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CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1
APRESENTAÇÃO 
Caros concursandos de todo Brasil, sejam bem vindos! 
É com grande felicidade que inicio mais este curso aqui no Ponto, com foco 
total no concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB). 
Antes de tudo, para que me conheçam um pouco melhor, farei minha 
apresentação. 
Meu nome é Pedro Ivo, sou servidor público há 12 anos e, atualmente, exerço 
o cargo de Auditor-Fiscal Tributário no Município de São Paulo (ISS-SP). 
Iniciei meus trabalhos no serviço público atuando na Administração Federal, na 
qual, durante alguns anos, permaneci como Oficial da Marinha do Brasil. 
Por opção, comecei a estudar para a área fiscal e, concomitantemente, fui 
aprendendo o que é o “verdadeiro espírito de concurseiro”, qualidade que logo 
percebi ser tão necessária para alcançar meu objetivo. 
Atualmente, após a aprovação no cargo almejado, ministro aulas em diversos 
cursos do Rio de Janeiro e de São Paulo, sou pós-graduado em Auditoria 
Tributária, pós-graduado em Processo Penal e Direito Penal Especial e autor 
dos livros “Direito Penal – Questões comentadas da FCC”, “Direito Processual 
Penal – Resumo dos tópicos mais importantes para concursos públicos” e 
“1001 Questões Comentadas – Direito Penal – CESPE”, todos publicados pela 
Editora Método. 
Agora que já me conhecem um pouco, posso, com certa tranquilidade, 
começar a falar de nosso curso. 
Trata-se de um curso destinado àqueles que já estudaram o Direito Penal e 
que, agora, querem consolidar e lapidar o conhecimento através de exercícios 
(etapa essa essencial para sua futura aprovação!). 
Durante nossos encontros, buscarei evitar o máximo possível o uso do 
“juridiquês”, ou seja, da linguagem que, regra geral, utiliza-se na faculdade de 
Direito. 
É claro que em alguns momentos não conseguiremos fugir da utilização de 
termos jurídicos, pois alguns são adotados pela ESAF e, assim, precisam 
passar a fazer parte do seu linguajar. 
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PROFESSOR: PEDRO IVO 
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O curso será composto das seguintes aulas: 
AULA 00 PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL / APLICABILIDADE DA LEI PENAL – 
PARTE 01 
AULA 01 APLICABILIDADE DA LEI PENAL – PARTE 02 
TEORIA DO CRIME – PARTE 01 
AULA 02 TEORIA DO CRIME – PARTE 02 
AULA 03 
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
AULA 04 
DOS CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 
CRIMES CONTRA A PREVIDÊNCIA SOCIAL 
Lei n. 8.137, de 27/12/1990: Capítulo I, Seção II – Dos crimes contra a 
Ordem Tributária: Dos crimes praticados por Funcionários Públicos. 
LEI Nº 2.860/56. 
AULA 05 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS (Lei n. 9.099/95 e Lei n. 10.259/2001). 
Em nosso curso resolveremos aproximadamente 200 questões e, sem dúvida, 
você estará totalmente apto a “encarar” a sua futura PROVA de Direito Penal. 
Nossas aulas terão uma média de 50 páginas, com exceção da aula 
demonstrativa. 
CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB 
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Como nosso curso será de exercícios, precisamos tratar de um importante 
ponto: Sempre que possível utilizarei somente exercícios da ESAF no que 
tange aos assuntos que trataremos. 
Ocorre, entretanto, que a banca não tem grande tradição no que diz respeito 
ao Direito Penal. Assim, quando necessário, apresentarei exercícios de outras 
bancas, mas sempre irei adequar ao “estilo ESAF”, ok? O importante é praticar 
bastante! 
Para finalizar essa nossa primeira conversa, lembro que todas as dúvidas 
poderão ser sanadas no fórum e que qualquer crítica ou sugestão poderá ser 
enviada para pedro@pontodosconcursos.com.br. 
