Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia PRÓTESE LABORATORIAL DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO PROTÉTICO ANAMNESE É um questionário pronto, na qual, consiste no histórico de todos os sintomas narrados pelo paciente sobre determinado caso clínico. Também pode ser considerada uma lembrança incompleta ou a reminiscência de uma recordação. Deve-se fazer a entrevista, esclarecer e completas as respostas, onde deve constar a condição sistêmica do paciente, medicamentos, alergias, hábitos, história odontológica, sintomas presentes e queixa principal. EXAME CLÍNICO • Extra-oral: a) Assimetrial facial; b) Dificuldade fonética; c) Dificuldade motora; d) Estética do sorriso; e) Sintomas nas ATMs; f) Dor/cansaço nos músculos da face. • Intra-oral: a) Lábios, bochechas, mucosas, língua, palato, soalho; b) Higiene bucal; c) Estética; d) Dentes e gengiva: condição periodontal, lesões cariosas, LNC (lesões não cariosas), desgastes, espaços edentados, restaurações e próteses existentes, oclusão. RADIOGRAFIAS/FOTOGRAFIAS • As radiografias servem para avaliar: a) Avaliar lesões cariosas; b) Lesões periapicais; c) Tratamentos endodônticos; d) Raízes; e) Reabsorções ósseas; f) Acidentes anatômicos. • As fotografias servem como: a) Material complementar para o diagnóstico; b) Parâmetros para o paciente; c) Planejamento digital; d) Informações para o laboratório. • Protocolo fotográfico (depende dos objetivos): frontal; frontal sorrindo; frontal em oclusão; perfil; perfil sorrindo; oclusal superior; oclusal inferior; oclusão direita; oclusão esquerda; 12 horas. MODELOS DE ESTUDOS • Servem para avaliar: a) Os contatos dentários; b) Espaços edentados, inclinações, extrusão, desgaste, inversão do plano oclusal; c) As relações maxilares, guias dos movimentos mandibulares. • Servem para realizar: a) O enceramento diagnóstico e ensaios clínicos; b) A confecção de restaurações provisórias; c) O esclarecimento ao paciente sobre o plano de tratamento. PLANEJAMENTO INDIVIDUALIZADO Consiste na sequência de procedimentos clínicos necessários desde o início até a conclusão do tratamento. 2 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia SEQUÊNCIA PRÉ PLANEJAMENTO PROTÉTICO 1. Urgências (queixa do paciênte). Ex.: fratura, dor, estética; 2. Adequação do meio bucal. Ex.: raspagem, lesões de cárie, eliinar fatores retentivos de placa, instrução de higiene, motivação; 3. Necessidade de outras especialidades odontológicas ou médicas; 4. Iniciar o planejamento protético. PLANEJAMENTO DAS RESTAURAÇÕES PROTÉTICAS a) Remanescente dental; b) Demanda estética e/ou funcional sobre o conjunto dente/restauração; c) Espaços edêntulos; d) Considerar o antagonista; e) Oclusão fisiológica; f) Preservar a estrutura. CLASSIFICAÇÃO DE KENNEDY PRÓTESE PARCIAL FIXA (PPF) A prótese parcial fixa é a restauração parcial ou total da coroa de um dente, quando se denomina prótese fixa unitária, ou a substituição de um ou mais dentes perdidos, quando se denomina prótese parcial fixa (ou ponte fixa). • Lei de Ante: Ela nos diz quantos dentes podemos preparar para reabilitar com prótese fixa. A superfície radicular dos dentes pilares sempre tem que ser maior ou igual a superfície radicular do dente que está sendo substituído. Então a soma tem que ser maior ou igual da raiz do dente que vou substituir. Isso demonstra se a prótese vai suportar mecanicamente, se não for respeitada ela pode ceder ou fraturar. 3 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia PRÓTESES PARCIAIS REMOVÍVEIS (PPR) São utilizadas para restaurar arcos parcialmente edentados, substituindo dentes e tecidos perdidos. São próteses projetadas para serem removidas e inseridas pelos usuários. COMPONENTES DA PPR TERMINOLOGIA • Retenção: Resistência ao deslocamento em direção oposta aos dentes e rebordo. • Estabilidade: Resistência ao deslocameno em uma direção mésio- lateral ou ântero-posterior. • Suporte: Resistência ao deslocamento em direção aos dentes e rebordo. • Pilar ou dente-suporte: dente que retém a PPR. • Retentor: porção da PPR que prende a PPR ao dente suporte. TIPOS DE RETENTORES a) Extracoronários: grampos. b) Intracoronários: encaixes. TIPOS DE SUPORTE EM PPR 1. Dentossuportada: Suporte de dentes naturais nas extremidades do espaço edêntulo. 2. Dentomucossuportada: Suporte de dentes naturais apenas de um lado do espaço edêntulo (extremo livre). 4 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia INDICAÇÕES DA PPR a) Espaço protético de extremo livre; b) Espaço desdentado extenso; c) Suporte periodontal reduzido; d) Perda óssea excessiva no rebordo residual; e) Situação econômica. PPR X IMPLANTES a) Capital ósseo; b) Anatomia do osso remanescente; c) Condições sistêmicas; d) Tempo; e) Sacrifício físico; f) Custo. PPR X PPF • Contra-indicações da PPF: a) Idade do paciente; b) Extensão do espaço edêntulo; c) Grande perda de rebordo remanescente. • Desvantagensda PPF: a) Desgaste dentário; b) Higienização. CONECTOR MAIOR a) Rigidez estrutural; b) Suporte vertical e proteção dos tecidos moles (distância mínima da gengiva marginal livre); c) Forma auxiliar de retenção indireta; d) Forma de fixação da base. CONECTORES MAIORES NO ARCO INFERIOR 1. Barra lingual: • Vantagens: simplicidade de confecção; maior estimulo aos tecios moles. • Desvantagens: pode não ser rígida o suiciente. Indicada para as PPRs dentossuportadas com espaço suficiente entre a GML (gengiva marginal livre) e o soalho. Distância mínima de 8mm da GML ao soalho. 