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RESIDENT EVIL 3 STAR WARS THE GAME AWARDS As primeiras informações do mais grandioso remake Jedi Fallen Order é uma mistura de Uncharted e Sekiro no mundo dos Jedis Destaques, vencedores e revelações da maior premiação gamer do mundo A no 2 1 | N º 26 4 final fantasy VII + 54 jogos que você não pode perder em 2020 4 facebook.com/PlayStationRevistaOficial Temporada agitada E começa uma nova fase grandiosa para o PlayStation e seus fãs. Além de ser um ano icônico, já que será o início da geração PlayStation 5, também é uma temporada promissora para o gigante PS4, o console que já vendeu mais de 100 milhões de unidades. Para ressaltar todo o poder do catálogo de jogos, a matéria de capa desta edição seleciona os 55 jogos mais promissores que serão lançados nos próximos meses para PS4 e PS VR. Jogos exclusivos como The Last of Us Part II, Ghost of Tsushima e Final Fantasy VII Remake provam que será um ano para entrar na história do PlayStation, família de consoles que acabou de comemorar 25 anos de sucesso. Humberto Martinez EDITOR 06 STATE OF PLAY 08 GAME AWARD 12 PREVIEW 2020 42 STAR WARS JEDI FALLEN ORDER 44 NEED FOR SPEED HEAT 46 SHENMUE 3 50 COLEÇÃO DE CARDS su m á r io Fundador: Aydano Roriz Diretores: Luiz Siqueira Tânia Roriz Diretor Executivo: Luiz Siqueira Diretor Editorial e Jornalista Responsável: Roberto Araújo – MTb.10.766 e-mail: araujo@europanet.com.br REDAÇÃO Editor: Humberto Martinez Colaborou: Douglas Pereira Editor de Arte (projeto e capa): Nani Dias PUBLICIDADE publicidade@europanet.com.br São Paulo Angela Taddeo, Alessandro Donadio, Elisangela Xavier, Ligia Caetano, Renato Peron e Roberta Barricelli Outras regiões Head de Publicidade Regional: Maurício Dias - (11) 98536-1555 Brasília: New Business - (61) 3323-0205 Pernambuco: Espaço de Mídia - (81) 99976-8544 Santa Catarina: MC Representações – (48) 9983-2515 EUA e Canadá: Global Media +1 (650) 306-0880 ASSINATURAS E ATENDIMENTO AO LEITOR Gerente: Fabiana Lopes (fabiana@europanet.com.br) Coordenação: Tamar Biffi (tamar@europanet.com.br) Equipe: Gabriela Silva, Camila Brogio, Regiane Rocha, Josi Montanari e Bia Moreira ATENDIMENTO LIVRARIAS E BANCAS - (11) 3038-5100 Paula Hanne (paula@europanet.com.br) EUROPA DIGITAL (www.europanet.com.br) Gerente: Marco Clivati (marco.clivati@europanet.com.br) Equipe: Anderson Ribeiro, Anderson Cleiton, Fabio Molliet e Karine Ferreira PRODUÇÃO, EVENTOS E MARKETING Gerente: Aida Lima (aida@europanet.com.br) Arte: Jeff Silva Equipe: Beth Macedo (produção) e Laura Araújo (arte) DISTRIBUIÇÃO E LOGÍSTICA Coordenação: Henrique Guerche (henrique.moreira@europanet.com.br) Equipe: Gabriel Silva e Edvaldo Santos ADMINISTRAÇÃO Gerente: Renata Kurosaki Equipe: Paula Orlandini e Gabriel Tadeu DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL Tânia Roriz e Elisangela Harumi Rua Alvarenga, 1416 – São Paulo, SP CEP 05509-003 Telefone: 0800-8888-508 (ligação gratuita) São Paulo: (11) 3038-5050 Pela internet: www.europanet.com.br E-mail: atendimento@europanet.com.br A PlayStation: Revista Oficial – Brasil é uma publicação da Editora Europa Ltda. (ISSN 0104-8732). A Editora Europa não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios de terceiros. As reportagens localizadas da PlayStation Official Magazine são propriedades da Future Publishing, uma empresa do grupo Future Network, Reino Unido, 2006. * PLAYSTATION é uma marca registrada da Sony Interactive Entertainment, Inc. Distribuidor Exclusivo para o Brasil: Total Publicações Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1.678. CEP 06045-390 - Osasco, SP Impressão: Log & Print Gráfica e Logística PlayStation: Revista Oficial - Brasil, Edição # 264, janeiro de 2020 EDIÇÕES DIGITAIS • EuroClube • GoRead • Tim Banca • Claro Banca • Oi Revistas • Clube de Revistas • Bancah • UOL Banca • Nuvem do Jornaleiro • Revistarias • Mais Banca • Magzter • Ubook • Bookplay NOSSO OBJETIVO É A EXCELÊNCIA. 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O anúncio foi feito no programa State of Play da Sony, que são transmissões com cerca de 20 minutos que a empresa faz ao longo do ano. O State of Play costuma destacar um jogo, que nesse caso é a reimaginação de RE3, cercado de outros jogos menores. O programa pode passar a impressão errada para quem o compara como uma conferência da Sony na E3, mas agrada quem entende seu real propósito: ser um canal rápido e dinâmico para comunicar novidades esporadicamente. E tivemos bons anúncios na última edição do programa. A começar pela chegada do ganso malvado de Untitled Goose Game ao PlayStation, um indie que conquistou o público por seus momentos divertidos no controle de uma ave que faz de tudo para sacanear pessoas. Também foi anunciado o lançamento oficial de Dreams (o que existe atualmente é um early access) em 14 de fevereiro e o muito interessante Superliminal, que usa perspectiva para criar quebra-cabeças. São jogos que conseguem animar até com trailers curtos. Já outros não conseguem ser mostrados da melhor maneira: Paper Beasts é um jogo em VR contemplativo e de experimentação que só parece chato em um trailer normal, sem aquele jeito de anúncio escolhido a dedo. Ou o jogo 4 contra 1 do Predador, que pelo menos não tem mais visual de jogo de PS2, mas ainda não convence com o pouco divulgado. Foram dois trailers realmente com cara de grande anúncio: o retorno de Babylon’s Fall, nova colaboração da Square Enix com a Novidades do State of Play Remake de Resident Evil 3 foi a estrela da última transmissão da Sony em 2019 Assim como Resident Evil 2, RE3 foi reconstruído do zero e ganhou momentos de história inéditos 7 Dreams (abaixo) possibilitou milhares de criações dos jogadores Vai levar um tempo para acostumar com o novo visual de Jill Valentine e do grande monstro do jogo, Nemesis Paper Beast é uma obra de Eric Chahi, criador do clássico Another World Project Resistance vai aumentar a quantidade de histórias de Resident Evil 3 O protagonista de Untitled Goose Game adora roubar objetos e grasnar como uma buzina velha Superliminal ignora a física e oferece enigmas de manipulação da realidade Platinum Games (são os mesmos envolvidos com Nier: Automata, mas sem o diretor Yoko Taro) que estava sumido desde a E3 2018. É um jogo de ação estilo Platinum, que aparentemente tem um mundo denso e diferentes classes para personalizar seus poderes. O outro foi o remake de Resident Evil 3, já perto de chegar, previsto para 20 de abril. Mas pensando friamente, como RE3 se passa na mesma Raccoon City e até em parte do departamento de polícia, muito do trabalho de criar artes e afins já foi feito durante o remake de Resident Evil 2. Mesmo assim, este também é um jogo mudado profundamente em relação ao original. A Jill está com um daqueles rostos realistas impressionantes que a Capcom tem feito nos últimos anos, e dá para ver que existem mais cenas e lugares, tal como RE2 Remake– um pequeno trecho dá a entender que vão se aprofundar mais na origem do monstro Nemesis, por exemplo. Dá também para notar algumas pequenas diferenças de gameplay em comparação com o que RE3 tinha, como a esquiva da Jill, e apesar de o trailer ter uns momentos em primeira pessoa, tudo indica que ele será em terceira pessoa mesmo, como o remake anterior. A outra surpresa é que Project Resistance, na verdade será um modo multiplayer que vem junto com RE3, e não algo separado – na edição anterior, mostramos certas dúvidas de que ele conseguiria se segurar sozinho e ainda parecia um jogo bem cru. Agora faz sentido, como um complemento de RE3. já que ambas as ações pedem o seu polegar direito. Mas a Sony anunciou um novo produto muito interessante: um acessório que se encaixa por baixo do DS4 e acrescenta dois botões extras atrás, e ainda vem com uma pequena tela para configurar os botões e salvar até três perfis diferentes. Vai ser lançado por US$30 no dia 24 de janeiro (sem data para o Brasil). Você pode achar caro que isso custe metade de um DualShock 4, mas pense que controles profissionais custam pelo menos cinco vezes mais que esse acessório – é uma alternativa oficial e mais barata. AGENDA 8 TUDO O QUE ACONTECE DE MELHOR E MAIS CURIOSO NO UNIVERSO PLAYSTATION NOTÍCIAS RÁPIDAS UM GOSTINHO DO TERROR A demo de Resident Evil 2 Remake voltou à PSN, agora sem limite de tempo, ao contrário da época antes do lançamento. E agora há uma surpresa extra: dá para sair pela porta da frente da delegacia e ir para a entrada. Lá fora, fique atento e você ouvirá o STAAAAARS mais assustador da sua vida, já dando um gosto do Nemesis de Resident Evil 3 Remake. Disco Elysium, o grande premiado da noite, chegará no PS4 este ano Sempre tem gente querendo criticar o The Game Awards, o maior evento anual que premia jogos e seu mercado. Há quem ache as premiações bobas, com muitos comerciais, que os trailers não deviam ser tão importantes quanto os vencedores, que é muito longo... Mas o evento continua a crescer em relevância. O TGA fica mais divertido a cada ano, os votos do júri ficam menos bizarros e a produção, apesar de ser um tanto comercial demais (e precisa ser, afinal é um evento independente que tem que se pagar de alguma forma), mostra reverência considerável aos videogames e sua integração ao resto da cultura pop em geral – este ano tivemos uma apresentação do Green The Game Awards 2019 Muitos prêmios e poucos anúncios na celebração dos videogames Day e a dos Muppets, que foi um dos momentos favoritos da noite com as piadas envolvendo o jogo do ganso. Os grandes ganhadores de 2019 foram Disco Elysium, RPG de PC que levou todos