Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nutrição-UFGD A prescrição dietética deverá ser elaborada com base nas diretrizes estabelecidas no diagnóstico nutricional. O diagnóstico nutricional deve ser elaborado pelo nutricionista com base nos dados: • Clínicos: sintomas, dificuldades (ex.: mastigação, fadiga, falta de apetite), histórico familiar; • Bioquímicos; • Antropométricos: • Dietéticos: O registro da prescrição dietética deve constar no prontuário do cliente/paciente. Antropometria: • Peso: atual, habitual, ideal, estimado, perda de peso; • Altura: atual, habitual, ideal, teimada; • Dobras cutâneas: triciptal, biciptal, subescapular, entre outras; • Circunferências corporais: braço, panturrilha, cintura, entre outros. Exame físico: • Perda de gordura: face, tórax, abdome, braço; • Perda de massa muscular: coxa, braço; • Presença de líquidos no espaço extracelular: edema nas pernas e pés, edema sacral, ascite; • Deficiência de nutrientes: cabelos, unhas, mucosas, pele. Alteração da ingestão alimentar habitual - avaliar: • Quantidades; • Consistência; • Composição; • Jejum total ou parcial. Tolerância digestiva - presença de distúrbios gastrointestinais: • Disfagia; • Odinofagia: dor ao deglutir (recomendado comidas líquidas); • Xerostomia; • Anorexia; • Náusea/vômito; • Dor abdominal (ou outro tipo); • Diarreia; • Constipação. Capacidade funcional: • Normal; • Reduzida (parcialmente, acamado). Avaliação bioquímica: • Exames laboratoriais relevantes a cada caso. Componentes da prescrição dietética: • Via de administração; • Fracionamento; • Consistência; • Valor energético total; • Macronutrientes; • Micronutrientes (relevantes ao diagnóstico); • Temperatura. Nutrição-UFGD PRESCRIÇÃO DIETÉTICA Determina o tipo, quantidade e frequência da alimentação. Promove alterações necessárias (aumento ou restrição de nutrientes ou grupos de alimentos). Base no processo fisiopatológico da doença e suas metas terapêuticas (tratamento). TERAPIA NUTRICIONAL Adaptar a dieta à capacidade fisiológica do organismo do paciente, considerando alterações decorrentes do processo fisiopatológico, suprindo e prevenindo deficiências nutricionais, de acordo com a bioindividualidade de cada caso clínico. DIETA NORMAL Dieta que serve de base para as possíveis modificações terapêuticas. Tipos de modificação: • Físicas: acesso, fracionamento, consistência, temperatura, volume, resíduo, sabor; • Químicas: aumento ou redução de nutrientes, do valor calórico, mudança no teor de fibras, exclusão de nutriente. o Ajuste na proporção, conteúdo e equilíbrio de macronutrientes. Quando a condição clínica do paciente não justifica alterações. VCT = 1800 – 2200 kcal. PTN = 60 – 80g. Normolipídica. Normoglicídica. Adequada em micronutrientes. Adaptada às preferências do paciente. MODIFICAÇÕES DA CONSISTÊNCIA Objetivos: • Facilitar a mastigação e deglutição; • Facilitar o processo digestório; • Problemas mecânicos do TGI; • Reparo para exames; • Pré e pós cirurgias. MUDANÇAS DE ACESSO MODIFICAÇÃO DE FRACIONAMENTO Dieta normal = 5-6 refeições ao dia. Fracionamento aumentado = 6-8 refeições ao dia (ou mais, se necessário). Dieta zero ou N.V.O. = paciente não recebe alimentos ou água por período determinado pela equipe médica. MODIFICAÇÃO DE VOLUME E TEMPERATURA Volume: • Volume aumentado: para dietas hipercalóricas; • Volume reduzido: para pacientes com náuseas/vômitos, dor, e baixa tolerância Nutrição-UFGD alimentar (normalmente acompanhado de fracionamento aumentado). Temperatura: • Fria: usada para alterações na cavidade oral; • Morna: causa menor sensação de plenitude gástrica e menor motilidade no TGI; • Quente: mais usada (normal). MODIFICAÇÕES QUÍMICAS Modificação do calor calórico – hipocalórica e hipercalórica. Dieta hipolipídica – doenças hepáticas, doenças da vesícula biliar, pancreatite, doenças cardiovasculares. Dietas hiperproteicas – desnutrição e doenças hipercatabolicas (necessitam balanço nitrogenado positivo). Restrição de sódio (hiperssódica) – doenças renas e cardiovasculares. Dietas hipoproteicas – doenças renais e alguns erros inatos do metabolismo. MODIFICAÇÕES QUÍMICAS Dietas sem irritantes gástricos – isenta de cafeína, pimentas, alimentos ácidos, bebidas gaseificadas, álcool. Dieta pobre em resíduos/obstipante – diarreia. Dieta rica em fibras e/ou laxativa – síndrome metabólica e constipação. ASBRAN, 2014. Manual orientativo: sistematização do cuidado nutricional. Disponível em: http://www.asbran.org.br/arquivos/PRONUTRI-SICNUT- VD.pdf CFN. Resolução 304/2003. Disponível em: http://www.cfn.org.br/novosite/pdf/res/2000_2004/res30 4.pdf Colpo E. Nutrição clínica e hospitalar. In: Mussoi T. Nutrição: curso prático. Ed. Guanabara Koogan, 2017. Charney P. e Escott-Stump S. Visão geral do diagnóstico e intervenção nutricional. In: Mahan et al. Krause: alimentos, nutrição e dietoteraia. Ed Elsevier. 13° edição. 2012. http://www.asbran.org.br/arquivos/PRONUTRI-SICNUT-VD.pdf http://www.asbran.org.br/arquivos/PRONUTRI-SICNUT-VD.pdf http://www.cfn.org.br/novosite/pdf/res/2000_2004/res304.pdf http://www.cfn.org.br/novosite/pdf/res/2000_2004/res304.pdf
Compartilhar