida política nacional 
 Exercício da cidadania 
 Democracia “semiparticipativa” 
 Instrumentos de exercício da soberania popular 
Nesse sentido, o professor Alexandre de Morais1 de maneira sintética aborda os 
direitos políticos como “o conjunto de regras que disciplinam as formas de atuação da 
soberania popular”. São direitos, portanto, relacionados ao exercício da cidadania como 
destacado acima. 
2. REGIMES DEMOCRÁTICOS 
Considerando-se que os direitos políticos são instrumentos de exercício da soberania 
popular é necessário demonstrar os tipos de regimes democráticos existentes que são, em 
verdade, três diferentes tipos! 
1) Democracia direta: é aquela em que o povo exerce o poder diretamente, sem 
intermediários ou representantes; 
2) Democracia representativa ou indireta: é aquela em que o povo elege representantes 
que, em seu nome, governam o Estado. Diante disso, na representação, o 
representante exerce um mandato e não fica vinculado à vontade do povo – mandato 
livre – diferente do que ocorre no mandato imperativo, em que o representante se 
vincula à vontade dos representados, sendo apenas um veículo de transmissão. Além 
 
1
 MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9º edição. São 
Paulo. Editora Atlas: 2010, p. 538. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
disso, ele não representa apenas os seus eleitores, mas toda a população de um 
território (mandato geral); 
3. Democracia semidireta ou participativa: é aquela em que o povo tanto exerce o poder 
diretamente quanto por meio de representantes. Trata-se de um sistema HÍBRIDO OU 
MISTO em que apresenta tanto características da democracia direta como da indireta. 
 
 
 
 
 
 
 
3. CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 
 A doutrina classifica os direitos políticos em duas espécies: (1) direitos políticos 
POSITIVOS e (2) direitos políticos NEGATIVOS. Os direitos políticos positivos estão 
relacionados à participação ativa dos indivíduos na vida política do Estado (direitos 
relacionados ao sufrágio). Por sua vez, os direitos políticos negativos são as normas que 
limitam o exercício da cidadania, que impedem a participação dos indivíduos na vida política 
estatal (inelegibilidades e as hipóteses de perda e suspensão dos direitos políticos). 
 DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS 
- Art. 14, incisos I a III, Constituição Federal de 1988; 
- Relacionados à participação ativa dos indivíduos na vida política do Estado; 
Art. 14 – A soberania popular será exercida pelo sufrágio 
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para 
NOTA 
ATENÇÃO! 
 
“O BRASIL ADOTA O REGIME DE DEMOCRACIA SEMIDIRETA (TAMBÉM 
CHAMADA DE DEMOCRACIA PARTICIPATIVA) NA MEDIDA EM QUE 
UTILIZA CARACTERÍSTICAS DA DEMOCRACIA SEMIDIRETA AO APLICAR, 
POR EXEMPLO, O PLEBISCITO, O REFERENDO E A INICIATIVA POPULAR 
DE LEIS, COMO TABMÉM DA DEMOCRACIA INDIRETA AO 
PERMEABILIZAR A REPRESENTATIVIDADE.” 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
todos, e, nos termos da lei, mediante 
I. plebiscito; 
II. referendo; 
III. iniciativa popular; 
 
 Os direitos políticos positivos estão relacionados ao exercício do SUFRÁGIO. Ao 
contrário dos que muitos pensam, SUFRÁGIO NÃO É SINÔNIMO DE VOTO. O sufrágio é um 
direito público subjetivo que compreende o complexo de participação eleitoral em um Estado. 
O voto, por sua vez, é um mero instrumento para o exercício do sufrágio. O direito de sufrágio, 
portanto, é a capacidade de votar e de ser votado, ou seja, o sufrágio envolve a capacidade 
eleitoral ativa e a capacidade eleitoral passiva. 
A capacidade eleitoral ativa representa o direito de alistar-se como eleitor 
(alistabilidade) e o direito de votar. Por seu turno, a capacidade eleitoral passiva representa o 
direito de ser votado e de se eleger para um cargo político (elegibilidade). Sendo assim, 
perceba que o sufrágio é a conjugação entre a capacidade eleitoral ativa e passiva. 
 