os quatro prêmios que disputou (RPG, narrativa, melhor indie e melhor jogo de estreia de estúdio); Death Stranding, que ganhou melhor trilha sonora, melhor atuação (Mads Mikkelsen como Cliff) e melhor direção; e Sekiro: Shadows Die Twice, que levou o grande prêmio de melhor jogo de 2019. Alguns prêmios que nos deixaram contentes foram os de melhor jogo de ação para Devil May Cry 5 (não confundir com a categoria ação/aventura, onde Sekiro venceu), e direção de arte para Control, que só levou esse, mas pelo menos foi lembrado. Sekiro, com seus controles perfeitos e inimigos incríveis, é o inquestionável campeão de 2019 9 HORA DE FATURAR O primeiro DLC de Borderlands 3 já está disponível. Moxxi's Heist of the Handsome Jackpot consiste em um grande assalto. Moxi está reunindo um time de especialistas para invadir uma estação espacial que já foi um dos maiores cassinos da galáxia. É preciso ter avançado bastante na campanha para acessar essa história adicional, que promete enormes recompensas na forma de espólios lendários inéditos e muito erídio. Só que, para chegar no tesouro, você terá que superar a segurança da Hyperion e as armadilhas de Jack Bonitão. OS MAIS VENDIDOS Conheça os campeões de vendas nas lojas brasileiras. PS4 PS3 Baseado no painel de varejo da GfK, empresa que monitora mensalmente as vendas nos principais varejistas do Brasil - www.gfk.com/br LEGENDA Posições que caiu | Posições que subiu | (X) Frequência na lista, em edições | — — Manteve a posição | () Estreia ou retorno à lista TÍTULO STATUS eFOOTBALL PES 2020 1 (4) FIFA 20 1 (3) God of War 1 (16) FIFA 19 1 (13) Death Stranding () Marvel's Spider-Man 2 (14) Call of Duty: Modern Warfare 4 (2) Star Wars Jedi Fallen Order () Days Gone 1 (2) Horizon Zero Dawn () TÍTULO STATUS FIFA 19 1 (13) Minecraft 3 (8) Grand Theft Auto V 2 (51) LEGO Jurassic World 1 (20) LEGO Star Wars: O Despertar da Força 1 (2) LEGO Marvel Vingadores - - (6) Just Dance 2018 - - (5) Resident Evil 5 1 (2) Metal Gear Solid V: The Phantom Pain () PayDay 2 () NOVEMBRO Contemple Godfall (acima), o primeiro jogo revelado de PlayStation 5. Ele é lindo, obviamente, mas parece uma evolução chique de Warframe SEM PROMESSAS O que faltou no evento foram anúncios grandes. Claro, ter a revelação de nome e design do novo Xbox junto com um teaser de Hellblade 2 foi grande para a concorrência, mas fora isso tudo ficou meio morno. Isso inclui a revelação de Godfall, tecnicamente o primeiro jogo confirmado para PlayStation 5, que, apesar de lindo, não parece lá muito interessante – e muito provavelmente o trailer foi feito em cima de uma versão de PC, já que ele também será lançado na Epic Games Store. De anúncios mais relevantes ao PlayStation, podemos citar The Wolf Among Us 2, algo que era meio improvável dada a morte da Telltale, mas que de alguma forma aconteceu; alguns jogos single player de League of Legends que podem ou não chegar aos consoles (aliás, a maioria dos anúncios sequer tinha plataformas claras, o que provavelmente indica que tudo vai chegar a essa e à próxima geração também); e um jogo de Velozes e Furiosos que será lançado na mesma época do filme, em maio, e tem visual de jogo de lançamento do PS4. Também rolou um bom trailer de Ghost of Tsushima, talvez o último grande exclusivo da Sony para o PlayStation 4. O grande motivo de poucas surpresas de peso é certamente a chegada iminente da próxima geração, o que faz todo mundo guardar as revelações ou por motivos estratégicos ou simplesmente por não ter nada muito pronto ainda para mostrar – lembre-se que primeiro ano de console nunca tem uma boa listade jogos que tiram muito proveito do hardware, o que significa que ainda levará um tempo até vermos projetos grandes chegarem exclusivamente ao PS5 e não junto com o PS4. Se por um lado ainda não vimos alguns projetos bem aguardados no TGA, por outro temos certeza de que 2020 vai ter um monte de anúncios bombásticos. O visual de Fast and Furious Crossroads parece ultrapassado 12 P R E V 2 0 Mais de 50 jogos promissores que você CAPA 13 I E 2 0 precisa jogar em 2020 no seu PS4 e PS VR W 14 CAPA E stamos quase completando 23 anos desde o lançamento de Final Fantasy VII no PS1. Ele contava uma história madura por meio das mecânicas que já eram amadas em RPGs, mas com um clima cinematográfico que só podia ser alcançado naquele novo hardware. Ele mudou a indústria. Agora, em 2020, Final Fantasy VII Remake tenta repetir a proeza ao reimaginar sua história para uma nova geração e recriar parte da Midgar do jogo original. Ela já era impressionante na época, mas no PS4 a cidade de Midgar está mais autêntica que nunca, cheia de lugares que indicam histórias e segredos que nunca vimos antes. É um lugar avançado tecnologicamente graças à energia Mako, uma versão refinada da própria força vital do planeta. Os reatores Mako estão matando o planeta aos poucos, mas isso não faz muita diferença para a empresa Shinra, que domina a cidade e ganha muito dinheirocom essa energia. É por isso que o grupo ecoterrorista AVALANCHE quer destruir os reatores e para isso contrata Cloud Strife, um ex-SOLDIER (soldados de elite da Shinra) que virou mercenário. Quando contra a Shinra começa a crescer, as coisas ficam fora de controle e colocam em perigo o próprio planeta. Mas os membros da AVALANCHE não são os únicos com problemas com a empresa inescrupulosa: Sephiroth, um homem misterioso que tem um passado com Cloud também está envolvido e não quer nem saber de quem vai ser pego no meio do fogo cruzado. A parte de Midgar no início do FFVII original era a introdução empolgante ao jogo e levava umas cinco horas para terminar, para depois você ser jogado no mapa do mundo. Agora, essa parte foi expandida para o tamanho de um Final Fantasy atual inteiro. Tudo que vimos até agora e que estava na inesquecível jornada original ganhou profundidade: o embate da AVALANCHE com o Presidente Shinra fica mais complicado por ele ligar o grupo ao conflito recente com a cidade de Wutai; os Turks, grupo de agentes especiais da Shinra que caça os terroristas, ganhou mais peso; e um novo SOLDIER, que também está atrás de Cloud e sua gangue, foi revelado em um trailer. As relações entre personagens também ganharam mais peso, e dá para ver que as interações entre Cloud, Aerith e Tifa foram expandidas antes e depois da infiltração da mansão do mafioso Don Corneo, e coisas como a Console PS4 | Lançamento 3 de Março | Produtora/Estúdio Square Enix FINAL FANTASY VII REMAKE O início da nova jornada 15 PREVIEW 2020 academia dessa parte continuam intactas (é uma loucura). E durante a sequência de abertura, no atentado contra o reator Mako, Cloud e Barret têm bem mais tempo para trocar farpas enquanto exploram o local em tempo real – nada de encontros aleatórios aqui, só ação no exato momento mesmo. Por enquanto só vimos o grupo principal dos quatro personagens que compõem a parte de Midgar, mas também já vimos summons como Ifrit e Shiva, que só apareciam mais para frente no original – o que faz sentido, agora que há muito mais oportunidades para lutar na cidade. CLUBE DA LUTA Muito do que vimos até aqui tem referência direta ao jogo original, mas com um verniz totalmente novo – Rude emboscando Cloud e Aerith perto da casa dela no Sector 5, por exemplo, ou a perseguição pela igreja destruída onde Aerith coleta suas flores, ou o combate tenso ao redor do pilar do Sector 7... Dito isso, graças aos novos elementos como o SOLDIER estreante, cenas inéditas entre Cloud e Sephiroth e outros mistérios insperados que habitam as ruas, sabemos que haverá muito, muito conteúdo nunca visto antes. Os momentos não têm apenas mais impacto por causa dos gráficos incríveis desse remake, mas por como a jogabilidade mudou, agora eles também têm uma sensação diferente. Explorar o mundo não é mais algo tão abstrato quanto no original. Você é apenas mais uma pessoa na rua e explora os ambientes e luta contra inimigos usando uma mistura de combate em tempo real e seleção de comandos. O combate tem um quê de Kingdom Hearts III ou Final Fantasy XV, mas é bem mais refinado e tático. Se o personagem certo usar a habilidade certa na hora certa, o rumo da batalha pode mudar totalmente. Cloud, por exemplo, pode chegar perto e atacar com sua espada, desviar de ataques e aumentar sua barra de AtB, que pode ser gasta em habilidades ou magia. Barret funciona de maneira similar, mas sua arma acoplada ao braço pode acertar inimigos distantes – perfeita contra aqueles que voam. Você acessa suas habilidades ao abrir o menu, o que deixa tudo em câmera lenta para poder escolher o que quer usar (também dá para cantar ordens aos outros membros do grupo) ou colocar certos comandos em atalhos para manter a ação rolando. Tudo se junta muito bem para produzir o que talvez seja o melhor combate em tempo real que a Square já fez, o que é uma renovação incrível do clássico. JÁ TESTAMOS ALGUMAS SUMMONS PODEROSAS COMO IFRIT E SHIVA POR DENTRO DO JOGO TETSUYA NOMURA, DIRETOR E ILUSTRADOR, SQUARE ENIX "Nós já começamos a trabalhar na próxima parte, mas estou confiante de que esse primeiro capítulo vai superar e aumentar as suas expectativas, assim como o mundo que vai se expandir além de Midgar." Não é só um remake: FFVII é a maior evolução e soma de sistemas que a Square tem criado para diversos de seus jogos CAPA 16 O JOGO É FLUIDO MESMO COM DÚZIAS DE INIMIGOS ATACANDO O JOKER AO MESMO TEMPO Persona 5 Scramble: The Phantom Strikers Pintando tudo de vermelho Ojogo da Omega Force no universo de Persona 5 é mais do que mais uma skin de Dynasty Warriors. Mas o estúdio é conhecido pelos jogos de "um