Bom, agora que já estamos devidamente apresentados e você já sabe como 
será o nosso curso, vamos começar a subir mais um importante degrau rumo à 
aprovação!!! 
Bons estudos!!! 
CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB 
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AULA 00 – PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL / 
APLICABILIDADE DA LEI PENAL – PARTE 01
01. (ESAF / AFT / 2010) À luz da aplicação da lei penal no tempo, 
julgue as afirmações abaixo relativas ao fato de Osvaldo ter sido 
processado pelo delito de paralisação de trabalho de interesse 
coletivo, em janeiro de 2009, supondo que lei, de 10 de janeiro de 
2010, tenha abolido o referido crime: 
I. Caso Osvaldo já tenha sido condenado antes de janeiro de 2010, 
permanecerá sujeito à pena prevista na sentença condenatória; 
II. A lei penal não pode retroagir para beneficiar Osvaldo; 
III. Caso Osvaldo ainda não tenha sido denunciado, não mais poderá 
sê-lo; 
IV. Osvaldo será beneficiado pela hipótese da abolitio criminis. 
a) Todos estão corretos. 
b) Somente I está correto. 
c) Somente III e IV estão corretos. 
d) Somente I e III estão corretos. 
e) Somente I e IV estão corretos. 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas: 
Assertiva I Î Incorreta Î Está errada, pois contraria o art. 2º do CP 
segundo o qual ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de 
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da 
sentença condenatória. 
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Assertiva II Î Incorreta Î No caso da abolitio criminis, ocorrerá a 
retroação para beneficiar o réu, logo, incorreta a assertiva. 
Assertiva III Î Correta Î A assertiva está correta, pois, como a conduta 
não é mais considerada típica, não há que se falar em possibilidade de 
denúncia por parte do Ministério Público. 
Assertiva IV Î Correta Î Está correta, pois no caso da abolitio criminis a lei 
retroagirá para beneficiar o réu. 
02. (ESAF / AFT / 2010) Camargo, terrorista, tenta explodir agência do 
Banco do Brasil, na França. Considerando o princípio da 
extraterritorialidade incondicionada, previsto no Código Penal 
brasileiro, é correto afirmar que: 
a) Camargo só pode ser processado criminalmente na França. 
b) O Estado brasileiro não tem interesse em delitos ocorridos fora do Brasil. 
c) Caso Camargo tenha sido condenado e encarcerado na França, não poderá 
ser preso no Brasil. 
d) O fato deve ser julgado no local onde ocorreu o crime: na França. 
e) Mesmo Camargo tendo sido julgado na França, poderá ser julgado no Brasil. 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS: Questão que exige o conhecimento do art. 7º no tocante a 
extraterritorialidade. 
Observe que o art. 7º, I, “b”, atribui a aplicabilidade da lei brasileira aos 
crimes contra o patrimônio de sociedade de economia mista instituída pelo 
poder público. Assim, no caso em tela, mesmo Camargo tendo sido julgado na 
França, poderá ser julgado no Brasil. 
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Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no 
estrangeiro 
I - os crimes: 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito 
Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa 
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação 
instituída pelo Poder Público; 
03. (FUNIVERSA / Agente - PC / 2008 - Adaptada) Com base nos 
princípios do Direito Penal, assinale a alternativa CORRETA: 
 
A) Segundo o princípio da intervenção mínima o Direito Penal só deve tutelar 
bens que não forem garantidos pela esfera cível. 
B) O princípio da insignificância dispõeque o Direito Penal não deve se ocupar 
com assuntos irrelevantes e funciona como causa de exclusão de tipicidade. 
Porém, não se admite sua aplicação a crimes praticados com emprego de 
violência à pessoa ou grave ameaça. 
C) O princípio da insignificância ou criminalidade de bagatela confunde-se com 
o conceito das infrações de menor potencial ofensivo, porque o Direito Penal 
não deve se ocupar de matérias sem relevância. 
