Buscar

Taquiarritmias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

TAQUIARRITMIAS
Ocorrem em FC > 100 bpm. Muitas vezes, os sintomas só surgem com FC > 150 bpm, mas alguns pacientes podem ter sintomas antes disso se tiverem uma reserva cardiopulmonar prévia comprometida. 
Quadro Clínico:
· Palpitações (sentem o batimento cardíaco);
· Desconforto torácico;
· Mal-estar;
· Dispneia;
· Síncope;
Subtipos:
Supraventriculares: geradas acima dos ventrículos, acima do NAV. A maioria tem complexo QRS estreito (no máximo 3 quadradinhos), algumas não, porque pode ser que tenha alguma outra patologia que faz com que o QRS fique largo.
· Taquicardia Sinusal;
· Fibrilação Atrial (FA);
· Flutter Atrial (FLA);
· Taquicardia SV de Reentrada (são as “taqui-supra”);
Ventriculares: geradas abaixo do NAV. Sempre tem complexo QRS alargado/aberrante (> 3 quadradinhos)
· TV Monomórfica;
· TV polimórfica;
Taquicardia Sinusal
QRS estreito, ritmo sinusal e RR regular, com FC > 100 bpm (RR < 3 quadradões) decorrente de uma causa secundária.
Fibrilação Atrial
QRS estreito, RR irregulares (ritmo irregular), não tem ritmo sinusal (sem onda P sinusal).
Flutter Atrial
QRS estreito, ritmo regular (RR regulares), presenças de ondas F (ondas P com aspecto serrilhado).
Existem situações em que o ritmo pode ser irregular (o NAV bloqueia alguns estímulos para os ventrículos, para tentar compensar a FC → pode ser que as vezes ele bloqueie 2, outra 3, tornando os RR irregulares).
Taquicardia SV de Reentrada 
O estímulo fica reentrando ao redor do NAV ou através de uma via anômala (Síndrome de Wolff-Parkinson-White).
QRS estreitos, ritmo sempre regular e não identifica onda P sinusal.
Obs.: nem todas as taquicardias de origem supraventricular têm QRS estreito (pode ter QRS largo em vigência de doença do sistema de condução ou uma via anômala). Diferencia pelos critérios de Brugada, mas geralmente consideramos que as taquiarritmias com QRS largo são sempre ventriculares.
TV Monomórfica
QRS largos e todos iguais.
TV Polimórfica
QRS largos e diferentes entre si. 
Torsades de Point: parece que torceu o ECG. É característico de intervalo QT prolongado.
Taquiarritmias Instáveis
Sintomático, instável hemodinamicamente ou prestes a evoluir para instabilidade. É preciso atuar muito rápido.
· História:
· Queixa principal
· Comorbidades
· Medicações em uso
· Alergias 
· MOV (monitorização, O2 e acesso venoso)
· ECG – se tiver tempo hábil
· Exame físico 
· Sinais vitais
· Sinais de choque (rebaixamento do sensório; cianose; tempo de enchimento capilar lentificado)
· Ausculta cardíaca
· Ausculta pulmonar
Pensar na causa:
· Já tem cardiopatia prévia
· Síndrome coronariana aguda
· Medicações, álcool, drogas
· Distúrbios hidroeletrolíticos
· Distúrbios metabólicos
· Ansiedade, estresse
· Causas inespecíficas 
Na taquicardia sinusal, a meta é tratar a causa base! Pois é um mecanismo secundário a outra causa.
Instabilidade hemodinâmica: congestão pulmonar; dor torácica; hipotensão arterial; sinais de choque; rebaixamento do sensório. É preciso reverter a arritmia imediatamente → cardioversão elétrica sincronizada.
Cardioversão Elétrica Sincronizada x Desfibrilação
Intervalo QT é o período de refratariedade ventricular, em que se, por algum motivo, cair um batimento extra ou aplicar um choque, pode degenerar para uma arritmia ventricular grave → O choque deve ser aplicado em cima da onda R.
Cardioversão Elétrica Sincronizada:
O próprio cardioversor sincroniza o choque em cima da onda R, para não haver o fenômeno R sobre T → apertar o botão “sincronizar”.
Paciente pode apresentar dor/desconforto → precisa realizar sedação (etomidato, propofol) e analgesia (fentanil em dose baixa).
Cargas iniciais são mais baixas: 50-120J
Vamos cardioverter todos os pacientes que não estão em PCR, exceto quando TV polimórficas (pode ser que cardioversor não encontre a onda R).
Cargas (bifásico):
· QRS estreito regular: 50-100J (FLA ou TSV)
· QRS estreito irregular: 120-200J (FA)
· QRS largo regular: 100J (TV monomórfica)
· QRS largo irregular: desfibrilação (TV polimórfico)
Dica: o FLA reverte com 50J, a FA com 120J e todos os outros com 100J (exceto TV polimórfica).
Desfibrilação:
