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SARA PRADO RAMOS 8° Período O que é a síndrome de transfusão feto-fetal? A principal manifestação clínica da STFF materna decorre da distensão uterina excessiva, entretanto, comumente, apresenta-se de forma assintomática. A frequente inexistência de alerta clinico para o desenvolvimento de STFF torna as gestações gemelares monocoriônicas de risco e seu rastreamento necessário. A síndrome de transfusão feto-fetal (STFF) e uma das complicações mais graves que pode ocorrer em gestações gemelares Monocoriônicas/Diamniótica onde a placenta é compartilhada entre os fetos, e o sangue passa desproporcionalmente de um bebê para o outro através da conexão de vasos sanguíneos por esta placenta compartilhada. O feto que recebe mais sangue é chamado de “feto receptor” e o feto que doa mais sangue é chamado de “feto doador”. Quais os possíveis riscos para cada um dos fetos? O primeiro grande risco é o crescimento demasiado e precoce do volume uterino levando a afinamento do colo e parto prematuro de bebês extremamente prematuros ou inviáveis. Ademais, o coração do feto receptor sobrecarregado de volume sanguíneo pode começar a apresentar alterações estruturais na válvula e artéria pulmonares com risco de grande gravidade. O desbalanceamento dos volumes sanguíneos circulantes pode levar a alteração da perfusão sanguínea que pode comprometer o adequado desenvolvimento neurológico levando a níveis variados de disfunção neurológica caso os fetos sobrevivam. Em que situação pode ocorrer esta síndrome? A Síndrome da Transfusão Feto-Fetal ocorre em aproximadamente 5 a 20% das gestações monocoriônicas (uma placenta). Sabemos que esta Síndrome é resultado do desequilíbrio no fluxo de sangue entre os dois bebês. Por certo existem anastomoses (ligações vasculares) entre a circulação dos dois bebês existem na superfície da placenta. Em virtude deste desequilíbrio, um dos bebês irá receber mais sangue do que o outro. Dessa maneira um feto é classificado como doador de sangue e o outro como receptor. Além disso ao exame de ultrassom observa-se bebês de tamanhos desproporcionais, onde o doador é normalmente um bebê pequeno (restrição de crescimento) e o receptor um bebê grande. A melhor forma de tratamento é a terapia intrauterina com laser. Referências: RAPOSO, Raysa Nametala Finamore et al. GEMELARIDADE E A SÍNDROME DA TRANSFUSÃO FETO-FETAL. Cadernos da Medicina-UNIFESO, v. 2, n. 3, 2020. REZENDE, THAMYLE MODA DE SANTANA et al. Síndrome da transfusão feto-fetal-experiência de um hospital universitário com tratamento intrauterino. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 48, 2021. GANDOLFI, Fernanda Engel et al. Síndrome de transfusão feto-fetal: uma revisão narrativa. Promoção e proteção da saúde da mulher ATM 2024/2. p. 47-62, 2022.
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