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CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1 APRESENTAÇÃO Caros concursandos de todo Brasil, sejam bem vindos! É com grande felicidade que inicio mais este curso aqui no Ponto, com foco total no concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB). Antes de tudo, para que me conheçam um pouco melhor, farei minha apresentação. Meu nome é Pedro Ivo, sou servidor público há 12 anos e, atualmente, exerço o cargo de Auditor-Fiscal Tributário no Município de São Paulo (ISS-SP). Iniciei meus trabalhos no serviço público atuando na Administração Federal, na qual, durante alguns anos, permaneci como Oficial da Marinha do Brasil. Por opção, comecei a estudar para a área fiscal e, concomitantemente, fui aprendendo o que é o “verdadeiro espírito de concurseiro”, qualidade que logo percebi ser tão necessária para alcançar meu objetivo. Atualmente, após a aprovação no cargo almejado, ministro aulas em diversos cursos do Rio de Janeiro e de São Paulo, sou pós-graduado em Auditoria Tributária, pós-graduado em Processo Penal e Direito Penal Especial e autor dos livros “Direito Penal – Questões comentadas da FCC”, “Direito Processual Penal – Resumo dos tópicos mais importantes para concursos públicos” e “1001 Questões Comentadas – Direito Penal – CESPE”, todos publicados pela Editora Método. Agora que já me conhecem um pouco, posso, com certa tranquilidade, começar a falar de nosso curso. Trata-se de um curso destinado àqueles que já estudaram o Direito Penal e que, agora, querem consolidar e lapidar o conhecimento através de exercícios (etapa essa essencial para sua futura aprovação!). Durante nossos encontros, buscarei evitar o máximo possível o uso do “juridiquês”, ou seja, da linguagem que, regra geral, utiliza-se na faculdade de Direito. É claro que em alguns momentos não conseguiremos fugir da utilização de termos jurídicos, pois alguns são adotados pela ESAF e, assim, precisam passar a fazer parte do seu linguajar. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 2 O curso será composto das seguintes aulas: AULA 00 PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL / APLICABILIDADE DA LEI PENAL – PARTE 01 AULA 01 APLICABILIDADE DA LEI PENAL – PARTE 02 TEORIA DO CRIME – PARTE 01 AULA 02 TEORIA DO CRIME – PARTE 02 AULA 03 CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA AULA 04 DOS CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO CRIMES CONTRA A PREVIDÊNCIA SOCIAL Lei n. 8.137, de 27/12/1990: Capítulo I, Seção II – Dos crimes contra a Ordem Tributária: Dos crimes praticados por Funcionários Públicos. LEI Nº 2.860/56. AULA 05 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS (Lei n. 9.099/95 e Lei n. 10.259/2001). Em nosso curso resolveremos aproximadamente 200 questões e, sem dúvida, você estará totalmente apto a “encarar” a sua futura PROVA de Direito Penal. Nossas aulas terão uma média de 50 páginas, com exceção da aula demonstrativa. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 3 Como nosso curso será de exercícios, precisamos tratar de um importante ponto: Sempre que possível utilizarei somente exercícios da ESAF no que tange aos assuntos que trataremos. Ocorre, entretanto, que a banca não tem grande tradição no que diz respeito ao Direito Penal. Assim, quando necessário, apresentarei exercícios de outras bancas, mas sempre irei adequar ao “estilo ESAF”, ok? O importante é praticar bastante! Para finalizar essa nossa primeira conversa, lembro que todas as dúvidas poderão ser sanadas no fórum e que qualquer crítica ou sugestão poderá ser enviada para pedro@pontodosconcursos.com.br. Bom, agora que já estamos devidamente apresentados e você já sabe como será o nosso curso, vamos começar a subir mais um importante degrau rumo à aprovação!!! Bons estudos!!! CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 4 AULA 00 – PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL / APLICABILIDADE DA LEI PENAL – PARTE 01 01. (ESAF / AFT / 2010) À luz da aplicação da lei penal no tempo, julgue as afirmações abaixo relativas ao fato de Osvaldo ter sido processado pelo delito de paralisação de trabalho de interesse coletivo, em