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Maturação e ativação dos Linfócitos T

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Imunologia Aplicada À Medicina Luiza Marinho Motta Santa Rosa – 73 A (2021/1) 
 
 
 
 
 
Caso clínico – mutação RAG 1 [Geier CB, et al. 
(2015) PLOS ONE 10(7): e0133220]. 
Sinais de alerta imunodeficiência primária: 
1. Duas ou mais pneumonias no último ano; 
2. Quatro ou mais novas otites no último ano; 
3. Estomatites de repetição ou monilíase por 
mais de dois meses; 
4. Abcessos de repetição; 
5. Dois ou mais episódios de infecção 
sistêmica grave (meningite, osteoartrite e 
sepse); 
6. Dois ou mais episódios de sinusopatia no 
último ano; 
7. Uso de antibiótico por dois meses ou mais, 
com pouca resposta; 
8. Nas crianças, falência em ganhar peso ou 
crescer normalmente; 
9. Necessidade de antibioticoterapia 
endovenosa para melhora clínica; 
10. História familiar de imunodeficiência 
primária. 
Investigação laboratorial para IDP obrigatória na 
presença de 1 ou +. 
Descobrir sua causa para saber melhor intervenção. 
 
Linfócitos 
o Formação na MO (LB) e timo (LT). Saem 
com seus receptores formados para órgãos 
linfoides periféricos. 
B e T possuem estágios de maturação idênticos, 
diferença de local e receptor formado. 
 
Maduro = maturação completa, receptor formado e 
repertório selecionado. Naive! 
 
Eventos na maturação 
Comprometimento de células progenitoras → 
linhagem linfoide B ou T (pró-linfócito) 
Proliferação de progenitoras e células imaturas → 
grande repertório e reservatório útil. 
Rearranjo dos genes dos receptores 
o Seleção → receptores funcionais, não 
reagentes ao próprio; 
o Diferenciação em subpopulações 
funcionais → fenótipo distinto (Ex: LT – 
CD4 e CD8). 
 
Origem a partir de células tronco multipotentes 
Subpopulações LB: B circulantes (foliculares); B 
Zona Marginal e B-1. 
 
 
*Célula Linfoide Inata (ILC) já discutida. 
 
Maturação e 
ativação dos LT 
Imunologia Aplicada À Medicina Luiza Marinho Motta Santa Rosa – 73 A (2021/1) 
 
Pró-T originado do mesmo precursor, dividido em: 
o LT αβ = maioria (CD4 e CD8), CTH 
medula 
o LT γδ= principalmente na mucosa, pequena 
porção circulante. CTH fígado fetal. Papel 
secundário. 
 
→ Formação do BCR e TCR: 
BCR – Estrutura igual ao anticorpo (CL, CP, VL, VH) 
diferença é estar ancorado na membrana. 
TCR – Cadeia alfa e beta. 
 
Pré-linfócito 
Formação de pré-receptor nessa fase → enviam 
sinais de sobrevivência à célula (indicar que etapa 
foi adequada e pode haver continuação). Apoptose 
em caso de ausência deles. 
Cadeia formada permanece até o final e outra 
posteriormente substituída (provisória). 
o Pré BCR: cadeia pesada (Mu – IgM) 
o Pré-TCR: cadeia beta 
 
Linfócito imaturo 
Formação da cadeia que falta. Receptor formado 
com suas duas cadeias. 
Sinal de sobrevivência (cada etapa tem o seu para 
permitir continuidade) relacionado ao 
reconhecimento desse receptor, sinal de repertório 
– apresentação de antígenos próprios. 
Seleção positiva → fraco reconhecimento ao 
antígeno (BCR). 
o LT: reconhecimento do MHC próprio 
(interação com complexo MHC + peptídeo) 
o LT: reconhecimento do MHC adequado 
(MHC I/CD8 e MHC II/CD4) 
*Morte por negligência se não for capaz de 
interagir com MHC próprio, apoptose. 
Seleção negativa → forte ligação ao antígeno 
próprio – deleção clonal. 
o LB: edição do receptor e deleção clonal 
(testado novamente). 
Tolerância central: seleção torna tolerantes ao 
próprio nos órgãos geradores. 
 
Pontos de controle na maturação dos linfócitos: 
- Formação do pré-receptor → apoptose se falha 
ou ausente. 
- Seleção pelo repertório → fraco reconhecimento 
ao próprio. 
 
Rearranjo dos genes de receptores de antígenos 
Recombinação V(D)J = especial, ocorre 
apenas para linfócitos. 
V → variabilidade; D → diversidade; J → junção. 
Organização das linhagens germinativas nos lócus 
das Ig (BCR) e TCR são fundamentalmente 
semelhantes (diferença nos segmentos). 
BCR - VDJ na região variável da cadeia pesada (1ª 
formada), apenas VJ na leve. 
TCR - VDJ na região variável da cadeia beta (1ª 
formada), apenas VJ na alfa. 
 
Algumas possibilidades para cada um, V, D e J. 
o Seleção aleatória entre elas, recombinação 
somática. Formação dos receptores ocorre 
na região variável por conta dela (órgãos 
linfoides geradores). Inserção de 
nucleotídeos aumenta ainda mais o 
repertório. 
→ Geração da diversidade nas células B e T 
Combinações aleatórias, diferentes receptores BCR 
e TCR para diferentes combinações. 
Limite teórico enorme, excluindo possibilidades 
que reconhecer antígeno próprio, diversidade real 
entre 107 e 109 clones diferentes de LB e LT. 
 