 De acordo com a doutrina, o sufrágio pode ser de dois tipos. (1) SUFRÁGIO UNIVERSAL 
é aquele em que o direito de votar é concedido a todos os nacionais, independente de 
condições econômicas, culturais, sociais ou antropológicas. Logo, os critérios para determinar 
a capacidade de votar e de ser votado são não discriminatórios. A Constituição Federal de 
1988 consagra o sufrágio universal, assegurando o direito de votar e de ser votado a todos que 
cumpram requisitos de alistabilidade e de elegibilidade. (2) SUFRÁGIO RESTRITO (qualificado) 
ocorre quando o direito de votar depende do preenchimento de algumas condições especiais, 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
sendo atribuído a apenas uma parcela dos nacionais. Fique atento ao fato de que o sufrágio 
restrito poderá ser CENSITÁRIO – quando depender do preenchimento de condições 
econômicas como, por exemplo, renda, bens etc. – ou CAPACITÁRIO quando exigir que o 
indivíduo apresente alguma característica especial como, por exemplo, ser alfabetizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. PLEBISCITO, REFERENDO, INICIATIVA POPULAR E AÇÃO POPULAR 
 
 Plebiscito e Referendo 
- Consistem em consulta popular sobre determinado assunto. 
- Convocação: Congresso Nacional (art. 49, XV, CF) 
 
ATENÇÃO! 
 Não há previsão legal para convocação pelo Presidente da República ou pelo povo. 
 
NOTA 
ATENÇÃO! 
 
A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 14 determina que a 
soberania popular será exercida pelo sufrágio universal mediante voto 
direto, secreto, universal, periódico, obrigatório e, nos termos da lei, 
mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular de leis. 
 
Dentre todas essas características, a única que não é cláusula pétrea é 
a obrigatoriedade de voto (poderá ser abolida mediante emenda 
constitucional). 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
- A convocação do Plebiscito ou Referendo ocorre através de decreto legislativo
2
; 
(≠) 
Plebiscito Referendo 
Primeiro pergunta ao povo 
Depois faz a lei ou ato normativo 
Antes faz a lei ou ato normativo 
Depois consulta o povo 
Consulta anterior a criação do ato normativo Consulta posterior a criação do ato normativo 
 
 Iniciativa popular 
- Possibilidade que o povo tem de elaborar projetos de lei (lei federal, estadual ou municipal); 
- Requisitos: 
Lei Federal (art. 61,§2º, CF): 
 1% do eleitorado nacional; 
 5 Estados; 
 Mínimo de 0,3% (3/10) dos eleitores de cada um dos 5 Estados; 
 Projeto enviado a Câmara dos Deputados 
 
Art. 61, § 2º, CF - A iniciativa popular pode ser exercida pela 
apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei (1) subscrito 
por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, (2) distribuído 
pelo menos por cinco Estados, com (3) não menos de três décimos por 
cento dos eleitores de cada um deles. 
 
Lei Estadual 
A Constituição Federal não diz. (É a Constituição de cada Estado que 
vai dizer); 
 
 
2
 Deve ser de iniciativa de 1/3 de uma das casas para fazer o projeto do Plebiscito ou Referendo; 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
Lei Municipal (art. 29, CF) 
5% do eleitorado do município 
 
- O projeto de lei de iniciativa popular não é obrigado a ser aprovado pela casa 
parlamentar. Entretanto, não pode o legislativo rejeitar o projeto por vício de forma; 
- O legislativo não tem prazo para deliberação do projeto de lei de iniciativa popular; 
 
 Ação Popular 
- Previsão: Artigo 5º, LXXIII, CF; 
- Ajuizada por qualquer cidadão; 
- Evitar ou reparar lesão ao: 
 a) Patrimônio público; 
 b) Meio ambiente; 
 c) Moralidade administrativa; 
 d) Patrimônio histórico ou cultural 
- Não tem custas e ônus de sucumbência, salvo comprovada má-fé; 
 