2. Barra lingual com grampo contínuo: • Vantagens: contribuição para a estabilidade e retenção indireta da prótese. • Desvantagens: adaptação mais difícil; tendência à impacção alimentar se a adaptação estiver inadequada; desconforto devido às múltiplas bordas. 5 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 3. Barra vestibular: • Vantages: utilizada somente quando outro conector maior for inviável (tórus amplo, dentes com inclinação lingual exaegrada). • Desvantagens: desconforto, volume, espaço reduzido. 4. Placa lingual: • Vantagens: várias indicações; pode contribuir para retenção indireta; não tem problema de espaço (GML); maior rigidez; menor volume. • Desvantagens: maior recobrimento; problemas para pacientes com higiene deficiente. • Barra lingual x placa lingual: CONECTORES MAIORES NO ARCO SUPERIOR 1. Barra palatina: a) <8mm de largura; b) Pouco utilizada; c) Pequeno suporte sobre o palato; d) Necessita de maior volume para não deformar; e) Indicada para classe III de pequena extensão. 2. Barra ântero-posterior ou dupla: • Vantagens: rigidez; resistência à deformação; indicada para pilares anteriores e posteriores mais separados. • Desvantagens: menor suporte do osso palatino; várias bordas, podem causar desconforto. 6 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 3. Barra palatina em U: • Vantagens: usada quando vários dentes anteriores são substituídos (classe IV); tórus amplo que não pode ser removido. • Desvantagens: tendência ao dobramento em casos de extremo livre. 4. Placa palatina: • Vantagens: maior rigidez com menor volume; maior recobrimento = melhor distribuição de cargas; mais confortável; menos perceptível pelo paciente; suporte no palato; pode ser utilizada na maioria doss casos. • Desvantagens: reações teciduais quando há higiene deficiente. CONECTOR MENOR Une demais componente (grampos, apoios,bases) ao conector maior. 1. Placa proximal: É um conector menor que interage com a superfície preparada na face axial do dente-suporte (plano guia). A diferença entre um e outro é que o conector menor une uma estrutura a outra, já a placa proximal entra em contato com o dente para dar maior abraçamento (não une estruturas). APOIO São cavidades preparadas nas superfícies funcionais dos dentes pilares para acomodar os apoios. • Tipos: • Funções: a) Promover suporte vertical; b) Orientar e distribuir cargas sobre os dentes suporte; c) Estabilidade; d) Manter relação oclusal; e) Evitar traumatismo dos tecidos moles. 7 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia NICHOS São cavidades preparadas nas superfícies funcionais dos dentes pilares para acomodar os apoios. • Tipos: RETENTORES DIRETOS Qualquer elemento da prótese parcial removível que se relaciona com um dente pilar impedindo seu deslocamento dos tecidos de suporte. • Tipos: a) Extracoronários (grampos): são os que têm sua parte ativa fora da coroa do dente. 1. Grampo circunferencial: “Ação de abraçamento.” 2. Grampo à barra: “Ação de ponta.” b) Intracoronários (encaixes): São aqueles que situam-se dentro das coroas dentais e atuam por fricção junto a estas coroas. RETENTORES INDIRETOS São aqueles que tendem a evitar o deslocamento da base, provocado pela ação de alavanca, exercida sobre a linha de fulcro que passa sobre os retentores diretos. a) Apoio auxiliar (oclusal ou em cíngulo): parte de um grampo de retenção indireta ou isolado. b) Placa lingual com apoios nos caninos: BASE a) Fixação dos dentes artificiais; b) Preenchimento dos tecidos moles perdidos; c) Recebe forças funcionais e transfere para o rebordo, dependendo da sua extensão. 8 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia PREPARO BUCAL Preparo da boca para receber a PPR com o objetivo de torná-la o mais saudável possível e eliminar qualquer condição prejudicial ao sucesso da PPR. • Tipos: a) Preparo cirúrgico; b) Periodontal; c) Ortodôntico; d) Endodôntico; e) Restaurador; f) Protético. SEQUÊNCIA DE TRATAMENTO • Consulta inicial: diagnóstico. a) Exame clínico; b) Exame radiográfico; c) Exames complementares; d) Modelo de estudo; e) Preparo bucal, se necessário. • 1º consulta para confeção da PPR: a) Moldagem para obtenção do modelo de estudos (alginato, moldeira de estoque e gesso tipo III); b) Delineamento para planejamento dos componentes da armação metálica e da quantidade de desgaste dos dentes-suporte. • 2º consulta para confecção da PPR: a) Preparo dos dentes-suporte; b) Moldagem para obtenção do modelo de trabalho (alginato ou elastômeros, moldeira de estoque e gesso tipo IV); c) Prescrição laboratorial para confecção da estrutura metálica e das moldeiras individuais (classe I e II de Kennedy inferior). • 3º consulta para confecção da PPR: a) Prova da armação metálica e moldagem funcional (classe I e II de Kennedy infeiror). • 4º consulta para