D) Segundo o princípio da intranscendência, ninguém pode ser 
responsabilizado por um fato que foi cometido por um terceiro, salvo no caso 
da aplicação de pena restritiva de direitos. 
E) N.R.A. 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas: 
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Alternativa “A” Î Incorreta Î Segundo o princípio da intervenção mínima o 
Direito Penal deve ser utilizado com muito critério, devendo o legislador fazer 
uso dele somente nas situações realmente necessárias de serem rigidamente 
tuteladas. 
Alternativa “B” Î Correta Î Enuncia perfeitamente o princípio da 
insignificância. Ressalta-se que, conforme dispõe a questão, tal princípio não é 
cabível nos casos em que o crime é cometido com emprego de violência à 
pessoa ou grave ameaça, pois, neste caso, não há que se cogitar a hipótese de 
insignificância. 
Alternativa “C” Î Incorreta Î Considera-se delito de menor potencial 
ofensivo as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima 
não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. Assim, percebe-se 
que não há relação direta do princípio da insignificância com as infrações de 
menor potencial ofensivo. 
Alternativa “D” Î Incorreta Î A alternativa começa enunciando de forma 
correta o princípio da intranscendência. Todavia, torna-se errada ao citar que 
tal princípio é excepcionado no caso da aplicação de pena restritiva de direito. 
4. (ESAF / PGFN / 2007) À luz da aplicação da lei penal no tempo, dos 
princípios da anterioridade, da irretroatividade, retroatividade e 
ultratividade da lei penal, julgue as afirmações abaixo relativas ao fato 
de Mévio ter sido processado pelo delito de adultério em dezembro de 
2004, sendo que a Lei n. 11.106, de 28 de março de 2005, aboliu o 
crime de adultério: 
I. Caso Mévio já tenha sido condenado antes de março de 2005, permanecerá 
sujeito à pena prevista na sentença condenatória. 
II. A lei penal pode retroagir em algumas hipóteses. 
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III. Caso Mévio não tenha sido condenado no primeiro grau de jurisdição, 
poderá ocorrer a extinção de punibilidade desde que a mesma seja provocada 
pelo réu. 
IV. Na hipótese, ocorre o fenômeno da abolitio criminis. 
A) Todas estão corretas. 
B) Somente I está incorreta. 
C) I e IV estão corretas. 
D) I e III estão corretas. 
E) II e IV estão corretas. 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS: 
Vamos analisar as assertivas: 
Item I Î Incorreto Î O fato de Mévio já ter sido condenado não importa no 
caso em tela, pois, segundo o art. 2º do CP, a retroação atinge os efeitos 
penais da sentença condenatória. 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa 
de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os 
efeitos penais da sentença condenatória. 
Item II Î Correto Î A lei penal, apesar de ter como regra a irretroatividade, 
pode retroagir. 
Item III Î Incorreto Î Não há qualquer obrigatoriedade de provocação por 
parte do réu. Os efeitos de uma lei mais benéfica atingem 
AUTOMATICAMENTE os que por ela forem abrangidos. 
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Item IV Î Correto Î O instituto da abolitio criminis ocorre quando uma lei 
nova trata como lícito fato anteriormente tido como criminoso, ou melhor, 
quando a lei nova descriminaliza fato que era considerado infração penal. 
5. (ESAF / MPU / 2004) Em se tratando de extraterritorialidade, pode-
se afirmar que se sujeitam à lei brasileira, embora praticados no 
estrangeiro, 
A) os crimes contra a administração pública, por quem não está a seu serviço. 
B) os crimes de genocídio, ainda que o agente não seja brasileiro ou 
domiciliado no Brasil. 
C) os crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, quando em 
território estrangeiro, mesmo que aí sejam julgados. 
D) os crimes contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, 
de Estado ou de Município. 