CF, art. 5, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de 
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao 
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, 
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência; 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
5. DIREITO DE SUFRÁGIO 
 
- Direito de votar e ser votado; 
 
 
 
 
DIREITO DE VOTAR: Alistabilidade: 
 
 Brasileiro ou português equiparado3; 
 Alistamento eleitoral – procedimento administrativo na Justiça Eleitoral para obter título 
de eleitor; 
 Não pode ser militar conscrito; 
 
VOTO: OBRIGATORIEDADE E FACULTATIVIDADE 
Obrigatório +18 anos - de 70 anos 
Facultativo +16 – 18 anos +70 anos Analfabetos 
Proibido Estrangeiro Militar conscrito 
 
 Características do voto: 
a) Voto Direto* (voto realizado sem intermediários – eleitor escolhe diretamente 
seu representante); 
 
3
 Desde que opte pelos direitos políticos brasileiros; 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
 
Obs.: 
Existe na CF/88 uma hipótese de voto indireto (art. 81 §1º, CF) → Se o presidente 
e o vice-presidente deixam o cargo nos últimos 2 anos do mandato, ocorrerão 
eleições indiretas no Congresso Nacional no prazo de 30 dias. 
 
Art. 81 § 1º, CF - Ocorrendo a vacância 
nos últimos dois anos do período presidencial, 
a eleição para ambos os cargos será feita trinta 
dias depois da última vaga, pelo Congresso 
Nacional, na forma da lei. → Essa regra 
aplica-se analogicamente para os Estados, 
DF e Municípios. 
 
b) Voto Secreto* (eleitor vota sigilosamente) 
c) Voto Universal* (todos têm o direito de votar sem distinção) 
Obs.: Mulher só veio votar em 1932 / Constituição de 1824: voto censitário ($) 
d) Voto Periódico* (de tempos em tempos, o eleitor tem o direito de votar) 
e) Personalíssimo (não se admite voto por procuração) 
f) Igualitário (voto de todos possui o mesmo peso) 
g) Liberdade (só é obrigatório o comparecimento: voto branco, nulo, algum 
candidato) 
 
*cláusula pétrea (art. 60 §4º, CF) 
 
DIREITO DE SER VOTADO: Elegibilidade: 
 
Condições de Elegibilidade – Art. 14 § 3º, CF 
1) Nacionalidade brasileira ou Português equiparado; 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
OBS: Existem cargos eletivos que são privativos de brasileiros natos – Presidente da 
República; Vice-presidente da República; Presidente da Câmara dos Deputados e 
Presidente do Senado Federal. 
2) Pleno gozo dos direitos políticos (não perdeu os direitos políticos ou não encontra-se 
suspenso); 
3) Alistamento eleitoral – procedimento administrativo perante a Justiça Eleitoral 
(condição tanto para votar quanto para ser votado); 
4) Domicílio eleitoral na circunscrição 
Domicílio eleitoral ≠ Domicílio civil 
5) Filiação partidária 
6) Idade mínima 
 
CF, Art. 14 § 3º - São condições de elegibilidade, na 
forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima 
 
 
 
Momento de aferição das condições de elegibilidade: 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
 
Regra = registro da candidatura 
Exceção = para aferir a idade mínima, leva-se em conta a data da posse; 
 
INELEGIBILIDADE: 
- Incapacidade de ser votado; 
 
 
 
CF, Art. 14 § 4º - São inelegíveis os inalistáveis 
(militar conscrito e estrangeiro) e os analfabetos. 
 
REELEIÇÃO: 
- Poder Legislativo 
* Possível 
* Indeterminadas vezes 
- Poder Executivo 
*Só é possível uma reeleição consecutiva. Entretanto, é permitido uma segunda reeleição não 
consecutiva; 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
 
PARENTESCO: 
- Poder Legislativo 
* Parentes dos membros do legislativo podem se candidatar a quaisquer cargos. 
- Poder Executivo 
* Parentes do chefe do executivo não podem se candidatar a cargos dentro da circunscrição do 
seu parente chefe. 
 