janeiro de 2009, supondo que lei, de 10 de janeiro de 2010, tenha abolido o referido crime: I. Caso Osvaldo já tenha sido condenado antes de janeiro de 2010, permanecerá sujeito à pena prevista na sentença condenatória; II. A lei penal não pode retroagir para beneficiar Osvaldo; III. Caso Osvaldo ainda não tenha sido denunciado, não mais poderá sê-lo; IV. Osvaldo será beneficiado pela hipótese da abolitio criminis. a) Todos estão corretos. b) Somente I está correto. c) Somente III e IV estão corretos. d) Somente I e III estão corretos. e) Somente I e IV estão corretos. GABARITO: C COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas: Assertiva I Î Incorreta Î Está errada, pois contraria o art. 2º do CP segundo o qual ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 5 Assertiva II Î Incorreta Î No caso da abolitio criminis, ocorrerá a retroação para beneficiar o réu, logo, incorreta a assertiva. Assertiva III Î Correta Î A assertiva está correta, pois, como a conduta não é mais considerada típica, não há que se falar em possibilidade de denúncia por parte do Ministério Público. Assertiva IV Î Correta Î Está correta, pois no caso da abolitio criminis a lei retroagirá para beneficiar o réu. 02. (ESAF / AFT / 2010) Camargo, terrorista, tenta explodir agência do Banco do Brasil, na França. Considerando o princípio da extraterritorialidade incondicionada, previsto no Código Penal brasileiro, é correto afirmar que: a) Camargo só pode ser processado criminalmente na França. b) O Estado brasileiro não tem interesse em delitos ocorridos fora do Brasil. c) Caso Camargo tenha sido condenado e encarcerado na França, não poderá ser preso no Brasil. d) O fato deve ser julgado no local onde ocorreu o crime: na França. e) Mesmo Camargo tendo sido julgado na França, poderá ser julgado no Brasil. GABARITO: E COMENTÁRIOS: Questão que exige o conhecimento do art. 7º no tocante a extraterritorialidade. Observe que o art. 7º, I, “b”, atribui a aplicabilidade da lei brasileira aos crimes contra o patrimônio de sociedade de economia mista instituída pelo poder público. Assim, no caso em tela, mesmo Camargo tendo sido julgado na França, poderá ser julgado no Brasil. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 6 Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro I - os crimes: b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 03. (FUNIVERSA / Agente - PC / 2008 - Adaptada) Com base nos princípios do Direito Penal, assinale a alternativa CORRETA: A) Segundo o princípio da intervenção mínima o Direito Penal só deve tutelar bens que não forem garantidos pela esfera cível. B) O princípio da insignificância dispõeque o Direito Penal não deve se ocupar com assuntos irrelevantes e funciona como causa de exclusão de tipicidade. Porém, não se admite sua aplicação a crimes praticados com emprego de violência à pessoa ou grave ameaça. C) O princípio da insignificância ou criminalidade de bagatela confunde-se com o conceito das infrações de menor potencial ofensivo, porque o Direito Penal não deve se ocupar de matérias sem relevância. D) Segundo o princípio da intranscendência, ninguém pode ser responsabilizado por um fato que foi cometido por um terceiro, salvo no caso da aplicação de pena restritiva de direitos. E) N.R.A. GABARITO: B COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas: CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 7 Alternativa “A” Î Incorreta Î Segundo o princípio da intervenção mínima o Direito Penal deve ser utilizado com muito critério, devendo o legislador fazer uso dele somente nas situações realmente necessárias de serem rigidamente tuteladas. Alternativa “B” Î Correta Î Enuncia perfeitamente o princípio da insignificância. Ressalta-se que, conforme dispõe a questão, tal princípio não é cabível nos casos em que o crime é cometido com emprego de violência à pessoa ou grave ameaça, pois, neste caso, não há que se cogitar a hipótese de insignificância. Alternativa “C” Î Incorreta Î Considera-se delito de menor potencial ofensivo as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. Assim, percebe-se que não há relação direta do princípio da insignificância com as infrações de menor potencial ofensivo. Alternativa “D” Î Incorreta Î A alternativa começa enunciando de forma correta o princípio da intranscendência. Todavia, torna-se errada ao citar que tal princípio é excepcionado no caso da aplicação de pena restritiva de direito. 