E) os crimes contra o patrimônio praticados contra o presidente da República. 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: Exige o conheciento do art. 7º do CP. Vamos analisar: 
Alternativa “A” Î Contraria o Art. 7º, I, “c” do CP. Veja: 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no 
estrangeiro: 
I - os crimes: 
[...] 
c) contra a administração pública, por quem está a seu 
serviço; (grifei) 
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Alternativa “B” Î Contraria o Art. 7º, I, “d” do CP. Veja: 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no 
estrangeiro: 
I - os crimes: 
[...] 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou 
domiciliado no Brasil. (grifei) 
Alternativa “C” Î Contraria o Art. 7º, II, “c” do CP. Veja: 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no 
estrangeiro: 
II - os crimes: 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, quando em território 
estrangeiro e aí não sejam julgados. (grifei) 
Alternativa “D” Î É a alternativa correta. É a reprodução exata do Art. 7º, I, 
“b” do CP. Veja: 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito 
Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa 
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação 
instituída pelo Poder Público 
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Alternativa “E” Î Incorreta Î Sujeitam-se à lei brasileira, embora 
praticados no estrangeiro, os crimes contra a liberdade ou a vida do 
Presidente da República. 
6. (FCC / Procurador Judicial-TRE / 2009) Entre crime e contravenção, 
a distinção: 
A) se faz pela ausência de dano na contravenção, elemento presente no crime, 
mesmo que potencial. 
B) se faz pela presença ou não da culpa latu sensu. 
C) se dá porque na contravenção penal, em regra, não basta a voluntariedade. 
D) se faz pela intensidade do dolo ou culpa, que é maior no crime. 
E) baseia-se na natureza da sanção aplicável, não existe diferença ontológica. 
 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS: Para encontrar a correta diferenciação entre crime e 
contravenção, dois termos tão utilizados, deve-se recorrer à Lei de Introdução 
ao Código Penal, que dispõe em seu art. 1º: 
Art. 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina 
pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer 
alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; 
contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, 
pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa 
ou cumulativamente. (grifei) 
Logo, do exposto, podemos resumir: 
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• CRIME Î PENA DE RECLUSÃO OU DETENÇÃO (isoladamente, 
alternativamente ou cumulativamente com multa) 
• CONTRAVENÇÃO Î ISOLADAMENTE PRISÃO SIMPLES (isoladamente, 
alternativamente ou cumulativamente com multa). 
Desta forma, fica claro que a diferenciação entre estes dois institutos se baseia 
unicamente na natureza da sanção aplicável, o que torna correta a alternativa 
“E”. 
07. (FCC / Defensor Público-MA / 2009) Sobre a aplicação da lei penal 
e da lei processual penal no tempo, desde que não sejam de natureza 
mista, 
 
A) vigora apenas o mesmo princípio da irretroatividade. 
B) vigora apenas o mesmo princípio da ultratividade da lei mais benéfica. 
C) vigoram princípios diferentes em relação a cada uma das leis. 
D) vigoram princípios diferentes em relação a cada uma das leis, salvo 
ultratividade da lei mais benéfica. 
E) vigoram os mesmos princípios da irretroatividade e da ultratividade da lei 
mais benéfica. 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS: A Constituição Federal, consagrando o princípio da 
retroatividade da norma penal mais benéfica, dispõe em seu art. 5º, XL, que a 
lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
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Tal princípio também está presente no parágrafo único do art. 2º do Código 
Penal nos seguintes termos: 
Art. 2º [...] 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo 
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que 
decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
No que diz respeito às leis processuais penais, o legislador pátrio adotou o 
princípio do “tempus reget actum” que impõe a aplicação imediata das normas 
processuais penais, não havendo efeito retroativo nem para beneficiar o 
agente. 
Diante do exposto, pode-se afirmar que a lei penal e a processual penal 
possuem princípios diferentes no que diz respeito à aplicabilidade. 