confecção da PPR: a) Registros estéticos e funcionais, de acordo com o caso; b) Prescrição laboratorial para montagem dos dentes. • 5º consulta para confecção da PPR: a) Prova dos dentes; b) Conferir registro interoclusal; c) Prescrição laboratorial para inclusão, prensagem e acrilização, acabamento e polimento. • 6º consulta para confecção da PPR: a) Entrega (instalação da PPR); b) Ajustes; c) Orientações; d) Manutenção. ÁREA DE SUPORTE PRIMÁRIO INFEIROR Prateleira bucal ou base lateral da mandíbula. • Limites: a) Medial: crista do rebordo alveolar; b) Lateral: linha oblíqua externa; c) Distal: trígono retromolar; d) Anterior: freio bucal. LIMITES DA MOLDEIRA INDIVIDUAL INFERIOR a) Vestibular: trígono retromolar, sulco massetérico, linha oblíqua externa, freio bucal, distal do pilar. b) Língual: trígono retromolar formando uma linha até o soalho da boca, linha ascendente que cuza a linha milo-hioidea, distal do pilar. 9 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia MOLDAGEM PARA OBTENÇÃO DE MODELO DE TRABALHO • Materiais de moldagem mais utilizados: a) Alginato: tem as vantagens de ter boa capacidade de cópia e baixo custo; e desvantagens de sofrer sinérise ou embebição; pouco tempo para vazamento do gesso. b) Silicones: tem as vantagens de ter boa capacidade de cópia, baixa alteração dimensional e tempo de vazamento do gesso (adição); e desvantagem o custo mais elevado; MOLDAGEM FUNCIONAL OU FISIOLÓGICA • Realizado somente para classe I e II de Kennedy inferior, são elas: a) Moldagem periférica; b) Moldagem final. MOLDAGEM PERIFÉRICA • Objetivo: determinar a extensão máxima da base da prótese, através de movimentos fisiológicos da musculatura. • Materiais necessários: cuba com água quente; lamparina a álcool e lamparina Hanau; godiva em bastão; moldeiras individuais. MOLDAGEM FINAL • Objetivo: copiar odos os detalhes dos tecidos de suporte delimitados na moldagem periférica, em repouso e sem compressão. • Materiais necessários: pasta zincoenólica; cabo e lâmina de bisturi; adesivo e elastômero (silicone mais utilizado). DELINEAMENTO É o ato de analisar os modelos de estudo e determinamos a presença ou ausência de paralelismo entre os dentes-suporte e outras estrutas orais. O instrumento utilizado é o delineador ou paralelômetro. EIXO DE INSERÇÃO DA PRÓTESE É a direção para onde a prótese é deslocada do ponto de contato inicial de seus elementos constituintes rígidos com os dentes. Suporte até sua posição de assentamento final, com os apoios encaiados sobre seus nichos e a base em contato com a mucosa. EIXO DE INSERÇÃO IDEAL Transmissão da carga mastigatória sonre o longo eixo do dente suporte. Superfícies proximais par guiar o translado da prótese até sua posição de assentamento. PLANOS GUIA As faces proximais, adjacentes ao espaço edêntulo, devem ser preparadas (desgastadas) paralelas à trajetória do eixo de inserção para proporcionar os planos-guia. SEQUÊNCIA DOS PREPAROS a) Superfícies proximais: planos-guia; b) Alteração dos contornos coronários: para melhorar a retenção dos grampos; c) Preparo dos nichos: oclusal ou cíngulo; d) Polimento. DELINEADOR Instrumento usado para determinar o paralelismo relativo de duas ou mais superfícies dentárias. • Finalidades principais: a) Determinação do eixo de inserção; b) Identificação das superfícies dentárias proximais que são ou se tornarão paralelas (planos guia). c) Marcação do equador protético; d) Identificação e medição de trabalho: registro da prosição relativa do modelo em relação à via de inserção. 10 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia • Etapas do delineamento: a) Determinação do eixo de inserção; b) Marcação do equador protético; c) Calibragem de retenção; d) Tripodização do modelo de estudo. PRINCÍPIOS BIOMECÂNICOS EM PPR Suporte final da PPR é o osso. Dente -> ligamento periodontal -> osso alveolar. Base da PPR -> mucosa de revestimento -> osso do rebordo alveolar (residual). • Limite fisiológico dos tecidos: capacidade de suportar cargas sem danos. SUPORTE X MOVIMENTO DA PRÓTESE DIFERENÇA DO SUPORTE DENTE X REBORDO RESIDUAL • PPR dentomucossuportada: A diferença entre o suporte dos dentes e o mucosa pode ocasionar forças não axiais. O movimento real pode ser pequeno, mas a força de alavanca pode causar dano ao dente pilar. PRINCÍPIOS MECÂNICOS NA PPR • Plano inclinado: a) Direciona as cargas mastigatórias para o longo eixo do dente; b) Suporte vertical. • Alavanca: É uma barra rígida suortada em algum ponto do seu comprimento.É utilizada para multiplicar a força aplicada para movimentar um objeto. • Fulcro: ponto de suporte da barra, a barra se movimenta ao redor do fulcro. • Braço de resistência: extensão da alavanca entre o fulcro e a resistência. • Braço de potência: extensão da alvanca do fulcro até o ponto de aplicação da força. 