4. (ESAF / PGFN / 2007) À luz da aplicação da lei penal no tempo, dos princípios da anterioridade, da irretroatividade, retroatividade e ultratividade da lei penal, julgue as afirmações abaixo relativas ao fato de Mévio ter sido processado pelo delito de adultério em dezembro de 2004, sendo que a Lei n. 11.106, de 28 de março de 2005, aboliu o crime de adultério: I. Caso Mévio já tenha sido condenado antes de março de 2005, permanecerá sujeito à pena prevista na sentença condenatória. II. A lei penal pode retroagir em algumas hipóteses. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 8 III. Caso Mévio não tenha sido condenado no primeiro grau de jurisdição, poderá ocorrer a extinção de punibilidade desde que a mesma seja provocada pelo réu. IV. Na hipótese, ocorre o fenômeno da abolitio criminis. A) Todas estão corretas. B) Somente I está incorreta. C) I e IV estão corretas. D) I e III estão corretas. E) II e IV estão corretas. GABARITO: E COMENTÁRIOS: Vamos analisar as assertivas: Item I Î Incorreto Î O fato de Mévio já ter sido condenado não importa no caso em tela, pois, segundo o art. 2º do CP, a retroação atinge os efeitos penais da sentença condenatória. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Item II Î Correto Î A lei penal, apesar de ter como regra a irretroatividade, pode retroagir. Item III Î Incorreto Î Não há qualquer obrigatoriedade de provocação por parte do réu. Os efeitos de uma lei mais benéfica atingem AUTOMATICAMENTE os que por ela forem abrangidos. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 9 Item IV Î Correto Î O instituto da abolitio criminis ocorre quando uma lei nova trata como lícito fato anteriormente tido como criminoso, ou melhor, quando a lei nova descriminaliza fato que era considerado infração penal. 5. (ESAF / MPU / 2004) Em se tratando de extraterritorialidade, pode- se afirmar que se sujeitam à lei brasileira, embora praticados no estrangeiro, A) os crimes contra a administração pública, por quem não está a seu serviço. B) os crimes de genocídio, ainda que o agente não seja brasileiro ou domiciliado no Brasil. C) os crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, quando em território estrangeiro, mesmo que aí sejam julgados. D) os crimes contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado ou de Município. E) os crimes contra o patrimônio praticados contra o presidente da República. GABARITO: D COMENTÁRIOS: Exige o conheciento do art. 7º do CP. Vamos analisar: Alternativa “A” Î Contraria o Art. 7º, I, “c” do CP. Veja: Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: [...] c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (grifei) CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 10 Alternativa “B” Î Contraria o Art. 7º, I, “d” do CP. Veja: Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: [...] d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. (grifei) Alternativa “C” Î Contraria o Art. 7º, II, “c” do CP. Veja: Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: II - os crimes: c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (grifei) Alternativa “D” Î É a alternativa correta. É a reprodução exata do Art. 7º, I, “b” do CP. Veja: b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 11 Alternativa “E” Î Incorreta Î Sujeitam-se à lei brasileira, embora praticados no estrangeiro, os crimes contra a liberdade ou a vida do Presidente da República. 6. (FCC / Procurador Judicial-TRE / 2009) Entre crime e contravenção, a distinção: A) se faz pela ausência de dano na contravenção, elemento presente no crime, mesmo que potencial. B) se faz pela presença ou não da culpa latu sensu. C) se dá porque na contravenção penal, em regra, não basta a voluntariedade. D) se faz pela intensidade do dolo ou culpa, que é maior no crime. E) baseia-se na natureza da sanção aplicável, não existe diferença ontológica. GABARITO: E COMENTÁRIOS: Para encontrar a correta diferenciação entre crime e contravenção, dois termos tão utilizados, deve-se recorrer à Lei de Introdução ao Código Penal, que dispõe em seu art. 1º: Art. 