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Rafael Venâncio de Souza 
 
➢ Profilaxia Pós-Exposição (PEP) 
 
1. Introdução 
- a PEP consiste no uso de medicamentos para prevenir a transmissão do HIV em até 72 horas após a exposição de risco 
- a PEP para HIV está disponível no sistema único de saúde (SUS) desde 1999, sendo que atualmente é recomendada para além da violência sexual e 
acidente ocupacional, visando ampliar o uso da PEP também para exposições sexuais CONSENTIDAS que representem risco de infecção 
- é uma tecnologia inserida no conjunto de estratégias da Prevenção Combinada, cujo principal objetivo é ampliar as formas de intervenção para evitar 
novas infecções pelo HIV 
2. Avaliação Inicial para a PEP 
 
→ Tipo de Material Biológico 
- existem materiais biológicos sabidamente infectantes e envolvidos na transmissão do HIV, logo a exposição a esses materiais constitui situação na qual a 
PEP está recomendada 
 
 
 
 
Rafael Venâncio de Souza 
 
→ Tipo de Exposição 
 
 
→ Tempo entre Exposição e Atendimento 
- o primeiro atendimento após a exposição ao HIV é uma URGÊNCIA e a PEP deve ser iniciada o mais precocemente possível, tendo como limite as 
72 horas subsequentes a exposição (idealmente nas primeiras 2 horas) 
- nos casos em que o atendimento ocorrer após 72 horas da exposição, não está mais indicada a profilaxia com antirretroviral, porém recomenda-se: 
① verificar se há indicação de PrEP – p.ex. pessoas com histórico de múltiplos usos de PEP ② oferecer testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C 
três meses após a exposição ③ orientar vacinações para HPV e hepatites virais A e B ④ diagnosticar e tratar ISTs e hepatites virais, quando presentes 
⑤ orientar sexo seguro 
→ Status Sorológico da Pessoa Exposta 
- a indicação ou não de PEP irá depender do status sorológico para HIV da pessoa exposta, que deve sempre ser avaliado por meio de testes rápidos (TR) 
em situações de exposições consideradas de risco 
- a PEP está indicada para a pessoa exposta que apresentar teste rápido negativo 
→ Status Sorológico da Pessoa Fonte 
- na maioria das vezes não é possível, uma vez que o parceiro pode ser desconhecido, pode ser acidente com material em caixa de descarte etc 
- caso o teste rápido da pessoa-fonte seja negativo, a PEP não está indicada – a PEP poderá ser indicada para a pessoa exposta quando a pessoa-fonte 
tiver história de exposição de risco nos últimos 30 dias, devido a possibilidade de resultados falso-negativos de testes imunológicos de diagnostico (rápidos 
ou laboratoriais) durante o PERÍODO DE JANELA IMUNOLÓGICA 
- caso o teste rápido da pessoa-fonte seja positivo, a PEP está indicada para a pessoa exposta 
- caso a pessoa-fonte seja desconhecida, deve-se avaliar caso a caso e considerar a gravidade da exposição e a probabilidade clínica e epidemiológica de 
infecção pelo HIV naquela exposição 
OBS: não se deve atrasar e nem condicionar o atendimento da pessoa exposta à presença da pessoa-fonte 
 
Rafael Venâncio de Souza 
 
 
 
 
Rafael Venâncio de Souza 
 
3. Esquema Antirretroviral 
- o esquema antirretroviral preferencial indicado para homens e mulheres deve ser: 1 comprimido coformulado de Tenofovir/Lamivudina (TDF/3TC) 
300mg/300mg + 1 comprimido de Dolutegravir (DTG) 50mg ao dia, com duração de 28 dias 
- a pessoa que está no processo de tentar engravidar, atraso menstrual e presença de sinais e sintomas de gravidez (com risco de já ter concebido) NÃO 
pode usar Dolutegravir e deve iniciar a PEP com Tenofovir/Lamivudina + Atazanavir/Ritonavir 
- a pessoa que usa método contraceptivo, não pretende iniciar o processo de engravidar, realizou método contraceptivo definitivo (ex.: laqueadura 
tubaria) ou que tenha outras condições biológicas que impeçam a ocorrência de uma gestação pode iniciar a PEP com Tenofovir/Lamivudina + Dolutegravir 
- para GESTANTES, independentemente da forma de exposição, o esquema preferencial deve ser composto com Dolutegravir a partir da 12a semana de 
gestação e o esquema preferencial de PEP em gestantes com idade gestacional menor ou igual a 12 semanas deve ser composto pela combinação de 
Tenofovir/Lamivudina + Atazanavir/Ritonavir 
4. Seguimento 
- todas as pessoas potencialmente expostas ao HIV devem ser orientadas sobre a necessidade de repetir a testagem 4-6 semanas + 12 semanas após a 
exposição, mesmo depois de completada a PEP 
- durante o acompanhamento, a pessoa exposta deve ser orientada a manter medidas de prevenção a infecção pelo HIV, como o uso de preservativos em 
todas as relações sexuais e o não compartilhamento de seringas e agulhas nos casos de uso de drogas injetáveis, além da contraindicação de doação de 
sangue, órgãos, tecidos ou sêmen 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafael Venâncio de Souza 
 