11 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia INTENÇÃO DO SISTEMA Potência > resistência = movimento. Resistência > potência = imobilidade. CLASSIFICAÇÃO DAS ALAVANCAS • De acordo com a posição do fulcro: a) 1º classe ou interfixa: b) 2º classe ou inter-resistente: c) 3º classe ou interpotente: POTENCIAL DE AMPLIAÇÃO DE FORÇA DE UMA ALAVANCA • PPR extremo livre distal: a) Alavanca 1º classe: • Apoio DO: esforços nocivos aos pilares (torque). • Movimento em direção ao rebordo: forças oclusais. b) Alavanca 2º classe: • Apoio MO: redução dos esforços nocivos aos pilares. • Movimento em direção ao rebordo: forças oclusais. • Retentor indireto: o apoio oclusal auxiliar limita o movimento da PPR. • Movimento em direção oposta ao rebordo: alimentos pegajosos e gravidade na PPR superior. 12 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia 3 POSSÍVEIS MOVIMENTOS DA PPR DENTOMUCOSSUPORTADA 1. Rotação sobre o eixo que atravessa os suportes mais posteriores: • Causas: a) Movimento em direção ao rebordo: forças oclusais. • Limitado: pela mucosa do rebordo alveolar (qualidade do suporte; adaptação e extenção da sela; carga oclusal aplicada). b) Movimento em direção oposta ao rebordo: alimentos pegajosos e gravidade na PPR superior. • Limitado: retentores diretos; conectores menores e outros componentes anteriores aos pilares como os retentores indiretos. 2. Rotação sobre o eixo longtudinal quando a base do extremo livre rotaciona ao redor do rebordo residual: • Causas: a) Forças oclusais verticais, horizontais e oblíquas. • Impedido: rigidez do conector amior; rigidez dos conectores menores; retentores indiretos; retentores diretos. 3. Rotação sobre o eixo vertical localizado no centro da arcada: • Causas: a) Forças oclusais verticais, horizontais e oblíquas ao mesmo tempo. • Impedido: conectores menores; braços de oposição; placas proximais; retentores diretos e indiretos. 13 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia FORÇAS NOCIVAS AOS PILARES • Para minimizar as forças nocivas aos pilares deve-se fazer a distribuição e direcionamento das forças: a) Planejamento dos componentes da PPR; b) Apoio MO os extremos livres; c) Retentores diretos e indiretos; d) Braços de oposição; e) Nichos preparados corretamente; f) Base bem adaptada; g) Oclusão bem ajustada; h) Menor número de dentes artificiais. PREPARO Etapa do tratamento protético que consiste em desgastar a estrutura coronária, em quantidade e forma pré-determinada, para possibilitar a restauração da forma, estética e função do dente. • Preparos totais ou parciais: depende do tipo de prótese planejada e do material empregado na restauração. PRINCÍPIOS BIOMECÂNICOS a) Preservação da estrutura do dente. b) Forma de retenção e resistência. c) Durabilidade estrutural da restauração. d) Integridade marginal. e) Preservação do periodonto. PRESERVAÇÃO DA ESTRUTURA DO DENTE 1. Remover o mínimo necessário para atingir os requisitos mecânicos e estéticos da prótese: a) Desgaste excessivo: Danos à polpa e diminuição da rentenção e resistência. b) Desgaste insuficiente: Deformação ou perfuração da restauração, sobrecontorno e estética deficiente. 2. Conhecer as espessuras exigidas de acordo com o material (metal, metalocerâmica, cerâmica). 3. Usar brocas novas e irrigação abundante. 4. Selamento dentinário imediato. FORMA DE RETENÇÃO E RESISTÊNCIA A capacidade de retenção e resistência deve ser suficiente para resistir às forças de deslocamento resultantes dos movimentos de mastigação. Elas podem ser aumentadas pela forma do preparo. 1. Retenção: Impede que resturação se desloque pelas forças direcionadas no longo eixo da inserção. Ex.: alimentos pegajosos. • Fatores que influenciam na retenção: a) Grau de inclinação ou conicidade: 14 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia b) Área da superfície do preparo: c) Área total da superfície do cimento: d) Rugosidade da superfície do dente: 2. Resistência: Previne o deslocamento da restauração pelas forças direcionadas no sentido apical, oblíquo e horizontal. • Fatores que influenciam na resistência: 15 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia DURABILIDADE ESTRUTURAL DA RESTAURAÇÃO A restauração deve ser rígida e ter volume suficiente para não sofrer distorção e desgaste. • Falhas no preparo implicam na durabilidade da restauração: a) Redução oclusal: Respeitar a anatomia do dente; evitar ângulos agudos; observar a posição do dente no arco. b) Redução das cúspides funcionais: c) Redução axial: As paredes da restauração têm espessura adequada sem sobrecontorno. I. Espessuras exigidas de acordo com o material (cerâmica E.Max): INTEGRIDADE MARGINAL As magens da restauração devem estar adaptadas ao término do preparo (espessura mínima do cimento), ter resistência para suportar forças mastigatórias e estar localizadas em áreas que possibilitem acabamento do término do preparo e acesso à higienização. a) Adaptação da margem: Acabamento do preparo, términos nítidos. • Margem desadaptada: retenção de placa, doença periodontal, cárie e perda do trabalho. b) Término cervical: O término cervical dos preparos pode apresentar diferentes configurações de acordo com o material a ser empregado na confecção da coroa. • Finalidades: preservar a saúde do periodonto; permitir a adaptação; facilitar a moldagem; propiciar estética; permitir higienização. 