contra mil", Dynasty Warriors, Samurai Warriors e Warriors Orochi, e por isso a escolha óbvia era fazer o primeiro jogo de ação de Persona. Seis meses depois das aventuras de P5, os Phantom Thieves estão tirando merecidas férias, quando precisam enfrentar uma ameaça que assombra o país inteiro. Isso significa participar de batalhas em larga escala no Metaverso, com o combate acrescentando detalhes do estilo de turnos em meio ao tempo real. Uma live mostrou o jogo em ação e ele parece muito fluido mesmo com dúzias de inimigos tentando acertar o Joker ao mesmo tempo. Já capturou nossos corações. Joker vai dizimar centenas de Shadows em combates frenéticos Console PS4 | Lançamento 31 de Março Produtora Atlus | Estúdio P-Studio Como a Atlus fez com Persona 3 FES e com Persona 4 Golden, ela pegou seu grande sucesso de 2017 e perguntou "e se fosse Persona 5, só que mais?". Esse é como um relançamento cheio de conteúdo novo em cima do original, incluindo um membro inédito no grupo, uma dungeon extra, outro confidente e mais um semestre inteiro para curtir, além de outras pequenas mudanças e melhorias. Se você não jogou da primeira vez, essa é a hora de corrigir isso (além de ser uma boa desculpa para comprar o jogo de novo). PERSONA 5 ROYAL De volta a Tóquio Há muito mais nesse jogo baseado no popular mangá e anime do que apenas apelar para o amor dos fãs. Esse é um JRPG completo, feito pelos veteranos da Gust, que se passa no mundo de Fairy Tail. Como é de se esperar, magia é parte importante das batalhas por turno, e você vai lutar por vários arcos baseados na série animada. Mesmo se não for fã do material original, este parece ser um bom JRPG que deve entrar na lista dos fãs do gênero. FAIRY TAIL Como animes ao vento Console PS4 | Lançamento 2020 Produtora Koei Tecmo | Estúdio Gust Co Console PS4 | Lançamento 20 de Fevereiro (Japão) | Produtora P-Studio, Omega Force Cloud ainda usa essa espada absurdamente grande. Está tentando compensar algo? SUCESSO FUTURO Embora o Final Fantasy VII original já tenha sido remasterizado mais de uma vez (há uma boa versão para PS4 atualmente), a ideia de um remake completo foi um sonho dos fãs durante uma década, desde que a abertura foi refeita em uma demo técnica para mostrar o poder do PS3 em 2005. Mas mesmo a palavra "Remake" no título do jogo de 2020 é um tanto estranha. Essa é uma obra nova, é a Square Enix sem medo algum de mudar radicalmente e reinterpretar até o cerne do que fez da primeira versão um ícone atemporal. É mais ou menos como pegar o básico e imaginar como seria se o jogo tivesse sido feito hoje. O que é uma escolha excelente, já que o original sempre vai existir – ter algo tão novo e diferente é empolgante, seja você um grande fã de Final Fantasy ou um novato na série. Ao construir em cima da fundação antiga e encontrar jeitos de fazer Final Fantasy VII funcionar em hardware mais avançado e para um público mais moderno, a Square Enix está construindo seu futuro sobre seus pilares mais sólidos do passado. De várias maneiras, esse remake está plantando as sementes para que outros jogos do portfólio sigam o mesmo caminho. JRPGs em turno ainda têmpúblico, mas Final Fantasy sempre foi uma série que usou as tecnologias mais recentes para levar o gênero inteiro para frente, seja com as cenas em CG e perseguições de moto do primeiro FFVII, ou os ambientes absurdamente realistas do episódio mais recente, Final Fantasy XV. Se o estúdio conseguir combinar com sucesso o que as pessoas amavam dos jogos clássicos com as inovações mais recentes, o gênero vai continuar a evoluir. A Square Enix aprendeu que às vezes é preciso olhar para o passado para descobrir o caminho do futuro, e depois de jogar um pouco de Final Fantasy VII Remake, estamos certos de que a nova viagem para Midgar vai ser incrível. CAPA 18 Console PS4 | Lançamento Março Produtora Huya | Estúdio Surgical Scalpels Console PS4 | Lançamento 2020 Produtora Private Division | Estúdio V1 Interactive Console PS4, PS VR | Lançamento 2020 Produtora Pixel Reef | Estúdio Pixel Reef Emergimos pelos painéis solares de uma estação espacial como um submarino chegando à superfície e pegamos nosso rival de surpresa. Dois tiros são o suficiente. Não existe cima ou baixo neste jogo de tiro em gravidade zero, e ele nos faz aprender táticas novas a cada round. É mais do que um Call of Duty no Espaço – as armas e upgrades são feitos para combate sem gravidade e oferecem maneiras curiosas de jogar, como jogar kits médicos que flutuam até os aliados. Boundary é promissor. Esse jogo não é exatamente um FPS convencional: trata-se de uma mistura de jogo de tiro e estratégia em tempo real. Você vê a ação em sua "Grav Cycle", uma moto voadora, e, apesar de poder atirar por conta própria, o lance mesmo é comandar seu exército que está a pé e mandar ele fazer o serviço. E o seu rival fará a mesma coisa. Cada unidade, personagem e exército têm habilidades e equipamentos únicos. As partidas são 5 contra 5 e tudo acontece em um ritmo bem frenético. Entre em um mundo surreal onde criaturas são feitas de uns e zeros. Paper Beast existe dentro de um servidor esquecido, onde os dados perdidos evoluíram para um ecossistema. Você explora esse mundo em seu PSVR e pode mexer em blocos de dados para fazer animais se aproximarem, mas isso também vai atrair predadores. A graça desse jogo de realidade virtual é ver um mundo se formar e mexer nele para ver o que acontece. BOUNDARY DISINTEGRATION PAPER BEAST E nquanto o jogo original era uma aventura um tanto estreita que quase nunca desviava da história de Joel e Ellie, The Last of Us Part II parece expandir a parte narrativa. O mundo é maior e mais vivo. Os humanos sobreviventes começaram a reconstruir a sociedade. Acampamentos viraram cidades e há um toque de normalidade na vida de Ellie. Fora dos muros da cidade, a história é bem diferente. Algumas pessoas não estão a fim de reconstruir nada e preferem investir em impérios cultistas bizarros. Ellie cresceu entre os dois jogos e é totalmente capaz de se defender. Ela corta o pescoço de um homem nas sombras, e nosso momento de satisfação acaba ao ouvirmos alguém gritar "pai!". Acabamos de matar o pai de alguém e agora estamos com um pouco de culpa (cada inimigo do jogo é alguém). O combate está mais flexível que nunca, com Ellie capaz de pular telhados e usar os escombros, como o que sobrou de uma sala, como cobertura. Cachorros podem sentir o cheiro dela e a tirar do esconderijo, mas Ellie pode contra-atacar deitando no chão e atirar no cachorro se estiver em um mato alto. A garota também sabe se virar contra os infectados, os ex-humanos zumbificados organicamente. Até agora, vimos três tipos THE L AST OF US PART I I Força nos detalhes Console PS4 | Lançamento 29 de Maio | Produtora Sony | Estúdio Naughty Dog OS INFECTADOS COMBINAM SUAS ARMAS PARA ATACAR COM MAIS EFICIÊNCIA (Bloaters, Clickers e Runners) que se combinam em combate para apresentar um perigo bem diferente dos homens maus com cachorros. Os Clickers podem matar com um único golpe, os Runners correm em sua direção e limitam suas opções, e os Bloaters são criaturas grandes e gasosas que emitem uma nuvem de vapor que queima a pele. Eles se ajudam bem: o gás dos Bloaters queima, mas também distorce o ambiente e serve de cortina de fumaça para os Runners atacarem de surpresa. Para ajudar contra esses perigos, há o novo sistema de upgrades. Em vez de apenas destravar melhorias que oferecem aumentos de atributos, o novo jogo permite combinar essas melhorias. Uma habilidade revelada permite que Ellie prenda a respiração enquanto mira para conseguir um disparo mais estável. Essa não é uma habilidade aprendida normalmente, mas ao combinar upgrades. Também existem "menus" de criação para fazer coisas como silenciadores para pistola, e só dá para criar isso se você aprender as melhorias corretas. Por trás da escala de The Last of Us Part II estão os pequenos detalhes, o olhar sinistro de um Runner em meio à névoa ácida ou a conexão emocional com um inimigo, que mostram de verdade o potencial dessa sequência de superar seu predecessor. 19 PREVIEW 2020 para escapar, mas não é infinito. Em vez de ser feito de forma procedural, o planeta foi criado a mão pela Typhoon Studios, e isso se reflete em como o time construiu o jogo todo. PLANETA ASTUTO Muitas coisas o ajudarão na exploração, como sementes de garra, tapetes elásticos e uma arma de energia solar. Cada lugar descoberto e criatura listada foi construído e posicionado cuidadosamente. "Criar tudo à mão foi superimportante para nós desde o início", diz Reid Scheider, chefe da Typhoon Studios. "O Alex costuma dizer que conteúdo procedural é um 'mingau infinito em que tudo tem o mesmo gosto'." Há muito para ver e explorar neste grande, vibrante e perigoso planeta. Console PS4 | Lançamento 28 de Janeiro Produtora 505 Games | Estúdio Typhoon Studios JOURNE Y TO THE SAVAGE PL ANET Seu novo emprego espacial S eu trabalho pode ser maçante, mas pelo menos ele não envolve ter que sobreviver em um planeta alienígena. Essa é sua meta em Journey to the Savage Planet, depois de ser mandado para lá sem direito a argumentação pela sua firma, a Kindred Aerospace, que orgulhosamente tem o título de "quarta maior empresa de exploração interestelar". "Exploração é o que eu mais gosto em um videogame", diz o diretor de criação Alex Hutchinson. "O sentimento de uma porta se abrir em um novo lugar e você poder ir para onde quiser é tão empolgante. Não canso disso". O planeta AR-Y 26 é um ambiente denso cheio de lugares para descobrir, vida selvagem para catalogar e perigos CADA CENÁRIO VISITADO FOI CONSTRUÍDO COM CUIDADO POR DENTRO DO JOGO ALEX HUTCHINSON, DIRETOR DE CRIAÇÃO DE JOURNEY TO THE SAVAGE PLANET "Como jogador, eu quero explorar um mundo que foi feito com um propósito específico, que é uma linha direta dos criadores até mim. Não quero encontrar sentido em algo feito por uma máquina. O problema, obviamente, é que também há uma linha direta entre conteúdo e trabalho. Não dá para pegar atalhos e você tem que fazer tudo por conta própria, e isso leva um tempo." 