➢ Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) 
 
1. Introdução 
- a PrEP consiste no uso de antirretrovirais (ARV) de forma contínua para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV 
- no estudo iPrEx, que avaliou a PrEP oral diária em homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres trans, houve redução de 44% no risco de 
aquisição de HIV com o uso diário de comprimido único de Entricitabina (FTC) combinada ao fumarato de Tenofovir desoproxila (TDF), e a eficácia da 
profilaxia foi fortemente associada à adesão: em participantes com níveis sanguíneos detectáveis da medicação, a redução da incidência do HIV foi de 
95% 
- a efetividade dessa estratégia está diretamente relacionada ao grau de adesão à profilaxia: o uso diário e regular da medicação é fundamental para a 
proteção contra o HIV 
- deve-se enfatizar que o uso de PrEP NÃO previne as demais ISTs ou hepatites virais, sendo necessário, portanto, orientar a pessoa sobre o uso de 
preservativos 
2. Populações e Contextos Sob Risco Aumentado para Aquisição do HIV 
- estudos realizados no Brasil demonstraram taxas de prevalência de HIV de 4,9% entre mulheres profissionais de sexo; 5,9% entre pessoas que usam 
drogas (exceto álcool e maconha); 10,5% entre gays e HSH e 31,2% entre pessoas trans 
- o simples pertencimento a um desses grupos não é suficiente para caracterizar indivíduos com exposição frequente ao HIV 
- para essa caracterização é necessário observar as práticas sexuais, as parcerias sexuais e os contextos específicos associados a um maior risco de 
infecção, devendo também ser considerados outros indicativos, tais como: ① repetição de práticas sexuais anais e/ou vaginais com penetração sem o 
uso de preservativo ② frequência das relações sexuais com parcerias eventuais ③ quantidade e diversidade de parcerias sexuais ④ histórico de 
episódios de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) ⑤ busca repetida por Profilaxia Pós-Exposição (PEP) ⑥ contextos de troca de sexo por 
dinheiro, objetos de valor, drogas, moradia, etc 
 
3. Esquema Antirretroviral 
- combinação de Tenofovir associado a Entricitabina, em dose fixa combinada TDF/FTC 300/200mg, um comprimido por dia, via oral, em uso continuo 
- dados sugerem que, para relações anais, são necessários cerca de 7 (sete) dias de uso de PrEP para alcançar a proteção, enquanto que para relações 
vaginais, são necessários aproximadamente 20 (vinte) dias de uso, logo é necessário orientar o usuário sobre a necessidade de uso do preservativo de 
barreira e/ou outros métodos de prevenção durante esse período 
 
 
 
 
 
 
 
Rafael Venâncio de Souza 
 
➢ Gestantes 
 
1. Introdução 
- o risco de transmissão vertical do HIV é determinado pela CV-HIV materna, pelo uso de TARV durante a gestação e pela relação entre o tempo de uso 
de TARV efetiva e o parto 
- a supressão da CV-HIV é um fator determinante na redução da transmissão vertical 
- o uso de TARV durante a gravidez reduz a taxa de transmissão vertical do HIV de aproximadamente 30% para menos de 1%, quando se alcança a 
supressão da CV-HIV materna 
2. Diagnóstico da Gestante 
- a gestante deve ser orientada sobre a importância da testagem no pré-natal e os benefíciosdo diagnóstico precoce, tanto para o controle da infecção 
materna quanto para a prevenção da transmissão vertical 
- a testagem para HIV deve ser realizada no primeiro trimestre, idealmente na primeira consulta do pré-natal, no início do terceiro trimestre de gestação 
e na admissão da mulher na maternidade, hospital ou casa de parto, devendo ser ofertada, nessa ocasião, a testagem combinada para HIV, sífilis e 
hepatite B (caso a gestante não tenha o esquema vacinal completo) 
- a testagem pode ainda ser feita em qualquer outro momento em que haja exposição de risco ou violência sexual 
 
3. Terapia Antirretroviral 
- a TARV está indicada para toda gestante infectada pelo HIV, independentemente de critérios clínicos e imunológicos, e não deverá ser suspensa após o 
parto, independentemente do nível de LT-CD4+ no momento do início do tratamento 
- A TARV poderá ser iniciada na gestante antes mesmo de se terem os resultados dos exames de LT-CD4+, CV-HIV e genotipagem – principalmente nos 
casos de gestantes que iniciam tardiamente o acompanhamento pré-natal –, com o OBJETIVO DE ALCANÇAR A SUPRESSÃO VIRAL O MAIS RAPIDAMENTE 
POSSÍVEL 
4. Manejo da Parturiente e do Recém Nascido 
 
Rafael Venâncio de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
Rafael Venâncio de Souza

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