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Patologia da Nutrição e Dietoterapia I - Câncer

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Nutrição-UFGD 
Câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 
doenças, que têm em comum o crescimento desordenado 
de células, que tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos 
(INCA, 2020). 
CAUSAS DO CÂNCER 
Internas (genéticas): 
• Hereditárias; 
• 10-20% dos indivíduos; 
• Câncer de cólon e reto, 
mama e estômago tem 
forte componente 
familiar. 
Externas (ambientais): 
• Radiação solar; 
• Tabagismo; 
• Hábitos alimentares. 
 
Crescimento controlado: aumento limitado e 
autocontrolado de células. 
Crescimento celular descontrolado: massa anormal de 
tecido. 
 
Diferenças entre os tipos de tumores: 
 
Metástase: 
 
PRINCIPAIS DIFERENTES ENTRE TUMORES 
BENIGNOS E MALIGNOS 
Tumor benigno: 
• Formado por células bem diferenciadas 
(semelhantes às do tecido normal); estrutura 
típica do tecido de origem; 
• Crescimento progressivo; pode regredir; mitoses 
normais e raras; 
• Massa bem delimitada, expansiva; não invade 
nem infiltra tecidos adjacentes; 
• Não ocorre metástase. 
Tumor maligno: 
 
Nutrição-UFGD 
• Formada por células anaplásicas (diferentes das 
do tecido normal); atípico; falta diferenciação; 
• Crescimento rápido; mitoses anormais e 
numerosas; 
• Massa pouco delimitada, localmente invasivo; 
infiltra tecidos adjacentes; 
• Metástase frequentemente presente. 
 
As alterações podem ocorrer em genes especiais, 
denominados proto-oncogenes, que, a princípio, são 
inativos em células normais. Quando ativados, os proto-
oncogenes transformam-se em oncogenes, responsáveis 
pela malignização (cancerização) das células normais. 
 
CARCINOGÊNESE OU ONCOGÊNESE 
Processo de formação do câncer. 
 
ESTÁGIO DE INICIAÇÃO 
Modificação de genes 
devido à ação de agentes 
cancerígenos. 
Ativação de proto-
oncogenes. 
Formação de oncogenes. 
ESTÁGIO DE PROMOÇÃO 
Longo e continuado contato com 
o agente cancerígeno promotor 
(oncopromotores). 
Proliferação celular desregulada de forma lenta e 
gradual. 
Criação de um microambiente pró-inflamatório que 
estimula ainda mais a proliferação celular. 
ESTÁGIO DE PROGRESSÃO 
Multiplicação descontrolada e irreversível das células 
alteradas. 
Surgimento das primeiras manifestações clínicas da 
doença. 
 
DIAGNÓSTICO 
Sinais e sintomas, exames de 
imagem, histopatologia, citologia ou 
análise molecular de biópsia. 
Estadiamento: classificação TNM 
(União Internacional Contra o 
Câncer). 
 
 
 
Nutrição-UFGD 
 
 
 
Radioterapia, quimioterapia, cirurgias: 
• Podem ser usadas em conjunto, variando apenas 
quanto à susceptibilidade dos tumores a cada 
uma das modalidades terapêuticas e à melhor 
sequência de sua administração. 
Principais metas: cura, prolongamento da vida e melhora 
da qualidade de vida. 
QUIMIOTERAPIA 
A quimioterapia é a forma de tratamento sistêmico do 
câncer que usa medicamentos denominados 
“quimioterápicos” (ou antineoplásicos) administrados em 
intervalos regulares, que variam de acordo com os 
esquemas terapêuticos. 
Quimioterapia prévia, neoadjuvante ou citorredutora: 
• Tem a finalidade de tornar os tumores 
ressecáveis ou de melhorar o prognóstico do 
paciente. 
Quimioterapia adjuvante ou profilática: indicada após o 
tratamento cirúrgico curativo. 
Quimioterapia curativa: tem a finalidade de curar 
pacientes com neoplasias malignas para os quais 
representa o principal tratamento. 
Quimioterapia para controle temporário de doença: 
indicada para o tratamento de tumores sólidos, 
avançados ou recidivados. Permite longa sobrevida 
(meses ou anos), mas sem possibilidade de cura. 
Quimioterapia paliativa: indicada para a paliação de 
sinais e sintomas que comprometem a capacidade 
funcional do paciente. Independente da vida de 
administração, é de duração limitada, tendo em vista a 
incurabilidade do tumor (doença avançada, recidiva ou 
metastática). 
Terapia hormonal: 
• A hormonioterapia é considerada um tipo de 
tratamento quimioterápico. Consiste no uso de 
substâncias semelhantes ou inibidores de 
hormônios para tratar as neoplasias que são 
dependentes desses. A finalidade desse 
tratamento é definida pelo oncologista clínico, 
conforme a doença do paciente. 
• Efeitos adversos: 
o Náuseas, vômito, disgeusia e mucosite; 
o Mielossupressão e imunossupressão; 
o Efeitos adversos cutâneos; 
o Toxicidade cardíaca e geniturinária. 
 
