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Princípios do direito Penal

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JHEYNE – DIREITO 
 
JHEYNE COSTA – DIREITO 
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Princípios do Direito Penal 
Princípios são garantias do cidadão perante o poder punitivo estatal e estão albergados pela CF/88, em seu art. 5º. 
1. Princípio da estrita legalidade ou da reserva legal: o princípio da legalidade, sem dúvida alguma, o mais importante do 
Direito Penal. 
 Art. 5º, inc. XXXIX, da CF/88: “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.” Cláusula pétrea. 
 Nullum crimen, nulla poena sine lege, isto é, não há crime e não há pena sem lei. 
 O Direito Penal só irá incriminar uma conduta a partir do momento em que ela está de forma clara e certeira expressa em um 
tipo penal. O mais importante instrumento de proteção individual. 
 Art. 1º do CP: “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.” 
 A elaboração de normas incriminadoras é função exclusiva da lei, em sentido estrito. A lei deve definir com precisão a conduta 
proibida e a sanção respectiva. 
Funções do princípio da legalidade 
a. Proibir a retroatividade da lei penal; A regra constitucional, portanto, é a da irretroatividade da lei penal; a exceção é a 
retroatividade, desde que seja para beneficiar o agente. 
b. Proibir a criação de crimes e penas pelos costumes; 
c. Proibir o emprego de analogia para criar crimes, fundamentar ou agravar penas; 
d. Proibir incriminações vagas e indeterminadas. 
Observações: 
• Reserva legal: lei em sentido formal e material (lei ordinária ou complementar). Compete privativamente à União 
legislar sobre Direito Penal. Aos Estados e Municípios é vedada a instituição de tipos penais incriminadores. 
• Matéria penal incriminadora não pode ser tratada por medida provisória (MP não é lei, e sim ato do Executivo), pois a 
MP não é lei em sentido estrito. 
• Contravenções penais e medidas de segurança também estão abrangidas pelo princípio da legalidade. Entre crimes e 
contravenções penais, não existe uma diferença na essência, mas, sim, na natureza. Na contravenção penal, existe a 
proteção aos bens jurídicos que são considerados menos relevantes do que os bens tutelados pelo crime. 
• Segurança jurídica e respeito ao sistema político-democrático. 
 MANDADOS DE CRIMINALIZAÇÃO: São matérias elencadas pela CF e em relação às quais é obrigatória a atuação do legislador 
ordinário. Necessidade premente de proteção a determinados bens jurídicos, muito valiosos ao convívio social pacífico. 
Exemplos: 
a. Art. 5º, XLI: “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais.”. Nesse sentido, houve 
a elaboração da Lei n. 7.716/1989; 
b. Art. 5º, XLII: “a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da 
lei.”. (Lei n. 7.716/1989); 
c. Art. 5º, XLIII: “a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;” (Lei n. 9.455/1997, Lei n. 11.343/2006, Lei n. 8.072/1990) 
d. Art. 5º, XLIV: “constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático.” (CP) • Art. 227, § 4º: “a lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração 
sexual da criança e do adolescente.” (CP e ECA); 
e. No CP está as tutelas mais graves, e no ECA também constam proteções quanto a essas questões. 
 
2. PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE 
 Intimamente relacionado à legalidade e à intervenção mínima. O Direito Penal protege apenas valores imprescindíveis ao 
convívio social. O direito penal não pode e não deve tutelar todos os bens jurídicos; 
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 O caráter fragmentário significa, portanto, que o Direito Penal somente se ocupa de uma parte dos bens jurídicos tutelados 
pelo ordenamento. Tutela seletiva, relacionada à gravidade e à intensidade da ofensa; desta forma podemos pensar um ilícito 
penal é também ilícito perante outros ramos do Direito, mas a recíproca não é verdadeira, como o caso do Código de Trânsito 
Brasileiro, ex.: de crime de trânsito. 
3. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE 
 Art. 5º, XXXIX, CF: “não há crime sem lei anterior que o defina”; 
 O crime e a pena devem estar definidos em lei prévia; A lei penal só produz efeitos a partir de sua entrada em vigor (não incide 
a fatos ocorridos na vacatio legis, isto é, no intervalo de tempo entre a publicação e a entrada em vigor. 
 Salvo disposição em contrário, a vacatio legis é de 45 dias (art. 1º da LINDB), se nada diz a lei. 
 Todavia, é importante observar a informação “esta Lei entra em vigor no dia de sua publicação”, assim, o legislador afastou a 
vacatio legis para adiantar a aplicação da norma. Algumas leis realmente precisam se tornar públicas durante um período de 
tempo maior devido à sua extensão, pela modificação que irão causar. Dessa forma, já existiram leis de vacatio legis de três 
meses para que fosse possível adaptar-se à nova legislação. 
4. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL 
 Art. 5º, inc. XL, da CF: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
 Segurança jurídica: 
 A lei penal mais severa (novatio legis in pejus) não retroage jamais. 
 A lei nova mais favorável (novatio legis in mellius) sempre retroagirá em benefício do réu; 
 