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente. (grifei) Logo, do exposto, podemos resumir: CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br12 • CRIME Î PENA DE RECLUSÃO OU DETENÇÃO (isoladamente, alternativamente ou cumulativamente com multa) • CONTRAVENÇÃO Î ISOLADAMENTE PRISÃO SIMPLES (isoladamente, alternativamente ou cumulativamente com multa). Desta forma, fica claro que a diferenciação entre estes dois institutos se baseia unicamente na natureza da sanção aplicável, o que torna correta a alternativa “E”. 07. (FCC / Defensor Público-MA / 2009) Sobre a aplicação da lei penal e da lei processual penal no tempo, desde que não sejam de natureza mista, A) vigora apenas o mesmo princípio da irretroatividade. B) vigora apenas o mesmo princípio da ultratividade da lei mais benéfica. C) vigoram princípios diferentes em relação a cada uma das leis. D) vigoram princípios diferentes em relação a cada uma das leis, salvo ultratividade da lei mais benéfica. E) vigoram os mesmos princípios da irretroatividade e da ultratividade da lei mais benéfica. GABARITO: C COMENTÁRIOS: A Constituição Federal, consagrando o princípio da retroatividade da norma penal mais benéfica, dispõe em seu art. 5º, XL, que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 13 Tal princípio também está presente no parágrafo único do art. 2º do Código Penal nos seguintes termos: Art. 2º [...] Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. No que diz respeito às leis processuais penais, o legislador pátrio adotou o princípio do “tempus reget actum” que impõe a aplicação imediata das normas processuais penais, não havendo efeito retroativo nem para beneficiar o agente. Diante do exposto, pode-se afirmar que a lei penal e a processual penal possuem princípios diferentes no que diz respeito à aplicabilidade. Vale ressaltar que não é raro que as normas jurídicas possuam natureza mista, ora de natureza processual e ora de natureza material. Neste caso, se a norma processual penal possuir também caráter material penal, atribuir-se-á efeito retroativo ao dispositivo que for mais favorável ao réu. É o caso, por exemplo, da prescrição e da decadência. 08. (ESAF / AFRF / 2002 ) Em matéria de Direito Penal, assinale a opção correta. A) Aplica-se a lei brasileira, com prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. B) Para efeitos penais, não se consideram como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 14 C) Não se aplica a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando- se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. D) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. E) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, não se aplica aos fatos anteriores à ela. GABARITO: D COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas: Alternativa “A” Î Incorreta Î Como vimos, o Brasil adota a o princípio da territorialidade mitigada ou temperada. A alternativa contraria o disposto no Código Penal quando trata do tema: Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. Alternativa “B” Î Incorreta Î A alternativa generaliza e, assim, contraria o parágrafo 1º do artigo 5º. Art. 5º [...] § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 15 respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto- mar. Alternativa “C” Î Claramente incorreta. A banca repetiu o parágrafo 2º do artigo 5º colocando a palavra “Não” na frente. Observe: § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. Alternativa “D” Î Correta Î Reprodução do artigo 4º, que trata do tempo do crime: Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado Alternativa “E” Î Incorreta Î A lei penal retroage para beneficiar o réu. *************************************************************** Passemos, agora, a um resumo com os principais temas abordados em nossas questões. *************************************************************** CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 16 NÃO SE ESQUEÇA!!! DIREITO PENAL – CONCEITO O Direito Penal é o ramo do direito público que se destina a