20 CAPA Console PS4, PS VR | Lançamento 2020 Produtora Tha Ltd. | Estúdio Enhance Games Console PS4 | Lançamento Segundo semestre Produtora/Estúdio Sega Console PS4 | Lançamento 2020 Produtora/Estúdio OtherSide Entertainment Games Tetris Effect, jogo anterior da Enhance, foi uma experiência profundamente humana, qualidade presente em Humanity, um jogo sobre seguir a multidão (composta por milhares de pessoas). Pessoas de poucos polígonos andam e seguem outras para criar um tráfego denso, quase como o de formigas. É preciso passar por pontes estreitas, mudar a direção de flechas enormes e colidir em dois grupos que se chocam como em um festival de metal. É uma experiência única. E se o Japão da década de 1940 tivesse robôs gigantes pilotados por mulheres? Não dá para negar que é uma premissa diferente, e elaestá voltando em breve – o última Sakura Wars foi lançado 15 anos atrás no PS2. Você controla o comandante da divisão Flor do Revue de Combate Imperial e precisa equilibrar seu tempo entre o dever de vencer ameaças demoníacas e a preparação para competir em um torneio internacional. É um hack 'n slash curioso. A SHODAN pode ser uma inteligência artificial maligna, mas ela sabe o que quer, não desiste de seus sonhos (a extinção da humanidade, que afirma ser uma praga no universo) e sabe como agir (através de tortura e experimentos inumanos). Desde o primeiro jogo, de 1994, ela se tornou uma vilã icônica que sussurra no seu ouvido e não lhe deixa em paz ao notar seu progresso. Dessa vez, ela está acompanhada de monstruosidades, como máquinas que torturam humanos desmembrados. HUMANITY PROJECT SAKURA WARS SYSTEM SHOCK 3 O jogo se passa nos arredores de Night City, e você joga com V, um(a) mercenário(a) que pode ser customizado do jeito que você quiser, não apenas em coisas básicas como cabelo e corpo, mas em implantes cibernéticos. Isso significa que você pode trocar partes de seu corpo por partes robóticas para ganhar vários bônus, que vão desde alguns sutis, como implantes oculares que destacam coisas no ambiente e traduzem outros idiomas, a braços com lâminas para cortar inimigos ou penetrar paredes sólidas. São três classes para jogar: NetRunners são ótimos hackers, Techies manjam de máquinas e Solos são combatentes. Mesmo assim, o sistema é fluido e permite combinar habilidades ou se especializar em uma classe, mas as modificações no seu corpo vão afetar o andamento das missões – poder entrar de forma furtiva em um esconderijo ou ter mais habilidade para entrar atirando pela porta da frente, por exemplo. É possível falhar missões e ainda assim continuar a história. Só é game over se você morrer. Existem muitas histórias para descobrir nas ruas de Night City, e embora você possa explorar o vasto espaço disponível com veículos, você vai querer parar de vez em quando para absorver os detalhes. Você escolhe um passado para V (garoto das ruas, nômade ou Corpo) que afeta onde o jogo começa, mas seu objetivo no início é simples de qualquer forma: se tornar o mercenário mais renomado da região. As coisas começam a sair do controle após um trabalho dar errado e V ser deixado à beira da morte com algo cibernético estranho em sua cabeça, e isso o leva a conhecer o fantasma digital de Johnny Silverhand CYBERPUNK 2077 Vivendo no futuro Console PS4 | Lançamento 16 de Abril | Produtora/Estúdio CD Projekt Red (Keanu Reeves). Ele não apenas é o frontman da popular banda Samurai, mas também é um nome importante no mundo de Cyberpunk 2020, que lutava contra as corporações que dominavam Night City. Ele vai ajudar durante o jogo, e descobrir por que ele está na sua cabeça é uma parte importante da jornada. 21 PREVIEW 2020 O chefe de narrativa da Hardsuit Labs, Brian Mitsoda, nos aponta qual é a alma do jogo: "Queremos que o jogador se sinta como um vampiro em tudo que faz". Ele admite que "o primeiro Bloodlines parecia mais um FPS normal no qual o jogador bebia sangue de vez em quando". Dessa vez, ele diz, "a violência do vampiro se reflete mais no combate. Ela não é só representada nas suas disciplinas, mas na velocidade de combate e na habilidade de escalar prédios e usar a altura para pular em um alvo/alimento". Pacifismo não é uma opção. "O Dale é um vampiro não quer entrar muito no jogo político dos clãs e quer se alimentar de ratos e bolsas de sangue", diz Mitsuda, se referindo ao seu companheiro de quarto novato no jogo. "Não seria legal jogar como o Dale. Afinal, sentar no banheiro e assistir TV o dia todo é ótimo na realidade, mas ninguém quer um jogo disso". Na parte de políticas vampíricas, tem horas em que brigas são necessárias, como diz a designer sênior de narrativa, Cara Ellison: "Infelizmente, esse é um mundo meio violento, então você vai ser atacado de vez em quando". Há muito incentivo para explorar Seattle. Cada distrito dessa versão fictícia da cidade é alterado por quem estiver no comando dele, e seus trabalhos sujos vão ditar o noticiário. Suas ações podem até irritar facções a ponto de elas se recusarem a trabalhar com você. Felizmente, você não está preso à primeira facção que fizer uma oferta. "Você pode ter oportunidades melhores se resolver mudar de lado", Mitsoda explica. "(…) tudo é muito ligado à personalidade, como com quais personalidades você se identifica mais? Ou então você aprende algo sobre um grupo ao se aliar a eles e pensa 'Descobri que esse cara não é o vampiro que eu achava que era, então vou embora'". Ellison diz que ela e Mitsoda se inspiraram bastante em contos urbanos e obras noir ao criar a narrativa, por isso sua lealdade em meio a tanta gente ruim vai ser meio complexa. Cada clã e facção encontrou um jeito de usar seus poderes para se proteger. "O maior poder é se manter anônimo", Mitsoda explica. "Alguns mandam pessoas fazerem o trabalho no lugar deles, ou têm tanto dinheiro que podem comprar seu anonimato, ou fazem parte de um submundo do crime que já tem um certo código de silêncio... Ou seja, vampiros usam o tecido da sociedade e manipulam várias estruturas políticas para benefício próprio". Cara fala sobre isso ao perguntarmos por que ela acha que gostamos tanto de vampiros: "A metáfora mais importante de vampiros é que eles são o topo da riqueza, e que existe algo como uma sociedade secreta e que eles pegam o que podem e guardam para si. Eu acho que vampiros, para nós, são um tipo de relíquia do passado que significam algo parasítico nos sugando, e acho que esse é um motivo por termos tanto interesse neles". Mitsoda concorda: "Vampiros são monstros perfeitos para servir de metáfora para o que acontece na sociedade hoje em dia. (…) Por isso sempre acabamos encontrando jeitos de reinventar vampiros como uma personificação dos aspectos da sociedade que não gostamos.” Então, com quais grupos a dupla se identifica? Cara nos diz que Mitsoda tem um carinho por uma chamada The Pioneers, o "1% de Seattle" (os mais ricos e influentes), pois ele gosta da história da cidade. "Eu tenho o privilégio de escrever a parte dos Nosferatu", Cara revela. Ela conta que, tecnicamente, os Nosferatu são tanto um clã quanto uma facção chamada The Unseen, e que "eles são uns caras isolados meio estranhos e precisam encontrar algo para fazer no escuro. Eles são muito interessantes porque sabem de todas as informações da cidade. Eu acho que sou uma Nosferatu... Eu gosto de ficar no escuro e gosto que eles sejam ótimos hackers". O jogo foi adiado de sua data original do começo do ano, mas não vemos a hora de começar a formar nossas próprias alianças ainda em 2020. Console PS4 | Lançamento 2020 | Produtora Paradox Interactive | Estúdio Hardsuit Labs Há uma complicada relaxão entre os diversos clãs e facções de Seattle. É um trabalho de inteligência encontrar o seu lugar entre elas e saber quando (e se) é preciso mudar de lado VAMPIRE: THE MASQUER ADE BLOODLINES 2 Os devs nos apresentam ao combate e aos clãs vampirescos VAMPIROS SÃO A METÁFORA PERFEITA PARA A SOCIEDADE 22 CAPA Console PS4 | Lançamento 2020 Produtora Bethesda Softworks | Estúdio Arkane Lyon Console PS4 | Lançamento 2020 Produtora THQ Nordic | Estúdio Experiment 101 Console PS4 | Lançamento 2020 | Produtora Bethesda Softworks | Estúdio Tango Gameworks Julianna e Colt têm muito em comum. Ambos são assassinos com poderes sobrenaturais, e cada um tem seus próprios objetivos. Se eles não estivessem dispostos a matar um ao outro, seriam amigos. Ambos estão presos em uma ilha onde o tempo funciona de forma diferente e enquanto Colt quer quebrar o ciclo de repetição, Julianna quer proteger isso – o conflito é inevitável. Estamos empolgados pelo estilo de filme B e porque amamos Dishonored.E se Just Cause fosse sobre animais que podem usar armas e artes marciais em vez de todo aquele combate militar? Esse é o primeiro jogo da Experiment 101, fundada por devs que trabalharam na série de mundo aberto do Rico, e aquela atenção a detalhes é percebida aqui. Algo chamado Jumbo Puff comeu nosso personagem e temos que acabar com ele de dentro para fora. É a ideia diferente que torna o jogo interessante, e explorar lugares inesperados e ótimo. Embora a diretora criativa Ikumi