Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1. RADIOLOGIA TORÁCICA EM NEONATOLOGIA O desconforto respiratório no RN pode ter causas multifatoriais: a. Pulmonares; b. Cardiopatias congênitas; c. Doenças Neurológicas; d. Anomalias; e. Alterações associadas (miscelâneas de causas). A rotina de exame de um RN é diferente de uma criança ou de adulto. Não se faz a exposição desse a um exame invasivo ou que tenha muita radiação, por exemplo, não se faz a radiografia em perfil de rotina, se faz em AP e se não for diagnóstica, submete o RN a uma exposição maior. O papel da radiografia é essencial no diagnóstico de RN que estão cansados. Além de ser diagnóstica, avalia o posicionamento de sondas, tubos e cateteres. É o exame mais utilizado em UTI. (Ápice cardíaco aumentado, o que sugere que esse Ventrículo Direito esteja aumentado – Tetralogia de Fallot, ou “Coração em bota”. Além disso, esse paciente tem um contorno mediastinal alterado. Sendo assim, podemos confirmar que a causa do cansaço desse paciente, é cardíaca e não pulmonar). Se fosse o Ventrículo Esquerdo aumentado, esse por sua vez deslizaria pelo diafragma do paciente, o que não ocorre nessa imagem, o coração tem um crescimento para o ápice, gerando então a associação com uma bota. A tetralogia de Fallot consiste em 4 anomalias: 1. Grande defeito do septo ventricular; 2. Obstrução da via de saída do ventrículo direito, estenose da valva pulmonar; 3. Hipertrofia ventricular direita; 4. Excesso de “cavalgamento” da aorta. TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO RN (termo) Durante a vida uterina, os pulmões estão colabados e cheios de líquidos, quando esse RN nasce, esse líquido tende a ser aos poucos reabsorvido, já que a pressão que anteriormente era alta e agora está em queda. Durante o mecanismo do parto normal, a musculatura uterina e vaginal, tendem a comprimir a caixa torácica da criança e ocorre um estímulo alto de reabsorção desse líquido. Sendo assim, a criança nasce, respira, a pressão que antes era alta cai, esse líquido é absorvido e o restante que fica não causa nenhuma repercussão. Entretanto, quando o feto não é exposto ao mecanismo de trabalho de parto, sofre uma cesárea abrupta, não tem a absorção adequada do líquido e essa criança nasce com muito líquido ainda nos pulmões e consequentemente com a pressão aumentada. Sendo assim apresenta o “pulmão úmido” no espaço aéreo, que repercuti com cansaço no RN. Essa doença é chamada também de angústia respiratória benigna, tende a desaparecer nas primeiras 48 horas após o nascimento. O outro padrão que pode ocorrer, é um padrão reticular mais fino. Há congestão hilar, com acentuação da trama vascular, espessamento de cissuras, edema nas vias aéreas causando Hiperinsuflação e pode apresentar derrame pleural. (Os achados, podem ser muito discretos a depender da quantidade de líquido encontrada, como nesse que possui pouco líquido, mas ainda assim tem padrão reticular fino). (Existem casos, onde esses achados podem ser moderados, dependendo justamente dessa quantidade de líquido, apresentando derrame pleural e líquido na cissura). Nessa doença, a taquipneia é o principal achado clínico. Possui evolução benigna e é autolimitada. A criança não irá precisar ser intubada, pode usar suporte de o2, mas não necessitará de aporte de IOT. (A opacidade dessa doença é difusa, não tem radiopacidade de consolidação e possui líquido tanto em cissura, quanto em seio costofrênico). SÍNDROME DA ASPIRAÇÃO DE MECÔNIO (pós-termo) Quando a criança passa do tempo de nascimento, ela entra em sofrimento fetal, uma das complicações dadas, é a aspiração de mecônio. Justamente porque a hipóxia e sofrimento fetal provocam a eliminação intraútero de mecônio (fezes) e esse por sua vez pode ser aspirado. A depender da espessura do mecônio, esse pode obstruir o brônquio fonte E ou D e causar atelectasia do pulmão afetado. Se for mais fluido, esse mecônio pode atingir bronquíolos mais distais, causando uma inflamação, dada por sua constituição química. Pode ser chamada de Pneumonite, quando é apenas a inflamação. Ou propriamente chamada de pneumonia, quando se tem a infecção e inflamação por líquido amniótico contaminado com mecônio infectado. Dessa forma, pode causar obstrução brônquica (fazendo papel de rolha valvular, o ar entra mais não sai), aprisionamento aéreo e pneumonite química, acarretando em desconforto respiratório grave, o qual, necessitará de suporte ventilatório. (Nessa imagem, podemos notar que existem imagens em consolidações bem nodulares, justamente onde são as fases terminais de brônquios fonte, sendo assim podemos perceber que existe então uma pneumonite química distal. Nas bases pulmonares notamos áreas com aspecto mais hipertransparente, o que sugere que essa área possui ar, mas não é funcional, pode ser dada justamente por uma obstrução, causando aprisionamento aéreo. As alterações radiológicas são variáveis, são dependentes diretamente da quantidade e viscosidade do mecônio aspirado. Os infiltrados podem variar desde infiltrados nodulares grosseiros, a finos e difusos. As áreas são hiperaeradas e apresentam hiperdistensão alveolar. Há atelectasias focais ou segmentares a depender da espessura do mecônio e o nível da obstrução. Esses pacientes tendem a ser intubados e serem pacientes graves, necessitando de IOT e sondas. (O padrão dessa imagem é o típico padrão de Broncopneumonia, o que nos faz suspeitar que não seja apenas broncopneumonia são as áreas hipertransparente em base pulmonar, o que mostra que existem áreas de aprisionamento aéreo, característico da aspiração de mecônio). (Na síndrome de aspiração de mecônio, há um processo obstrutivo + inflamatório, onde há aprisionamento aéreo, aumento da resistência pulmonar e barotrauma associado, como é o caso da segunda imagem que apresenta um pneumotórax). SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO (pré-termo) É conhecida também como doença da membrana hialina, onde há deficiência de surfactante. Fatores de risco: a. Prematuridade; b. Cesárea; c. Diabetes Materno. A presença de surfactante é responsável pela estabilidade alveolar, pela manutenção da tensão alveolar. O aumento da tensão superficial e a diminuição da distensibilidade dos alvéolos, provoca colapso e atelectasia dos mesmos. A deficiência de surfactante é causada justamente pela imaturidade desse no pulmão, já que essa criança nasceu antes do tempo esperado. Em decorrência disso o alvéolo colaba e se tem “micro atelectasias”, o que ocasiona o colapso do espaço aéreo. O aspecto dessa doença é difuso e lembra muito a taquipneia transitória, sendo a diferença que essa é pré-termo e a taquipneia transitória é termo. Segunda diferença, esse é GRAVE e a taquipneia não é. Sendo assim a visualização de sondas e drenos, é um fator de diferenciação das imagens. (O infiltrado é sutil, como se fosse um vidro fosco difuso, sem consolidações). Apresentação: a. Padrão Micronodular difuso; b. Infiltrado em vidro fosco com perda de volume; c. Bilateral e simétrico; d. Pode ter broncograma aéreo. Quando há broncograma aéreo na DMH, é um sinal de mau prognóstico, visto que se há broncograma aéreo é indicativo de espaço aéreo bem colabado. PNEUMONIA NEONATAL Em pneumonia conseguimos fazer uma associação maior com síndrome de aspiração de mecônio. Não se pode confundir com DMH, pois o padrão de consolidação é heterogêneo, mas pode ser confundido frequentemente com aspiração de mecônio, principalmente quando esseé um padrão pneumônico. Para fazer a diferenciação devemos estar atentos sempre a fato de ser uni ou bilateral e a partir disso associar os achados. A pneumonia geralmente se dá em apenas um pulmão, pode acometer os dois, mas geralmente quando acomete os dois pode se tratar de uma pneumonia por aspiração de mecônio ou pneumonia química. (Trata-se de uma doença grave, visto que há presença de drenos e sondas. Apresenta consolidações em bronquíolos distais, não seguindo homogeneidade, é claramente heterogênea). (Trata-se de uma criança maior, com presença de Timo, com consolidação em lobo inferior direito). O padrão é dependente da sua etiologia, pode ser bacteriano, fúngico ou viral. A fase precoce, ocorre nos 3 primeiros dias de vida, pode estar associada à: a. Aspiração intra uterina de líquido amniótico infectado; b. Transplacentária; c. Aspiração no canal parto. A fase tardia, pode ocorrer tanto na internação, quanto após a alta. Em todos os casos possui um amplo espectro de imagem, sendo marcada por consolidações. (Nessa imagem podemos notar um padrão reticulado, trata-se de um padrão que sugere pneumonia por etiologia viral). (Podemos observar nessa imagem o padrão de pneumonia lobar, restrita ao lobo superior direito). (Nessa imagem podemos notar que a pneumonia, é bilateral e ocorre por toda a extensão do mediastino, pode-se confundir com Aspiração de Mecônio, por essa razão a clínica é fundamental para que se tenha o diagnóstico correto). ATELECTASIA PULMONAR As principais causas de Atelectasia, são: a. Obstrução de vias aéreas: por aspiração de mecônio, por exemplo; b. Compressão extrínseca: por pneumotórax hipertensivo; c. Aumento de tensão superficial entre alvéolo e bronquíolo: decorrente de deficiência de surfactante, DMH. (Nessa imagem podemos ver uma opacidade em lobo médio (há borramento da silhueta cardíaca)). (Ao se observar o perfil desse mesmo paciente, podemos notar que existe perda de volume, configurando assim o sinal de atelectasia de lobo médio, perda de volume + consolidação). ATELECTASIA NO PREMATURO Com a imaturidade do parênquima pulmonar, o paciente acaba por ter mais chance de desencadear uma atelectasia. Por alta complacência da caixa torácica e baixa quantidade de surfactante. A Atelectasia é marcada por ter consolidação + perda de volume. (Essa imagem se diferencia de uma pneumonia lobar, pelo fato de ter o deslocamento de cissura, que é a perda de volume da atelectasia. Se fosse pneumonia haveria apenas a consolidação). As principais causas são: a. Síndrome do desconforto respiratório; b. Aspiração meconial; c. Pneumonia; d. Derrame pleural; e. Pneumotórax; f. Posição inadequada da cânula traqueal. (Intubação seletiva de brônquio fonte direito. O pulmão direito está recebendo ar de maneira efetiva, enquanto o pulmão esquerdo não está recebendo, inclusive está apresentando um broncograma aéreo e falta de ar funcionante em seu meio. Os espaços entre os arcos costais estão diferentes, justamente pelo fato desses arcos esquerdos estarem com redução de volume, como já foi dito antes, sinais de atelectasia = consolidação + perda de volume). (Nesse caso temos a intubação de brônquio intermédio, resultando em perda de função do lobo superior). A IOT foi a nível de brônquio médio direito, deixando a intubação seletiva apenas para: a. Lobo Médio Direito; b. Lobo Inferior Direito. O pulmão esquerdo todo está atelectasiado com consolidação por toda a extensão e perda de volume. Assim como o lobo superior direito, onde tem opacidade de lobo superior e perda de volume com deslocamento de cissura. PNEUMOTÓRAX, PNEUMOMEDIASTINO E ENFISEMA INTERSTICIAL O aumento de pressão de via aérea pode ocorrer por barotrauma, e por conta desse aumento de pressão ocorrerá um rompimento alveolar, causando dispersão de gás. Desencadeando assim um pneumotórax, pneumomediastino ou enfisema intersticial, todos esses com fuga de ar alveolar. Essas situações podem ocorrer por uso inadequado de respiradores, aumentando a pressão alveolar ou por esforço respiratório repetido. ENFISEMA INTERSTICIAL Ocorre quando o alvéolo rompe e se tem escape aéreo para o interstício. (A imagem acima apresenta no pulmão esquerdo, pneumotórax com enfisema intersticial, o que é uma complicação direta de duas doenças previamente estudadas aqui: Doença da Membrana Hialina ou Aspiração de Mecônio. Sendo assim, ao olharmos o pulmão direito, o pulmão que ainda não complicou, podemos notar que esse pulmão tem a doença da Membrana Hialina, justamente por ter um aspecto homogêneo, diferentemente da Aspiração de mecônio). (Doença da membrana Hialina complicando com Enfisema intersticial, no pulmão esquerdo). PNEUMOMEDIASTINO Ocorre quando o gás que escapou do alvéolo por ruptura, disseca o mediastino. (Nessa imagem podemos ver o Timo preservado e a presença de gás circulando o timo e o mediastino). PNEUMOTÓRAX O ar rompe na pleura visceral e ganha os espaços pleurais causando pneumotórax. PNEUMOPERICÁRDIO O ar passa para o espaço pericárdio e provoca pneumopericárdio. CARDIOPATIAS CONGÊNITAS NA RADIOGRAFIA SIMPLES As cardiopatias congênitas evidenciadas em radiografia simples, devem ser estudadas com ECO, TC ou RM. O tamanho e a forma do coração são aspectos importantes a serem avaliados, para saber qual a conduta ou diagnóstico. Sendo assim: a. Cardiomegalia: lesões obstrutivas do lado esquerdo; b. Cardiomegalia extrema: lesões associadas com o átrio D dilatado; c. Tetralogia de Fallot: coração em forma de bota, ventrículo esquerdo aumentado; d. Transposição dos grandes vasos: mediastino estreito. Devemos nos atentar sempre a vascularização também, saber se esses vasos estão aumentados ou diminuídos. SITUS, não pode ser determinado pela radiografia, precisa ser definido em 3 níveis: 1. De qual lado está o átrio que recebe as veias pulmonares, de que lado está o átrio que recebe as veias cavas; 2. De qual lado está o pulmão que tem 3 lobos e de qual lado está o pulmão que tem 2 lobos; 3. De acordo com as vísceras abdominais, de qual lado está o baço, fígado e etc.; Dessa forma, essa avaliação não se dá a nível de radiografia. Onde se vê apenas a orientação do ápice cardíaco, a lateralização da bolha gástrica, o lado do arco aórtico e a sombra do fígado. Sendo assim, podemos classificar em 3 tipos de SITUS: a. SITUS SOLITUS: configuração anatômica normal; b. SITUS INVERSUS: exata inversão do situs solitus; c. AMBIGUS: diferente do solitus e do inversus. TRAMA VASCULAR PULMONAR Reflete a dinâmica cardiovascular que acompanha as cardiopatias. A trama vascular normal em calibre e em distribuição possui: a. Fluxo sistêmico e pulmonar balanceados; b. Dos Hilos até 2/3 internos dos campos pulmonares; c. Não visível no 1/3 externo; d. Dominância nos lobos inferiores em relação aos superiores; e. Calibre diminuído hilo para periferia. HIPOFLUXO PULMONAR Obstrução ao fluxo pulmonar e/ou regurgitação tricúspide ou pulmonar. Esse pulmão se apresentará mais hipertransparente que o normal. (Nesse caso, o paciente apresenta estenose pulmonar, determinando o hipofluxo). O pulmão se torna mais preto, pois há diminuição de vasos, já que os vasos aumentam a densidade do pulmão, porque é mais irrigado. HIPERFLUXO PULMONAR Apresenta aumento de coração. Existe intercomunicação ventricular. Shunt entre ventrículo D e E. HIPERTENSÃO VENOCAPILAR PULMONAR Lesões obstrutivasà esquerda ou qualquer situação que ocasione disfunção do ventrículo esquerdo. Há dificuldade do sangue sair do pulmão. TRAMA VASCULAR E ÁREA CARDÍACA NORMAIS A RADIOGRAFIA Não são determinantes de defeitos cardíacos. Pode haver má formação com imagem normal. (Radiografia normal, porém com má formação cardíaca e presença de sopros, audíveis apenas). TETRALOGIA DE FALLOT Aspecto cardíaco em bota. Aumento de Ventrículo Direito. Quando VD cresce isoladamente, ele levanta a área cardíaca. Quando VE cresce isoladamente, ele repousa sobre o diafragma. Cardiopatia cianótica. Há o cavalgamento da artéria aórtica. ANOMALIA EBSTEIN Aumento de ventrículo direito e átrio direito. Anomalia da valva tricúspide. Atrialização do ventrículo direito e insuficiência da valva tricúspide. Há sobrecarga de volume do VD pela regurgitação. HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA Descontinuidade do diafragma, permite que o conteúdo abdominal suba, geralmente sobem alças intestinais, impedindo o desenvolvimento do pulmão que está superior a hérnia diafragmática. Ocorre Hipoplasia e hipertensão pulmonar. Atualmente, já são realizadas cirurgias intrauterinas, para rafia dessas herniações a fim de evitar que essas ocasionem prejuízo ao desenvolvimento pulmonar na vida desse paciente. a. Hérnia de Bochdalek: é esquerda; b. Hérnia de Morgani: é direita; c. Hernia Retroesternal: medial. Esse diagnóstico é feito intraútero e caso necessite, pode ser feito uma ressonância magnética. 2. RADIOLOGIA TORÁCICA EM PEDIATRIA: A principal função da radiografia em pneumonia é diferenciar infecção viral de infecção bacteriana. O valor preditivo da radiografia para pneumonia é alto, em torno de 92% para pneumonia bacteriana. PNEUMONIA COMUNITÁRIA A pneumonia tem um processo inflamatório com a formação de um exsudato fibrino-purulento, e a partir dessa formação é possível se notar a consolidação. PNEUMONIA LOBAR É a pneumonia que é restrita a cissura, tem distribuição lobar (total ou parcial) e tende a poupar os brônquios, atingindo apenas o parênquima pulmonar, o que nas imagens pode ser evidenciando por presença de broncograma aéreo. O contorno só será bem definido quando tocar totalmente a cissura. Existem casos que não há o total preenchimento do lobo e o sinal de “tocar a cissura” é mais inespecífico, mas não exclui pneumonia lobar. Geralmente é dada por Streptococcus pneumonia. BRONCOGRAMA AÉREO Ocorre em doenças que ocupam o espaço aéreo. Existe perviedade brônquica em pulmão com alvéolos ocupados. Não é especifico de pneumonia. O limite da pneumonia lobar é bem definido, não extrapola e onde não toca é inespecífica. Nessa imagem podemos visualizar o abaulamento da fissura, mas não há extravasamento dessa, geralmente esse sinal é dado por pneumonias onde tem produção elevada de exsudato. BRONCOPENUMONIA (PENUMONIA LOBULAR) É uma doença que tem início/disseminação pela via aérea. Se caracteriza por multiplicidade de focos consolidativos. São patógenos mais agressivos, que produzem toxinas e tendem a causar áreas de necrose. PNEUMONIA INTERSTICIAL Padrão que causa espessamento intersticial difuso e que causa inflamação das paredes dos brônquios. É o padrão que é comum em bronquiolite, pneumonias virais e asma. Nesse padrão, não há consolidação lobar/focal ou derrame pleural, há espessamento de via aérea, com Hiperinsuflação. Atenção: nenhuma alteração é especifica para definir agente etiológico. Padrão radiológico é influenciado pela idade, virulência do patógeno e situação imunológica. PNEUMONIA PNEUMOCÓCICA Pneumonia bacteriana “típica”, por Steptococcus pneumoniae. Pode se apresentar coo uma consolidação com broncograma aéreo, podendo ser multifocal ou bilateral. A forma mais comum de apresentação é a mass-like, pneumonia redonda. Geralmente vem acompanhada de derrame pleural em 64- 50% dos casos. A pneumonia redonda simula a massa, geralmente é dada em crianças novinhas por conta de imaturidade pulmonar, criando esse aspecto redondo. Não é frequente ter pneumonia redonda em adultos, Sendo 90% dos casos em crianças abaixo de 12 anos, com idade média de 5 anos. 98% dos casos se apresentam de forma única. PNUEMONIA ESTAFILOCÓCICA É uma forma mais agressiva da doença, rapidamente progressiva, menos comum. Está associada a áreas de necrose hemorrágica. 