combater os crimes e as contravenções penais, através da imposição de uma sanção penal. Aqui, surge um primeiro questionamento importantíssimo: Qual a diferença entre crime e contravenção? Dizemos que o Direito Penal é um ramo do direito público por ser composto de regras aplicáveis a todas as pessoas e por ter como titular exclusivo do direito de punir o ESTADO. PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL CRIME X CONTRAVENÇÃO Para encontrar a diferenciação entre estes dois termos tão utilizados, devemos recorrer à Lei de Introdução ao Código Penal, que dispõe em seu artigo 1º: Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente. Logo, do exposto, podemos resumir: CRIMEÎ PENA DE RECLUSÃO OU DETENÇÃO (isoladamente, alternativa ou cumulativamente com multa). CONTRAVENÇÃOÎ ISOLADAMENTE PRISÃO SIMPLES OU MULTA. RECLUSÃO X DETENÇÃO X PRISÃO SIMPLES – APENAS PARA CONHECIMENTO Na prática, não existe hoje diferença essencial entre reclusão e detenção. A lei, porém, usa esses termos como índices ou critérios para a determinação dos regimes de cumprimento de pena. Se a condenação for de reclusão, a pena é cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. Na detenção, cumpre-se em regime semi-aberto ou aberto, salvo a hipótese de transferência excepcional para o regime fechado. A prisão simples é prevista para as contravenções penais e não para crimes. Pode ser cumprida nos regimes semi-aberto ou aberto, não sendo cabível o regime fechado. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 17 9 PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL Î Uma das características de vital importância do Direito Penal brasileiro é o chamado princípio da reserva legal, o qual encontra previsão não só no art. 1º, do Código Penal,mas também na Constituição Federal. Observe: Art. 5º [...] XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; O princípio da reserva legal não é sinônimo do princípio da legalidade, senão espécie. O primeiro significa a submissão e o respeito à lei, ou a atuação dentro da esfera estabelecida pelo legislador. O segundo consiste em estatuir que a regulamentação de determinadas matérias devem ser feitas, necessariamente, por lei formal. 9 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE Î Este princípio tem base no art. 5º, XXXIX, da Carta Magna e estabelece a necessidade de que o CRIME e a PENA estejam PREVIAMENTE definidos em LEI. 9 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA Î Este princípio surgiu com a idéia de afastar da esfera do Direito Penal situações com pouca significância para a sociedade. Observe um pronunciamento do STF sobre o tema: 9 PRINCÍPIO DA ALTERIDADE Î Segundo este princípio, ninguém pode ser punido por causar mal APENAS A SI PRÓPRIO. 9 PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA Î Segundo este princípio, o Direito Penal deve ser utilizado com muito critério, devendo o legislador fazer uso dele SOMENTE nas situações realmente NECESSÁRIAS de serem rigidamente tuteladas. STF - HC 92961/SP – DJe 07/02/2008 A mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica constituem os requisitos de ordem objetiva autorizadores da aplicação do princípio da insignificância. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 18 9 PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA Î Segundo este princípio, ninguém pode ser responsabilizado por um fato que foi cometido por um terceiro. Tal princípio tem base constitucional. Veja: Art. 5º [...] XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; LEI PENAL A lei penal é a fonte formal imediata do Direito Penal e é classificada pela doutrina majoritária em incriminadora e não incriminadora. Dizemos “incriminadoras” aquelas que criam crimes e cominam penas. Diferentemente, as leis penais não incriminadoras são as que não criam delitos e nem cominam penas. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL Para a sua PROVA, não é necessário o conhecimento das formas interpretativas, mas será imprescindível que você saiba o conceito e as características da ANALOGIA que, embora não seja uma forma interpretativa, funciona integrando a lei penal. ANALOGIA A analogia jurídica consiste em aplicar a um caso não previsto pelo legislador a norma que rege caso análogo, semelhante. 