Vale ressaltar que não é raro que as normas jurídicas possuam natureza mista, 
ora de natureza processual e ora de natureza material. Neste caso, se a norma 
processual penal possuir também caráter material penal, atribuir-se-á efeito 
retroativo ao dispositivo que for mais favorável ao réu. É o caso, por exemplo, 
da prescrição e da decadência. 
08. (ESAF / AFRF / 2002 ) Em matéria de Direito Penal, assinale a 
opção correta. 
A) Aplica-se a lei brasileira, com prejuízo de convenções, tratados e regras de 
direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 
B) Para efeitos penais, não se consideram como extensão do território nacional 
as embarcações e aeronaves brasileiras. 
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C) Não se aplica a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou 
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando- se aquelas em 
pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e 
estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
D) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o momento do resultado. 
E) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, não se aplica aos 
fatos anteriores à ela. 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas: 
Alternativa “A” Î Incorreta Î Como vimos, o Brasil adota a o princípio da 
territorialidade mitigada ou temperada. A alternativa contraria o disposto no 
Código Penal quando trata do tema: 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, 
tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no 
território nacional. 
Alternativa “B” Î Incorreta Î A alternativa generaliza e, assim, contraria o 
parágrafo 1º do artigo 5º. 
Art. 5º [...] 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do 
território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de 
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que 
se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações 
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
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respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-
mar. 
Alternativa “C” Î Claramente incorreta. A banca repetiu o parágrafo 2º do 
artigo 5º colocando a palavra “Não” na frente. Observe: 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a 
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade 
privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou 
em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar 
territorial do Brasil. 
Alternativa “D” Î Correta Î Reprodução do artigo 4º, que trata do tempo do 
crime: 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou 
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado 
Alternativa “E” Î Incorreta Î A lei penal retroage para beneficiar o réu. 
*************************************************************** 
Passemos, agora, a um resumo com os principais temas 
abordados em nossas questões. 
*************************************************************** 
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NÃO SE ESQUEÇA!!! 
DIREITO PENAL – CONCEITO 
O Direito Penal é o ramo do direito público que se destina a combater os 
crimes e as contravenções penais, através da imposição de uma sanção 
penal. Aqui, surge um primeiro questionamento importantíssimo: Qual a 
diferença entre crime e contravenção? 
Dizemos que o Direito Penal é um ramo do direito público por ser composto de 
regras aplicáveis a todas as pessoas e por ter como titular exclusivo do direito 
de punir o ESTADO. 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
CRIME X CONTRAVENÇÃO 
Para encontrar a diferenciação entre estes dois termos tão utilizados, devemos recorrer à 
Lei de Introdução ao Código Penal, que dispõe em seu artigo 1º: 
Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de 
detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de 
multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão 
simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente. 
Logo, do exposto, podemos resumir: 
CRIMEÎ PENA DE RECLUSÃO OU DETENÇÃO (isoladamente, alternativa ou 
cumulativamente com multa). 
CONTRAVENÇÃOÎ ISOLADAMENTE PRISÃO SIMPLES OU MULTA. 
RECLUSÃO X DETENÇÃO X PRISÃO SIMPLES – APENAS PARA CONHECIMENTO 
Na prática, não existe hoje diferença essencial entre reclusão e detenção. A lei, porém, 
usa esses termos como índices ou critérios para a determinação dos regimes de 
cumprimento de pena. 
Se a condenação for de reclusão, a pena é cumprida em regime fechado, semi-aberto ou 
aberto. 
Na detenção, cumpre-se em regime semi-aberto ou aberto, salvo a hipótese de 
transferência excepcional para o regime fechado. 
A prisão simples é prevista para as contravenções penais e não para crimes. Pode ser 
cumprida nos regimes semi-aberto ou aberto, não sendo cabível o regime fechado. 