30% dos casos possui cavitações irregulares. E pode apresentar derrame pleural loculado. Os achados dessa pneumonia são mais inespecíficos. Entretanto, quando se vê sinais de gravidade associados, podemos notar que existe maior chance de ser por Estafilo, justamente pelos sinais de gravidade associados, como derrame pleural, consolidações difusas. PNEUMONIA POR MYCOPLASMA PENUMONIAE É dado em alterações mistas, padrão viral, bacteriano ou ambos. As alterações mais comuns são infiltrados reticulares ou reticulonodulares em um único lobo, pequenos achados reticulares basais. INFECÇÃO VIRAL É dado por Hiperinsuflação, por conta da produção de muco e aprisionamento aéreo por essa congestão, causando o efeito de Hiperinsuflação, envolvimento de pequenas vias aéreas, espessamento peribrônquico simétrico, opacidades lineares e atelectasias segmentares. O derrame pleural é raro de se visualizar nesse tipo. O vírus se aloja na via aérea, dessa forma a sua manifestação mais proeminente é justamente na via aérea, gerando uma via aérea mais espessada. COMPLICAÇÕES ESPERADAS: a. Derrame pleural; b. Piopneumotórax; c. Pneumonia necrosante; d. Abscesso pulmonar; e. Pneumatocele. DERRAME PLEURAL PARAPNEUMÔNICO O derrame pode ser encontrado principalmente nas pneumonias bacterianas, podendo ser: a. Não complicado: derrame reacional a pneumonia, se forma um edema com acumulo de liquido secundário a essa infecção, geralmente não é purulento e será reabsorvido. b. Complicado: é o derrame que se caracteriza por ser purulento (empiema). É caracterizado por ter aumento da morbimortalidade, precisando de drenagem cirúrgica, pode cursar com encarceramento pulmonar, o que é sugestivo de indicação cirúrgica, para desfazer as traves criadas NO ESPAÇO PLEURAL que impedem a expansão do mesmo. O derrame parapneumônico, possui estágios: 1. Exsudato simples; 2. Exsudato fibropurulento; 3. Exsudato organizado. O DERRAME PLEURAL, pode ser dividido também em: a. Livre: podendo ou não ser empiema. Onde o diagnóstico é dado pela toracocentese; b. Loculado: que se caracteriza por QUASE sempre ser Empiema. EMPIEMA É caracterizado por ser unilateral e assimétrico. Possui ângulo obtuso com a parede torácica. Sua forma biconvexa é sugestiva de empiema. (Derrame livre) (Derrame Loculado) Quando se faz a radiografia em Laurell, não se tem movimentação, configurando um derrame pleural loculado. Em caso de derrame que não se sabe se é loculado ou não podemos agir da seguinte maneira: 1. Solicitar um USG; 2. Se não conseguir visualizar, solicitar uma radiografia em Laurell; 3. Se não conseguir, solicitar uma TC. USG com empiema é dado com derrame com debris. Se movimentar o paciente e não se alterar a localização do liquido, pode-se dizer que é loculado. DERRAME PLEURAL NA TOMOGRAFIA Quando não conseguimos visualizar bem na radiografia, podemos visualizar bem através da TC, temos nesse caso uma necrose com abscesso pulmonar. PIOPNEUMOTÓRAX Pio = pus. Ruptura de micro abscesso pulmonar periférico na cavidade pleural. Efusão pleural loculadacom nível hidro aéreo. TC: melhor resolução anatômica, avalia pleura, doença parenquimatosa e diferencia abscesso pulmonar. (Essas áreas enegrecidas como se fosse uma consolidação aerada, são áreas de necrose pulmonar dadas em abscesso pulmonar). PNEUMONIA NECROTIZANTE Complicação da pneumonia bacteriana que gera necrose do pulmão consolidado e comunicação com via aérea. Trata-se de um quadro grave, em sepse. Existe um número variável de cistos de paredes dinas com níveis hidroaéreos. ABSCESSO PULMONAR Destruição do parênquima, com cavitação, necrose e supuração. Geralmente na radiografia se apresenta solitário, com paredes espessadas, possui nível hidroaéreo. PNEUMATOCELE Complicação de pneumonias graves da infância. Ocorre geralmente em locais onde havia pneumonia ou pós traumática. Caracteriza-se por ter paredes finas. É dada frequentemente pós pneumonia bacteriana de qualquer etiologia. Pode desaparecer de forma espontânea, pode infectar a pneumatocele ou ainda pode romper causando pneumotórax. BRONQUIOLITE VIRAL Trata-se de uma infecção viral das vias aéreas inferiores. A etiologia mais comum é vírus sincicial respiratório. Acomete mais lactentes, após resfriado. As manifestações mais comuns são taquipenia e Sibilância. É uma inflamação aguda, que cursa com edema e necrose das células que revestem as pequenas vias aéreas. Aumento da produção de muco. Infiltração peribrônquiolar. O diagnóstico é clínico. Obstrução e redução de calibre das vias aéreas inferiores, com aumento da resistência ao fluxo expiratório. Obstrução de vias aéreas que determina Hiperinsuflação e atelectasias. Pode cursar com colapso alveolar dando atelectasia por obstrução dada por muco. Diafragma retificado por Hiperinsuflação. Acentuação de trama vascular. Obstrução de via aérea, áreas de ar aprisionado que será reabsorvido e haverá atelectasia distal a obstrução. São áreas triangulares, em cunha, estreitas, multifocais, geralmente paracardiacas. OBSTRUÇÃO AGUDA DE VIAS AÉREAS INFERIORES ESPESSAMENTO PERIBRÔNQUICO INFILTRADOS INTERTICIAIS Ocorre em lactente sibilante. Sem consolidação e com espessamento difuso. ASMA Hiperreatividade crônica e reversível das vias aéreas com obstrução ao fluxo aéreo. Diagnóstico é clinico, sinais e sintomas e reversibilidade da hiperreatividade. INDICAÇÕES RADIOGRAFIA Não se deve solicitar Radiografia de rotina em asmático. Só deverá ser solicitado se apresentar febre, corpo estranho ou aspiração, suspeita de complicação e não responde a terapia medicamentosa. O pulmão do asmático é comparado ao pulmão do enfisematoso, é uma caixa torácica que apresenta maior espaço retroesternal, chamado também de tórax em barril. O diafragma tende a ser achatado, com aumento de diâmetro Anteroposterior e alargamento dos espaços intercostais. ESPESSAMENTO PERIBRÔNQUICO EM ASMA Pode dar atelectasias subsegmentares, que podem ser confundidas com áreas de pneumonias e se iniciar ATB desnecessariamente. Esses pacientes asmáticos cursam com esse tipo de atelectasia e espessamento peribrônquico como se fossem áreas delineadas com caneta na imagem. COMPLICAÇÕES NA ASMA Hiperprodução de muco com obstrução da via aérea pode gerar: a. Atelectasia; b. Pneumonia. Aumento da pressão intratorácica determina ruptura alveolar e o gás disseca: a. Interstício (enfisema intersticial); b. Mediastino (pneumomediastino); c. Espaço pleural (pneumotórax); d. Subcutâneo (enfisema subcutâneo). (Paciente com pneumotórax bilateral dado por complicação de asma, com espessamento brônquico). (Paciente com atelectasia de lobo médio dada por complicação de asma). (Atelectasia em vela, dada em complicação de asma). (Pneumonia redonda dada em complicação de asma). ASPIRAÇÃO DE CORPO ESTRANHO Oclusão completa ou parcial da árvore brônquica. Localização mais comum é no brônquio fonte direito. A impactação pode levar inicialmente ao aprisionamento aéreo ipsilateral. (O pulmão com aspiração de corpo estranho é o lado direito, pois tem aprisionamento aéreo). Radiografia normal não exclui aspiração de corpo estranho. A tomografia define onde se aloja o corpo estranho de maneira rápida e precisa. Geralmente, se indica tomografia em casos que são dados como “pneumonias de repetição”, não existe a possibilidade de uma pneumonia ser dada em repetição cada vez em um lobo ou sustentar a pneumonia após a terapia medicamentosa sustentada. Deve-se solicitar TC, nesses casos e se avaliar a possibilidade de aspiração de corpo estranho com semi-oclusão. O endoscopista por meio broncoscópio é responsável por fazer essa remoção do corpo estranho de forma efetiva, quando se sabe a localização exata do corpo estranho. COMPLICAÇÕES DO CORPO ESTRANHO a. Pneumonia e Atelectasia; b. Bronquite; c. Broncoespasmo; d. Pneumotórax; e. Fístula Traqueoesofágica; f. Bronquiectasias; g. Lesão parenquimatosa distal. 