Sinais de reconhecimento que conduzem V(D)J 
Proteínas linfócito-específicas para mediar 
recombinação, reconhecem sequências de DNA. 
Chamadas de sequências sinal de recombinação 
(RSSs). 
Imunologia Aplicada À Medicina Luiza Marinho Motta Santa Rosa – 73 A (2021/1) 
 
RSSs = sequências conservadas de 7 ou 9 
nucleotídeos + espaçadores de 12 (1 volta) ou 23 (2 
voltas hélice DNA) nucleotídeos não conservados. 
Regra 12/23: espaçador deve ser diferente entre 
regiões. Nunca há combinação de regiões iguais. 
Ex: na cadeia kappa sempre será 12 em V, 
combinada com outra de 23. Na lambda toda V tem 
23. 
o RSS é aproximada de 7 nucleotídeos, 
seguindo a regra para pegar uma V e uma 
J. Escolhida uma região de cada VJ e 
restante deletado. Combinação em formato 
de alça ou inversão. 
 
Em caso de recombinação VDJ (em cadeias que se 
formam primeiro = pesada e beta): 
1 → recombinação D com J 
2 → recombinação V com DJ 
 
Enzimas 
Enzimas RAG1 e RAG2 – recombinase V(D)J que 
promovem clivagem e formação de grampos. 
Restante do DNA é descartado, apenas linfócitos! 
Artemis – endonuclease de abertura dos grampos 
para processamento da extremidade e união das 
regiões. 
DNA PK – enzima de reparo do DNA e ativação da 
Artemis. 
TdT – adição de nucleotídeos. 
 
TCR: Cadeias alfa [VJ] e beta [V(D)J] 
 
Após recombinação na ordem indicada há 
transcrição e processamento da cadeia. 
 
Duplo-positiva 
o TCR formado, porém com CD4 e CD8 no 
momento. 
Complexo TCR (αβ) é o mesmo para todos os 
linfócitos = molécula TCR, 2 moléculas CD3 e 
cadeia zeta. Única diferença é a região variável, 
quem reconhece. 
Esses componentes servem pelo motivo de 
ativação à base de tirosina do imunorreceptor 
(ITAM) → indicam cascata de ativação. 
 
Positiva simples 
Ocorre na seleção do repertório, positiva. 
Ao interagir com MHC I → continua expressando 
CD8 e para CD4. 
Ao interagir com MHC II → mantém CD4 e deixa 
de expressar CD8. 
*Formação também de linfócito T regulatório no 
timo, seleção ainda não é completamente 
esclarecida. Há interação com próprio, é CD4. 
 
Ativação da célula T 
o Imaturo (naive) = ainda não encontrou 
antígeno estranho. 
Quando vai para órgão linfoide periférico já está 
formado. Circula pelos linfonodos até encontrar 
antígeno específico a que foi destinado → tornam-
se células efetoras e migram para local da infecção, 
eliminação do patógeno. 
 
Ocorre expansão clonal, proliferação e 
diferenciação para cumprir seu papel: 
CD4 – ativação de macrófagos, células B, outras 
células, inflamação (produz citocinas); 
CD8 – killing de células infectadas; ativação de 
macrófagos (pela produção de citocinas, mas não 
auxilia). 
Imunologia Aplicada À Medicina Luiza Marinho Motta Santa Rosa – 73 A (2021/1) 
 
Função de coestimuladores na ativação 
1º sinal não é suficiente, apenas ele = não 
responsiva ou tolerante (anérgica). Identifica 
antígeno, não necessidade de combatê-lo. 
2º sinal: interação do B7 na APC com o CD28 no 
LT (nada de peptídeo). Sozinha não tem efeito 
algum.Efeitos funcionais distintos pela coestimulação 
 
Uma vez efetoras podem responder às células-alvo 
sem coestimulação. Interação TCR-MHC 
permanece. 
------------------------------------------------------------- 
Principais membros das famílias B7 e CD28 
CD28: coestimulação, constitutivo. 
CTLA-4: regulação, induzíveis. Célula passa a 
expressar mais para evitar resposta imune 
exacerbada. 
ICOS: pouco utilizado na clínica. 
PD-1: regulação negativa da célula T, ligante 
diferente. Presente em células tumorais, impedem 
sua morte. É bloqueado para que resposta continue 
ativa por mais tempo. 
 
3º sinal para promover diferenciação: citocinas 
Entender o que ocorre para saber pontos de 
intervenção. 
 
CD40 
Amplifica indiretamente resposta LT 
Pode induzir sinal para aumentar expressão de 
ligante de CD40, presente LT. 
APC tem CD40 - ligação aumenta expressão de B7. 
o Sozinho não é coestimulador! 
Célula ativada aumenta produção de IL-2 (citocina 
importante para proliferação) e expressão de seu 
receptor. 
Ações IL-2: 
o Proliferação e diferenciação de células T 
efetoras e de memória; 
o Proliferação e manutenção das células T 
reguladoras. 
 
Imunodeficiências primárias podem se relacionar a 
problemas em qualquer fase da formação dos 
receptores.

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