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9 PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL Î Uma das características de vital 
importância do Direito Penal brasileiro é o chamado princípio da 
reserva legal, o qual encontra previsão não só no art. 1º, do Código 
Penal,mas também na Constituição Federal. Observe: 
Art. 5º [...] 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem 
pena sem prévia cominação legal; 
O princípio da reserva legal não é sinônimo do princípio da 
legalidade, senão espécie. 
O primeiro significa a submissão e o respeito à lei, ou a atuação dentro 
da esfera estabelecida pelo legislador. O segundo consiste em estatuir 
que a regulamentação de determinadas matérias devem ser feitas, 
necessariamente, por lei formal. 
9 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE Î Este princípio tem base no art. 
5º, XXXIX, da Carta Magna e estabelece a necessidade de que o 
CRIME e a PENA estejam PREVIAMENTE definidos em LEI. 
9 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA Î Este princípio surgiu com a 
idéia de afastar da esfera do Direito Penal situações com pouca 
significância para a sociedade. Observe um pronunciamento do STF 
sobre o tema: 
9 PRINCÍPIO DA ALTERIDADE Î Segundo este princípio, ninguém 
pode ser punido por causar mal APENAS A SI PRÓPRIO. 
9 PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA Î Segundo este princípio, 
o Direito Penal deve ser utilizado com muito critério, devendo o 
legislador fazer uso dele SOMENTE nas situações realmente 
NECESSÁRIAS de serem rigidamente tuteladas. 
STF - HC 92961/SP – DJe 07/02/2008 
A mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da 
ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a 
inexpressividade da lesão jurídica constituem os requisitos de ordem 
objetiva autorizadores da aplicação do princípio da insignificância. 
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9 PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA Î Segundo este princípio, 
ninguém pode ser responsabilizado por um fato que foi cometido por 
um terceiro. Tal princípio tem base constitucional. Veja: 
Art. 5º [...] 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, 
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido; 
LEI PENAL 
A lei penal é a fonte formal imediata do Direito Penal e é classificada pela 
doutrina majoritária em incriminadora e não incriminadora. 
Dizemos “incriminadoras” aquelas que criam crimes e cominam penas. 
Diferentemente, as leis penais não incriminadoras são as que não criam 
delitos e nem cominam penas. 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL 
Para a sua PROVA, não é necessário o conhecimento das formas 
interpretativas, mas será imprescindível que você saiba o conceito e as 
características da ANALOGIA que, embora não seja uma forma 
interpretativa, funciona integrando a lei penal. 
ANALOGIA 
A analogia jurídica consiste em aplicar a um caso não previsto pelo legislador a 
norma que rege caso análogo, semelhante. 
9 Analogia in malam partem Î É aquela em que se supre a lacuna legal 
com algum dispositivo prejudicial ao réu. Isto não é possível no 
nosso ordenamento jurídico e desta forma já se pronunciou o STJ e o 
STF. 
9 Analogia in bonam partem Î Neste caso, aplica-se ao caso omisso 
uma norma favorável ao réu. Este tipo de analogia é aceito em nosso 
ordenamento jurídico e desta forma já se posicionou o STF em diversos 
julgados. 
LEI PENAL NO TEMPO 
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A lei penal, assim como qualquer outro dispositivo legal, passa por um 
processo legislativo, ingressa no nosso ordenamento jurídico e vigora até a sua 
revogação, que nada mais é do que a retirada da vigência de uma lei. 
NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA 
Novatio legis incriminadora ocorre quando um indiferente penal (conduta 
considerada lícita frente à legislação penal) passa a ser considerado crime pela 
lei posterior. Neste caso, a lei que incrimina novos fatos é IIRRRREETTRROOAATTIIVVAA, 
uma vez que prejudica o sujeito. 
LEI PENAL MAIS GRAVE – LEX GRAVIOR 
Aqui não temos a tipificação de uma conduta antes descriminalizada, mas sim 
a aplicação de tratamento mais rigoroso a um fato já constante como delito. 
Para esta situação também não há que se falar em retroatividade. 