3. TUBERCULOSE PULMONAR: 1/3 da população mundial é infectada com tuberculose. Fatores de risco a exposição: a. Pacientes imunodeprimidos; b. Usuários de drogas; c. Inacessibilidade de saúde e higiene; d. População carceraria. Risco de desenvolver a doença, se infectado: a. Crianças abaixo de 4 anos; b. Transplantados; c. Doenças autoimunes; d. Diabéticos; e. DRC; f. Alcoolismo e tabagismo; g. Linfoma/Leucemia; h. AIDS. Clínica: a. Tosse produtiva, febre baixa, superior a 2 meses; b. Perda de peso, fadiga; c. Sudorese noturna; d. Hemoptise, em alguns casos. Existe predileção maior para a tuberculose em segmento superior ou apical, segmento ápico posterior e segmento superior (VI). Existe uma oferta maior de o2 nesses segmentos e por esse motivo são segmentos favoráveis para desenvolver a Tuberculose. Tuberculose é causada por um bacilo Mycobacterium tuberculosis. É transmitida por aerossóis, quando se tem tosse, fala ou espirra. Nos bronquíolos e alvéolos, os bacilos formam núcleos de Wells. Altamente infectante. Ne, todo individuo exposto a TBC adquire a infecção. Vai depender do estado imunológico, do ambiente e da duração da exposição. A partícula infectada atinge o alvéolo pulmonar, onde infecta o macrófago. Em cerca de 5%, o sistema imunológico não detém essa infecção inicial e poderá desenvolver a tuberculose primária, em até dois anos após o contato. 90% não irá desenvolver TBC. Tuberculose Latente. São assintomáticos e não contagiosos. Em 5% o sistema imunológico detém a infecção inicial, mas o bacilo permanece viável e adormecido, podendo reativar mais tarde. Tuberculose pós primária ou reativação da tuberculose. TUBERCULOSE PRIMÁRIA Atinge principalmente crianças. Sua característica é ser uma linfonodopatia hilar e/ou mediastinal, podendo ter necrose central. Causa opacidade pulmonar (consolidação). As vezes pode vir acompanhada de derrame pleural. Sempre associar a imagem a clínica do paciente. Parece com pneumonia, mas o linfonodo hilar ajuda a distinguir. A tuberculose pode atingir qualquer segmento ou lobo pulmonar. Existe a presença de micronódulos satélites. Após se suspeitar de TB em radiografia, deve-se solicitar uma TC, para que as lesões sejam mais bem visualizadas. TUBERCULOSE PRIMÁRIA TÍPICA Opacidade que se resolve e se torna um granuloma que pode se calcificar, sendo chamado de foco de Ghon. Mais comum em crianças de 2 a 12 anos. Ocorre nos primeiros 3 anos da primo-infecção. Não tem predileção por segmento. O granuloma é característico daspessoas que tiveram já exposição ao bacilo, mas não desenvolveram a doença, então a calcificação é uma atuação do sistema imunológico para a defesa desse paciente. O nódulo de Ghon, é a calcificação, granuloma inerte. Não tem atividade, não transmite tuberculose e não reativa. Calcificado é chamado de granuloma de Ghon. Quando ainda não calcificou é chamado apenas de Granuloma. Complexo de Ranke, é a associação de um granuloma, com calcificação hilar. Granulomas podem ser múltiplos, nesse caso estão calcificados, sem transmissão. Essa imagem apresenta complexo de Ranke, tem linfonodo hilar calcificado. TUBERCULOSE MILIAR Tem disseminação hematogênica. Quando ocorre na infecção primária, é uma forma aguda, grave e de alta taxa de mortalidade. Acontece em imunodeprimido, principalmente HIV+ e em crianças com imunológico em incompleto. Pode ocorrer também em transplantados em uso de imunossupressor. Aspecto granular, lembra pequenas sementes no pulmão. O padrão é intersticial. A tomografia de alta resolução é o padrão ouro para identificar as lesões. Quando suspeitar de tuberculose, podemos lançar mão da posição ápico lordótica, para visualizar melhor o ápice pulmonar tirando as clavículas da frente. Entretanto, a área cardíaca, arcos costais e diafragma são alterados em volume aparente e conformação. TUBERCULOSE PÓS PRIMÁRIA Tem predileção pelo ápice pulmonar. A disseminação é broncogênica. TC: Imagem em árvore de brotamento. É sugestivo de tuberculose ativa. Aparece uma cavitação com paredes espessadas. Complicações da Tuberculose: colonização da cavidade por parasitas (fungos). Podemos chamar de cavitação colonizada por fungo, aspergiloma ou micetoma. O processo tuberculoso pode corroer a parede do vaso e causar, aneurisma de Rasmussen, é o aneurisma formado pela artéria pulmonar ou brônquica “corroída” pelo processo inflamatório. O processo tuberculoso, pode causar também fibrose e retração hilar, inclusive traqueal. Se cria um intenso processo fibrótico. Há presença de espessamento pleural do tipo fibrótico. Pode inclusive causar bronquiectasias do tipo fibrotórax. TUBERCULOSE EXTRA-PULMONAR 4. PNEUMONIAS NO ADULTO: É um processo inflamatório agudo do parênquima pulmonar. Consolidação parenquimatosa. Decorrente de uma infecção por bactérias, fungos, micobactérias e vírus. A ocupação é alveolar por infiltrado necroinflamatório. O diagnóstico de pneumonia é radiográfico, para se caracterizar extensão da doença, avaliação da gravidade, definir o tratamento, detectar complicações, avaliar a resposta ao tratamento e sugerir etiologias. A tomografia é utilizada para complicações ou falha terapêutica. Radiografia deve ser feita em duas incidências. Os achados são sugestivos de determinados agentes, não são determinantes. Pacientes imunodeprimidos podem ter alteração mais brandas, mesmo com um quadro muito agravado, pois tem uma resposta inflamatória reduzida. PNEUMONIA LOBAR Trata-se de uma consolidação homogênea. Não precisa necessariamente que comprometa um lobo em um todo, pode ter comprometimento de parte dele. É limitado a cissura. BRONCOPENUMONIA É como sua disseminação é brônquica, tem acometimento dos brônquios pulmonares de forma difusa. Pode se apresentar com apenas um foco consolidativo, mas com a evolução do quadro, pode desencadear mais focos consolidativos, sendo característica da broncopneumonia ter mais de um foco em regiões peribrônquicas. Onde os segmentos não são delimitados por fissuras e as margens são mal definidas. PNEUMONIA INTERSTICIAL Padrão intersticial com presença de padrão reticular, espessamento da trama. Geralmente são bilaterais e simétricas. Podem tem vidro fosco. Sugere patologia viral. Pode ocorrer ter uma pneumonia mista de vírus e bactéria. Broncograma aéreo não é sinônimo de pneumonia, pode estar presente em neoplasias, edemas, hemorragias e etc. Significa que tem doença no espaço aéreo, onde os brônquios deixaram de ser pérvios. ÊMBOLO SÉPTICO/PNEUMONIA NECROTIZANTE Mais visualizado em Streptococcus aureus. 5. LESÕES HEPÁTICAS FOCAIS E SEGMENTAÇÃO HEPÁTICA: A avaliação das lesões é feita utilizando contraste, na TC contraste iodado e na RM, gadolínio. Devemos sempre avaliar seguindo a sequência de questionamentos: 1. A lesão se impregna ou não com contraste? 2. Impregna muito ou pouco? 3. Impregna de dentro para fora ou impregna de fora para dentro? 4. Impregna toda, só periferia ou só impregna o centro? O uso de contraste aumenta o gradiente de detecção da lesão, ou seja, aumentou a sensibilidade e caracterização das lesões, aumentando especificidade. Se a lesão se impregnar igual ao órgão, ela é isodensa ao parênquima do órgão estudado. Contraste Extracelulares, Iodo ou gadolínio, não afetam as células que estão no organismo, não interagem. Possuem excreção renal. A investigação de nódulo hepáticos deve ser SEMRE realizada com contraste venoso. Aquisições seriadas em intervalos específicos. Fases do Exame: 1. Sem contraste; 2. Arterial; 3. Portal ou venosa; 4. Tardia, de equilíbrio ou excreção. Nesse caso temos uma lesão hipervascularizada. Ela realça muito na fase arterial. CONTRASTE HEPATOBILIAR Feito em RM. É o contraste que entra dentro da célula. É o conhecido gadolínio, mas ele está acoplado a um ligante, um quelante mais especificamente. O qual tem a função de carregar para dentro do hepatócito. Não deve ser feito em pacientes com bilirrubina maior que 3, pois compete com a mesma. É excretado pela via biliar e rim. 1. Sem contraste; 2. Arterial; 3. Venosa; 4. Hepatobiliar (20 minutos após). Esse contraste mostra se a lesão possui hepatócito ou não. Tumor de origem hepatocelular. A indicação desse contraste é dada para o paciente que já tenha realizado exame com contraste extracelular. As principais indicações são: a. Diferenciar lesão hepatocelular x lesão não hepatocelular; b. Diferenciar HNF x adenoma hepático; c. Detecção de metástases hepáticas nos pacientes com CCR candidatos a ressecção; d. Detecção CHC pequeno, menor que 2 cm; e. Avaliação pré-transplante de pacientes com CHC. CONTRASTE DE MICROBOLHAS É um contraste venoso utilizado em USG. Aumenta a refletividade do ultrassom. É excretado pela via respiratória, não deve ser feita em doenças respiratórias graves. É utilizado para estudo de única lesão. Inerte ao organismo. DIFUSÃO É uma técnica funcional da RM, sem contraste venoso, que aumenta a formação da imagem e vai depender do movimento das moléculas de água nos tecidos. A restrição na difusão depende da celularidade tecidual e da integridade da membrana. A difusão aumenta sensibilidade e especificidade. Quando tem tumor tem maior dificuldade de movimentação das moléculas de água. Fase arterial/difusão. Essa imagem é descrita como lesão que restringe a difusão, ou seja, é de alta celularidade, sugerindo malignidade. TC OU RM? Os dois métodos são bastante utilizados. PET-CT É utilizado para fazer estadiamento. Infrequente para ser realizado com diagnóstico. O radioisótopo mais utilizado é FDG- 18. Avalia o grau de captação do FDG (marcador neoplásico) metabolismo celular do tumor. LESÕES INCIDENTAIS Principais lesões hepáticas em um fígado não cirrótico. São lesões benignas. As principais lesões são: a. Cistos; b. Hemangiomas; c. HNF; d. Adenoma hepatocelular. HEMANGIOMA HEPÁTICO