9 Analogia in malam partem Î É aquela em que se supre a lacuna legal com algum dispositivo prejudicial ao réu. Isto não é possível no nosso ordenamento jurídico e desta forma já se pronunciou o STJ e o STF. 9 Analogia in bonam partem Î Neste caso, aplica-se ao caso omisso uma norma favorável ao réu. Este tipo de analogia é aceito em nosso ordenamento jurídico e desta forma já se posicionou o STF em diversos julgados. LEI PENAL NO TEMPO CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 19 A lei penal, assim como qualquer outro dispositivo legal, passa por um processo legislativo, ingressa no nosso ordenamento jurídico e vigora até a sua revogação, que nada mais é do que a retirada da vigência de uma lei. NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA Novatio legis incriminadora ocorre quando um indiferente penal (conduta considerada lícita frente à legislação penal) passa a ser considerado crime pela lei posterior. Neste caso, a lei que incrimina novos fatos é IIRRRREETTRROOAATTIIVVAA, uma vez que prejudica o sujeito. LEI PENAL MAIS GRAVE – LEX GRAVIOR Aqui não temos a tipificação de uma conduta antes descriminalizada, mas sim a aplicação de tratamento mais rigoroso a um fato já constante como delito. Para esta situação também não há que se falar em retroatividade. ABOLITIO CRIMINIS O instituto da abolitio criminis ocorre quando uma lei nova trata como lícito fato anteriormente tido como criminoso, ou melhor, quando a lei nova descriminaliza fato que era considerado infração penal. Encontra embasamento no artigo 2º do Código Penal, que dispõe da seguinte forma: Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Segundo os princípios que regem a lei penal no tempo, a lei abolicionista ÉÉ NNOORRMMA A PPEENNAAL L RREETTRROOAATTIIVVAA, atingindo fatos pretéritos, ainda que acobertados pelo manto da coisa julgada. REGRA GERAL: A LEI PENAL INCIDE SOBRE FATOS OCORRIDOS DURANTE A SUA VIGÊNCIA (TEMPUS REGIT ACTUM). TEMPUS REGIT ACTUM: É O NOME DO PRINCÍPIO QUE REGE A APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO. ENUNCIADO: A LEI PENAL INCIDE SOBRE FATOS OCORRIDOS DURANTE A SUA VIGÊNCIA. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 20 LEI PENAL MAIS BENÉFICA Define o Código Penal: Art. 2º[...] Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. RETROATIVIDADE Î Fenômeno jurídico em que se aplica uma norma a fato ocorrido antes do início da vigência da nova lei. ULTRATIVIDADE Î Fenômeno jurídico pelo qual há a aplicação da norma após a sua revogação. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 21 LISTA DOS EXERCÍCIOS APRESENTADOS 01. (ESAF / AFT / 2010) À luz da aplicação da lei penal no tempo, julgue as afirmações abaixo relativas ao fato de Osvaldo ter sido processado pelo delito de paralisação de trabalho de interesse coletivo, em janeiro de 2009, supondo que lei, de 10 de janeiro de 2010, tenha abolido o referido crime: I. Caso Osvaldo já tenha sido condenado antes de janeiro de 2010, permanecerá sujeito à pena prevista na sentença condenatória; II. A lei penal não pode retroagir para beneficiar Osvaldo; III. Caso Osvaldo ainda não tenha sido denunciado, não mais poderá sê-lo; IV. Osvaldo será beneficiado pela hipótese da abolitio criminis. a) Todos estão corretos. b) Somente I está correto. c) Somente III e IV estão corretos. d) Somente I e III estão corretos. e) Somente I e IV estão corretos. 02. (ESAF / AFT / 2010) Camargo, terrorista, tenta explodir agência do Banco do Brasil, na França. Considerando o princípio da extraterritorialidade incondicionada, previsto no Código Penal brasileiro, é correto afirmar que: a) Camargo só pode ser processado criminalmente na França. b) O Estado brasileiro não tem interesse em delitos ocorridos fora do Brasil. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 22 c) Caso Camargo tenha sido condenado e encarcerado na França, não poderá ser preso no Brasil. d) O fato deve ser julgado no local onde ocorreu o crime: na França. e) Mesmo Camargo tendo sido julgado na França, poderá ser julgado no Brasil. 