ABOLITIO CRIMINIS 
O instituto da abolitio criminis ocorre quando uma lei nova trata como lícito 
fato anteriormente tido como criminoso, ou melhor, quando a lei nova 
descriminaliza fato que era considerado infração penal. 
Encontra embasamento no artigo 2º do Código Penal, que dispõe da seguinte 
forma: 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa 
de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os 
efeitos penais da sentença condenatória. 
Segundo os princípios que regem a lei penal no tempo, a lei abolicionista ÉÉ 
NNOORRMMA A PPEENNAAL L RREETTRROOAATTIIVVAA, atingindo fatos pretéritos, ainda que 
acobertados pelo manto da coisa julgada. 
REGRA GERAL: A LEI PENAL INCIDE SOBRE 
FATOS OCORRIDOS DURANTE A SUA 
VIGÊNCIA (TEMPUS REGIT ACTUM). 
TEMPUS REGIT ACTUM: É O NOME DO 
PRINCÍPIO QUE REGE A APLICAÇÃO DA LEI 
PENAL NO TEMPO. ENUNCIADO: A LEI PENAL 
INCIDE SOBRE FATOS OCORRIDOS DURANTE 
A SUA VIGÊNCIA. 
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LEI PENAL MAIS BENÉFICA 
Define o Código Penal: 
Art. 2º[...] 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer 
o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por 
sentença condenatória transitada em julgado. 
RETROATIVIDADE Î Fenômeno jurídico em que se aplica uma norma a 
fato ocorrido antes do início da vigência da nova lei. 
ULTRATIVIDADE Î Fenômeno jurídico pelo qual há a aplicação da 
norma após a sua revogação. 
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LISTA DOS EXERCÍCIOS APRESENTADOS
01. (ESAF / AFT / 2010) À luz da aplicação da lei penal no tempo, 
julgue as afirmações abaixo relativas ao fato de Osvaldo ter sido 
processado pelo delito de paralisação de trabalho de interesse 
coletivo, em janeiro de 2009, supondo que lei, de 10 de janeiro de 
2010, tenha abolido o referido crime: 
I. Caso Osvaldo já tenha sido condenado antes de janeiro de 2010, 
permanecerá sujeito à pena prevista na sentença condenatória; 
II. A lei penal não pode retroagir para beneficiar Osvaldo; 
III. Caso Osvaldo ainda não tenha sido denunciado, não mais poderá 
sê-lo; 
IV. Osvaldo será beneficiado pela hipótese da abolitio criminis. 
a) Todos estão corretos. 
b) Somente I está correto. 
c) Somente III e IV estão corretos. 
d) Somente I e III estão corretos. 
e) Somente I e IV estão corretos. 
02. (ESAF / AFT / 2010) Camargo, terrorista, tenta explodir agência do 
Banco do Brasil, na França. Considerando o princípio da 
extraterritorialidade incondicionada, previsto no Código Penal 
brasileiro, é correto afirmar que: 
a) Camargo só pode ser processado criminalmente na França. 
b) O Estado brasileiro não tem interesse em delitos ocorridos fora do Brasil. 
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c) Caso Camargo tenha sido condenado e encarcerado na França, não poderá 
ser preso no Brasil. 
d) O fato deve ser julgado no local onde ocorreu o crime: na França. 
e) Mesmo Camargo tendo sido julgado na França, poderá ser julgado no Brasil. 
03. (FUNIVERSA / Agente - PC / 2008 - Adaptada) Com base nos 
princípios do Direito Penal, assinale a alternativa CORRETA: 
 
A) Segundoo princípio da intervenção mínima o Direito Penal só deve tutelar 
bens que não forem garantidos pela esfera cível. 
B) O princípio da insignificância dispõe que o Direito Penal não deve se ocupar 
com assuntos irrelevantes e funciona como causa de exclusão de tipicidade. 
Porém, não se admite sua aplicação a crimes praticados com emprego de 
violência à pessoa ou grave ameaça. 