CF, Art. 14 § 7º - São inelegíveis, no território de 
jurisdição (circunscrição) do titular, o cônjuge 
(união estável) e os parentes consangüíneos ou 
afins, até o segundo grau ou por adoção, do 
Presidente da República, de Governador de 
Estado ou Território, do Distrito Federal, de 
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro 
dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já 
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
 
CÔNJUGE / PARENTE SANGUINEO, AFINS OU ADOÇÃO ATÉ SEGUNDO GRAU 
 
- Aplica-se inclusive na união homoafetiva e união estável. 
Se o cônjuge “separar”? Acaba a inelegibilidade relativa? 
Não. A separação judicial durante o mandato não afasta a condição de inelegibilidade. 
 
Súmula Vinculante 18 – STF: 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOSPARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
“A DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE OU DO VÍCULO CONJUGAL, NO CURSO DO MANDATO, 
NÃO AFASTA A INELEGIBILIDADE PREVISTA NO § 7 DO ARTIGO 14 DA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL.” 
 
 
 
Art. 14, § 7º, CF - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o 
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou 
por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou 
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja 
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já 
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
 
CANDIDATURA A OUTRO CARGO POLÍTICO... 
Poder Legislativo = pode se candidatar a outro cargo? Sim. Não precisa renunciar ao 
atual mandato. 
Poder Executivo = pode se candidatar a outro cargo? Sim. Entretanto, é necessário 
renunciar o mandato 6 meses antes da eleição. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
CF, Art. 14 § 6º - Para concorrerem a outros cargos, o 
Presidente da República, os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos 
mandatos até seis meses antes do pleito. 
 
MILITAR 
a) menos de 10 anos de serviço = afasta da atividade 
b) mais de 10 anos de serviço = se afasta temporariamente e, se eleito, passa 
para a inatividade; 
 
CF, Art. 14 § 8º - O militar alistável é elegível, 
atendidas as seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá 
afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será 
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará 
automaticamente, no ato da diplomação, para a 
inatividade. 
 
PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 
- art. 15, CF; 
 
Não existe cassação de direitos políticos no Brasil. 
 
CF, Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se 
dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos 
do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
PERDA = Prazo indeterminado, em princípio; 
SUSPENSÃO = Prazo determinado, em princípio; 
Em ambos os casos é possível retornar os direitos políticos. 
 
PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS 
 
1) CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO POR SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO: 
 
a) Ação para cancelamento da naturalização 
 
 CF, Art. 12, § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade 
nociva ao interesse nacional; 
 
o Ação ajuizada pelo MPF na Justiça Federal 
o Sentença judicial transitada em julgado 
o Cabimento = prática de atividade nociva ao interesse nacional 
o Não é mais brasileiro após o transito em julgado – não possui mais direitos 
políticos (não pode votar; não pode ser votado; 
 
b) Aquisição voluntária de outra nacionalidade 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
 
“Via de regra, quem se naturaliza perde a nacionalidade originária.” 
Brasileiro se naturaliza americano → deixa de ser brasileiro → perde os direitos políticos 
 
Momento da perda da nacionalidade brasileira? Decreto presidencial. 
 
2) ESCUSA DE CONSCIÊNCIA (art. 5º, VIII, CF) 
 
- Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, 
VIII; 
 
CF, Art. 5, VIII - ninguém será privado de 
direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se 
de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a 
cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
 
 
 
SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 
 
1) INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA 
 
- O lapso temporal será equivalente ao tempo que durar a incapacidade civil absoluta 
 
2) CONDENAÇÃO POR IMPROBIDADE ADMINSITRATIVA 
 
- Art. 37, CF § 4º 
CF, Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade 
administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a 
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, 
sem prejuízo da ação penal cabível. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
Ação de improbidade administrativa possui foro privilegiado? 
É julgado na primeira instância. Não há foro por prerrogativa de função. 
Art. 84, § 1 e 2 
ADIn 2797 
 