Impregnaçãocentrípeta, de fora para dentro, com densidade diferente do fígado. Hipervascularizada, que retem o contraste na fase tardia, não tem “washout” na fase tardia. É a única lesão que tem esse comportamento. Só opera se o paciente tiver sintomatologia, pois é benigno. Quanto maior o hemangioma, mais heterógeno ele pode ser. Acomete mais mulheres e o diagnóstico diferencial é Hiperplasia Nodular Focal. Geralmente é assintomático e não maligniza. O hemangioma gigante pode levar a CID de Síndrome de Kasabach-Merrit, coagulação intravascular disseminada. Retem muito sangue e deflagra a cascata de coagulação. Hemangioma não tem hepatócito, é de origem mesenquimal. Não capta contraste hepatoespecífico. Só opera se ele crescer muito, causar sintomas e tiver duvida diagnóstica. Os demais, não opera. LESÕES TIPICAMENTE MALIGNAS Não conseguimos determinar qual é essa lesão, mas sabemos que não é um hemangioma, por ter washout e ter a difusão mostrando que existe alta celularidade. Indica uma lesão maligna, a esclarecer com biopsia percutânea ou ressecção. CISTO HEPÁTICO SIMPLES É uma bola de água, anecóica. Na TC, não realça. Não tem paredes grosseiras, são imperceptíveis. Geralmente não causam sintomas aos pacientes e não se precisa ter nenhuma conduta cirúrgica. Apenas acompanhar. CISTO HEPÁTICO COMPLEXO Qualquer imagem com presença de líquido, septada, loculada, heterogênea, com calcificações ou paredes irregulares, trata-se de um cisto complexo. Cistos grandes são sintomáticos, que apresentam dor, massa palpável, icterícia, infecção, hemorragia ou rotura, precisam ser melhor investigados e se preciso precisam ser operados. Cistos complicados necessitam de avaliação através da TC/RM. É diagnóstico diferencial com neoplasia cística. HIPERPLASIA NODULAR FOCAL É o segundo tumor benigno mais comum. Não maligniza, o tratamento é conservador. Trata- se de uma resposta hiperplásica do parênquima devido à má formação arterial pré existente. Possui hepatócitos funcionantes. 8M:1H. É capaz de captar contraste hepatoespecífico. É uma lesão hipervascularizada. Na fase venosa a lesão tem a formação de uma área de cicatriz central. É comparada a uma laranja que tem cicatriz central. Na fase tardia a impregnação é tardia. Essa lesão não é dependente de hormônio. Não precisa suspender ACO para essas pacientes, apenas para pacientes com Adenoma, a qual é hormônio dependente. Nessas pacientes não se deve fazer biópsia. Deve se ter o acompanhamento, sem intervenção. ADENOMA HEPÁTICO É uma proliferação benigna, que acomete mulheres jovens. Geralmente é solitário, mas existem caos que podem ser múltiplos. O uso de anticoncepcional, esteroides, o sobrepeso/obesidade e as doenças de deposito de glicogênio, favorecem o seu aparecimento e podem causar crescimento do mesmo. Pode sangrar quando for maior do que 5 cm (INDICAÇÃO CIRURGICA ACIMA DE 5CM), pois é uma lesão hipervascularizada. Quando diagnosticado, devemos suspender o ACO e a indicar cirurgia. A diferença desse para os outros é que O ADENOMA É PRÉ- MALIGNO E PODE SANGRAR. O Adenoma pode ter gordura dentro do tumor. É uma massa hipervascularizada heterogênea, com gordura, sangue e calcificação. Podendo variar de acordo com o quadro. HEPATOCARCINOMA Trata-se da neoplasia hepatica maligna primária mais comum. O rastreio é feito com USG. Se tem nódulo dominante sem ecogenicidade característica. A indicação de TC/RM é em nódulos que apresentem mais de 1 cm na USG. O rastreio de USG (6/6m) é feito em pacientes cirróticos e portadores de hepatite B, sem cirrose. Os nódulos da cirrose, se transformam em displásicos e por fim em hepatocarcinoma. Os exames de imagem vão caracterizar as lesões. O hepatocarcinoma tem uma lesão vascularizada e na fase venosa ou tardia, tem washout. Se não tiver alterar o exame para RM, se for feito TC. Se novamente não tiver washout, biopsia. Se tiver, hepatocarcinoma. O washout do hepatocarcinoma é na fase venosa ou tardia. O diagnóstico radiológico só deve ser dado em pacientes que tenham o vírus B ou cirróticos. Não se deve nem suspeitar em mulheres jovens que não tenham esse pré-requisito, pois o diagnóstico é outro. COLANGIOCARCINOMA Segundo tumor maligno hepático primário mais comum. Origem ductos biliares intra (20%) ou extra-hepáticos (80%). 10 – 20% dos tumores hepáticos. a. Massa hepática; b. Crescimento periductal; c. Crescimento Intraductal. Colangiocarcinoma não tem um aspecto bem definido, mas sabemos que é uma massa que pode ser infiltrativa de limites irregulares que impregna na periferia, uma massa que tem completa impregnação, não tem um aspecto bem delimitado. Prognóstico individualizado, diagnóstico em estágio avançado. Conduta geralmente é biopsia e cirurgia. Existe um aspecto que sugere Colangiocarcinoma, mas não acontece sempre, é um processo fibrótico = Retração capsular. METÁSTASES Neoplasia maligna mais comum do fígado. 18 vezes mais frequente que os tumores hepáticos primários. Os princípios sítios são: a. Carcinomas colorretais, tumores de TGI; b. Tumores de pâncreas; c. Tumores de mama. Na USG, pode se apresentar de forma hiperecoica, isoecoica ou hipoecoica. Não há ecogenicidade especifica. O que iremos avaliar é a multiplicidade. METÁSTASE HIPOVASCULAR É o tipo de metástase mais comum. TGI, pulmão, mama, cabeça e pescoço. Melhor visualização é na fase portal. Diferenciação da lesão metastática hipovascular única: inflamatório, esteatose focal, HCC hipovascular e Colangiocarcinoma. METÁSTASE HIPERVACULAR É melhor vista na fase arterial. Carcinoma de células renais, insulinomas, carcinóide, sarcomas, melanoma e mama. Diferencial: hemangioma, adenoma, HNF e HCC. O paciente que não terá uma abordagem cirúrgica e precisa acompanhar, deve fazer TC com contraste. Já no paciente que irá fazer a quantificação das metástases para cirurgia, devemos optar pela RM com contraste, especialmente em lesões menores de 1 cm. LESÕES MENORES QUE 1 CM Maioria benigna mesmo com neoplasia já conhecida. Pacientes com neoplasia conhecida devem realizar o controle com RM. São geralmente doenças fibrocísticas (hamartomas, microhamartomas, cistos). RM pode confirmar a natureza cística. Lesões menores de 1 cm não podem ser caracterizadas. USG Não é adequado para caracterizar lesão sólida. É importante para diferenciar lesão sólida de lesão cística. Lesão sólida precisa ser investigada em TC e RM. Já lesão cística simples, não precisa de outro exame, apenas a USG é suficiente. RM Possui maior acurácia na caracterização das lesões hepáticas focais. LESÕES HEPÁTICAS BENIGNAS QUE NÃO PRECISAM DE TTO a. Cisto simples; b. Hiperplasia Nodular Focal; c. Hemangioma. *se estiverem assintomáticas. Se forem sintomáticas seguir com tratamento. SEGMENTAÇÃO HEPÁTICA 6. RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA NA NEOPLASIA HEPATOBILIAR: 7. FÍGADO – LESÕES DIFUSAS: 8. RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA NA HIPERTENSÃO PORTAL: 9. PÂNCREAS: O Pâncreas é um órgão retroperitoneal. Não possui cápsula, por esse motivo as doenças se disseminam com muita facilidade, neoplasias ou processos inflamatórios. Sempre que se for procurar o pâncreas, procurar a veia esplênica ela sai do baço e segue em direção ao fígado, na frente da veia Esplênica encontra-se o pâncreas. Divisão do Pâncreas: 1. Cabeça: a. Maior porção; b. A direita dos vasos mesentéricos superiores;c. Medialmente ao duodeno. 2. Processo Uncinado: a. Extensão posterior/medial da cabeça pancreática; b. Posterior a Veia Mesentérica Superior. 3. Colo: a. Parte mais estreita; b. Entre a cabeça e o corpo; c. Anterior a Veia Mesentérica Superior. CORPO DO PÂNCREAS É a maior parte do órgão. É anterior a aorta e veia esplênica, que cursa ao longo da superfície posterior. Encontra-se posterior ao estômago. PÂNCREAS – CAUDA Não há divisão anatômica entre o corpo e a cauda. Essa estrutura mais branca no meio do Pâncreas na RM axial T2 é o ducto pancreático principal. DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL OU DE WIRSUNG Cursa da cauda até a cabeça do pâncreas. Se une com o colédoco em 80 a 90% dos casos e drena para a papila maior. Mede em torno de 2 mm. Se afunila da cabeça para a cauda. (Colédoco e Ducto pancreático ou de Wirsung se juntam e entram na papila maior, duodeno). Por se tratar de um órgão que não é plano, raramente conseguimos visualizar o mesmo em um único corte, com os diversos níveis de cortes conseguimos visualizar as diversas porções do pâncreas. Depende de como está projetado o mesmo e o grau de inclinação em cada paciente. DUCTO ACESSÓRIO DE SANTORINI Pode ou não estar presente. Ele é responsável por fazer a drenagem da porção anterior e superior da cabeça do Pâncreas. Drena para a papila duodenal menor. Usualmente, não sempre, comunica-se com o ducto pancreático principal. A papila maior, é maior e drena todo o pâncreas. Já a papila menor, drena a secreção apenas da cabeça do pâncreas. ANATOMIA DUCTAL PANCREÁTICA Nesse caso, temos toda a drenagem do pâncreas, sendo feita pelo ducto pancreático de Wirsung, mas drenando para a papila menor, o que é uma problemática. RADIOGRAFIA PANCREÁTICA Radiografia para pâncreas não possui muitas utilidades. Apenas se consegue visualizar em alguns