C) O princípio da insignificância ou criminalidade de bagatela confunde-se com 
o conceito das infrações de menor potencial ofensivo, porque o Direito Penal 
não deve se ocupar de matérias sem relevância. 
D) Segundo o princípio da intranscendência, ninguém pode ser 
responsabilizado por um fato que foi cometido por um terceiro, salvo no caso 
da aplicação de pena restritiva de direitos. 
E) N.R.A. 
4. (ESAF / PGFN / 2007) À luz da aplicação da lei penal no tempo, dos 
princípios da anterioridade, da irretroatividade, retroatividade e 
ultratividade da lei penal, julgue as afirmações abaixo relativas ao fato 
de Mévio ter sido processado pelo delito de adultério em dezembro de 
2004, sendo que a Lei n. 11.106, de 28 de março de 2005, aboliu o 
crime de adultério: 
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I. Caso Mévio já tenha sido condenado antes de março de 2005, permanecerá 
sujeito à pena prevista na sentença condenatória. 
II. A lei penal pode retroagir em algumas hipóteses. 
III. Caso Mévio não tenha sido condenado no primeiro grau de jurisdição, 
poderá ocorrer a extinção de punibilidade desde que a mesma seja provocada 
pelo réu. 
IV. Na hipótese, ocorre o fenômeno da abolitio criminis. 
A) Todas estão corretas. 
B) Somente I está incorreta. 
C) I e IV estão corretas. 
D) I e III estão corretas. 
E) II e IV estão corretas. 
5. (ESAF / MPU / 2004) Em se tratando de extraterritorialidade, pode-
se afirmar que se sujeitam à lei brasileira, embora praticados no 
estrangeiro, 
A) os crimes contra a administração pública, por quem não está a seu serviço. 
B) os crimes de genocídio, ainda que o agente não seja brasileiro ou 
domiciliado no Brasil. 
C) os crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, quando em 
território estrangeiro, mesmo que aí sejam julgados. 
D) os crimes contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, 
de Estado ou de Município. 
E) os crimes contra o patrimônio praticados contra o presidente da República. 
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6. (FCC / Procurador Judicial-TRE / 2009) Entre crime e contravenção, 
a distinção: 
A) se faz pela ausência de dano na contravenção, elemento presente no crime, 
mesmo que potencial. 
B) se faz pela presença ou não da culpa latu sensu. 
C) se dá porque na contravenção penal, em regra, não basta a voluntariedade. 
D) se faz pela intensidade do dolo ou culpa, que é maior no crime. 
E) baseia-se na natureza da sanção aplicável, não existe diferença ontológica. 
07. (FCC / Defensor Público-MA / 2009) Sobre a aplicação da lei penal 
e da lei processual penal no tempo, desde que não sejam de natureza 
mista, 
 
A) vigora apenas o mesmo princípio da irretroatividade. 
B) vigora apenas o mesmo princípio da ultratividade da lei mais benéfica. 
C) vigoram princípios diferentes em relação a cada uma das leis. 
D) vigoram princípios diferentes em relação a cada uma das leis, salvo 
ultratividade da lei mais benéfica. 
E) vigoram os mesmos princípios da irretroatividade e da ultratividade da lei 
mais benéfica. 
08. (ESAF / AFRF / 2002 ) Em matéria de Direito Penal, assinale a 
opção correta. 
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A) Aplica-se a lei brasileira, com prejuízo de convenções, tratados e regras de 
direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 
B) Para efeitos penais, não se consideram como extensão do território nacional 
as embarcações e aeronaves brasileiras. 
C) Não se aplica a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou 
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando- se aquelas em 
pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e 
estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
D) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o momento do resultado. 
E) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, não se aplica aos 
fatos anteriores à ela. 
GABARITO 
1-C 2-E 3-B 
4-E 5-D 6-E 
7-C 8-D *****

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