Nakamura tenha saído do estúdio (ela ficou famosa ao apresentar o jogo na E3 2019), o jogo ainda parece assustador. Tango é o estúdio do Shinji Mikami (o criador de Resident Evil), então não esperávamos por menos. Ghostwire se inspira no folclore japonês para criar os monstros, e se distancia dos sucessos mais ocidentais do diretor, e parece que o protagonista vai ter poderes em combate para lutar em pé de igualdade contra os inimigos. DEATHLOOP BIOMUTANT GHOSTWIRE: TOKYO NÃO HÁ PODERES AQUI, SÓ FURTIVIDADE E TÉCNICAS DE ESPADA GHOST OF TSUSHIMA Molde o seu caminho, samurai A Sucker Punch criou a colorida série Sly Cooper e a extravagante saga de super-herói InFamous. Ghost of Tsushima, em comparação, é um tanto mais comedido, mas ainda apresenta a criatividade esperada do estúdio. O jogo se passa durante a invasão da ilha de Tsushima, que fica entre o Japão e a Coreia, pelo exército mongol em 1274. Dá para notar que a experiência com mundo aberto da Sucker Punch apresenta muitas oportunidades. Jogando como Jin Sakai, o último samurai que restou na ilha, você é livre para fazer e ir para onde quiser. O mapa não tem pontos marcados, mas vai se abrindo conforme explora e aceita missões, enquanto tenta manter sua honra e acabar com a invasão. Jin não tem poderes de verdade. O "Caminho do Fantasma" que ele deve aprender é só tática de guerrilha feudal, a arte de lutar de forma sorrateira. Ele é um samurai, mas aprende habilidades que lembram mais a de um ninja. Ele pode, por exemplo, se esconder na grama alta, usar o gancho para subir no telhado e matar os inimigos por trás para que eles não gritem por ajuda (o que geralmente resulta em uma cavalaria insana e violenta na sua cola). Isso não quer dizer que Jin só luta furtivamente. Ele é um samurai e é muito bom com a espada. Só não espere grande combos ou golpes especiais exagerados. O combate é tão pé no chão que faz subir poeira e a lama se mistura ao sangue nas lâminas dos lutadores. Pudemos perceber estilos de espada reais no repertório de Jin, como iaijutsu (lutar com a espada na bainha). Dá para ver que a equipe pesquisou bastante sobre como samurais lutavam. Mas apesar de autêntico, o jogo não é exageradamente realista e chega a ser extremamente cinematográfico. A cena do início da demo, com Jin saindo de uma floresta com seu cavalo e o vento soprando as folhas, nos lembra de filmes do Kurosawa (que o estúdio citou como inspiração). Além disso, a trilha sonora é feito por Shigeru Umebayashi, que trabalhou em filmes como Clã das Adagas Voadoras, Yumeji e Fearless. Estamos bem empolgados para jogar Ghost of Tsushima, que parece o jogo mais ambicioso da Sucker Punch. Console PS4 | Lançamento 2020 | Produtora Sony | Estúdio Sucker Punch Productions 24 CAPA E m 2017, Nioh foi uma grande surpresa, sucesso garantido por seu combate que mistura Ninja Gaiden e Dark Souls na era Sengoku japonesa. Nioh 2 segue de perto os passos do seu antecessor. Ao jogar a demo, passamos por uma vila com o novo protagonista meio-demônio, eliminando criaturas com certa facilidade – mas assim como em qualquer soulsborne, até o inimigo mais comum pode ser letal se você não manter uma distância segura. Dá para sentir o DNA de Ninja Gaiden aqui. Flores de cerejeira caem das árvores delicadamente e muros de pedra dão espaço para estruturas de bambu, e tudo fica bem bonito em 4K no PS4 Pro. Folhas se mexendo e degraus rochosos banhados pela água ajudam a criar um poderoso e belo senso de espaço. Mas não há muito tempo para apreciar o cenário, pois uma das lanternas aparentemente inofensivas no caminho vira um demônio de tamanho considerável, um yokai, completo com uma foice gigante e asas de cinzas. Nosso instinto natural é recuar e atrair a besta para um lugar mais espaçoso, mas o plano falha miseravelmente quando ele solta projéteis poderosos em nossa direção. Em vez de aceitar a morte, chegamos perto e acertamos um Ki Pulse na hora certa para recuperar um tanto do vigor perdido – é um movimento que exige treino. Trocar de postura também ajuda. Nioh 2 traz de volta as posturas de ataque alta, média e baixa. Igual a Dark Souls e Bloodborne, esquivar é tão importante quanto atacar, e nesse quesito Nioh 2 talvez seja ainda mais fluido que suas inspirações. O herói é ágil e se mexe rápido, e circular o inimigo até achar uma brecha para o ataque continua sendo a melhor opção. Quando atacar o bastante a ponto de encher a barra roxa no topo da tela, você pode usar um golpe yokai para causar muito dano. No caso, pegamos um martelo enorme que se NIOH 2 Magia e masoquismo no Japão medieval PEGAMOS UM MARTELO ENORME E ESMAGAMOS DIVERSOS INIMIGOS materializa do nada e o descemos em um inimigo com toda força. O monstro deixa algumas armas que parecem machadinhas, cada uma com seus próprios atributos, estilo e história. Elas são usadas para ataques rápidos e com isso nosso guerreiro vira um furacão de lâminas. A próxima arma que encontramos é uma lança, que oferece mais alcance, mas tem ataques bem mais lentos. Dá para mudar de armadura e armas dependendo da situação, e pedir a ajuda de NPCs aliados em locais chamados "túmulos benevolentes" – tudo isso ajuda em encontros mais Console PS4 | Lançamento 13 de Março Produtora Koei Tecmo | Estúdio Team Ninja Deixe sua barra de yokai no máximo para se transformar em demônio também PREVIEW 2020 25 R.R. MARTIN E MIYAZAKI SÃO O TIME DOS SONHOS PARA UM RPG DE AÇÃO MEDIEVAL Dessa vez o próprio protagonista é parte yokai, com ancestrais e habilidades demoníacas ELDEN RING A colisão dos mundos mais sombrios Qualquer novidade da FromSoftware nos deixa empolgados, mas este jogo (que Hidetaka Miyazaki, o pai de Souls, Bloodborne e Sekiro, diz que é o maior projeto do estúdio) está sendo feito em colaboração com George R.R. Martin, o criador de Game of Thrones. O jogo é de fantasia, mas não espere semelhanças com a Westeros dos livros. Miyazaki sonhava em trabalhar com Martin desde que leu o livro de vampiros do autor, Fevre Dream. O que podemos esperar é muito lore e uma boa dose de conteúdo dark. Martin e Miyazaki são um verdadeiro time dos sonhos – ou dos pesadelos. Como este é um mundo aberto, Elden Ring vai oferecer mais liberdade logo de cara em relação a outros jogos da From. As áreas ainda serão construídas meticulosamente e o combate será difícil como de costume, mas com mais espaço do que nunca para explorar e experimentar. R.R. Martin vai colaborar com o roteiro, enquanto Miyazaki tem toda a experiência de seus soulsborne Console PS4 | Lançamento Final de 2020 Produtora/Estúdio Bandai Namco Você acha que tem problemas com seus vizinhos? Pois então experimente viver em Dahna, onde seus habitantes pagaram tributos por anos para o planeta vizinho, Rena, achando que era um lugar divino. Acontece que os habitantes de Rena estavam apenas levando vantagem em cima do planeta mais necessitado. Nossos protagonistas, Alphen e Shionne, vêm de planetas diferentes e precisam ajudar um ao outro para mudar seus destinos e os de suas terras-natal. Esse é um passo a frente para a veterana série Tales, que está muito bonita na Unreal Engine 4. TALES OF ARISE Anime com moral alto Mayday e Zuke são músicos e têm uma banda chamada Bunk Bed Junction. Mas colocar sua música no Bandcamp não é o bastante para eles,e então saem nessa aventura cheia de ritmo para batalhar contra um império que está fazendo todo mundo se vender. Mayday toca sua guitarra para atacar e Zuke usa a bateria, e assim eles podem afetar as fases de maneiras diferentes enquanto enfrentam músicos exagerados como o DJ Subatomic Supernova. NO STRAIGHT ROADS Vem tranquilo Console PS4 | Lançamento Início de 2020 Produtora Sold Out | Estúdio Metronomik Console PS4 | Lançamento 2020 | Produtora Bandai Namco Entertainment | Estúdio FromSoftware difíceis, como a luta contra o chefe colossal no final da demo. A besta chifruda, Mezuki, usa uma lâmina serrada do tamanho de um fusca e a luta exige paciência. Não temos vergonha de admitir que levamos uma surra e foram necessárias várias tentativas até alcançar a vitória, mas eventualmente conseguimos. Queremos tentar de novo e vencer sem tanto sufoco quando Nioh 2 for lançado em março, junto com tantos outros chefes que virão quebrar nosso espírito de luta. Além de contar com grandes poderes, é possível pedir a ajuda de fortes aliados CAPA 26 N a última vez que jogamos esse FPS infernal, ele ainda tinha data de lançamento para o fim de 2019 e já parecia estar quase no ponto. O Doom de 2016 levou a série de volta às suas origens, abraçando totalmente o estilo que todo mundo amava dos jogos antigos, de simplesmente seguir em frente atirando, diferente dos FPS cheios de coberturas e headshots que dominam atualmente. Eternal é tão rápido quanto o anterior, com o massacre de demônios ainda mais turbinado. Monstros maiores (e também anjos, ao que parece) o espera, e novos jeitos de matar mudam a forma de jogar, como o gancho que nos puxa até os inimigos. A jornada de Doomguy, o protagonista da série, está mais dramática do que nunca, e em um momento até nos atiramos de um canhão para poder prosseguir. Por isso, o atraso não é exatamente um problema. A campanha já parecia bem-feita, então é provável que o tempo extra esteja sendo usado para garantir que o novo multiplayer esteja no mesmo nível de qualidade, já que ele funciona de um jeito meio diferente. DEMÔNIO INTERIOR Nele, você joga como demônio, e é por isso que o estúdio precisa garantir que tudo está correndo bem, pois essa pode ser a melhor novidade da série em anos. O Battle Mode é uma experiência assimétrica de dois contra um que