16 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia • Tipos: I. Linha zero ou lâmina de faca: Indicado em casos de dentes posteriores inferiores inclinados para lingual. Término mais difícil de obter nitidez; maior dificuldade para o laboratório; rigidez da restauração pode ser comprometida. II. Ombro biselado: Indicado em casos de restaurações metálicas com proteção de cúspide. Era indicado com o propósito de melhorar a adaptação das margens. III. Ombro com ângulo interno arredondado: Indicado principalmente em casos de restaurações cerâmicas. Volume adequado da restauração, bom escoamento do cimento, boa distribuição de cargas, maior desgaste em relação ao chanfro. IV. Chanfro: Indicado em casos de restaurações metálicas, metalocerâmicas e cerâmicas. Término bem definido, volume suficiente para boa estética, rigidez estrutural, uniformidade de distribuição de cargas. PRESERVAÇÃO DO PERIODONTO a) Localização da margem cervical do preparo. b) Forma e contorno da restauração. c) Higiene. PREPAROS a) Brocas novas; b) Irrigação abundante; c) Finalizar com brocas de granulação mais fina/acabamento; d) Respeitar espessura mínima do material; e) Seguir a anatomia do dente e oclusão; f) Inlays, onlays e facetas: registrar com carbono a localização dos pontos de contato, antes do preparo. g) Términos: de acordo com o amterial (chanfro e ombro arredondado). RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS Após o preparo, os dentes devem receber uma restauração provisória até que o trabalho definitivo seja cimentado. a) Objetivos: b) Repor dentes ausentes; c) Corrigir o posicionamento dentário; d) Dar estabilidade oclusal e proximal; e) Proteger o tecido dentário dos pilares; f) Verificar o paralelismo dos pilares daPPF; g) Melhorar a estética e a fonética; h) Manter a higiene adequada do paciente; i) Serve como teste das restaurações definitivas. • Requisitos: a) Proteção dentina/polpa; b) Função oclusal; c) Adaptação marginal; d) Resistência à fratura e ao desgaste; e) Estética; 17 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia f) Facilidade de limpeza; g) Bom acabamento e polimento; h) Manutenção da saúde gengival. • Material: a) Resina acrílica autopolimerizável; b) Resina acrílica termopolimerizável; c) Resina bisacrílica; d) Resina composta. RESINA ACRÍLICA AUTOPOLIMERIZÁVEL Mais usada em casos unitários; técnica direta. Se for usada em casos complexos, é necessário muito cuidado com o aumento da temperatura devido a sua reação exotérmica. • Vantagens: fácil manipulação; custo baixo; resistência para o propósito; pode ser reembasada; cores variadas; pode ser trabalhada na boca. RESINA ACRÍLICA TERMOPOLIMERIZÁVEL Mais usada em casos extensos, quando há necessidade de maior resistência; somente técnica indireta. • Vantagens: maior resistência, estabilidade de cor, melhor polimento. FASES DE POLIMERIZAÇÃO RESINA ACRÍLICA 1. Arenosa; 2. Fibrilar; 3. Borrachoide; 4. Plástica; 5. Densa. TÉCNICAS RESINA ACRÍLICA a) Direta: restauração provisória é feita sobre o preparo na boca. b) Indireta: restauração provisória é feita fora da boca, a partir de um modelo ou de um escaneamento. TÉCNICA DIRETA • Vantagens: fácil execução; procedimento rápido; baixo custo. • Desvantagens: dificuldade de confecção em casos complexos; reação exotérmica; maior porosidade; menor resistência; alteração de cor a curto prazo. • Tipos de técnicas diretas: 1. Técnica da bolinha: a) Homogeneização da massa de resina acrílica na fase plástica; b) Acomodação da massa sobre o preparo na fase borrachoide; c) Impressão do antagonista; d) Controle da polimerização; e) Remoção dos excessos, reebasamento, escultura, ajuste oclusal, polimento e cimentação. 2. Técnica uso de facetas de dente de estoque: a) Escolha do dente de estoque (cor, tamanho e forma); b) Desgaste lingual e cervical do dente de estoque e prova; c) Massa de resina acrílica na lingual da faceta adaptada no preparo; d) Remoção dos excessos, reembasamento, ajuste oclusal, polimento e cimentação. 3. Técnica provisória com retenção intracanal: a) Indicação para dentes com tratamento endodôntico, sem retenção coronária. Uso de virola e retenção do fio de orto e metal pin. 4. Técnica prótese adesiva provisória: a) Alternativa conservadora para reposição de 1 dente. TÉCNICA INDIRETA • Vantagens: resistência; maior estabilidade de cor; melhor acabamento e polimento; menor porosidade; melhor estética; menos ajustes clínicos. • Desvantagens: custo; mais de 1 consulta; necessidade de fase laboratorial. 