casos pancreatites crônicas que evidenciam calcificações difusas pelo órgão. Em alguns casos se consegue visualizar cálculos, porém depende muito da qualidade do exame, que na maioria das vezes não possui muita. USG DE PÂNCREAS É útil em alguns casos. Limitações da USG no órgão: a. Localização retroperitoneal; b. Interposição gasosa; c. Biotipo do paciente; d. Operador dependente. Regiões mais difíceis de visualizar: a. Processo Uncinado, posicionamento posterior; b. Cauda, eixo mais posteroinferiormente. TOMOGRAFIA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA – PÂNCREAS Métodos mais utilizados no estudo do pâncreas. TC é o método inicial. Os exames devem ser com contraste. Sempre a tomografia é o método inicial e sempre os exames serão contrastados para se avaliar pâncreas. (Tumor em corpo do pâncreas - TC) (Lesão em cauda de pâncreas - RM) O Pâncreas com o passar da idade muda sua conformação, tanto em forma, tamanho e textura. Ele tende a ser mais volumoso quando mais jovens e tende a ser mais fino e lipossubstituido quando mais idoso. Sua densidade normal gira em torno de 40 – 50 HU na fase pré contraste. A impregnação do órgão é intensa, rápida e homogênea. Na RNM, em T1 o sinal igual ou maior que o fígado. Trata-se de um órgão abdominal com maior sinal em T1, devido ao seu conteúdo ser altamente proteico. O sinal se apresenta variável em T2, hipointenso. COLANGIORRESONÂNCIA COLANGIOPANCREATOGRAFIA POR RM É um exame rápido, não invasivo, sem radiação ionizante. É uma alternativa em relação a colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER). Deve comparar na imagem o colédoco normal até 6mm e pós colecistectomia até 10 mm. Geralmente quando se vai avaliar Pâncreas, se solicita a casadinha de TC e Colangio ou RNM e Colangio, sempre pedindo a colangio para se avaliar as vias biliares e também o ducto pancreático, afim de se avaliar o órgão e sua drenagem de forma efetiva. Na colangio não há uso de contraste, tudo que é líquido fica branco e tudo que é sólido desaparece na imagem. Por esse motivo que o preparo do exame é justamente o jejum, para que não ocorra nenhuma sobreposição de estomago cheio na imagem, comprometendo a qualidade do exame. Esse exame é estático, não tem as fases para preenchimento como a com contraste que é dinâmica. Entretanto está nos dá uma melhor visualização anatômica, já a com contraste nos dá uma melhor visualização dinâmica. COLANGIORRESSONÂNCIA COM CONTRASTE HEPATOESPECÍFICO O uso de contraste hepatoespecífico nos permite na ponderação T1, avaliar a fase hepatobiliar do contraste. Dando dessa forma a avaliação funcional e anatômica da via biliar. Podemos a partir disso ter um melhor planejamento das cirurgias hepatobiliares e avaliar complicações cirúrgicas de maneira efetiva. Trata-se de uma colangio funcional, que permite a visualização dinâmica e consequentemente a visualização do contraste na via biliar. PÂNCREAS – USG ENDOSCÓPICA É feito através de uma endoscopia com a ponteira de usg, que permite avaliar a região pelo estômago. É um exame complementar, útil quando há duvidas em TC e RM. Possui a possibilidade de biopsiar ou aspirar lesões sob visão direta. COLANGIOPANCREATOGRAFIA ENDOSCÓPICA RETRÓGRADA – CPER Trata-se de um método invasivo. É um exame realizado por endoscopista. A avaliação é apenas intraluminal. Sua atuação é diagnóstica e de tratamento. Os riscos do exame são: a. Pancreatite; b. Perfuração; c. Hemorragia; Se entra com cateter e joga o contraste retrogrado. PÂNCREAS DE DIVISUM É uma anomalia congênita mais comum, atingindo de 4 a 10% da população. Trata-se de uma falha na fusão do pâncreas ventral e dorsal. Onde a cabeça e o processo Uncinado drenam por um ducto ventral, para papila maior. O corpo e a cauda drenam por um ducto dorsal, para a papila menor. Sendo que não há comunicação entre esses ductos, dai se dá a anomalia. Isso pode levar a uma drenagem deficiente através da papila e fator predisponente para Pancreatite Aguda de repetição em paciente jovem. Quando não há anomalia, pode se chamar o Ducto Pancreático Principal de Ducto Pancreático Principal ou de Wirsung. Porém quando há anomalia, o Ducto Pancreático Principal será o de cima, que drena o corpo e o Wirsung o que drena a cabeça. Ducto Pancreático Principal, drena corpo para a papila menor. Ducto Acessório ou Ducto de Wirsung, drena a cabeça para a papila maior. PÂNCREAS ANULAR É uma anomalia congênita rara, que se caracteriza por ter uma rotação incompleta do broto ventral. O pâncreas envolve parcialmente ou totalmente o duodeno. Pode haver aumento d cabeça pancreática e simular massa. Os sintomas são relacionados com obstrução gástrica, vômitos principalmente. Os sintomas estão relacionados a intensidade do aperto. Se for muito apertado pelo pâncreas, a criança come e vomita, sempre. Se não for tão apertado, pode comer e sentir dores, ou sensação de saciedade precoce. Se não for tão apertado, a pessoa passa a vida toda sem nem descobrir a anomalia. O sinal radiológico de Pâncreas Anular é justamente o sinal da bolha dupla, que pode ser visto na radiografia. PANCREATITE AGUDA Trata-se de um processo inflamatório de uma clínica muito ampla. A qual cursa com dor epigástrica, náuseas e vômitos. Requer confirmação bioquímica ou radiologia para diagnóstico. O diagnóstico é dado por 2 de 3 critérios: a. Dor epigástrica aguda, persistente, severa, com irradiação para dorso; b. Elevação da amilase ou lipase 3x valor normal; c. Achados de imagem característicos,preferencialmente TC, não se faz USG para diagnóstico, apenas para exclusão de cálculos e classificação de etiologia. Todo paciente que tiver diagnóstico de pancreatite aguda deve ser feito a USG para que se exclua cálculos biliares, avaliar se tem dilatação e se é biliar ou não. Quando não se consegue definir a causa, pode-se optar por fazer: a. USG endoscópica; b. ColangioRM; c. CPER. Paciente que preencha os critérios diagnósticos e esteja grave, deve ser realizado com exame complementar a TC com contraste, melhor método para diagnóstico e avaliação de complicações. RADIOGRAFIA SIMPLES Não está indicada para investigação de pancreatite, é pouco sensível e inespecífico. Abdome: normal, alças em sentinela, “amputação do cólon” e calcificações nas pancreatites crônicas agudizadas. USG Não é o exame mais adequado para avaliar pâncreas. Maior sensibilidade para vias biliares. Deve ser solicitado para todo paciente com pancreatite para avaliar etiologia e não ser utilizado como diagnóstico. TOMOGRAFIA DE PÂNCREAS É utilizada para avaliação do pâncreas, sempre com contraste. Identifica necrose de pâncreas. É o melhor método para diagnóstico da doença e suas complicações. Porém, não é o melhor para se avaliar prognóstico. É um exame que não deve ser levado em consideração a gravidade nas imagens das 24 horas de doença. A imagem do dia 1 evidencia a inflamação, já do dia 3 evidencia áreas de necrose e liquido livre. A TC só é indicada precocemente para aqueles pacientes que chegam com sinais elevados de gravidade. O pico do processo inflamatório da pancreatite não acontece no primeiro dia, por esse motivo, se fazemos a imagem no primeiro dia podemos ver um quadro menor do que o realmente está por vir e as vezes negligenciar os fatores de gravidade, como foi esse caso. A classificação da Pancreatite é dada pela escala modificada de Atlanta. É classificada em duas fases: 1. Precoce; 2. Tardia. Sua severidade é dada por: 1. Leve: sem falência de órgão; 2. Moderada: falência de órgão por menos de 48h; 3. Grave: falência de órgão por mais de 48h. É classificada em dois tipos: 1. Edematosa: menos de 4 semanas de coleção peripancreática aguda (coleção liquida por menos de 4 semanas) ou mais de 4 semanas de pseudocisto; 2. Necrotizante: menos de 4 semanas de coleção necrotizante aguda ou mais de 4 semanas de necrose encistada/encapsulada. *para ver necrose tem que fazer contraste, invariavelmente. PANCREATITE COM NECROSE INFECTADA Quando há presença de gás, é nitidamente que a necrose está infectada. Quando não é tão evidente a visualização da necrose infectada como na primeira imagem, devemos puncionar, para se avaliar se terá crescimento bacteriano. Porém, quando se tem o padrão da segunda imagem, podemos claramente reconhecer como uma necrose infectada. PANCREATITE CRÔNICA É dada através de calcificações no Pâncreas, geralmente são grosseiras, tem redução de volume pancreático, dilatação e irregularidade do ducto pancreático comum. Essas calcificações podem estar no parênquima ou no ducto pancreático. Quando em ducto Pancreático, podem causar obstrução dele. ADENOCARCINOMA PANCREÁTICO Neoplasia do epitélio do pâncreas exócrino. É a neoplasia de Pâncreas, mais comum. Essa imagem resume bem o que adenocarcinoma pode causar: a. Mostra o tumor; b. Mostra a dilatação do ducto pancreático; c. Mostra que o tumor afeta o colédoco e dilata a via biliar; d. Mostra que o tumor mesmo sendo pequeno, já possui gânglio de invasão vascular; e. Mostra que a parte distal do pâncreas atrofia. Nessa imagem podemos visualizar que o ducto pancreático está acometido por uma lesão que está obstruindo o ducto pancreático. É um tipo de tumor que acomete principalmente