Nutrição-UFGD 
 
RADIOTERAPIA 
A radioterapia é o método de tratamento local ou 
locorregional do câncer que utiliza equipamentos e 
técnicas variadas para irradiar áreas do organismo 
humano, prévia e cuidadosamente demarcadas. 
 
Radioterapia curativa: visa à cura do paciente. 
Radioterapia pré-operatória: procedimento que antecede 
a principal modalidade de tratamento, a cirurgia, para 
reduzir o tumor e facilitar o procedimento operatório. 
Radioterapia pós-operatória ou pós-quimioterapia: tem a 
finalidade de esterilizar possíveis focos microscópicos do 
tumor. 
CIRURGIAS 
60% terapia inicial. 
90% usada em algum momento do tratamento. 
• Diagnóstico; 
• Ressecções com finalidade curativas ou 
profilática; 
• Adjuvante; 
• Paliativa; 
• Intervenções complementares (vias de acesso); 
• Intervenções de urgência. 
DESNUTRIÇÃO ASSOCIADA AO CÂNCER 
Em torno de 40% dos pacientes oncológicos morrem mais 
de desnutrição do que do câncer e do seu tratamento. 
• Agressividade e localização do tumor; 
• Órgãos envolvidos; 
• Condições clínicas, imunológicas e nutricionais, 
dependendo do momento do diagnóstico; 
• Magnitude da terapêutica. 
CARBOIDRATOS 
Células tumorais: uso preferencial de glicose, intenso 
turnover (captação de glicose de 10 a 50x maior). 
 
O ciclo de Cori consiste na conversão de glicose em 
lactato em tecidos musculares, durante um período de 
privação de oxigênio, seguido da conversão de lactato em 
glicose no fígado. 
 
Intolerância à glicose: relação direta com citocinas pró-
inflamatórias, principalmente: TNF-α, INF-γ, IL-1 e IL-6. 
 
PROTEÍNAS 
 
Nutrição-UFGD 
↑ turnover associado ao aumento na taxa catabólica 
muscular. 
Mobilização das proteínas musculoesqueléticas, com 
efluxo de aminoácidos dos locais de armazenamento 
periféricos para o fígado, e aumento da excreção de 
nitrogênio urinário. 
 
↑ fator indutor de proteólise → estimula a degradação e 
inibe a síntese de PTN – caquexia. 
 
Sistema proteolítico ubiquitina dependente é responsável 
pela quebra proteica das miofibrilas. 
 
LIPÍDEOS 
Alterações: ↑produção de 
fatores lipolíticos (fator 
mobilizador de lipídeos). 
Hiperlipidemia: 
relacionada à inibição da 
atividade da lipase 
lipoproteica e mediada por TNF-α e IL-1. 
CONTROLE DO APETITE 
Citocinas: glicoproteínas produzidas por células 
imunológicas. 
 
Alterações metabólicas, gastrointestinais (diarreia, 
vômito, náusea), inflamação. 
Efeitos adversos do tratamento e deitas hospitalares 
inadequadas. 
Alteração do apetite (↓fome, percepção de sabores e 
cheiros, aversões alimentares, alterações no paladar). 
Alterações psíquicas (depressão, ansiedade ou dor), 
doenças crônicas associadas, condição socioeconômica. 
CAQUEXIA DO CÂNCER 
Síndrome multifatorial caracterizada pela perda de 
massa muscular esquelética (com ou sem perda de 
massa adiposa) que não pode ser revertida com suporte 
nutricional padrão e leva ao comprometimento funcional 
progressivo. 
3 fases: 
• Pré-caquexia; 
• Caquexia; 
• Caquexia refratária. 
 