 
 
Observação: A retroatividade de lei mais benéfica pode ser aplicada a medida de segurança. 
 Exceção: 
 Leis temporárias: possuem a sua vigência determinada no tempo, (vigência predeterminada no tempo, com data certa. 
Ex: Lei Geral da Copa do Mundo de 2014; 
 Excepcionais: São criadas para tutelar situações especiais, como a questão do coronavírus. (situações de anormalidade, 
pandemia de coronavírus). 
A lei especial e as leis temporais são: 
• Ultra-atividade: significa a aplicação de uma lei mesmo depois de revogada; Mas só se aplica-se as situações que 
ocorrem a sua vigência. 
• São autorrevogáveis e ultra-ativas, isto é, aplicam-se a fato ocorrido enquanto estavam em vigor, embora já cessada a 
vigência; 
 Aplicação prática da retroatividade da lei penal mais favorável: O pacote ante crime trouxe a previsão do crime de roubo 
simples e o roubo majorado. Nesse caso, a lei pode retroagir em beneficio do réu, nos casos ocorridos anteriormente a vigência 
do pacote anticrime. 
 
 Súmula n. 611 do STF: “Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao Juízo das execuções a aplicação da lei mais 
benigna”. Ex: Lei n. 13.654/2018 (restrição da majorante do uso de arma no roubo). 
 A aplicação da lei mais benigna incidirá em todo e qualquer caso, independente do processo estar em primeiro grau, ter sido 
sentenciado, estar com recurso especial etc., assim como não importa se a sentença transitou em julgado. O indivíduo ainda 
possui o direito da aplicação da lei. 
Anterioridade: A lei tem que ser antes da conduta. 
 
Irretroatividade: 
 