É um choque não sincronizado.
Usado em situações de PCR (FV e TVsp – sem pulso), podendo usar em TV polimórficas (quando instáveis).
Cargas mais elevadas.
Taquiarritmias Estáveis
Não apresenta sinais de instabilidade hemodinâmica. 
Conduta: 
· Manobra vagal; Arritmias supraventriculares
· Adenosina; 
· Controle de FC; 
· Antiarrítmicos → Arritmias ventriculares
Manobra Vagal
Manobra usada para diminuir a FC, em casos de taqui-supra (Taquicardias SV de reentrada). Pode ser feita de duas formas: 
· Massagem do seio carotídeo: identificar onde está o seio carotídeo (lateral à cartilagem tireóidea, próximo ao ângulo da mandíbula), faz uma pressão ou massagem circular por 10 a 15 segundos unilateralmente. Cautela com pacientes que tiveram evento isquêmico recente e idosos → pode deslocar um êmbolo (evitar ou auscultar antes).
Se não houver regressão ao ritmo sinusal, faz do outro lado (nunca bilateral, pois pode precipitar uma síncope). Se não surtir efeito, a manobra foi ineficaz.
· Manobra de Valsalva: expiração forçada com a glote fechada (tampa o nariz e fecha a boca ou pede pro paciente soprar o dorso da mão) por 10 a 15 segundos e para subitamente. Isto aumenta a pressão intratorácica, reduzindo o RV, diminuindo a PA e quando ele volta subitamente, esse RV volta muito rápido, o que estimula o barorreceptor a reduzir a FC.
· Modificada → em decúbito dorsal com a cabeceira elevada, paciente faz força numa seringa, tentando deslocar seu êmbolo durante 15 segundos. Para subitamente e é deitado com as pernas para cima (aumenta ainda mais o RV, aumentando a chance de reversão da arritmia).
Adenosina
É uma medicação usada para reverter as taqui-supra. Ela faz inibição do NAV, sendo útil nas arritmias supraventriculares.
Cuidado, pois, sua meia-vida é muito curta (10 segundos), indicando quando necessário, avisando o paciente de seus efeitos e administrando de forma correta 
· Indicação: taquicardias supraventriculares de ritmo regular.
· A medicação faz uma pausa sinusal, como se fosse uma breve assistolia, tornando o paciente muito sintomático (muito desconforto, sensação de morte súbita), portanto é preciso avisá-lo dos efeitos esperados e que serão de curta duração.
· Administração: em bôlus e rápido. Acesso venoso; torneira de 3 vias; seringa com soro fisiológico; seringa com adenosina pura. Injeto a adenosina, fazendo pressão no êmbolo do soro e injetar o soro imediatamente depois → garante que a adenosina vai chegar no coração e vai ter seu efeito.
Dose de 6 mg. Geralmente tem efeito imediato, mas podemos esperar de 1 a 2 min. Se não houver respostas, a dose pode ser dobrada para 12 mg (segundo o protocolo do AHA).
Efeitos colaterais: hipotensão arterial e broncoespasmo (cautela em pacientes com DPOC e asmáticos).
Cautela quando: acesso venoso profundo; pós-operatório de cirurgia cardíaca; uso de medicações como dipiridamol ou carbamazepina → começo com 3 mg.
Controle de FC
Reduzir a FC para tirar o paciente desse limbo de instabilidade hemodinâmica, pois apesar de estável, ele pode evoluir para instabilidade muito rápido. São usados para taquicardias supraventriculares.
· BB → Metoprolol 5 mg IV lento – máximo de 15 mg → indicado em pacientes com FA ou FLA até avaliar outro tratamento;
· BCC (quando tem contraindicação ao uso e BB);
Antiarrítmicos
Usado em taquicardias ventriculares.
· Amiodarona 150 mg em 10 min (ataque) e manutenção de 1 mg/min nas primeiras 6h e 0,5 mg/min nas próximas 18h (é uma droga de depósito);
· Procainamida;
· Sotalol;
Consultar especialista!
Protocolo de Taquiarritmias:
Paciente pode estar em PCR → taquicardia ventricular SEM pulso → protocolo de PCR
Taquicardia ventricular COM pulso → taquiarritmia → protocolo de taquiarritmia
FC > 100; 
Há sintomas?
Paciente estável ou instável?
QRS estreito ou largo?
Ritmo regular ou irregular?
QRS monomórfico ou polimórfico? (se QRS largo)
Sinais de Instabilidade:
· Hipotensão· Rebaixamento do sensório
· Sinais de choque (extremidades frias e pegajosas; tempo de enchimento capilar prologando)
· Dor torácica
· Congestão pulmonar (crepitações)
Conduta: cardioversão elétrica (TVSV e TV monomórficas) ou desfibrilação (TV polimórficas ou PCR).

Outros materiais