SARCOPENIA 
Desordem muscular esquelética progressiva e 
generalizada que está associada com o aumento da 
probabilidade de desfechos adversos, incluindo quedas, 
fraturas, inabilidade física e mortalidade. 
 
1) Força muscular: 
 
Nutrição-UFGD 
• Medida mais confiável para avaliar a função 
muscular; 
• Formas para determinar a força muscular: 
 
2) Quantidade muscular: a quantidade ou massa muscular 
pode ser caracterizada como: 
• Massa muscular esquelética total do corpo; 
• Massamuscular esquelética apendicular 
(relativa aos membros superiores e inferiores); 
• Área de secção transversa de grupos 
musculares ou de localizações corporais 
específicas: imagem de tomografia 
computadorizada da 3° vértebra lombar, do 
músculo psoas ou do meio da coxa. 
3) Performance física: 
• Definida como uma função de todo o corpo, 
objetivamente mensurada, relacionada à 
locomoção; 
• Trata-se de um conceito multidimensional que 
envolve não apenas os músculos, mas também a 
função nervosa central e periférica, incluindo o 
equilíbrio. 
 
Diagnóstico de sarcopenia: 
• Pontos de corte considerados pelo Consenso 
Europeu de Sarcopenia (2019) para diagnóstico 
de sarcopenia. 
 
SÍNDROME DA ANOREXIA-CAQUEXIA 
Grau variável de anorexia e alterações no paladar. 
Saciedade precoce, fraqueza e perda de peso. 
Perda de tecido adiposo, atrofia muscular esquelética e 
de órgãos viscerais. 
Hipoalbumina, anemia, hipoglicemia, lactacidemia, 
hiperglicemia e intolerância à glicose. 
 
 
 
Tipos de TCTH: 
• Alogênico: doador é desconhecido ou familiar; 
• Autólogo: doador é o próprio paciente; 
• Singênico: doador é o irmão gêmeo univitelino; 
• Condicionamento: paciente é submetido ao 
condicionamento, um processo de preparo para 
o recebimento da medula óssea do doador. 
Regimento de quimioterapia em altas doses, para 
 
Nutrição-UFGD 
destruir a medula óssea do paciente e de reduzir 
a imunidade para que seja evitada a rejeição. 
PACIENTES ONCOLÓGICOS 
Todos os pacientes em atendimento ambulatorial ou 
internados devem ser triados e avaliados 
nutricionalmente. 
Tratamento: 
• Clínico, cirúrgico e TCTH. 
Cuidados paliativos: 
• Expectativa de vida maior que 90 vidas; 
expectativa de vida igual ou menor que 90 dias; 
cuidado ao fim da vida. 
PACIENTE ONCOLÓGICO OU IDOSO 
Tratamento: 
• Clínico, cirúrgico e TCTH. 
Nas primeiras 24 a 48 h da internação, tanto para os 
pacientes internado no pré ou no pós operatório quando 
para pacientes clínicos ou internados para TCTH. 
No atendimento ambulatorial. 
Cuidados paliativos: 
• Expectativa de vida maior que 90 dias; 
expectativa de vida igual ou menor que 90 dias; 
cuidado ao fim da vida; 
• Nas primeiras 24 a 48h da admissão; 
• No atendimento ambulatorial. 
PACIENTE ONCOLÓGICO ADULTO OU IDOSO 
Tratamento: clínico e cirúrgico. 
• NRS-2002; 
• ASG-PPP e a versão reduzida ou ASG; 
• MNA versão reduzida ou MAN (para o idoso); 
• Anamnese alimentar. 
Tratamento: TCTH. 
• Além dos já citados: dinamometria. 
 
PACIENTE ONCOLÓGICO ADULTO OU IDOSO 
 
 
 
 
PACIENTE ADULTO OU IDOSO EM TRATAMENTO 
CLÍNICO OU CIRÚRGICO OU TCTH 
 
 
Nutrição-UFGD 
Carboidratos, lipídeos e micronutrientes: quantidades 
ideais não foram estabelecidas. 
Adequar conforme o estado nutricional, a sintomatologia 
e a presença de comorbidades. 
 