3) CONDENAÇÃO PENAL TRANSITADA EM JULGADO 
 
- Enquanto durarem os efeitos da condenação (até a extinção da punibilidade); 
- Independe da prisão do condenado; 
Ex: 
“A” condenado criminalmente transitado em julgado no regime aberto; 
“B” condenado criminalmente transitado em julgado a serviços comunitários; 
“C” → SUSIS (suspensão condicional da pena) 
“D” obteve livramento condicional depois de cumprido parte da pena; 
 
- Não é necessária ação de reabilitação ou prova de reparação de danos para retomar os 
direitos políticos após os efeitos da condenação. Basta o mero cumprimento da pena ou 
extinção da pena (SÚMULA 09 DO TSE); 
 
 
Preso provisório tem direitos políticos? 
A Constituição não prevê que a prisão consiste na suspensão dos direitos políticos. Assim, o 
preso provisório possui direitos políticos. Portanto, preso provisório pode votar e ser votado. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
 
“TSE entende que o preso provisório tem direitos políticos, mas diz que o exercício 
dependerá da estrutura de cada Estado, de acordo com as regras do TRE.” 
 
Regra → condenação penal transitada em julgado implica na suspensão dos direitos políticos. 
Exceção para os Deputados Federais e Senadores (CF, Art. 55, VI). Assim, no caso dos 
deputados e senadores a perda do mandado ocorrerá somente com autorização da casa 
parlamentar do membro do Congresso Nacional, sendo assim, para esses não há no que falar 
de suspensão automática dos direitos políticos para deputados federais e senadores quanto 
houver condenação penal transitada em julgado (pois, depende de autorização da casa 
parlamentar). 
Obs.: Os Deputados Estaduais possuem as mesmas prerrogativas. Já, para o vereador não há 
aplicação desta exceção. 
 
RETOMADA DOS DIREITOS POLÍTICOS 
 
PERDA/SUSPENSÃODOS DIREITOS 
POLÍTICOS 
READQUIRIR OS DIREITOS POLÍTICOS 
PERDA: Ação para cancelamento da 
naturalização 
Ação rescisória + alistamento eleitoral 
PERDA: Aquisição voluntária de outra 
nacionalidade 
Decreto presidencial + alistamento eleitoral 
PERDA: Escusa de consciência Cumprir a prestação alternativa + alistamento 
eleitoral 
SUSPENSAO: Incapacidade civil absoluta Adquirir a capacidade civil + alistamento 
eleitoral 
SUSPENSÃO: Improbidade administrativa Ressarcir o erário, dentre outros requisitos 
legais da lei de improbidade administrativa. 
SUSPENSÃO: Condenação penal transitada Extinção da punibilidade 
 
PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU ANTERIORIDADE ELEITORAL 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
- “As leis que alteram o processo eleitoral, embora entrem em vigor imediatamente, só poderão 
ser aplicadas às eleições que ocorrerem pelo menos um ano depois”; 
- Art. 16, CF é cláusula pétrea: “STF entendeu que é um direito individual do eleitor” – EC 
52/2006 - ADIn; 
 
CF, Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral 
entrará em vigor na data de sua publicação, não se 
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de 
sua vigência. [Cláusula Pétrea] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOS PARTIDOS POLÍTICOS 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
 
Art. 17, CF. 
 
- Princípio da Liberdade Partidária 
É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos. 
Liberdade limitada: 
a) Soberania Nacional (não é possível, por exemplo, a criação de um partido político que 
pregue a subordinação do Brasil a outro Estado) 
b) Pluripartidarismo 
c) Regime democrático (não é possível, por exemplo, a criação de um partido que 
defende o fim da democracia e a imposição da ditadura) 
d) Direitos da pessoa humana (não é possível, por exemplo, a criação de um partido que 
defenda a supremacia da raça ariana) 
 
CF, Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação 
e extinção de partidos políticos, resguardados a 
soberania nacional, o regime democrático, o 
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa 
humana (...) 
 