03. (FUNIVERSA / Agente - PC / 2008 - Adaptada) Com base nos princípios do Direito Penal, assinale a alternativa CORRETA: A) Segundoo princípio da intervenção mínima o Direito Penal só deve tutelar bens que não forem garantidos pela esfera cível. B) O princípio da insignificância dispõe que o Direito Penal não deve se ocupar com assuntos irrelevantes e funciona como causa de exclusão de tipicidade. Porém, não se admite sua aplicação a crimes praticados com emprego de violência à pessoa ou grave ameaça. C) O princípio da insignificância ou criminalidade de bagatela confunde-se com o conceito das infrações de menor potencial ofensivo, porque o Direito Penal não deve se ocupar de matérias sem relevância. D) Segundo o princípio da intranscendência, ninguém pode ser responsabilizado por um fato que foi cometido por um terceiro, salvo no caso da aplicação de pena restritiva de direitos. E) N.R.A. 4. (ESAF / PGFN / 2007) À luz da aplicação da lei penal no tempo, dos princípios da anterioridade, da irretroatividade, retroatividade e ultratividade da lei penal, julgue as afirmações abaixo relativas ao fato de Mévio ter sido processado pelo delito de adultério em dezembro de 2004, sendo que a Lei n. 11.106, de 28 de março de 2005, aboliu o crime de adultério: CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 23 I. Caso Mévio já tenha sido condenado antes de março de 2005, permanecerá sujeito à pena prevista na sentença condenatória. II. A lei penal pode retroagir em algumas hipóteses. III. Caso Mévio não tenha sido condenado no primeiro grau de jurisdição, poderá ocorrer a extinção de punibilidade desde que a mesma seja provocada pelo réu. IV. Na hipótese, ocorre o fenômeno da abolitio criminis. A) Todas estão corretas. B) Somente I está incorreta. C) I e IV estão corretas. D) I e III estão corretas. E) II e IV estão corretas. 5. (ESAF / MPU / 2004) Em se tratando de extraterritorialidade, pode- se afirmar que se sujeitam à lei brasileira, embora praticados no estrangeiro, A) os crimes contra a administração pública, por quem não está a seu serviço. B) os crimes de genocídio, ainda que o agente não seja brasileiro ou domiciliado no Brasil. C) os crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, quando em território estrangeiro, mesmo que aí sejam julgados. D) os crimes contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado ou de Município. E) os crimes contra o patrimônio praticados contra o presidente da República. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 24 6. (FCC / Procurador Judicial-TRE / 2009) Entre crime e contravenção, a distinção: A) se faz pela ausência de dano na contravenção, elemento presente no crime, mesmo que potencial. B) se faz pela presença ou não da culpa latu sensu. C) se dá porque na contravenção penal, em regra, não basta a voluntariedade. D) se faz pela intensidade do dolo ou culpa, que é maior no crime. E) baseia-se na natureza da sanção aplicável, não existe diferença ontológica. 07. (FCC / Defensor Público-MA / 2009) Sobre a aplicação da lei penal e da lei processual penal no tempo, desde que não sejam de natureza mista, A) vigora apenas o mesmo princípio da irretroatividade. B) vigora apenas o mesmo princípio da ultratividade da lei mais benéfica. C) vigoram princípios diferentes em relação a cada uma das leis. D) vigoram princípios diferentes em relação a cada uma das leis, salvo ultratividade da lei mais benéfica. E) vigoram os mesmos princípios da irretroatividade e da ultratividade da lei mais benéfica. 08. (ESAF / AFRF / 2002 ) Em matéria de Direito Penal, assinale a opção correta. CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 25 A) Aplica-se a lei brasileira, com prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. B) Para efeitos penais, não se consideram como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras. C) Não se aplica a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando- se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. D) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. E) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, não se aplica aos fatos anteriores à ela. GABARITO 1-C 2-E 3-B 4-E 5-D 6-E 7-C 8-D *****
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