Só retroage para beneficiar o réu. 
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 Não há violação à irretroatividade da lei penal mais grave: Súmula n. 711 do STF: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.” 
 Por exemplo, o crime de tráfico de drogas na modalidade ter em depósito ou armazenar. Um indivíduo, ao armazenar 15 quilos 
de pasta-base de cocaína em sua casa, está consumando a figura do art. 33, caput da Lei n. 11.343/2006 ao longo dos dias, 
portanto, é uma consumação que se prolonga. Nesse meio tempo, sobrevém uma lei penal mais grave, aumentando a pena do 
tráfico de drogas, e ela incidirá sobre o indivíduo, nesse caso NÃO retroagi. 
 Ano: 2021 Banca: Centro de Seleçãoe de Promoção de Eventos UnB - CESPE CEBRASPE Prova: CESPE/CEBRASPE - TCDF - Auditor Conselheiro 
Substituto – 2021. Caso um indivíduo cometa um crime permanente, sob a vigência de duas leis diversas, aplicar-se-á ao caso a lei mais 
benéfica ao agente, em atenção à irretroatividade da lei penal mais gravosa. 
CERTO ERRADO 
5. PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL 
 Hans Welzel: idealizador; as condutas que se consideram socialmente adequadas não se revestem de tipicidade e, por isso, 
não podem constituir delitos. Haveria um descompasso entre as normas penais incriminadoras e o socialmente permitido ou 
aceito; 
 O princípio da adequação social, em nosso país, não encontra aplicação prática. Ele é norteador para algumas situações fáticas 
concretas, todavia, somente a lei cria e revoga crimes; ele deve orientar o legislador, ou seja, em situações previstas em leis 
penais, porém, a sociedade já não considera mais a conduta como criminosa, ou situações que moralmente seriam reprováveis, 
mas, sem a necessidade da influência do Direito Penal; 
 Condutas que não afrontam o sentimento social de justiça. 
6. PRINCÍPIO GERAL DE INTERPRETAÇÃO (NÃO EXCLUI A TIPICIDADE, NEM A ILICITUDE). ORIENTAÇÃO AO LEGISLADOR. 
 Súmula 502 do STJ: “Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no artigo 184, 
parágrafo 2º, do Código Penal, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas.” 
Embora de maioria social tolerável, a venda de CDs e DVDs “piratas” é crime, não se admitindo a aplicação da teoria da 
adequação social. 
 Contravenção do jogo do bicho (art. 58 do Decreto-Lei n. 3.688/1941): continua sendo punível. O costume não tem o condão 
de abolir a figura típica. O costume é interpretativo, e não abolicionista. Somente a lei produz a abolitio criminis. 
7. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA 
 Esse princípio não é estabelecido no texto da lei, embora seja amplamente admitido pela doutrina e jurisprudência. Assim, esse 
princípio é extra ou supralegal, estranho ao texto lei, porém amplamente aplicável à prática. 
 O intuito é afastar a tipicidade, pois o bem jurídico tutelado não chegou a ser lesado. 
REQUISITOS PARA O RECONHECIMENTO DA INSIGNIFICÂNCIA 
• Periculosidade ausente: Sem violência ou grave ameaça no furto, por exemplo. 
• Reprovabilidade reduzida: É uma conduta que não impacta o convívio social pacífico. 
• Ofensividade mínima; 
• Lesão inexpressiva 
Em suma, a fórmula mnemônica: PROL 
APLICAÇÃO DA INSIGNIFICÂNCIA: 
• O valor do objeto material não é o único parâmetro; 
• Condições pessoais do agente devem ser analisadas: 
 Em regra, NÃO se aplica ao reincidente, portador de maus antecedentes e ao criminoso habitual, pessoas que fazem, 
dos pequenos furtos, um meio de vida. “criminoso habitual” 
• Condição da vítima (condições econômicas, valor sentimental do bem, consequências do crime); 
• Não há valor máximo (teto) a ser considerado. Análise casuística; 
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• Pode ser aplicado a atos infracionais, crimes ambientais, descaminho e crimes tributários. 
NÃO SE APLICA A INSIGNIFICÂNCIA: 
• Crimes hediondos e equiparados; 
• Crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; 
• Uso de entorpecentes (posse de drogas para consumo pessoal); 
• Crimes contra a fé pública (moeda falsa); 
• Crimes contra a Administração Pública (Súmula n. 599 – STJ); 
• Contrabando (natureza ilícita da mercadoria importada ou exportada); 
• Violência doméstica ou familiar contra a mulher (Lei Maria da Penha); 
• Furto famélico: situação comprovada de extrema penúria. 
 “A jurisprudência desta Corte Superior é firme em assinalar a impossibilidade de se reconhecer a insignificância dos crimes 
cometidos mediante violência e grave ameaça, como na hipótese” (STJ, HC 136.059/MS, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, 6ª T., 
DJe 18/04/2016). 
 “A jurisprudência do STF e do STJ é pacífica, no sentido de não ser possível a aplicação do princípio da insignificância aos 
crimes praticados com grave ameaça ou violência contra a vítima, incluindo o roubo” (STJ, AgRg no AREsp 525.350/MG, Rel. 
Min. Reynaldo Soares da Fonseca, 5ª T., DJe 22/06/2015). 
 “A jurisprudência deste Superior Tribunal considera que não se aplica o princípio da insignificância aos delitos de tráfico de 
drogas e uso de substância entorpecente, pois trata-se de crimes de perigo abstrato ou presumido, sendo irrelevante para esse 
específico fim a quantidade de droga apreendida” (STJ, AgRg no REsp 1.442.224/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, 6ª T., DJe 
13/06/2016). 
 Aplicação de tal princípio nos crimes tributários, a saber: 
 Incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho quando o débito tributário verificado não 
ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, com as atualizações 
efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda. 
 Quando se trata de crime tributário, a insignificância tem um parâmetro bastante diferente. Aplica-se, quando não ultrapassar 
não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). 
8. PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE OU LESIVIDADE 
 Esse princípio busca, afastar da incidência de aplicação da lei penal aquelas condutas que, embora desviadas, não afetam 
qualquer bem jurídico de terceiros. 
 Além dos aspectos descritos, é relevante saber que existem duas dimensões: 
• Qualitativamente: o princípio da lesividade impede a criminalização redutora das liberdades constitucionais (crença, 
pensamento, consciência). 
• Quantitativamente: o princípio proíbe a cominação, aplicação ou execução de pena em casos de lesões irrelevantes 
(expressão do Princípio da insignificância). 
 