18 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia CIMENTAÇÃO PROVISÓRIA Selamento marginal; facilidade de remoção na consulta; estbilidade durante a mastigação. Cimentos à base de óxido de zinco e eugenol, óxido de zinco sem eugenol e hidróxido de cálcio. RETENTORES INTRARRADICULARES Indicados para dentes com grande destruição coronária e tratamento endodôntico. • Tipos de retentores intrarradiculares: a) Núcleo metálico fundido: peça modelada e cimentada no conduto do dente que precisa de retenção coronária para a prótese. b) Pino pré-fabricado de fibra de vidro: peça protética cimentada no conduto do dente que precisa de retenção para a prótese e/ou dissipar tensões para uma área maior. • Considerações sobre os dentes tratados endodonticamente: a) Perda de estrutura dental; b) Desidratação da dentina; c) Remoção dos mecanorreceptores do tecido pulpar; d) Possível alteração na refração da luz através do dente. DENTE PILAR DE PRÓTESE FIXA Capacidade de suportar cargas oclusais que lhe serão impostas. • Recursos para aproveitamento: a) Aumento de coroa clínica: b) Extrusão ortodôntica: O dente pilar de prótese fixa deve ser preparado para obter forma de retenção e de resistência. Utiliza-se núcleo/pino sempre que for necessário restaurar a porção coronária do remanescente dentário para obter retenção e resistência para a restauração definitiva ou se há necessidade de dissipar tensões para uma área maior (remanescente, raiz e osso alveolar). Se a estrutura coronária sofreu destruição moderada, com preservação de paredes que permitem retenção de um preenchuimento com material restaurador será indicado somente um núcelo de preenchimento (mais comum em molares [> volume]). • Núcleo de preenchimento: Uso de resina composta com o objetivo de preencher cavidades retentivas, antes do preparo. 19 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia Se a destruição coronária foi severa e não existe estrutura para reter o núcleo de preenchimento, será indicado o pino pré-fabricado + núcleo de preenchimento ou o núcleo metálico fundido. Se há necessidade de dissipar tensões para uma área maior (remanescente, raiz e osso alveolar), será indicado o pino pré-fabricado + núcleo ou núcleo metálico fundido. • Coroa total unitária: geralmente, o pino estará indicado. • Restaurações adesivas onlay ou lâminado cerâmico: o uso do pino poded ser dispensado se outros fatores permitirem. • Retentor de PPR: necessidade de pino aumenta, pois a resistência ao deslocamento tem que ser maior (indicar núcleo metálico fundido). PINOS METÁLICOS São estruturas pré-fabricadas ou customizadas, que são cimentadas em dentes tratados endodonticamente, com a finalidade de aumentar a retenção das restaurações. O pino quanto mais justaposto e encaixado, terá uma maior estabilidade. Os pinos metálicos tem um alto módulo de elasticidade = + rígidos. • Indicações: a) Dentes tratados endodonticamente, com perda significativa da estrutura coronária (superior a 50%) e estruturas nobres, como cristas marginais e teto da câmara pulpar. A perda dessas estruturas acarreta em um aumento da deflexão das cúspides e estruturas coronárias remanescentes levando a fratura. b) Os dentes posteriores recebem forças no sentido vertical, dispensando a utilização de pinos intra-radiculares em restaurações adesivas. No entanto quando a perda coronária for muito extensa um pino metálico indireto deve ser indicado, para fornecer retenção a coroas protéticas. c) Por outro lado, nos dentes anteriores as forças incidem obliquas e horizontalmente. O pino intra-radicular dissipa forças ao longo da porção coronária e raiz, prevenindo a fratura. d) Em dentes responsáveis pela guia de desoclusão como os caninos, os pinos são recomendados. Pacientes com hábitos parafuncionais tendem a fazer muita força de cisalhamento o que contribui para a indicação do pino para dissipar o estresse. • Contra-indicações: a) Canais dilacerados comprometem a inserção do pino em profundidade adequada. b) Canais muito dilatados que apresentam pouca dentina nas paredes radiculares exigem u uso de resina para reforçar as paredes previamente a instalação do pino intra-canal. c) Número de etapas clínicas para aplicação do sistema adesivo (ácido, primer e adesivo). PINOS DIRETOS • O pino intra-radicular metálico fundido é confeccionado de forma indireta em relação ao formato do canal radicular, que ocasiona uma série de limitações: procedimentos de moldagem, confecção intra canal no provisório, etapas laboratoriais, remoção do cimento provisório e cimentação do pino definitivo. Eles são passíveis de corrosão, escuros, não estéticos, muito rígidos e por conta dessa rigidez transmite muita tensão ao dente, não reforçam a estrutura radicular por não se unirem a estrutura dental, apresentam muita rigidez superiorao dente transmitindo maior tensão a porção radicular quando se submetem as forcas externas, requerem um desgaste adicional do canal radicular. 20 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia PINOS INDIRETOS Durante as etapas de confecção do pino indireto ocorre a exposição da obturação endodôntica a saliva, estabelecendo contato bacteriano. Por conta dessas alterações os pinos indiretos são indicados quando há necessidade de modificar a inclinação coronária do núcleo, e conseguir um paralelismo favorável na reabilitação protética. Os pinos indiretos são preferencialmente indicados em dentes que serão pilares de prótese fixa, enquanto os diretos em dentes que irão receber restaurações unitárias. • Indicações: a) Quando há necessidade de modificar a angulação da porção coronária. b) Reabilitações extensas, facilitando a obtenção do paralelismo. c) Pilar PPF ou PPR. • Desvantagens: a) Necessidade de modelagem ou moldagem. b) Etapa laboratorial. c) Maior tempo de trabalho. d) Maior custo. e) Passíveis de corrosão (metálicos). f) Podem interferir na estética da restauração. g) Desgaste