 
 
CUIDADOS PALIATIVOS 
Carboidratos, lipídeos e micronutrientes: quantidades 
ideais não foram estabelecidas. 
Adequar conforme o estado nutricional, a sintomatologia 
e a presença de comorbidades. 
 
 
 
 
ANOREXIA 
Conversar com o paciente e o acompanhante sobre a 
importância da alimentação, apesar da inapetência. 
Adequar as orientações nutricionais às preferências do 
paciente. 
Adequar a ingestão atual para o ideal ou o mais próximo 
possível. 
Modificar a consistência da dieta conforme a aceitação do 
paciente. 
Aumentar o fracionamento da dieta, oferecendo e 6 a 8 
refeições ao dia. 
Aumentar a ingestão de alimentos e preparações com 
elevada densidade calórica. 
Utilizar complementos nutricionais hipercalóricos e hiper 
proteicos. 
Dar preferência a pratos coloridos e diversificados, 
evitando a monotonia alimentar. 
 
Não há evidência suficiente: 
Cirúrgico: 
• Suplementação de BCAA, glutamina ou outro 
metabólito (HMB); 
• Canabidióides para melhorar o apetite; 
• Androgênios para o ganho de massa muscular. 
Radioterapia: 
• Glutamina para diarreia induzida por RT; 
• Probióticos para diarreia induzida por RT. 
Quimioterapia e TCTH: 
• Glutamina para manejo dietoterápico ou clínico. 
 
Nutrição-UFGD 
 
 
 
 
 
DISGEUSIA E DISOSMIA 
Estimular a ingestão de alimentos mais prazerosos. 
Utilizar complementos nutricionais com flavorizantes e 
aromas apreciados pelo paciente. 
Preparar pratos visualmente agradáveis e coloridos. 
Estimular a recordação do sabor dos alimentos antes de 
ingeri-los. 
Dar preferência a alimentos que estimulam a salivação, 
como os ácidos. 
Utilizar ervas aromáticas e condimentos nas 
preparações. 
Evitar o uso de talheres de metal para minimizar o sabor 
metálico. 
Adicionar mel ou açúcar aos alimentos pode diminuir o 
sabor amargo ou ácido. 
Realizar a limpeza das papilas gustativas antes de comer, 
fazendo um bochecho ou bebendo água comum, água com 
gás, chás, gengibre ou suco de frutas ácidas. 
 
NÁUSEAS E VÔMITOS 
Adequar as orientações nutricionais às preferências do 
paciente. 
 
Nutrição-UFGD 
Alimentos mais secos, simples, frios, com menor teor de 
gordura e sem molhos costumam sem mais bem 
tolerados. 
Preparar pratos visualmente agradáveis e coloridos. 
Evitar jejuns prolongados. 
Mastigar ou chupar gelo 40 min antes das refeições. 
Evitar preparações que contenham frituras e alimentos 
gordurosos. 
Evitar preparações com temperaturas extremas, mas dar 
preferência aos alimentos geladas. 
Evitar preparações e alimentos muito doces. 
Quando possível, adicionar alimentos cítricos à 
preparações, preferencialmente gelados: sucos, cubos de 
gelo, picolés (limão, laranja, maracujá, abacaxi...). 
Evitar beber líquidos durante as refeições, ingerindo-os 
em pequenas quantidades nos intervalos. 
Manter cabeceira elevada (45°) durante e após as 
refeições por, pelo menos, 30 min antes de deitar. 
Realizar as refeições em locais arejados, evitando locais 
fechados onde possa se propagar o cheiro da refeição. 
Utilizar roupas leves e não muito apertadas. 
 
Xerostomia 
Utilizar complementos nutricionais industrializados com 
flavorizantes cítricos. 
Dar preferência a alimentos umedecidos. 
Utilizar gotas de limão nas saladas e bebidas. 
Ingerir líquidos junto com as refeições para facilitar a 
mastigação e a deglutição. 
Adicionar caldos e molhos às preparações. 
Usar ervas aromáticas como tempero nas preparações, 
evitando sal e condimentos em excesso. 
Mastigar e chupar gelo feito de água de coco e suco de 
fruta natural, sem açúcar. 
Utilizar goma de mascar ou balas se açúcar com sabor 
cítrico para aumentar a produção de saliva e sentir mais 
sede. 
 