cabeça de pâncreas, sendo responsável por 75% dos casos. O prognóstico de Adenocarcinoma de Pâncreas é péssimo. Exames de imagem, sã utilizados para diagnóstico e estadiamento. A TC e RM, são utilizadas para visualizar massa sólida hipovascular, atrofia pancreática distal a lesão, dilatação do ducto pancreático principal e vias biliares. Perda de lobulação pancreática e deformidade de contornos. Oclusão vascular. Essa imagem evidencia o pâncreas reduzido com dilatação do ducto pancreático. Na região anatômica pancreática, podemos visualizar basicamente o ducto pancreático, por conta da sua dilatação e redução de volume do parênquima. Veia porta dilatada. Nessa imagem que é continuação da anterior, possui nitidamente um tumor, que está obstruindo artérias e ductos. CRITÉRIOS DE RESSECABILIDADE Os tumores que se encontram em cabeça e corpo de pâncreas são os tumores que são mais agressivos em relação a complicações, visto as regiões as quais possuem proximidade. Quanto mais distal no pâncreas, menor a sintomatologia. O tumor vai crescendo e não causa sintomas, o que é perigoso porque ele cresce de maneira silenciosa e pode dar metástase hepatica por exemplo e só descobrir o tumor quando se descobre a sintomatologia da metástase. Geralmente se resseca tumores de cabeça e corpo e se realiza pancreatectomia parcial em tumores de cauda, pois esses têm acometimento estrutural menores. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O ACOMETIMENTO ARTERIAL Devemos sempre avaliar cada artéria individualmente, de acordo com o envolvimento tumoral e as variações anatômicas. Se o tumor acometer menos de 180º da artéria, ou seja, abraçar a artéria por menos da metade de seu contorno, se RESSECA O TUMOR. Se o tumor acometer mais de 180º ou causar deformidade na artéria, NÃO SE RESSECA O TUMOR. Antes das cirurgias para se fazer ressecção, geralmente, utilizamos a quimioterapia neoadjuvante para que se tenha redução do tamanho e a cirurgia seja possível e viável de uma maneira mais simplificada. Se o tumor deformar artéria ou veia é irressecável, se não estiver deformando artéria ou veia, mas for maior que 180º, pode-se fazer a quimioterapia neoadjuvante a fim de reduzir o tumor a valores menores que 180º e ressecar. (acometimento de exatos 180º) AVALIAÇÃO VENOSA Nos grandes centros em 30% dos casos são realizadas ressecção ou reconstrução venosa. O mesmo (critério arterial) se aplica a avaliação venosa. IMPORTANTE: O tumor de pâncreas e o tumor de fígado, são um dos únicos tumores que se faz a cirurgia, sem biopsiar. ISSO PARA O CASO DE TUMORES RESSECAVÉIS, eles têm indicação cirúrgica direto, ou seja, são cirúrgicos obrigatórios. EM CASO DE TUMORES QUE NÃO SÃO RESSECAVÉIS, DEVE-SE FAZER A BIOSPIA, ANTES DE SE FAZER A QUIMIOTERAPIA. Não se pode fazer quimioterapia sem saber o laudo histológico. DILATAÇÃO DO DUCTO PANCREÁTICO Sugere uma massa obstrutiva. A imagem é dada por uma parada abrupta de ducto associada a atrofia distal do parênquima. SINAL DO DUPLO CANO Trata-se de uma amputação abrupta de colédoco e ducto pancreático. Todo tumor de região periampular pode dar o sinal de duplo cano. São eles: a. Adenocarcinoma da mucosa do duodeno; b. Adenocarcinoma Pancreático; c. Colangiocarcinoma. LESÕES CÍSTICAS Existem as lesões serosas (lesão feia), que são benignas e as lesões mucinosas (lesão bonitinha) que são lesões pré- malignas. E as lesões que são da paciente jovem. As lesões serosas que são benignas possuem uma cicatriz central, é prevalente em idosas. As lesões mucinosas são mais organizadas e atingem mulheres adultas de 40-50 anos. Lesões acima de 2 cm, são de indicação cirúrgica. Neoplasia Mucinosa IntraductalPapilar (IPNM), é a lesão mucinosa que cresce dentro do ducto pancreático. Ducto pancreático dilatado, com presença de tumores mucionosos, produtor de mucina, que é drenado na papila. Pode haver obstrução de ducto pancreático. A mucina na papila pode ser visualizada por endoscopia. Acomete homens e mulheres, porém mais idosos. NEOPLASIA PSEUDOPAPILAR SÓLIDO CÍSTICA Neoplasia da mulher jovem, abaixo de 30 anos. Geralmente é a paciente jovem com lesão em pâncreas de aspecto heterogêneo. Pode acometer crianças também. 10. RADIOLOGIA TORÁCICA NAS DOENÇAS VASCULARES: Para analisarmos as imagens patológicas devemos saber bem visualizar a imagem de um tórax normal, como esse. Hilos pulmonares, o esquerdo é mais alto do que o direito. Nem todo nódulo visualizado em imagem, é sinônimo de tumor pulmonar ou neoplasia. Algumas vezes se tratam de pseudo- nodulos ou pseudotumores, também conhecidos como FAV pulmonar. FAV PULMONAR Associada a síndrome de Rendu- Osler-Weber (Telangiectasia Hereditária Hemorrágica THH). Pode ter FAV cerebrais, medulares, pulmonares e viscerais. Devemos tomar cuidado com esses pseudo-nodulos para que não seja feita biopsia. Pois poderia causar uma hemorragia fatal ao paciente, se for FAV. SÍNDROME DE RENDU-OSLER- WEBER (THH): É uma comunicação entre artéria e veia, que tem uma ectasia, que desvia o sangue que irriga o parênquima. Não deveria existir, deveria chegar sangue através da artéria e essa jogar o sangue no parênquima, o parênquima por sua vez aproveitar o que lhe for benéfico e jogar o residual na veia. É um defeito no remodelamento do capilar venoso (endoglin). Trata- se de uma doença hereditária, do cromossomo 9, subtipo do cromossomo 12. O diagnóstico é clínico. Pede-se para o paciente colocar a língua para fora, se houver telangiectasia (pontos vermelhos) em língua e nas unhas com telangiectasias (pontos vermelhos), pode ser dar diagnóstico. Pode ter más- formações micro arteriovenosas cerebrais. Pode ter sangramento nasal (epistaxes). Cefaleia, déficit, convulsão e etc. Se existirem outras fistulas no paciente, a pulmonar deverá ser tratada preferencialmente antes, por ser de maior risco. O que caracteriza uma FAV é um vaso indo e outro voltando. O fechamento de uma fistula é feito em embolização de FAV com uso de mola. Antes de se fazer qualquer biopsia de um paciente com nódulo aparentemente sólido, se solicita uma tomografia com contraste. Conseguimos visualizar de em Angiografia e Angiotomografia um enovelado de vasos, em conjunto com os sinais podemos dar o diagnóstico clínico. MASSA TORÁCICA Devemos tomar cuidado em todo exame que se suspeita de nódulos e massa torácica, para isso SEMPRE solicitar tomografia com contraste. Em alguns casos essa massa pode ser um aneurisma de aorta por exemplo. ANEURISMA DA AORTA TORÁCICA Dilatação do vaso sem rompimento. Pode ser dado de duas formas: 1. Sacular – de uma parede; 2. Fusiforme – das duas paredes. DISSECÇÃO DA AORTA TORÁCICA Presença de um fluxo sanguíneo que rompe a camada endotelial e corre em meio a camada muscular. De acordo com essa classificação de Stanford, o melhor prognóstico é o tipo B, pois não acomete as artérias coronárias como no tipo A e não atinge os ramos cervicais, principalmente as artérias subclávias que irão irrigar o encéfalo. Ou seja, o pior prognostico é dado na dissecção de Aorta do tipo A. Na classificação de DeBakey, tipo I e II. Na dissecção de aorta, a luz verdadeira sempre tem contraste mais vivo, diferentemente da luz da falsa, que tem contraste menor e fluxo mais lentificado. A maior luz nessa imagem é a falsa, tem contraste menos intenso e fluxo reduzido. A luz falsa geralmente comprime a verdadeira e não dilata muito o vaso, como o aneurisma, é mais sutil. Nessa dissecção podemos visualizar que se trata de uma dissecção do tipo A, pois pega a raiz e pega o tronco, ela é do tipo IA, pois pega indo e voltando. BÓCIO DE TIREOIDE “MERGULHANTE” Traqueia desviada pela presença de um bócio de tireoide. Pode ser operada por questões estéticas, ou por prejuízo de fluxo de via aérea, que esteja dificultando a respiração do paciente. Pode apresentar calcificações em seu interior. É mais uma forma de diferenciar massas em tórax, que não são necessariamente neoplasias pulmonares, essa por exemplo não é maligna e tem localização em tireoide. VEIA CAVA SUPERIOR PERSISTENTE Na vida embrionária, nós temos duas veias cavas, sendo que uma regride. Porém, em alguns pacientes, essa regressão não ocorre e permanecem as duas, ainda na vida adulta. Não se trata de uma patologia, apenas uma variação anatômica que não irá causar prejuízos a esse paciente. AORTA TORÁCICA Na vida embrionária se tem os arcos embrionários, que somem para dar a conformação normal na criança e no adulto. Entretanto, termos o arco aórtico descendo a direita, não configura uma anomalia e sim uma variação anatômica fisiológica. Isso não irá gerar maiores implicações ao paciente. Nesse caso o botão aórtico esta situado a direita do paciente. Pode acontecer de existirem dois arcos aórticos. Duplo arco aórtico e não ser maléfico ao paciente. Caso seja visualizado um arco aórtico a esquerda e outra massa a direita, é mandatório fazer um pedido de tomografia com contraste. Dessa forma, não se pode biopsiar, sem que antes seja feita essa Tc com contraste. É básico e pode salvar a vida do paciente, que por ventura venha a fazer biopsia de aorta e venha a óbito por essa negligencia. ARCO AÓRTICO COM DIVERTÍCULO DE KOMMERELL O divertículo de Kommerell é uma estrutura vascular