coloca um Doomguy contra dois demônios e se passa em arenas que fazem parte da campanha principal. São cinco demônios diferentes para jogar e temos seis mapas confirmados por enquanto, o que dá uma boa variedade de combinações para manter o jogo interessante. Mas esse não é o único modo em que outros jogadores são uma ameaça: até mesmo a campanha principal vai colocá-los contra você. No modo Invasion, outras pessoas controlam os demônios da fase e sempre sabem onde o Doomguy está para preparar armadilhas, além de poderem viajar rapidamente pela fase por meio de passagens (e portas trancadas) que apenas os demônios podem usar. Isso está sendo apresentado como um desafio avançado, para usar o que você aprende no Battle Mode, feito para jogar a campanha mais vezes depois de terminar. Ainda não sabemos como esse modo vai funcionar por completo, mas temos certeza de uma coisa: os demônios virão com força total – e a motosserra do Doomguy também. O atraso compensa por nos dar a chance de jogar com os filhos do capeta e virar o jogo contra o exército de um homem só que representa a humanidade NO MODO INVASION, JOGADORES PODEM CONTROLAR DEMÔNIOS DOOM ETERNAL É hora do massacre Console PS4 | Lançamento 20 de Março Produtora Bethesda Softworks | Estúdio Id Software 27 PLAYSTATION 4 2020 A Cyanide Studio quer entrar no mercado dos AAA. Werewolf se passa no universo de RPG do World of Darkness (que atualmente tem dois jogos de Vampiro: A Máscara chegando), e é um RPG de ação que usa forma de lobisomem para misturar furtividade, combate e narrativa baseada em escolhas. Conversamos com o diretor Julien "Patch" Desourteaux sobre influências, ambições e fúria lupina. PRO: Por que o material original pede um jogo voltado para a ação? Julien: Lobisomens são criaturas poderosas, brutais, que sempre fascinaram escritores, mas que raramente são abordadas em videogames. O World of Darkness acrescenta uma história de fundo muito madura e rica enquanto ainda mantém a essência do lobisomem: fúria e brutalidade. Nós queremos que o jogador sinta como é ser um lobisomem no universo do World of Darkness, uma metamorfose que luta para proteger Gaia da corporação que destrói o planeta. Por isso chegamos à conclusão de que o melhor jeito de representar essa natureza selvagem do lobisomem seria com um jogo de ação com elementos de RPG tirados diretamente dos livros. PRO: Deu medo ao ver o volume de trabalho, com três formas de lobisomem e três estilos de jogo? Julien: Tivemos um ano de pré-produção para discutir internamente com a White Wolf como poderíamos fazer isso direito. A ajuda da White Wolf foi muito útil para seguirmos na direção correta. O ponto principal sobre as três formas era permitir que o jogador pudesse alternar entre elas quando quisesse e dar profundidade a todas. Lupus (forma de lobo) vai ser ótima para exploração, travessia e furtividade, para reconhecer a área antes de entrar em ação. Homid (forma humana) é para interagir com pessoas e usar coisas humanas para ajudar no progresso das fases. E, claro, a Crinos (forma de lobisomem) é para enfrentar inimigos em combates brutais. PRO: Perder o controle funciona no jogo da mesma forma que no RPG de mesa? Julien: Nós ainda estamos trabalhando nessa parte, mas não queremos que o jogador largue o controle e veja o personagem fazendo coisas sozinho. Isso seria muito frustrante e não demonstraria a sensação de força que queremos. O jogador precisar estar ativo e jogar com o limite de fúria. Controlar a fúria é uma das mecânicas principais do jogo. PRO: Numa escala de ódio que vai de Knack a Kratos, onde está o protagonista? JD: Hahah, certamente não está próximo do Knack. Ele é um antigo Haroun da tribo Fianna com um passado difícil, e definitivamente não é um cara muito tranquilo. Quando luta na forma Crinos, é pura destruição e sangue. Tenho certeza de que os jogadores vão adorar destruir fábricas da Endron e pintar paredes com o sangue de seus inimigos. PRO: O mundo do jogo faz parte do universo do World of Darkness, junto com Vampiro e Mago? Existem referências a eventos de outras áreas desse mundo? Julien: Sim, mas eu não quero comentar muito sobre a história. Estamos trabalhando junto da White Wolf para conseguir inserir tudo no contexto geral. PRO: Earthblood está sendo planejado como um jogo único ou há um escopo grande o bastante para ser o primeiro de uma série? JUlien: No momento estamos só nos concentrando nesse primeiro jogo de Lobisomem: O Apocalipse e [o estúdio francês] Big Bad Wolf está fazendo um novo Vampiro: A Máscara. Só o tempo dirá! WEREWOLF: THE APOCALYPSE – EARTHBLOOD O diretor Julien Desourteaux explica este novo RPG de ação DESPEJE SUA FÚRIA EM COMBATES BRUTAIS Console PS4 | Lançamento 2020 Produtora Bigben Interactive | Estúdio Cyanide 28 CAPA E ste pós-apocalipse zumbi faz mais do que dizer que se passa 15 anos depois para se diferenciar do primeiro jogo. Você encarna as panturrilhas definidas do novo e infectado protagonista Aiden Caldwell para fazer parkour em uma cidade que espera para ser moldada por suas decisões. Você vai escalar, correr e usar seu gancho pela cidade com o dobro de manobras de parkour do jogo anterior. Dá até para usar infectados para amortecer quedas muito altas. Os zumbis costumam preferir a noite e os lugares mais escuros da cidade. Eles não são tão fáceis de desviar dessa vez, e se você ficar muito tempo cercado por eles em áreas escuras, a situaçãofica bem complicada – se os infectados não o matarem, sua própria infecção talvez o faça. Mas se por um lado a infecção ficou muito mais virulenta, por outro os zumbis ficaram ainda mais fracos contra raios UV. Jogar sua lanterna UV na cara deles vai mantê-los em uma distância segura enquanto você procura uma saída. ESSE TEM MORDIDA Mas não é só sair pulando paredes por aí para evitar combate. A criação de armas está de volta e oferece um arsenal impressionante, embora isso não signifique que você vá dominar todos os inimigos – existem alguns com proteções extras que vão exigir mais estratégia. Seu gancho pode ser usado durante o combate, tanto para virar o ambiente contra os zumbis quanto para dar o impulso necessário para uma voadora na cabeça. A cidade está em crise frequentemente. Na nossa demo, pediam para Aiden consertar o sistema de água depois de uma reunião entre líderes de facção dar errado. Decisões e consequências são constantes, e nessa quest pelo menos um dos seus aliados vai acabar morrendo, mas qual deles vai desta para a melhor depende de suas ações. As escolhas também afetam as mudanças no mundo. No final da quest, toda a topografia da cidade pode se alterar, com uma nova área inteira e um novo tipo de inimigo que emergem do local que estava inundado. Você vai poder explorar essa cidade em breve. Console PS4 | Lançamento 2020 | Produtora Techland Publishing | Estúdio Techland DYING L IGHT 2 Ação com parkour contagiante Suas escolhas podem fazer novos tipos de zumbi aparecerem na cidade DECISÕES E CONSEQUÊNCIAS SURGEM O TEMPO TODO Como sempre, não são só zumbis que vão motivar a mantêr seu facão afiado PLAYSTATION 4 2020 29 Console PS4 | Lançamento 2020 | Produtora Sega | Estúdio Ryu Ga Gotoku Studio YAKUZ A: L IKE A DR AGON Prepare-se para a pancadaria em Yokohama Kasuga pode mudar de classe e isso afeta seu estilo de luta. Aqui ele está usando o estilo "Hero" Como em todo bom RPG, podemos esperar muitas lutas contra chefes A chou que Yakuza acabaria depois da despedida de Kazuma Kiryu? Ichiban Kasuga está aqui para assumir o manto de protagonista e andar por novas ruas longe de Kamurocho, em Tóquio – o jogo se passa em um bairro da luz vermelha fictício em Yokohama, chamado Isezaki Ijincho. O sétimo Yakuza principal, troca as porradas de ação por um estilo de RPG por turnos, uma mudança enorme. Ichiban, inclusive, adora Dragon Quest, o que dá um toque extra às lutas com estilo de RPG de fantasia. Ele pode mudar de roupa e arma dependendo do seu "job" (como Hero ele usa um bastão de beisebol, e como Host ele usa uma garrafa de champanhe), e tem companheiros de grupo, que vão do doutor dominador de pombos, Namba, à elegante Saeko Mukouda, que usa uma bolsa como arma nas batalhas. Apesar de o combate ser por turnos, o mundo em sua volta e os inimigos continuam a se mover, o que significa que ainda dá para inimigos serem jogados em cima de coisas e também coisas serem jogadas em cima de inimigos, como bicicletas e latas de lixo. Estamos muito curiosos para ver se essa mudança radical vai dar certo. A AÇÃO MUDOU PARA LUTAS DE RPG POR TURNOS 30 CAPA Naturalmente queremos ver como será o modo PvP – e roubar o loot dos outros no processo O pai dos jogos de loot está voltando e aprendeu alguns truques de seus filhos. À primeira vista, Diablo IV parece Diablo III com uma roupa mais trevosa, mas essa sequência abraça elementos de MMO para deixar a série um pouco mais próxima de jogos modernos como Destiny e The Division. O jogo será online e o mundo vai ser povoado por outros jogadores dispostos a cooperar com você – ou tentar roubar seu loot em um novo modo PvP. Há um equilíbrio para manter a sensação de isolamento de Diablo, aquele sentimento de explorar um mundo perigoso sozinho apenas com seu martelo gigante, sua barba e sua coragem. Por isso, quanto mais fundo você for nesse novo mundo, menos pessoas vai encontrar – e se for relaxar em uma das cidades ou vilas, vai ver bastante gente disposta a conversar e colaborar. Tudo fica mais familiar ao entrar em uma dungeon. Elas podem ser jogadas solo ou em grupo, mas você não é forçado a colaborar com os outros membros. Há opções para