MUCOSITE, ÚLCERAS ORAIS E DISFAGIA 
Modificar a consistência da dieta de acordo com o grau de 
mucosite e de acordo com as orientações do 
fonoaudiólogo e capacidade do paciente. 
Evitar alimentos ácidos, picantes, excessivamente 
condimentados, salgados e doces. 
Utilizar alimentos à temperatura ambiente ou fria para 
otimizar a vasoconstrição. 
Diminuir o sal das preparações. 
Evitar vegetais frescos crus. 
Manter ingestão hídrica adequada, evitando líquidos ricos 
em açúcar. 
Evitar alimentos secos e abrasivos. Dar preferência a 
alimentos umedecidos. 
Em caso de disfagia a líquidos, semilíquidos e pastosos, 
indicar o uso de espessantes. 
Em casos de disfagia a alimentos sólios, orientar o 
paciente a ingerir pequenos volumes de líquidos junto às 
refeições para facilitar a mastigação e a deglutição, 
conforme orientação do fonoaudiólogo. 
Usar preparações de fácil mastigação/deglutição, 
conforme tolerância. 
Estimular a mastigação em caso de disfagia para sólidos. 
 
Nutrição-UFGD 
 
DIARREIA 
Aumentar o fracionamento da dieta e reduzir o volume 
por refeição, oferecendo de 6 a 8 refeições ao dia. 
Avaliar individualmente a utilização de dieta pobre em 
resíduos, glúten, lactose, cafeína e sacarose. 
Evitar alimentos flatulentos e hiperosmolares. 
Utilizar dieta pobre em fibras insolúveis e adequada em 
fibras solúveis.Ingerir líquidos isotônicos entre as refeições, em volumes 
proporcionais às perdas. 
 
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL 
Orientar a ingestão de alimentos ricos em fibras e com 
características laxativas. 
Considerar a utilização de módulo de fibra dietética mista. 
Estimular a ingestão hídrica conforme recomendações. 
 
NEUTROPENIA 
Não se recomenda o uso de probióticos. 
Higienizar, antes do consumo, todas as frutas e verduras 
em água corrente e deixar por 20 min imersas em 
soluções sanitizantes ou hipoclorito de sódio. 
Utilizar água potável, fervia ou mineral em embalagens 
não reutilizáveis. 
Ingerir condimentos e grãos cozidos. 
Ingerir leite esterilizado ou pasteurizado e derivados 
somente pasteurizados. 
Ingerir carnes e ovos somente bem cozidos. 
Não consumir oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes). 
Utilizar preparações produzidas por estabelecimentos 
que tenham todos os cuidados adequados à segurança 
alimentar. Peça que o alimento seja preparado na hora e 
evite ingerir salada crua. 
Quando consumir alimentos industrializados (biscoitos, 
sucos, iogurtes, etc.), ar preferência a embalagens 
individuais, de consumo imediato. 
Evitar carnes processadas, sem garantia de procedência, 
do tipo embutidos (linguiça, mortadela, etc.). 
Ingerir mel, somente pasteurizado. 
Evitar tomar chimarrão ou bebidas a base de mate, devido 
à inalação da erva-mate seca. 
 
 
Nutrição-UFGD 
CARDENAS, T. C.; SANTIS E SILVA, V. A.; WAITZBERG, D. L. 
Desnutrição em cancer: epidemiologia e consequências. 
In: WAITZBERG, D. L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral 
na Prática Clínica. 5ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017. 
CRUZ-JENTOFT et al. Sarcopenia: revised European 
consensus on definition and diagnosis. Age and Ageing, v. 
48, n. 1, p. 16-31, 2019. 
FEARON, K. et al. Definition and classification of cancer 
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INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES 
DA SILVA (INCA). ABC do câncer: abordagens básicas para 
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INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES 
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SUNG, Y. et al. Global Cancer Statistics 2020: GLOBOCAN 
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Disponível em: http://publications.iarc.fr/586. Acesso em: 
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