adicional da dentina. h) Elevada rigidez. PINOS DE FIBRA PRÉ- FABRICADOS Esses sistemas podem reduzir a incidência de fraturas da raiz se comparado aos pinos pré-fabricados metálicos ou metálicos convencionais. Os sistemas de fibra são cimentados com sistemas adesivos, sendo de preferência os adesivos duais ou quimicamente ativados. • Vantagem: a) Aumenta resistência radicular. b) Módulo de elasticidade: similar ao da dentina, apresentando maior resistência à fadiga, diferente dos pinos metálicos, que podem gerar áreas de concentração de tensões, podendo ocasionar, como consequência, trincas e fraturas na estrutura dentária. c) Menor tensão sobre a estrutura radicular. d) Menor risco de fratura radicular. • Desvantagem: a) Maior risco de infiltração marginal na interface dente-restauração. b) Preparo do conduto: menor necessidade de desgaste dentinário, resultando em maior remanescente radicular e maior resistência. c) Estética: as fibras de vidro possuem como base sílica, cálcio, boro, sódio e alumínio, junto com as fibras de polietileno, são os pinos mais estéticos. d) Dentes endodonticamente tratados e restaurados com este tipo de pino apresentam padrão mais favorável de fratura, caso elas ocorram. e) Fratura radicular: a fratura radicular de dentes restaurados com fibra de vidro é menor, se comparado aos restaurados com pinos cerâmicos e metálicos fundidos, devido à melhor distribuição de forças neste sistema. • Pinos de fibras são divididos em: fibras de carbono (resiliente); fibras de vidro (estético); quartzo; zircônia. 21 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia NÚCLEO METÁLICO FUNDIDO (NMF) • Proporções: a) 2/3 do comprimento da raiz (ideal); (B) b) Proporção de 1:1 em relação ao tamanho da coroa (mínima); c) Vedamento apical de 3 a 5mm. (C) • Núcleos curtos: • Diâmetro do preparo intrarradicular: Não deverá exceder a 1/3 do diâmetro da raiz (proporcionalmente). • Espessura do núcleo: • Requisitos básicos para o preparo: a) Término: chanfro. b) Remanescente coronário com espessura mínima de 1mm e de 1,5 a 2mm de altura. c) Efeito férula: efeito de abraçamento proporcionado pela coroa que evita a fratura de remanescente. d) Assentamento positivo: apoio no sentido ocluso-gengival. • Técnica de modelagem do conduto: fundição direta e indireta. 22 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia PINOS ESTÉTICOS a) Indicados para restaurações parciais ou totais em cerâmca pura ou compósito (permitem a difusão da luz). b) Módulo de elasticidade semelhante ao da dentina. c) Remanescente coronário no mínimo 2mm. d) Férula e assentamento (área de espelhamento). e) Comprimento do pino intracanal pode ser igual ou um pouco suprerior ao comprimento do núcleo clínico e seu diâmetro fica limitado à morfologia do canal. • Situação clínica ideal: Pino ocupa a maior área preenchida pelo cimento resinoso (pinos pré-fabricados). CIMENTO O cimento resinoso associado ao sitema adesivo propicia maior retenção comparado aos cimentos de ionômero de vidro, além de proporcionar um reforço a estrutura radicular. • Função: “amortecedor”, redireciona e dispersa as forças impostas à raiz; componente menos rígido do conjunto núcleo/pino/cimento/dentina. • Cimento resinoso: contração de polimerização e menor resistência. MATERIAL DE PREENCHIMENTO • Resina composta: material de eleição; alta resistência de união ao dente; facilidade de manipulação; estética; módulo de elasticidade semelhante ao da dentina; resistência mecânica adequada. MOLDAGEM • Objetivos da moldagem: copiar detalhes dos dentes e tecidos com mínima distorção; transferir a condição bucal para a bancada do laboratório. • Finalidades: a) Diagnóticos: modelos de estudo. b) Execução do plano de tratamento: duplicação de enceramentos; confecção de restaurações provisórias; confecção de NMF indiretos; moldagens de trabalho; moldagens de transferência; registros de mordida. • Materiais elásticos: • Os materiais devem: a) Reproduzir fielmente o preparo, dentes e tecidos adjacentes; b) Ser fluído o bastante para se adaptar aos tecidos bucais; c) Ser viscoso o suficiente para ficar contido na moldeira; d) Não deve distorcer ou rasgar quando removido da boca; e) Biocompatível.; f) Tempo de trabalho satisfatório; g) Cor que facilite a visualização de detalhes; h) Ser passível de desinfecção; i) Ser compatível com gessos, revestimentos, resinas epóxicas. 23 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia • Estabilidade dimensioal: Propriedade de conservar sua forma original sem distorções ao longo do tempo; materiais com baixa estabilidade dimensional devem ser vazados dentro de um curto espaço de tempo. • Resistência ao rasgamento: Importante em áreas interproximais e subgengivais. • Facilidade de vazamento: Esta propriedade está diretamente relacionada à hidrofilia do material; materiais hidrófilos permitem vazamento mais fácil e aqueles que têm como característica serem hidrófobos, podem ser melhorados com o uso de surfactantes sobre a superfície do molde antes do vazamento. • A escolha do material de moldagem vai depender: a) Objetivos da moldagem; b) Características do material; c) Fidelidade de reprodução; d) Técnica de moldagem/tipo de moldeira; e) Condição intra-oral; f) Custo do material; g) Habilidade do profissional. • Requisitos para moldagem: a) Saúde gengival: restaurações provisórias adequadas. b) Visualização do término cervical: acabamento do preparo; controle dos fluídos e da saliva; hemostasia; afastamento lateral da gengiva. c) Extensão do preparo no sulco: supragengival x subgengival. • Tipo de afastamento gengival: a) Afastamento mecânico: uso de coping de moldagem. b) Afastamento químico-mecânico: uso de fio retrator e hemostático. 