personalizar a dificuldade, garantindo que os jogadores mais hardcore possam aumentar a dificuldade enquanto os mais casuais mantenham seu ritmo normal. Embora a mistura de MMO e Diablo seja meio controversa, o que não deixa dúvida é o quão bom o visual parece. Demonstrado em um PC (certamente chegará ao PS5, então não deve ter muita diferença), o jogo está cheio de detalhes e um grande climão, e as animações das três classes (Bárbaro, Druida e Feiticeiro) são lindas. O mundo parece vivo com o clima dinâmico que encobre as fases, com poças d’água se formando em tempo real, terra virando lama e ruas ladrilhadas brilhando conforme ficam molhadas. É um grande salto. De muitas maneiras, Diablo IV parece a renovação que a série precisa. Está se adaptando aos tempos modernos, mas seu coração maligno ainda bate forte com o estilo de ação antigo. Se a Blizzard conseguir controlar a vontade de acrescentar tudo de um MMO e se lembrar que as dungeons escuras e feias são o que mais importa para os jogadores, Diablo IV pode ressuscitar a série para uma nova geração de fãs. Apenas três classes foram reveladas, mas sabemos que existem pelo menos mais duas Console PS4 | Lançamento 2020 | Produtora Blizzard | Estúdio Blizzard O MUNDO SERÁ POVOADO POR OUTROS JOGADORES DISPOSTOS A COOPERAR... OU A ROUBAR SEU LOOT DIABLO IV De volta ao bom caminho PREVIEW 2020 31 CRIS TALES Carlos Rocha Silva explica porque as coisas boas vêm em trio Console PS4 | Lançamento 2020 Produtora Modus Games | Estúdio Dreams Uncorporated Oque acontece se você usar o tempo como arma? Essa é a ideia do RPG indie Cris Tales, uma mistura dos clássicos japoneses com a ideia curiosa de ter três épocas na tela ao mesmo tempo (e usá-las em combate para envelhecer ou rejuvenescer armas e inimigos), que é um dos conceitos mais originais de 2020. Conversamos com o CEO da Dreams Uncorporated, Carlos Rocha Silva (que não é brasileiro), para saber mais. PRO: Como surgiu essa ideia? Carlos: Nós estamos acostumados a fazer jogos com mecânicas bem diferentes [o projeto anterior P&R DENTRO DO JOGO NOME CARLOS ROCHA SILVA CEO DO ESTÚDIO INDIE DREAMS UNCORPORATED Poder mudar de períodos no tempo acrescenta profundidade aos enigmas e ao combate foi Haimrik, um jogo medieval com um personagem que anda em cima de letras e dá vida a elas]. Essa foi uma tentativa de fazer um jogo bem original, mas também familiar ao público e a nós mesmos. Na verdade, a ideia de acompanhar três períodos ao mesmo tempo nasceu antes mesmo de sabermos que faríamos um RPG. A ideia encaixou perfeitamente. PRO: Houve a preocupação de que três partes diferentes do tempo deixaria o jogo confuso? Carlos: Sim, decidir se a ideia iria ou não funcionar foi um grande desafio. Era difícil de explicar, por isso a equipe estava com um pé atrás. Depois fizemos uma tentativa com elementos provisórios e, depois de ver tudo em ação, o efeito era incrível e todo mundo começou a se interessar nas mudanças de cada zona do tempo. Aí achamos que talvez seria confuso demais fazer um RPG com inimigos dos dois lados, mas decidimos que valeria a tentativa. Acabamos gostando da ideia e arriscamos, e temos passado muito tempo aprimorando as mecânicas de RPG para que elas fiquem ótimas. PRO: O combate fica muito complexo? Carlos: Sem dúvida, mas o plano é ensinar o básico facilmente e que mudanças sejam introduzidas em um ritmo que mantenha as mecânicas gravadas no jeito de jogar. Assim dá para misturar o que as pessoas aprendem e elas vão conseguir ter uma experiência bem única em relação a outras que estejam jogando. Jogar com personagensdiferentes no grupo, com diferentes habilidades, resulta em estilos de jogo distintos. Tomara que a gente consiga alcançar isso na versão final. PRO: O uso do tempo como arma é algo roteirizado ou o jogador pode experimentar por conta própria? Carlos: Nós estamos criando os sistemas, algumas regras gerais para os jogadores se familiarizarem com tudo que podem fazer. Depois disso ele podem começar a tentar por conta própria e chegar a resultados que nós ainda estamos descobrindo, como fazer combos dependendo da ordem das habilidades e efeitos usados em cada época. 32 CAPA WATCH DOGS LEGION Abaixo o sistema! Console PS4 | Lançamento 2020 | Produtora Ubisoft | Estúdio Ubisoft Toronto Você decide se quer ser furtivo ou se prefere buscar mais ação durante as missões F az muito sentido o simulador de Brexit da Ubisoft também ter sido adiado. Mas enquanto a Inglaterra continua sem saber como será seu futuro, a visão distópica de Londres de Watch Dogs Legion é mais concreta. Nessa linha do tempo, o Brexit aconteceu em março de 2019 e um estado de vigilância avançada começou a nascer graças à corporação vilã da série, Blume, e sua tecnologia, a ctOS. A polícia metropolitana deu lugar a uma empresa de segurança privada chamada Albion e a população não está muito contente. Porém, o coletivo hacker DedSec também está na cidade e seu objetivo é expandir essa presença. A capital está cheia de gente e cada pessoa é um membro em potencial. Enquanto você faz suas coisas da DedSec por aí, basta puxar seu celular e ver o que cada cidadão ao redor pode oferecer à causa. Eles não apenas NPCs, são personagens controláveis. Enquanto tentamos nos manter na miúda em Westminster, alguém nos chama a atenção. A infame Hellen Dashwood não é tão jovial CADA PESSOA EM LONDRES É UM POTENCIAL AGENTE DEDSEC quanto os recrutas mais novos, mas a velhinha pode ser o nosso passe de entrada para operações furtivas. Afinal, ninguém imaginaria que uma tiazinha pode estar carregando um drone-aranha? Acrescentamos o perfil dela aos contatos do celular. Só esperamos que ela não tenha aquele atributo que faz recrutas mais idosos morrerem aleatoriamente... Cada pessoa tem uma opinião sobre a DedSec, algumas mais positivas que outras. Talvez um de seus agentes estava com muita sede de sangue em uma missão, ou talvez ele mexeu em um cano de gás que acabou explodindo bem quando um inocente estava passando. Quando você mata alguém, seja um agente da Albion ou não, os amigos e familiares dessa pessoa sentirão falta dela. Às vezes o processo de recrutamento vai exigir que você lide com esses problemas. Digamos que um membro da família daquela pessoa esteja no hospital – talvez por um cano de gás que explodiu. Você poderia mexer uns pauzinhos nos sistemas do hospital para garantir que o atendimento médico seja priorizado. Ou talvez a Albion tenha uma informação sensível sobre alguém que você quer recrutar, e a pessoa quer que isso suma. Então é só invadir a base relevante e apagar os servidores necessários. Por falar na Albion, dá até para recrutar membros da empresa de segurança para ajudar no combate – mas, obviamente, não é fácil de convencê-los a mudarem para o lado da DedSec. Você já deve ter percebido as vantagens de não sair atirando por aí. Embora você possa arrebentar os inimigos, isso pode tornar as coisas mais difíceis a longo prazo. Morte permanente não apenas significa que o agente morre para sempre caso seja abatido, mas também quer dizer que você perde mais agentes em potencial. A opção não violenta é melhor. Além de usar realidade aumentada para esconder sua presença e fazer missões de modo furtivo, dá para tirar inimigos de ação forma não-letal. E isso tudo nem leva em conta toda a tecnologia a que você terá acesso no jogo. Há muito para explorar nessa Londres sempre conectada, e ela estará de braços abertos para recebê-lo em 2020 – quer dizer, ao menos essa versão virtual estará. PLAYSTATION 4 2020 33 Console PS VR | Lançamento 2020 Produtora Vertigo Games | Estúdio Vertigo Games Console PS VR | Lançamento 2020 Produtor Survios | Estúdio Survios Console PS VR | Lançamento 2020 | Produtora Rebellion Estúdio Rebellion Developments, Just Add Water O estúdio por trás de shooter Arizona Sunshine está fazendo um jogo de tiro multiplayer em VR. After the Fall contém exploração cooperativa, elementos de sobrevivência e tiros certeiros, tudo em uma versão alternativa da década de 1980 quando um tipo de droga transformou muita gente em zumbi. "O nosso jogo de tiro em VR anterior, Arizona Sunshine, era uma experiência de sobrevivência mais lenta. After the Fall é sobre ação e adrenalina", diz o game designer Nick Witsel. Esse jogo inspirado pelos famosos zumbis da TV quer passar sua emoção para realidade virtual. Existem vários personagens da série para controlar. O jogo mistura procura de itens com combate de armas brancas e de fogo. Mas é o fato de poder cortar e empalar os mortos-vivos que torna tudo divertido. Dá até para escolher que partes do corpo desmembrar nesse banho de sangue. Ser franco-atirador é uma ideia natural para VR, e a combinação fica melhor com o acessório PS Aim. O jogo se passa pouco antes dos eventos de Sniper Elite 4 e você faz parte da resistência italiana, com muitos alvos nazistas para atirar na cabeça. Tanto movimentação livre quanto teleporte estão liberados, e é crucial saber se mover pelos pequenos mapas, mas é o ato de mirar nos alvos que torna o jogo divertido. Há até o famoso raio-x da série nas mortes mais tensas. AFTER THE FALL THE WALKING DEAD: ONSLAUGHT SNIPER ELITE VR IRON MAN VR Voar com a armadura do Vingador é uma grande experiência no PS VR Console PS VR | Lançamento 28 de Fevereiro | Produtora Sony | Estúdio Camouflaj O melhor de juntar o Homem de Ferro e o PSVR é que os dois se complementam. É um equilíbrio de licenciamento e tecnologia. Em uma conversa com o diretor Ryan Payton, ele nos disse que deixar a sensação de voo perfeita foi o mais importante. "O protótipo inicial ficou pronto extremamente rápido, graças ao trabalho incrível de Troy Johnsen, um engenheiro da Camouflaj, e eu acho que até ele ficou surpreso com o quão divertido o jogo ficou depois de apenas alguns dias de trabalho", revela Payton. "Mesmo naquela forma inicial em que tudo é cinza, era divertido voar com os propulsores na palma de suas mãos." Depois de jogar um pouco, podemos dizer que esse é um dos melhores usos de realidade virtual chegando ao PSVR. O voo dá uma sensação bem física. Você segura os controles do PS Move ao seu lado para se impulsionar para cima, e depois os rotaciona para mudar de direção. O combate é uma mistura de atirar mísseis teleguiados e alguns movimentos mais diretos, como descer dando um soco que "inicia um combate mano-a-mano visceral", nas palavras de Payton. A inteligência dos inimigos foi feita para testar suas habilidades de voo e tiro, e eles são mais do que alvos molengas. Mas chegar a esse ponto quando podemos voar por aí levou um tempo – é o “ápice de anos alterando o modelo, materiais, animações, efeitos visuais e sonoros e um pouco de mágica por trás das cenas", diz Payton. Os detalhes fazem a ação parecer imersiva. A equipe passou um ano garantindo que dê para ver os braços do Homem de Ferro, por exemplo, para que isso não tire ninguém da experiência ao ver apenas as mãos soltas no espaço. Essas pequenas coisas importam. Quem pensaria que todo mundo segura os controles do Move de formas levemente diferentes e isso afeta a jogabilidade? Payton explica: "todo mundo segura os controles do Move de forma levemente diferente, assim como todo mundo segura uma caneta de um jeito diferente. Esse jeito de segurar impacta na habilidade de voar na direção desejada, por isso acrescentamos algumas precauções (que se tudo der certo ninguém vai perceber) por baixo dos panospara equilibrar isso. Fora os controles, Payton diz que ter uma O CONTROLE PS MOVE SIMULA O USO DAS MANOPLAS DE PROPULSÃO história relevante é importante para ajudar nessa sensação de voo. "Colocamos anos de trabalho no roteiro, cenas e momentos do personagem. Estamos bem orgulhosos da campanha, que coloca o jogador na pele de Tony Stark em uma história inédita.” CAPA 34 Após chamar atenção com seu estilo meio Moebius (parece uma versão em movimento do quadrinho Arzach), a equipe de Sable contratou a roteirista de 80 Dias, Meg Jayanth, para dar um sentido àqueles belos gráficos. Embora exista um mundo aberto para explorar, você não verá tudo, pois essa não é a ideia. Sua jornada será única, com exploração de verdade sendo um dos grandes pontos do jogo. A missão é encontrar uma máscara, mas como e onde é algo que vai fazer parte somente da sua história. SABLE Console PS4 | Lançamento 2020 Produtora Raw Fury | Estúdio Shedworks "Nosso objetivo é recriar a sensação de jogar o clássico em vez de criar algo idêntico", diz Jean-Marc Haessig, diretor criativo da Black Forest, ao perguntarmos sobre esse remake do clássico cult de PS2. Eles estão colocando novas missões, armas e mapas, além de melhorar os controles e a inteligência artificial. Mas a base do jogo ainda é a mesma ciência bizarra que a gente gostava, com o alienígena Crypto-147 aterrorizando os EUA dos anos 1950 para roubar cérebros. DESTROY ALL HUMANS! Console PS VR | Lançamento 2020 Prod. THQ Nordic | Estúdio Black Forest A Blizzard revelou uma sequência ou expansão? Essa é a questão. Se você já joga Overwatch, deve ver esse anúncio como um DLC mais caro do que devia, mas para quem não conhece a Tracer, D.Va e o resto da gangue de perto, Overwatch 2 é a sequência feita para trazê-los para o FPS em equipe da Blizzard. Seja como for, existe conteúdo que jogadores velhos e novos vão curtir. A maior novidade são as missões de Herói e de História. Esses modos PvE dão um sabor novo ao tiroteio familiar e veloz de Overwatch. A graça dele é poder jogar repetidamente as Console PS4 | Lançamento 2020 | Produtora/Estúdio Blizzard A civilização como a conhecemos acabou e os restos gelados do Colorado os sobreviventes ricos estão enfrentando as pessoas comuns – e você cansou disso. Misturando RTS clássico com uma boa história, Wasteland 3 traz uma diversão com ares retrô. O combate é por turnos e lembra um pouco XCOM, o jogo referência desse gênero – cada membro tem uma especialidade – e o mundo é alterado por suas decisões jogando sozinho ou em modo cooperativo. WASTELAND 3 A nova obra do estúdio que fez No Man’s Sky é uma aventura com quebra-cabeças em que você é uma brasa perdida à procura de casa e de um jeito de acender "a última fogueira". O visual é bem bonito, misturando fantasia e ameaças sombrias. O estúdio chama esse projeto de um "curta da Hello Games", como os curtas da Pixar, e o objetivo é dar uma chance aos talentos do estúdio de se expressarem. É, no mínimo, uma boa causa. THE LAST CAMPFIRE OVERWATCH 2 É novo mesmo ou não é, afinal? Console PS4 | Lançamento Maio Produtora Inxile Ent. | Estúdio Inxile Ent. Console PS4 | Lançamento PS4 Produtora/Estúdio Hello Games missões em vários lugares do universo do jogo, lutar por objetivos aleatórios contra personagens conhecidos e ganhar níveis com seu herói favorito como se fosse em qualquer outro RPG da Blizzard. "É igual a subir de nível ao jogar World of Warcraft ou Diablo, em que você fica mais forte, sobrevive por mais tempo e passa a causar mais dano", disse o diretor Jeff Kaplan durante a Blizzcon em novembro. Cada nível conseguido o recompensa com um talento, como Speed Kills (que diminui o VOCÊ SOBE DE NÍVEL COMO EM DIABLO E FICA MAIS PODEROSO Lutar em uma nave de comando significa enfrentar muitos Omnics PLAYSTATION 4 2020 35 Console PS4 | Lançamento 2020 Prod. Devolver Digital | Estúdio Mediatonic Se você, enquanto adulto, já teve inveja das crianças se divertindo em uma piscina de bolinhas e com obstáculos de espuma, esse é o seu jogo. Até 100 jogadores se juntam no começo do percurso e só um vai vencer. Entre você e a vitória estão pulos, quedas, barreiras portas e um uso maldoso de física que garante que seu atleta seja jogado para todo lado. É uma experiência ridícula do jeito certo. FALL GUYS: ULTIMATE KNOCKOUTConsole PS4 | Lançamento 2020 Prod. Bandai Namco | Estúdio Tarsier Sequência direta de um dos melhores jogos de terror do PS4. Six, o pequeno ser com capa de chuva amarela, está de volta, mas agora você joga com Mono, um novo herói que está tentando chegar a uma torre sinistra. Não há modo cooperativo, mas você joga ao lado de um Six controlado pela AI, e embora você tenha escapado com vida no primeiro jogo, a floresta é tão claustrofóbica quanto qualquer coisa da experiência anterior. Os pequenos pesadelos vão continuar. LITTLE NIGHTMARES II A Tracer é praticamente igual a do primeiro jogo, mas os óculos estão um pouco mais detalhados As estações do ano estão uma bagunça e Aryelle parte em uma jornada para consertar isso. Ela tem poderes que afetam o tempo ao seu redor. "Uma ideia que ilustra perfeitamente o conceito são os inimigos de gelatina", diz o fundador da Exiin, Sebastien Le Touze. "Eles podem ser congelados e usados como plataforma para alcançar lugares difíceis ou para substituir o peso de Ary em um quebra-cabeça". ARY AND THE SECRET OF SEASONS Console PS4 | Lançamento 2020 Produtora Modus Games | Estúdio Exiin estar disponível para todo mundo. Se você já tem o primeiro jogo, vai ver as melhorias visuais, as animações melhores e o HUD melhorado, e também vai poder jogar com todos os mapas e heróis novos da sequência em Overwatch – incluindo Sojourn, que tem um rifle no lugar de um braço. Você só não terá acesso às missões PvE, que é o conteúdo exclusico de Overwatch 2. É um tanto controverso, mas pelo menos teremos a primeira grande mudança no jogo desde seu lançamento, e isso já o torna um jogo esperado para 2020. tempo de espera das habilidades a cada inimigo abatido). Mas esses Talentos são restritos às missões de Herói e não dá para levar sua versão personalizada da Tracer para o PvP tradicional. A Blizzard ainda está considerando se vai colocar o sistema de níveis nas missões de História. Elas funcionam um pouco mais como as raids de Destiny, são missões para quatro jogadores com objetivos bem mais específicos e a seleção de personagens é limitada. Cenas aparecem no começo e no fim, e contam uma história do mundo de Overwatch. Se você é novo por aqui, essa pode ser sua porta de entrada para explorar toda a mitologia da série. Esses modos são boas novidades, mas a parte de Overwatch 2 que fica mais complicada é aquela que se refere ao que já existe. Parte dessa sequência vai REMOTHERED: BROKEN PORCELAIN Chris Darrill quer trazer de volta o espírito de Silent Hill Console PS4 | Lançamento 2020 Produtora Modus Games | Estúdio Chris Darrill Arts, Stormind Games Remothered: Tormented Fathers foi elogiado por retornar às raízes do survival horror. O iretor Chris Darrill explica como sequência vai nos assustar. PRO: Você diria que é o único a fazer esse tipo de terror atualmente? Chris: É estranho pensar que não há muita competição em um gênero tão rico e fértil, tanto por ser um dos poucos jogos dessa geração a fazer nosso estilo de jogo em terceira- pessoa e também porque os temas que abordamos sempre têm um componente científico crível, que nunca vira só um terror paranormal. Muitos jogadores ironicamente chamaram o jogo (provavelmente por causa da estrutura complexa e estratégica) de "Dark Souls do survival horror". PRO: Como a jogabilidade furtiva funciona em Broken Porcelain? Chris: A Jennifer vai ter que aprender a se mover pelas sombras e tirar proveito
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