importante, que por dilatação causa sintomas de disfagia, dispnéia, estridor, dor torácica, enfisema e pneumonia. Raramente, a ASE pode se originar deste divertículo, causando ausência de pulso com a posição supina do braço. Pelas recorrências de sintomas após a simples secção do ligamento arterioso, sugere-se que todos sejam corrigidos e recebam reimplante primário da artéria subclávia, sempre que apresentem diâmetro superior a 50 mm. COARCTAÇÃO DA AORTA Nada mais é do que um estreitamento (estenose) da artéria. Sinais que demostram a coarctação da aorta, ausência do botão aórtico, sinal de Roesler (corrosão subcostal). O paciente quando faz esforços começa a sentir dor por falta de suprimento sanguíneo abaixo da estenose. Principalmente em MMII, dormência. Acomete jovens, geralmente na adolescência onde os sintomas começam a se manifestar, por terem mais necessidade de fluxo sanguíneo. É rara, mas pode estar associada a aneurisma cerebral. Quem tem coarctação da aorta, deve controlar PA e tabagismo. SEQUESTRO BRONCO-PULMONAR Segmento pulmonar isolado por pleura e circulação sistêmica isolada. Pode ser uma falha da embriogênese na divisão dos segmentos pulmonares. Pode causar hemoptise, pneumonia de repetição. O diagnóstico é dado quando se vê uma área como se fosse uma nodulação em radiografia e na tomografia se apresenta com uma artéria própria. O tratamento é cirúrgico. Geralmente as imagens radiográficas sugerem imagem triangular. O pulmão se apresenta maior que o normal, como se estivesse com enfisema pulmonar, aumentado e alongado. TEP/TVP Em algumas neoplasias assintomáticas, a trombose pode ser o sinal mais frequente e verdadeiro de doença neoplásica. Sinal de Palla, é um sinal radiológico que mostra o aumento da Artéria Pulmonar direita, sinal de TVP. Geralmente associadoa sinais clínicos, como dispneia pós procedimento cirúrgico, uso de ACO, gravidez ou tempo puerpério, e etc. Onde o trombo se aloja, ele impede a passagem de sangue, ou seja, não recebe irrigação, mas o ar continua passando pelos poros de Kohn, que são poros dos alvéolos que permitem a comunicação um com os outros. Existe também os canais de Lambert, que são entre os bronquíolos e alvéolos, que permitem a passagem de ar. Caso a região não receba sangue por obstrução por trombo, ela irá receber a ventilação normal por 3 a 5 horas após a oclusão, demonstrada pelo sinal de Westermark, onde apresenta uma região sem fluxo sanguíneo, sem a trama aérea ser evidenciada por obstrução, mas com insuflação normal. Se não sofrer uma intervenção rápida, que seja por heparinização ou radiologia intervencionista, pode aparecer outro sinal, que é a Corcova de Hampton, uma opacidade com base pleural e vértice voltado para o hilo, formando um triangulo, consequentemente uma área infartada. Ocorre cerca de 12 a 36 horas após o início dos sintomas e indicam infarto pulmonar. Para todos os pacientes deve-se pedir Angiotomografia, para visualização de trombo e heparinizar. Sempre pedir marcadores tumorais também. Pacientes que não podem fazer contraste, fazer AngioRM. Tratamento percutâneo no TEV é fragmentação de tombos via hemodinâmica, permitindo maior superfície de contato, entre trombo e trombolítico. Utiliza-se um balão ou cateter pig tail para puxar o trombo. Angiojet (liquidifica o trombo). Trombectomia por radiologia intervencionista. FILTRO DE VEIA CAVA INFERIOR É utilizado quando o paciente tem contraindicação a fazer anticoagulação, risco hemorrágico ou ainda em uso de anticoagulante em altas doses sobe trombo para o pulmão. Serve para segurar o trombo e impedir maiores complicações. 11. ABDOME AGUDO NÃO TRAUMÁTICO: Radiografia simples de abdome normal, não exclui nada. Somente 10% das radiografias revelam os achados da causa da dor. Por essa razão, devemos pedir, radiografia de abdome em ortostase, supino e radiografia de tórax. A USG, é um método excelente, de rápido, baixo custo e sem radiação ionizante. A tomografia computadorizada é a que melhor visualiza, é o método de escolha para varias causas de abdome agudo. Entretanto, não deve expor o paciente a radiação se for visualizado em USG, por exemplo. A ressonância magnética é de maior custo, exame demorado e de maior colaboração do paciente. É utilizada quando há impossibilidade de realizar contraste iodado na TC. Ótima para colangiorressonância. A TC não será utilizada na gravida de primeiro trimestre, mas pode ser utilizada RNM. A mesma coisa acontece em pacientes que não podem utilizar contraste por risco de IRA, ou toxicidade. CAUSAS RENAIS 1. CÓLICA NEFRÉTICA: suspeita de cálculo renal (urolitíase) dor em flanco aguda, deve-se pedir tomografia sem contraste. Se surgir duvida após esse exame sem contraste, pode-se pedir para repetir o exame com contraste. Geralmente, os cálculos se alojam na junção ureteropélvica, em topografia de vasos ilíacos ou na junção ureterovesical. Na TC, conseguiremos avaliar a localização do cálculo, o tamanho, a densidade e a estrutura interna dele. Podemos ainda avaliar achados secundários como Hidronefrose, densificação de gordura perinefrética. A passagem espontânea é dada de acordo com o tamanho: < 4mm = 80% 4 – 6 mm = 50% >8mm = 20%, elevadas chances de impactar. Complicações: obstrução, infecção, abscesso e insuficiência renal. Na Radiografia, nem todos os cálculos são visíveis, dependendo de vários fatores como, composição, localização, tamanho, biotipo e conteúdo intestinal sobreposto. As vezes podemos visualizar calcificações vasculares e acharmos que são cálculos. Flebólitos e calcificações vasculares. A radiografia consegue ter sensibilidade de 72% para cálculos grandes, acima de 5mm e apenas 29% para cálculos de outros tamanhos. Na USG, se consegue visualizar bem os cálculos que estão nos rins, pois eles fazem sombras. É 100% sensível e 90% especifica para o diagnostico de obstrução ureteral diante de dor aguda no flanco. Os achados são: hidronefrose, ureterectasia e líquido perinefrético. PIELONEFRITE É a infecção aguda do parênquima renal. Diagnóstico é clínico e laboratorial. Não há necessidade de imagem para se dar o diagnóstico. A via ascendente é a via mais comum da disseminação infecciosa, porém pode ter disseminação por via hematogênica. Os exames de imagem são solicitados em caso de suspeita/diagnóstico de ITU com complicações ou ITU recorrente. Em pediatria principalmente, investigar fatores predisponentes de anatomia e etc. Em paciente com pielonefrite não complicada vamos visualizar um rim com aspecto estriado, por conta do edema. Como nessa imagem: Já nessas imagens podemos visualizar pielonefrites complicadas, com produção de gás e edemaciadas. As complicações da pielonefrite podem causar abscesso renal como na imagem abaixo: Lembrar que se não tiver acesso a Tomografia com contraste, é o exame de escolha, deve-se utilizar radiografia associada ao ultrassom. CAUSAS ESPLÊNICAS O infarto esplênico é visualizado com imagens triangulares ou não. Causa dor, náusea, vomito e febre. O exame físico é inespecífico. Geralmente a apresentação é autolimitada. As principais complicações são: abscesso, rotura e hemorragia. O exame de eleição é a TC com contraste. A imagem pode ser inespecífica. É diagnóstico diferencial de infarto, cisto e tumores. Pode apresentar gás e nível hidro- aéreo. USG menos sensível e inespecífica. APENDICITE AGUDA É a principal causa de abdome agudo. USG é o método inicial, para crianças, gestantes e mulheres em idade reprodutiva e jovens magros. Se apresenta com a parede espessada, com diâmetro espessado > 7mm e geralmente se apresenta com o padrão radiológico em alvo. O apêndice precisa ser visualizado para afastar a hipótese de apendicite aguda. A não visualização não afasta apendicite. A tomografia é feita sem contraste, se não conseguir visualizar apêndice, se utiliza o contraste e repete o exame. O apendicolito é o que causa a obstrução do apêndice, visualizado acima. A gordura ao redor inflama junto com apêndice, ela fica borrada, com estrias. Na Usg, não realizar se distensão intestinal e obesidade. Na apendicite, o apêndice não é compressível. ADENITE MESENTÉRICA Inflamação dos linfonodos mesentéricos. Trata-se da gordura inflamada. a. Primária: ileíte como causa de adenite; autolimitada, se resolve sozinha, ou em alguns casos pontuais precisa de antibiótico. b. Secundária: Crohn, colite, infecciosa, RCUI, lúpus, diverticulite cólon ascendente. O diagnóstico é radiológico e o diagnóstico diferencial é apendicite. O quadro clínico é o mesmo. Já na Adenite, se dá diagnóstico se tiver mais de 3 gânglios aumentados e apêndice normal, depressível a compressão e sem estar espessado. No caso de se visualizar apenas os gânglios aumentados, sem visualização do apêndice, deve- se pedir TC, para que essa esclareça se há apendicite ou não, ou se o diagnóstico é Adenite mesentérica. APENDAGITE EPIPLÓICA Pode causar dor do lado esquerdo ou direito e até no abdome superior. São apêndices Epiploicos que saem da borda do cólon. Esses apêndices podem torcer, isquemiar ou infartar. Produzindo dor aguda/subaguda localizada. O diagnóstico é radiológico e o tratamento é clínico. Há uma bolinha de gordura ovalada de parede espessada,
Compartilhar