24 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia ALGINATO • Indicação: moldagem de estudos; do arco antagonista; de transferência; de trabalho de PPR; anatômica de PT. • Cuidados indispensáveis: a) Respeitar proporção pó e líquido do fabricante; b) Posição paciente/profissional; c) Incorporar todo o pó no líquido; d) Aplicar com o dedo em áreas de retenção; e) Posicionar o lábio por cima da moldeira; f) Vazar imediatamente e/ou mantê-lo em umidificador; g) Não usar a mesma cuba para gesso; h) Remover excessos sem apoio. POLISSULFETO, POLIÉTER E SILICONES • Indicação: moldagem de estudos; do arco antagonista;de transferência; de trabalho de PPR; anatômica de PT; de trabalho em prótese fixa e removível. AFASTAMENTO QUÍMICO- MECÂNICO • Substâncias para hemostasia e afastamento gengival: a) Adrenalina (epinefrina): desuso; b) Cloreto de alumínio; c) Sulfato férrico; d) Sulfato de alumínio; e) Sulfato potássico de alumínio (Alume). FIO RETRATOR a) 1º fio (menor calibre): conter fluidos do sulco e facilitar a visualização do término durante o refinamento do preparo. b) 2º fio (maior calibre): afastamento lateral da gengiva. PROVA E AJUSTES • Trabalho em equipe: I. Restaurações metálicas fundidas (RMF): • No laboratório, avaliar: a) Adaptação ao troquel: cobertura de todo o preparo (excesso/ausência); eixo de inserção; fidelidade da cópia interna (caixas/sulcos); contato proximal. • Etapas para o ajuste de uma RMF: 1. Dentes vitais: anestesia; 2. Remoção da restauração provisória e do cimento sobre o preparo; 3. Ajuste dos contatos proximais; 4. Ajuste da superfície interna; 5. Verificar adaptação cervical (marginal): quanto mais precisa, menor a solubilidade dos cimentos; menor retenção de placa bacteriana; menos doença periodontal; menor a recidiva de cáries; 6. Ajuste oclusal; 7. Polimento; 8. Jateamento interno; 9. Cimentação definitiva. II. Restaurações parciais cerâmicas: • Etapas para o ajuste de uma restauração cerâmica: 1. Dentes vitais: anestesia; 2. Remoção da restauração provisória e do cimento sobre o preparo; 3. Ajuste dos contatos proximais; 4. Ajuste da superfície interna; 5. Verificar adaptação cervical (marginal); 6. Cimentação definitiva; 7. Ajuste oclusal; 8. Polimento. 25 @odontotro7ao - Jonathan Melo – Odontologia III. Coroas totais (prova do casquete metálico ou cerâmico): • No laboratório, avaliar: b) Adaptação ao troquel: cobertura de todo o preparo (excesso/ausência); eixo de inserção; fidelidade da cópia interna (caixas/sulcos); espaço para a cerâmica. • Etapas para o ajuste do casquete (infra- estrutura): 1. Dentes vitais: anestesia; 2. Remoção da restauração provisória; 3. Remoção dos restos de cimento sobre o preparo; 4. Ajuste da superfície interna; 5. Verificar adaptação cervical (marginal): sondagem; 6. Verificar o espaço interoclusal para a aplicação da cerâmica; 7. Registro intermaxilar com resina sobre os casquetes; 8. Moldagem de transferência: devolver a referência do contorno gengival e ajuste mais preciso dos contatos proximais; 9. Escolha da cor; 10. Prescrição laboratorial para aplicação de cerâmica e glaze. IV. Prova da cerâmica: • Etapas para a prova da cerâmica: 1. Ajuste dos contatos proximais; 2. Ajuste dos contatos oclusais; 3. Contornos; 4. Estética; 5. PPFs: pônticos e espaço para higienização (ameias); 6. Polimento ou glaze; 7. Cimentação definitiva. Referências: 1. ROSA, Andréia; Diagnóstico e Planejamento Protético. 2022. 43 slides. 2. ROSA, Andréia; Prótese Parcial Removível. 2022. 65 slides. 3. ROSA, Andréia; Prótese Parcial Removível Delineamento, Preparo e Moldagem. 2022. 47 slides. 4. ROSA, Andréia; Princípios Biomecânicos em PPR. 2022. 27 slides. 5. ROSA, Andréia; Moldagem em PPR. 2022. 66 slides. 6. ROSA, Andréia; Princípios dos Preparos Protéticos. 2022. 52 slides. 7. ROSA, Andréia; Restaurações Provisórias. 2022. 43 slides. 8. ROSA, Andréia; Retentores Intrarradiculares I. 2022. 28 slides. 9. ROSA, Andréia; Retentores Intrarradiculares II. 2022. 45 slides. 10. ROSA, Andréia; Moldagem em Prótese Fixa. 2022. 67 slides. 11. ROSA, Andréia; Prova e Ajustes das Restaurações Indiretas. 2022. 52 slides. 12. Pinos Metálicos x Pinos de Fibra Pré- Fabricados. OdontoUP. Disponível em: < https://www.odontoup.com.br/pinos-metalicos- x-pinos-de-fibra-pre- fabricados/#:~:text=Os%20pinos%20indiretos %20s%C3%A3o%20preferencialmente,que%2 0ir%C3%A3o%20receber%20restaura%C3%A 7%C3%B5es%20unit%C3%A1rias.&text=Esse s%20sistemas%20podem%20reduzir%20a,fab ricados%20met%C3%A1licos%20ou%20met %C3%A1licos%20convencionais.>. Acesso em: 23 de jun. de 2022.
Compartilhar