9. PRINCÍPIO DE HUMANIDADE 
 O ser humano como o centro da tutela penal e as irradiações, as diferentes manifestações, os aspectos da personalidade, 
protegendo como: a vida, a honra, a integridade física. 
 Para que o princípio seja consagrado, é necessário garantir a integridade física e moral dos presos. 
10. PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA 
 As penas estão previstas no caso concreto, de acordo com o preceito secundário do tipo penal, em que o magistrado aplica a 
pena. 
 Aplicação: incidência da pena a um agente específico, que praticou uma conduta típica, ilícita e culpável. Sistema trifásico de 
aplicação da pena pelo magistrado (art. 68 CP). Plano individual e concreto. Aqui o magistrado, analisando o preceito 
secundário, faz incidir a norma penal naquele comportamento específico, seguindo o sistema trifásico. 
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11. PRINCÍPIO DA LIMITAÇÃO DAS PENAS 
 Entende-se que o princípio da limitação da pena impede o retrocesso na cominação das penas. Não se pode pensar, 
atualmente, em uma pena cruel ou uma pena de trabalho forçado, por exemplo, pois, se assim fosse, representaria um 
retrocesso as conquistas obtidas ao longo do desenvolvimento histórico. 
12. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE 
 O princípio da proporcionalidade exige que se faça um juízo de ponderação sobre a relação existente entre o bem que é 
lesionado ou posto em perigo. Vale destacar que apesar de não ser um princípio expresso na CF, decorre de outros, a exemplo 
da individualização da pena, ou seja, deve haver a proporcionalidade da pena. 
 Três desdobramentos: Adequação; Necessidade; Proporcionalidade em sentido estrito ou avaliação. 
13. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU NÃO CULPABILIDADE 
 O princípio da presunção da inocência (ou princípio da não-culpabilidade, segundo parte da doutrina jurídica) é um princípio 
jurídico de ordem constitucional, aplicado ao direito penal, que estabelece o estado de inocência como regra em relação ao 
acusado da prática de infração penal. 
 De acordo com o art. 5º, inc. LVII: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentençapenal 
condenatória”. 
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO BIS IN IDEM 
 Por meio desse princípio, há uma proibição à dupla punição pelo mesmo fato. 
 O bis in idem é o que? Punir o indivíduo duplamente por uma mesma circunstância. Um exemplo claro de bis in idem: quando o 
indivíduo é duplamente punido, é duplamente agravada a sua situação, em razão de um mesmo fato ou circunstância. Isto é 
vedado pelo ordenamento jurídico brasileiro. 
15. TRANSCENDÊNCIA OU PESSOALIDADE 
 O processo penal é instaurado apenas em face de quem efetivamente cometeu o crime. Somente a pessoa condenada irá 
cumprir a pena. 
 
01. Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XV - Tipo 1 - Branca 
Pedro Paulo, primário e de bons antecedentes, foi denunciado pelo crime de descaminho (Art. 334, caput, do Código Penal), pelo transporte 
de mercadorias procedentes do Paraguai e desacompanhadas de documentação comprobatória de sua importação regular, no valor de R$ 
3.500,00, conforme atestam o Auto de Infração e o Termo de Apreensão e Guarda Fiscal, bem como o Laudo de Exame Merceológico, 
elaborado pelo Instituo Nacional de Criminalística. 
 
Em defesa de Pedro Paulo, segundo entendimento dos Tribunais Superiores, é possível alegar a aplicação do 
 
a. princípio da proporcionalidade. 
b. princípio da culpabilidade. 
c. princípio da adequação social. 
d. princípio da insignificância ou da bagatela. 
 
02. Para que uma conduta humana seja considerada criminosa, é necessário exceder o âmbito do próprio agente. Assim, não há que se 
falar em crime quando a conduta ofende somente bem jurídico próprio. O trecho faz referência ao princípio da: 
a. lesividade. 
b. pessoalidade. 
c. fragmentariedade. 
d. adequação social. 
e. individualização da pena. 
03. Marcos, inconformado com a traição de sua esposa Cláudia, decide matá-la. Alguns dias após a descoberta da autoria do crime, Marcos 
contrata você como seu advogado(a). Na entrevista pessoal, Marcos informa que matou Cláudia para preservar sua honra, afinal a 
traição era algo imperdoável. Diante da narrativa de Marcos, você deverá explicar ao seu cliente que a tese da legítima da honra, segundo 
o STF: 
a. possui aplicação condicionada à preservação da imagem da vítima, a fim de afastar argumentos violadores da dignidade da 
pessoa. 
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JHEYNE – DIREITO 
 
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b. é inconstitucional, por contrariar os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da proteção à vida e da igualdade 
de gênero. 
c. pode ser alegada em plenário do Tribunal do Júri, já que argumentos não jurídicos são admitidos em homenagem à 
plenitude de defesa. 
d. admite seu cabimento em hipóteses excepcionais, de forma mitigada, embora não possa ser utilizada como tese 
defensiva principal, de forma direta. 
04. A Constituição da República proíbe as penas de morte (salvo em caso de guerra declarada) e as consideradas cruéis (art. 5º, inc. 
XLVII, alíneas ‘a’ e ‘e’, respectivamente), além de assegurar às pessoas presas o respeito à integridade física e moral (art. 5º, inc. 
XLIX). Tais preceitos constitucionais expressam o princípio penal da: 
a. humanidade. 
b. intervenção mínima. 
c. insignificância. 
d. adequação social. 
e. lesividade.

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