Partidos políticos devem observar os seguintes preceitos: 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou 
de subordinação a estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
- Autonomia aos partidos políticos 
 
 
Art. 17 § 1º, CF - É assegurada aos partidos 
políticos autonomia para definir sua estrutura interna, 
organização e funcionamento e para adotar os critérios 
de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, 
sem obrigatoriedade de vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou 
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas 
de disciplina e fidelidade partidária. 
 
Art. 17, CF 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei 
civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
 
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito 
ao rádio e à televisão, na forma da lei (APLICADO A TODOS OS PARTIDOS). 
 
Congresso Nacional criou uma cláusula de barreira: somente teria acesso aos recursos 
partidários o partido que obtivesse um número mínimo de votos. Entretanto, o STF afirmou que 
tal regra é inconstitucional, por ferir os direitos da minoria. 
 
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
CAPÍTULO IV 
DOS DIREITOS POLÍTICOS 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo 
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com 
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito 
anos. 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os 
estrangeiros e, durante o período do serviço militar 
obrigatório, os conscritos. 
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma 
da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
 V - a filiação partidária; Regulamento 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-
Presidente da República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, 
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito 
e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os 
analfabetos. 
§ 5º - São inelegíveis para os mesmos cargos, no 
período subseqüente, o Presidente da República, os 
Governadores de Estado e do Distrito Federal, os 
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído 
nos seis meses anteriores ao pleito. 
§ 5º O Presidente da República, os 
Governadores de Estado e do Distrito Federal, os 
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído 
no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
único período subseqüente.(Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o 
Presidente da República, os Governadores de Estado 
e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar 
aos respectivos mandatos até seis meses antes do 
pleito. 
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição 
do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou 
afins, até o segundograu ou por adoção, do 
Presidente da República, de Governador de Estado ou 
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem 
os haja substituído dentro dos seis meses anteriores 
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e 
candidato à reeleição. 
 § 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as 
seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, 
deverá afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será 
agregado pela autoridade superior e, se eleito, 
passará automaticamente, no ato da diplomação, para 
a inatividade. 
§ 9º - Lei complementar estabelecerá outros 
casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, 
a fim de proteger a normalidade e legitimidade das 
eleições contra a influência do poder econômico ou o 
abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos 
de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim 
de proteger a probidade administrativa, a moralidade 
para exercício de mandato considerada vida 
pregressa do candidato, e a normalidade e 
legitimidade das eleições contra a influência do poder 
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo 
ou emprego na administração direta ou 
indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
de Revisão nº 4, de 1994) 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado 
ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias 
contados da diplomação, instruída a ação com provas 
de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato 
tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, 
na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos 
políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos 
casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença 
transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, 
enquanto durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta 
ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do 
art. 37, § 4º. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Kaio Coelho 
 kaiocoelho@outlook.com 
 @Prof. Kaio Coelho 
 
 
 
Síntese de aula 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
 
CUCA –– CONCURSOS PÚBLICOS 
WWW.CUCARR.COM.BR 
Art. 16 A lei que alterar o processo eleitoral só 
entrará em vigor um ano após sua promulgação. 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral 
entrará em vigor na data de sua publicação, não se 
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de 
sua vigência. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 4, de 1993) 
CAPÍTULO V 
DOS PARTIDOS POLÍTICOS 
 Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e 
extinção de partidos políticos, resguardados a 
soberania nacional, o regime democrático, o 
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa 
humana e observados os seguintes 
preceitos: Regulamento 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos 
financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de 
subordinação a estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a 
lei. 
§ 1º - É assegurada aos partidos políticos 
autonomia para definir sua estrutura interna, 
organização e funcionamento, devendo seus estatutos 
estabelecer normas de fidelidade e disciplina 
partidárias. 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos 
autonomia para definir sua estrutura interna, 
organização e funcionamento e para adotar os 
critérios de escolha e o regime de suas coligações 
eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou 
municipal, devendo seus estatutos estabelecer 
normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006) 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem 
personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão 
seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos 
do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à 
televisão, na forma da lei. 
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos 
políticos de organização paramilitar.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes