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Revista Discipulando 3 Aluno

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Lições Bíblicas
Discipulando
QUAL O SEGREDO DO INCRÍVEL 
ÊXITO DOS HERÓIS DA FÉ?
Qual o segredo da vida de homens como João Bunyan, 
Martinho Lutero, João Wesley, Carlos Spurgeon, entre 
tantos outros?
Depois de lermos cuidadosamente as biografias de 
alguns dos maiores vultos da Igreja de Cristo, concluímos 
que nunca se pode atribuir o êxito de qualquer deles 
unicamente a seus próprios talentos e força de vontade. 
Certamente um biógrafo que não crê no valor da oração 
nem conhece o poder do Espirito Santo que opera nos 
corações, não mencionaria a oração como sendo o 
verdadeiro mistério da grandeza dos heróis da fé.
Muitos crentes ficam satisfeitos por, apenas, escapar 
da perdição! Eles ignoram "a plenitude da bênção do 
evangelho de Cristo" (Rm 15.29). A vida em abundância 
(Jo 10.10) é muito mais do que ser salvo, como se vê ao 
ler as biografias referidas.
Que o exemplo dos Heróis da Fé nos incite a procurar 
as bênçãos sem medida citadas em Malaquias 3:10!
Orlando Boyer
CB4D
Lições Bíblicas
Discipulando
■ BBE0D0BOSEBEBEDEBH
Comentarista: Alexandre Claudino Coelho
Lição 1
A Bíblia como Regra 
de Fé e Prática
Lição 4 18
Sou Nova Criatura
Lição 2
A Beleza do Perdão
Lição 5
Vencendo a Tentação
Lição 3
Vivendo sem 
Acusação nem 
Condenação
Lição 6
Uma Vida Cheia
do Espírito
28
Vivendo em OraçãoRelacionando-se 
com a Sociedade
Relacionando-se 
com a Igreja Local
Lição 13
Vivendo em
Santidade
Discípulando @
CB4D
EDITORIAL
Caro (a) aluno (a),
A Paz do Senhor Jesus!
A revista Lições Bíblicas Discipulando, 
neste módulo, apresentará treze lições 
que aprofundarão seus conhecimentos a 
respeito da fé cristã, das Escrituras e do 
Senhor Jesus.
Chegou o tempo de viver as verdades 
bíblicas. Por isso, você aprenderá como os 
princípios e conceitos bíblicos impactam e 
transformam sua vida, no dia a dia.
Você tem feito uma bela caminhada de 
aprendizagem e crescimento espiritual 
através do estudo de cada módulo neste 
curso de discipulado.
E, por isso, você não pode parar. Prossiga 
em seus estudos semanais, persista na 
leitura bíblica e na prática da oração e 
você verá o poder de Deus em sua vida.
O estudo da Palavra é o melhor caminho 
para conhecer a Deus. Mantenha o seu 
compromisso com este método de cres­
cimento espiritual e você terá uma vida 
de fé frutífera no Espírito. Que o Senhor 
o (a) fortaleça a cada dia.
Bons Estudos!
CASA PUBLICADORA DAS 
ASSEMBLÉIAS DE DEUS
Av. Brasil, 34.401 - Bangu
Rio de Janeiro - RJ - cep: 21852/002
Tel.: (21) 2406-7373
Presidente da Convenção Geral das
Assembléias de Deus no Brasil
José Wellington Costa Junior
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações
Alexandre Claudino Coelho
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfim
Gerente de Produção
Jarbas Ramires Silva
Gerente Comercial
Cícero da Silva
Gerente da Rede de Lojas
João Batista Guilherme da Silva
Gerente de TI
Rodrigo Sobral Fernandes
Gerente de Comunicação
Leandro Souza da Silva
Chefe do Setor de Arte & Design
Wagner de Almeida
Chefe do Setor de Educação Cristã
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editora
Flavianne Vaz
Revisora
Cristiane Alves
Projeto Gráfico
Leonardo Engel
MEDITAÇÃO
“Toda Escritura divinamente inspi­
rada é proveitosa para ensinar, para 
redarguir, para corrigir, para instruir 
em justiça." (2 Tm 3.16)
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
• SEGUNDA - Salmos 119.9
• TERÇA - 1 João 2.4
• QUARTA - Salmos 119.30
• QUINTA - João 17.14
• SEXTA - João 17.17
• SÁBADO - Salmos 119.59
Lição 1
Estudada em / /
A Bíblia como
Regra de Fé 
e Prática
TEXTO BÍBLICO BASE
Salmos 119.1-7; 14-17
1 - Bem-aventurados os que trilham ca­
minhos retos e andam na lei do SENHOR.
2 - Bem-aventurados os que guardam os 
seus testemunhos e o buscam de todo o 
coração.
3 - E não praticam iniquidade, mas andam 
em seus caminhos.
4 - Tu ordenaste os teus mandamentos, para 
que diligentemente os observássemos.
5 - Tomara que os meus caminhos sejam 
dirigidos de maneira a poder eu observar 
os teus estatutos.
6 - Então, não ficaria confundido, atentan­
do eu para todos os teus mandamentos.
7 - Louvar-te-ei com retidão de coração, 
quando tiver aprendido os teus justos juízos.
14 - Folgo mais com o caminho dos teus 
testemunhos do que com todas as riquezas.
15 - Em teus preceitos meditarei e olharei 
para os teus caminhos.
16 - Alegrar-me-ei nos teus estatutos; não 
me esquecerei da tua palavra.
17 - Faze bem ao teu servo, para que viva 
e observe a tua palavra.
Discipulando Aluno | Terceiro Ciclo 3
INTRODUÇÃO
Todas as pessoas precisam direcionar 
suas vidas por algum conjunto de princí­
pios que lhes sirva de orientação. Esses 
princípios devem ser exteriorizados de 
maneira simples e direta, de forma que a 
sua prática seja algo palpável. Nesta lição, 
veremos como a Palavra de Deus, a Bíblia 
Sagrada, pode nos ajudar, como cristãos, a 
pautar nossas existências de acordo com 
os princípios que o próprio Deus ordenou.
1. A BÍBLIA - UMA PALAVRA
DIVINA E ATUAL
1.1.0 que é a Bíblia Sagrada? A Palavra 
de Deus é a revelação divina ao homem, a 
fim de que este consiga não apenas saber 
a vontade de Deus para ele, mas também 
sobre suas promessas. É a Lei de Deus que 
nos orienta e ensina a forma adequada 
para vivermos bem com Ele, com o nosso 
próximo e conosco mesmos. Lembre-se 
de que Deus revelou sua vontade de forma 
escrita para que pudesse ser lida, consul­
tada, estudada e vivida.
A Bíblia nos mostra que apenas Jesus 
Cristo nos leva a Deus: “Disse-lhe Jesus: 
Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. 
Ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 
14.6). Isso quer dizer que nenhuma pessoa 
pode alegar ser um profeta com alguma 
nova revelação sobre o caminho que nos 
conduz a Deus.
A Bíblia nos mostra que Deus é bom, 
a ponto de buscar àqueles que, por causa 
do pecado, se fizeram seus inimigos, mas 
que por meio de Jesus, podem ser aceitos 
por Deus: “Mas Deus, que é riquíssimo em 
misericórdia, pelo seu muito amor com que 
nos amou, estando nós ainda mortos em 
nossas ofensas, nos vivificou juntamente 
com Cristo (pela graça sois salvos), e nos 
ressuscitou juntamente com ele, e nos fez 
assentar nos lugares celestiais, em Cristo 
Jesus" (Ef 2.4-6). Isso nos mostra que quan­
do aceitamos a Jesus, de inimigos de Deus 
passamos à condição de reconciliados 
com Ele, convidados para ter uma nova 
vida em Deus.
1.2. A atualidade da Palavra de Deus. A 
Bíblia foi escrita por pelo menos 40 autores 
diferentes, em diferentes épocas, lugares, 
situações e posições sociais. Samuel era 
um profeta e juiz; Moisés, um legislador; 
Daniel, um administrador público: Mateus, 
um fiscal da Receita; Lucas era um médico; 
Pedro, um pescador, Com essas diferen­
ças, poderiamos encontrar diferentes 
propósitos e mensagens na Bíblia. Mas 
não é isso que acontece, pois o mesmo 
Espírito de Deus inspirou cada um desses 
autores de tal forma que as Escrituras são 
unânimes em seus assuntos e coerentes 
em sua mensagem.
Em que pese o fato de a Bíblia ter sido 
escrita há mais de dois mil anos, ela man­
tém sua atualidade. Ela vai ao encontro do 
coração humano e lhe conforta, orienta, 
adverte e conduz em todas as situações.
A Palavra de 
Deus... É a Lei 
de Deus que nos 
orienta e ensina a 
forma adequada 
para vivermos bem 
com Ele, com o 
nosso próximo e 
conosco.
IJr.i ipíjl.wtdo Aluno
1.3- A Bíblia é um livro confiável. Di­
versas religiões possuem seus próprios 
livros, mas apenas a Bíblia afirma ser um 
livro inspirado por Deus: “Toda Escritura 
divinamente inspirada é proveitosa para 
ensinar, para redarguir, para corrigir, para 
instruir em justiça” (2 Tm 3,16). Essa decla­
ração traz uma verdade radical às nossas 
vidas, a de que todos os outros livros não 
são inspirados por Deus, ou seja, são frutos 
da imaginação humana ou maligna.
Há muito tempo a Bíblia vem sendo 
alvo de ataques por parte de pessoas 
céticas ou estudiosos que tentam aplicar 
metodologias científicas viciadasà Bíblia, 
como se esta fosse um livro comum. Paulo 
fala que “o homem natural não compreen­
de as coisas do Espirito de Deus, porque 
lhe parecem loucura: e não pode enten­
dê-las, porque elas se discernem espiritu- 
almente” (1 Co 2.14). Por isso, devemos ter 
bastante cautela quando ouvirmos notícias 
que tentam esvaziar o testemunho bíblico. 
Na maioria dos casos, pessoas que dizem 
que há contradições na Bíblia jamais a 
leram, nem podem comprovar realmente 
o que dizem. De nossa parte, devemos 
estudar a Bíblia com um coração aberto 
para ouvir Deus falando conosco, e deixar 
que a Bíblia explique a própria Bíblia.
2. A BÍBLIA ORIENTA NOSSA
VIDA ESPIRITUAL
2.1. A Bíblia é nossa bússola. Uma 
bússola serve para trazer direção a quem 
a consulta. Por ser um livro inspirado por 
Deus, a Bíblia pode nos orientar em todos 
os aspectos de nossa existência. Ela é como 
um manual de instruções de Deus para o 
homem. Como foi Deus que inspirou a es­
crita da Bíblia, Ele garante a sua fidelidade.
Abraham Lincoln disse certa vez: “Es­
tou ultimamente ocupado em ler a Bíblia. 
Tirai o que puderdes deste livro pelo 
raciocínio e o resto pela fé, e, vivereis e 
morrereis um homem melhor". Para que 
possamos tirar sempre o melhor proveito 
da Palavra de Deus, é preciso que a leia­
mos sempre. Um crente não pode deixar 
de meditar em suas palavras, pois apenas 
meditando nela diariamente terá mensa­
gens divinas para sua vida.
2.2. A vida com Deus. Na Bíblia en­
contramos as respostas necessárias para 
uma vida plena em comunhão com Deus. 
Deus é um Deus pessoal, e deseja ter uma 
comunhão com você e eu. Billy Graham, 
o evangelista norteamericano, certa vez, 
comentou: “A Bíblia é confirmada pelo seu 
poder de transformar vidas".
Além disso, a Bíblia tem as soluções 
para os problemas do homem moderno. 
Ela fala sobre o uso do dinheiro, sobre a 
criação de filhos, sobre a vida em comu­
nidade, trabalho, fé e confiança em Deus. 
São muitos assuntos que são abordados 
na Bíblia, e nela encontramos a solução 
de Deus para cada situação.
3. A BÍBLIA ORIENTA A NOS­
SA VIDA EM SOCIEDADE
3.1. A vida com a família. Um dos 
maiores presentes que Deus deu à hu­
manidade é a família. Dentro do projeto 
de Deus, quando uma criança vem ao 
mundo, deve ser recebida por sua família 
para ser protegida, amada, ensinada, para 
honrar seus pais e dar continuidade à sua 
descendência.
Dentro do Projeto de Deus, o homem 
foi criado para ter uma esposa, e a esposa 
para ter um marido, para que sejam fiéis 
um ao outro e para que possam dar bons 
exemplos aos filhos. Dentro do projeto de 
Deus, os filhos devem honrar seus pais e 
apoiá-los na velhice ou quando estiverem 
doentes, Dentro do projeto de Deus, irmãos 
devem aprender a se respeitar de forma 
que aprendam a ser adultos responsáveis 
e de boa convivência na sociedade. E den­
Terceiro Ciclo 5
tro do projeto de Deus, a família deve ser 
o primeiro ambiente no qual as pessoas, 
já na infância, aprendem sobre Deus, para 
poder servi-lo e amá-lo.
Esses são os planos de Deus para as 
famílias, e a Bíblia nos mostra cada um 
deles de forma especial, como um padrão 
para nossa existência.
3.2. A vida no trabalho. Diferente do 
senso comum, a Bíblia nunca considerou 
o trabalho como uma maldição de Deus. 
Antes de pecar, o homem já trabalhava no 
jardim do Éden: “E tomou o SENHOR Deus 
o homem e o pôs no jardim do Éden para 
o lavrar e o guardar” (Gn 2.15). Claro que 
por causa do pecado, o trabalho se tornou 
mais difícil, mas o plano de Deus não foi 
afetado por isso, pois o Altíssimo valoriza 
o trabalho. Há diversos textos na Bíblia 
que condenam a atitude de preguiça ou 
de abandono do trabalho para viver uma 
vida à custa de outras pessoas.
No primeiro século da Era Cristã, a igreja 
em Tessalônica passou por uma situação 
inusitada. Nessa igreja, as pessoas aguar­
davam a volta de Jesus em pouco tempo, 
e alguns crentes daquela igreja decidiram 
que deveríam deixar seus trabalhos e 
empregos para esperar a volta de Jesus. 
Naturalmente, essas pessoas passaram 
a depender da ajuda de outras pessoas 
da igreja, o que deixou o apóstolo Paulo 
preocupado. Ele mesmo esperava a volta 
de Jesus, mas não parou de trabalhar para 
depender da ajuda de outras pessoas. Ele 
fabricava tendas para se manter, e como a 
Bíblia diz, Paulo chegou a receber ajuda fi­
nanceira de igrejas, mas isso não era a regra. 
Por isso, ele escreveu aos tessalonicenses 
que quem não trabalhasse também não 
deveria comer (2 Ts 3,10). Essa ordem do 
apóstolo pode parecer radical, mas reflete 
o plano divino de que o homem e a mulher, 
sejam pessoas produtivas, que valorizem o 
trabalho e não sejam preguiçosos.
3.3. A vida com o próximo. O homem é 
um ser gregário, que precisa conviver com 
outras pessoas. Mas nem sempre essa 
convivência significa compreensão mútua 
entre as pessoas. Deus, por sua Palavra, 
nos ensina a forma como devemos intera­
gir com outras pessoas. Não podemos ser 
arrogantes, iracundos, orgulhosos, menti­
rosos, ladrões, cobiçosos, caluniadores e 
perseguidores.
Há casos em que um relacionamento 
mais próximo com uma pessoa não crente 
pode interferir em nossa comunhão com 
Deus. Paulo aborda esse assunto em 2 
Coríntios 6.14, quando disse: “Não vos 
prendais a um jugo desigual com os infiéis: 
porque que sociedade tem ajustiça com a 
injustiça? E que comunhão tem a luz com 
as trevas?” Paulo ensina que um relacio­
namento com uma pessoa não cristã pode 
comprometer o nosso relacionamento 
com Deus, e por isso tais relacionamentos 
devem ser evitados. É claro que isso não 
abrange as relações em que nos é neces­
sário conviver com pessoas não crentes: 
“Já por carta vos tenho escrito que não vos 
associeis com os que se prostituem; isso 
não quer dizer absolutamente com os de­
vassos deste mundo, ou com os avarentos, 
ou com os roubadores, ou com os idólatras; 
porque então vos seria necessário sair do 
mundo. Mas, agora, escrevi que não vos 
associeis com aquele que, dizendo-se 
irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, 
ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; 
com o tal nem ainda comais” (1 Co 5.9-11).
CONCLUSÃO
A Palavra de Deus traz-nos todos os 
elementos necessários a que orientemos 
nossas vidas de acordo com a vontade de 
Deus. Ela é a nossa bússola, orientando- 
-nos no caminho do Céu. Ela nos dirige 
de tal forma que por meio dela podemos 
ter o equilíbrio necessário em nossa forma 
de viver.
6 Discipulando Aluno
APROFUNDANDO-SE
“Orando enquanto lê a Bíblia. Outra 
maneira de enriquecer a leitura da Bíblia é 
orar enquanto a lé. Leonard LeSourd, esposo 
da falecida Catherine Marshall, descreveu 
como ela orava enquanto lia, de joelhos, 
a Bíblia aberta diante de si. ‘Senhor, qual 
é a tua próxima palavra para Rita?', orava 
Catherine, preocupada com os problemas 
de casamento enfrentados pela amiga. Era 
comum vir à mente um versículo bíblico, 
enquanto mostrava preocupação pelos 
outros e ficava ouvindo Deus falando através 
da Palavra [...].
Antes de começar sua leitura diária da 
Bíblia, peça a Deus que enquanto você a lé, 
possa ouvir em seu coração a voz da Palavra 
mediante seu Santo Espírito. Além de marcar 
versículos, pode ser que você também quei­
ra fazer anotações nas margens da Bíblia, à 
medida que for ouvindo Deus lhe mostrar 
sua vontade para a vida que você leva" 
(BLANKEMBAKER, Francês. Quero Entender 
a Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.15).
3. Por que a Bíblia é como uma bússola?
4. Qual é um dos grandes presentes de 
Deus à humanidade?
5. O que não podemos ser quando nos 
relacionamos com pessoas?
Você Sabia?
VERIFIQUE SEU 
APRENDIZADO
1. O que é a Bíblia Sagrada?
2. O que significa dizer que a Bíblia é um 
livro confiável?
“O significado da palavra grega 
bíblia. Originário do grego, o termo 
bíblia significa ‘livros’ ou coleção de 
pequenos livros’. Atribui-se a João 
Crisóstomo a disseminação do uso 
desse vocábulo para se referir à 
Palavra de Deus. No Ocidente, a pa­
lavra em questão foi introduzida porJerônimo - tradutor da Vulgata - o 
qual, costumeiramente, chamava o 
Sagrado Livro de Biblioteca Divina" 
(LIMA, Elinaldo Renovato; ZIBORDI, 
Ciro Sanches; GILBERTO, Antonio (et 
al). Teologia Sistemática Pentecostal. 
Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.20).
Terceiro Ciclo 7
Lição 2
Estudada em / /
A Beleza 
do Perdão
TEXTO BÍBLICO BASE
Mateus 18.23. 24. 26-31
23 - Por isso, o Reino dos céus pode 
comparar-se a um certo rei que quis fazer 
contas com os seus servos:
24 - E. começando a fazer contas, foi-lhe 
apresentado um que lhe devia dez mil 
talentos.
26 - Então, aquele servo, prostrando-se. o 
reverenciava, dizendo: Senhor, sè generoso 
para comigo, e tudo te pagarei.
27 - Então, o senhor daquele servo, movido 
de intima compaixão, soltou-o e perdoou- 
-Ihe a divida.
28 - Saindo, porém, aquele servo, encon­
trou um dos seus conservos que lhe devia 
cem dinheiros e. lançando mão dele, sufo- 
cava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.
29 - Então, o seu companheiro, prostran­
do-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê 
generoso para comigo, e tudo te pagarei.
30 - Ele, porém, não quis: antes, foi encer- 
rá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
31 - Vendo, pois, os seus conservos o que 
acontecia, contristaram-se muito e foram 
declarar ao seu senhor tudo o que se 
passara.
MEDITAÇÃO
“Mas contigo está o perdão, para 
que sejas temido." (Sl 130.4)
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
•SEGUNDA-Daniel 9.9
• TERÇA - Atos 2.38
• QUARTA - Marcos 11.25
• QUINTA - Lucas 5 21
• SEXTA - Jeremias 33.7,8
• SÁBADO - Isaías 55.7
8 Discipulando Aluno | Terceiro Ciclo
INTRODUÇÃO
O perdão é um dos mandamentos 
mais importantes aos seguidores de nosso 
Senhor Jesus Cristo. Por meio do perdão, 
Deus fez com que aqueles que creem em 
Jesus como seu Salvador se aproximas­
sem do Todo-Poderoso sem receios, visto 
que os seus pecados foram apagados. Mas 
o que é realmente o perdão? Quais são 
as suas consequências em nossas vidas, 
tanto em relação a Deus quanto para com 
as pessoas que nos cercam? É isso que 
veremos nesta lição.
1-0 QUE É O PERDÃO
1.1. Definindo o termo. A palavra per­
dão, de acordo com o Dicionário Aurélio, 
traz a ideia de um ato de generosidade que 
absolve um culpado de uma pena. Outra 
definição seria tirar a culpa de uma pessoa 
que tenha cometido um pecado ou um 
crime. Ainda, podemos apontar o perdão 
como um procedimento da mente ou do 
espírito que tem por objetivo extinguir um 
ressentimento para com outra pessoa ou 
consigo mesmo.
1.2.0 perdão traz a reconciliação com 
Deus. Para que entendamos o efeito do 
perdão em nossas vidas, devemos voltar 
ao que a Bíblia fala sobre nós. Éramos 
considerados filhos da desobediência, 
mortos em ofensas e pecados, filhos da 
ira (Ef 2.1-3). Nosso estado diante de Deus 
era deplorável, mas Ele nos concedeu 
misericordiosamente o perdão de nossos 
pecados. O apóstolo Paulo registra o nosso 
estado com essas palavras: “Mas Deus, 
que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu 
muito amor com que nos amou, estando 
nós ainda mortos em nossas ofensas, 
nos vivificou juntamente com Cristo (pela 
graça sois salvos)" (Ef 2.4.5). Esse versículo 
mostra que fomos reconciliados com Deus 
porque fomos perdoados pela misericór­
dia divina. Não somos mais inimigos do
Para que 
entendamos o 
efeito do perdão 
em nossas vidas, 
devemos voltar ao 
que a Bíblia fala 
sobre nós.
Altíssimo, e sim, amigos; convidados dELe 
para um dia partilharmos os céus na vida 
eterna.
1.3. Crendo no perdão de Deus. Quan­
do pecamos, naturalmente nossa cons­
ciência nos acusa dos erros cometidos 
contra Deus, ou contra algum irmão, ou 
pessoa próxima da nossa convivência. 
Para sermos perdoados pelo Pai, é preciso 
primeiramente confessar o pecado come­
tido a Deus e, se possível, buscar o perdão 
da pessoa atingida, e a reconciliação ou a 
reparação daquilo que foi cometido.
Não podemos esquecer de que se 
pedimos perdão a Deus, Ele nos perdoa, e 
isso deve ser encarado como uma verdade 
a ser seguida em nossas vidas (1 Jo 1.8-10). 
Se pedirmos perdão a Deus, confessando 
nossos pecados, Ele nos perdoa, mesmo 
que nossas consciências continuem nos 
acusando. Nessas horas, devemos dar 
valor à verdade da Palavra de Deus, que 
é imutável e suficiente para nos trazer a 
paz de que precisamos para continuar 
servindo e adorando a Deus. Se fomos 
perdoados por Deus, ninguém pode nos 
acusar, nem mesmo nossa consciência.
Terceiro Ciclo 9
2. DEUS NOS PERDOOU, 
EMBORA PECADORES
2.1. Deus tem prazer em perdoar. Deus 
é um Deus que abomina o pecado, mas 
tem o desejo de receber o pecador arre­
pendido e lhe conceder o perdão. Se te­
mos um coração quebrantado diante dEle, 
somos por Ele recebidos amorosamente: 
“Os sacrifícios para Deus são o espírito 
quebrantado; a um coração quebrantado e 
contrito não desprezarás, ó Deus” (SL 51.17), 
Diferente disso, Deus rejeita os soberbos, 
conforme diz o apóstolo Pedro: “[...] e sede 
todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos 
de humildade, porque Deus resiste aos 
soberbos, mas dá graça aos humildes" 
(1 Pe 5.5b). O Altíssimo não nega o seu 
perdão a um coração arrependido, mas 
a um coração soberbo que peca obstina­
damente e não confessa nem reconhece 
a sua necessidade de se reconciliar com 
Deus, não é perdoado.
2.2. Devemos confessar nossos pe­
cados ao Senhor. Uma das mais difíceis 
atitudes do ser humano é a confissão de 
alguma falha, erro ou pecado. Entretanto, 
a Palavra de Deus nos recomenda a que 
estejamos prontos para confessar nossas 
falhas ao Senhor. O apóstolo João nos diz: 
“Se confessarmos os nossos pecados, ele 
é fiel e justo para nos perdoar os pecados 
e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9). 
A palavra confessar no texto do apóstolo, 
na língua em que foi escrito o Novo Testa­
mento. o grego, é homologeô, de onde vem 
a palavra em português homologar, que 
traz a ideia de confirmar, de dizer a mesma 
coisa. Na prática, quanto confessamos 
nossos pecados, estamos concordando 
com Deus que pecamos e que precisamos 
do seu perdão.
Lembre-se de que é necessário nos 
distanciarmos de tudo o que nos conduz 
ao pecado. Não podemos apenas nos 
arrepender do que fizemos e confessar 
nossos pecados. É preciso que larguemos 
o que nos afasta de Deus: “O que encobre 
as suas transgressões nunca prosperará; 
mas o que as confessa e deixa alcançará 
misericórdia" (Pv 28.13).
2.3. Como a confissão nos ajuda? Para 
que respondamos a essa pergunta, vale a 
pena examinar 2 Samuel 12.13: “Então, dis­
se Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. E 
disse Natã a Davi: Também o SENHOR tres­
passou o teu pecado; não morrerás”. Este 
texto foi escrito logo depois que Davi co­
meteu um adultério e um assassinato, e foi 
confrontado por Deus por intermédio do 
profeta Natã. O Senhor usou o profeta para 
falar a Davi a gravidade de suas decisões, 
e o rei se arrependeu de seu pecado e foi 
perdoado por Deus. A confissão prepara 
o nosso caminho para o perdão de Deus. 
E lembre-se de que o perdão sempre é 
maior do que a condenação.
A confissão também nos ajuda a ter a 
comunhão uns com os outros, inclusive no 
que tange à cura do corpo, como descreve 
Tiago 5.16: “Confessai as vossas culpas uns 
aos outros e orai uns pelos outros, para que
Deus é um Deus 
que abomina o 
pecado, mas 
tem o desejo de 
receber o pecador 
arrependido 
e lhe conceder 
o perdão. 
10 Discipulando Aluno
sareis; a oração feita por um justo pode 
muito em seus efeitos". Essa passagem 
nos mostra que, na Igreja Primitiva, havia 
a recomendação de confissão de pecados 
uns aos outros, seguida imediatamente de 
oração. Observe que não era para que os 
pecados confessados fossem divulgados 
na congregação, o que demanda do con­
fessor um alto grau de maturidade para 
não ficar expondo a pessoa que confessa 
uma falta, pois todos somos sujeitos às 
mesmas situações. Depois da confissão 
e da oração, vinha a cura divina, prova­
velmente para sanar alguma doença re­
lacionada ou não a um pecado cometido.
3. DEVEMOS PERDOAR AOS 
OUTROS NA MESMA MEDIDA
3.1. Exercendoo perdão aos nossos 
ofensores. Quando se fala de perdão, 
devemos levar em consideração dois 
fatores: o primeiro, que podemos ser 
perdoados por Deus; o segundo, que 
precisamos aprender a perdoar aqueles 
que nos ofendem. Ser perdoado por Deus 
é muito bom, mas não podemos esque­
cer de que temos o dever de perdoar 
aqueles que nos causaram o mal. Jesus, 
certa vez, disse: “Porque, se perdoardes 
aos homens as suas ofensas, também 
vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, 
porém, não perdoardes aos homens as 
suas ofensas, também vosso Pai vos não 
perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14,15). 
Deus nos perdoou quando aceitamos a 
Jesus como nosso Salvador e Senhor, e 
este foi um perdão incondicional. Fomos 
feitos novas criaturas por Deus, com uma 
nova identidade, uma nova oportunidade 
de ter um relacionamento correto com o 
Pai. Mas devemos nos lembrar de que não 
saímos deste mundo corrupto, e que te­
mos de Lidar com pessoas que podem nos 
magoar e ofender com atitudes e palavras. 
É justamente nesse ponto que devemos 
exercer o perdão para com essas pessoas.
3.2. O perdão nos faz parecer com 
Deus. Certo escritor disse que o momen­
to em que nós mais nos parecemos com 
Deus é justamente o momento em que 
perdoamos aqueles que nos ofenderam. 
O perdão de Deus custou a vida de seu 
único Filho, e esse alto preço valeu a nossa 
salvação. Ainda que você tenha dificul­
dade de perdoar alguma pessoa, peça 
ajuda ao Espírito Santo para essa tarefa. 
Lembre-se de que Deus perdoou você, e 
que Ele pode ajudá-lo a cumprir tão nobre 
mandamento. E o Altíssimojamais nos dará 
uma ordem que Ele mesmo já não tenha 
feito. O perdão divino pode fluir por você 
até as pessoas que o ofenderam, de for­
ma que você não carregue mais um fardo 
difícil de suportar.
3.3. Nós somos a medida do perdão. 
Jesus, orando ao Pai a conhecida oração 
denominada “Pai Nosso”, deixou claro a 
necessidade de que, por meio do perdão, 
temos de ser benignos para com os que 
nos ofendem: “Perdoa-nos as nossas 
dívidas, assim como nós perdoamos aos 
nossos devedores” (Mt 6.12). Nessa oração, 
o Mestre ensinou que nós somos a medida 
do perdão que temos de dar aos outros. 
Deus nos perdoou, fazendo-nos uma 
referência clara de que o mesmo perdão 
que primeiramente recebemos, devemos 
exercer para com os outros.
Eu e você fomos alvo do perdão de 
Deus, e isso nos torna uma referência do 
que Deus pode fazer aos outros. E como 
Deus “doou" a sua graça para conosco, 
perdoando nossos pecados, devemos 
igualmente doar o perdão àqueles que 
nos causaram feridas. Assim fazendo, ali­
viaremos de nós mesmos a carga pesada e 
venenosa, que é a mágoa, o ressentimento 
contra quem nos ofendeu.
CONCLUSÃO
Deus nos ordena a exercitar o perdão 
da mesma forma que Ele o faz para conos-
Terceiro Ciclo 11
co. Essa é uma obrigatoriedade a todos os 
que creem em Jesus, que devem ter no 
Senhor o exemplo de generosidade para 
o exercício do perdão. Lembremo-nos de 
que primeiro somos alcançados pelo per­
dão de Deus, e depois somos convidados 
a perdoar os outros que nos ofenderam.
APROFUNDANDO-SE
Os resultados do perdão
“Deus perdoa, existe uma transfor­
mação imediata e completa no relacio­
namento. Em vez de hostilidade, há amor 
e aceitação. Em vez de inimizade, Deus 
está sempre trabalhando, ‘reconciliando 
consigo o mundo, não lhes imputando os 
seus pecados, e pôs em nós a palavra da 
reconciliação' (2 Co 5.19)... Quando Deus 
nos perdoa e nos purifica de nosso peca­
do, Ele também o esquece: ‘Porque serei 
misericordioso para com suas iniquidades 
e de seus pecados e de suas prevarica­
ções não me lembrarei mais’ (Hb 8.12. Veja 
também Sl 103.12: Is 38.12)... 0 resultado 
do perdão é que Deus retira as acusações 
contra nós. Ele não nos imporá juizo por 
causa de nossos pecados. Jesus disse à 
mulher flagrada em adultério: ‘nem eu 
também te condeno; vai-te e não peques 
mais' (Jo 8.11: veja também Rm 8.1)" (Billy 
Graham Responde. Rio de Janeiro: CPAD, 
2012, pp.258-59).
2. O perdão traz o que para o relaciona­
mento entre o homem e Deus?
3. O que Deus espera que façamos com 
nossos ofensores?
4. Como a confissão nos ajuda a receber o 
perdão de Deus?
5. Como Deus “doou” a sua graça para 
conosco?
Você Sabia?
VERIFIQUE SEU
APRENDIZADO
1. Como podemos definir a palavra “per­
dão"?
Nos dias de Jesus, alguns rabinos 
ensinavam que um homem poderia 
perdoar uma ofensa de uma mesma 
pessoa três vezes. Outros rabinos, 
menos rigorosos, estendiam essa 
quantidade para quatro oportu­
nidades. Jesus ordenou aos seus 
discípulos que perdoassem "setenta 
vezes sete”, uma forma simbólica 
que indica que devemos ter um co­
ração compassivo para com nossos 
ofensores no trato do perdão.
12 Disciptilando Aluno
Lição 3
Estudada em / /____
Vivendo sem 
Acusação nem 
Condenação
MEDITAÇÃO
“Quem intentará acusação contra os 
escolhidos de Deus? É Deus quem 
os justifica." (Rm 8.33)
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
•SEGUNDA-João 5.24
• TERÇA - Romanos 5.20,21
• QUARTA - Romanos 6.4-11
• QUINTA - Gálatas 2.16
• SEXTA - 1 Pedro 3.12
• SÁBADO - Efésios 2.8-10
TEXTO BÍBLICO BASE
Romanos 5.8,9; 8.1-4
Romanos 5
8 - Mas Deus prova o seu amor para conos­
co em que Cristo morreu por nós, sendo 
nós ainda pecadores.
9 - Logo, muito mais agora, sendo justifi­
cados pelo seu sangue, seremos por ele 
salvos da ira.
Romanos 8
1 - Portanto, agora, nenhuma condenação 
há para os que estão em Cristo Jesus, que 
não andam segundo a carne, mas segundo 
o espirito.
2 - Porque a lei do Espírito de vida, em 
Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado 
e da morte.
3 - Porquanto, o que era impossível à lei. 
visto como estava enferma pela carne, 
Deus, enviando o seu Filho em seme­
lhança da carne do pecado, pelo pecado 
condenou o pecado na carne,
4 - para que a justiça da lei se cumprisse 
em nós, que não andamos segundo a 
carne, mas segundo o Espirito.
Discipulando Aluno | Terceiro Ciclo 13
INTRODUÇÃO
Uma das coisas que a salvação em 
Cristo propicia ao pecador arrependido é 
o perdão de todos os pecados — isso já 
vimos na aula passada. Mas, efetivamente, 
quais são as consequências do perdão em 
nossa vida espiritual? E, a partir do perdão, 
quais são as minhas obrigações para com 
Deus e o próximo? Após receber o perdão 
dos nossos pecados, precisamos aprender 
a viver uma existência livre do senso de 
acusação e condenação. É isso que vere­
mos nesta aula.
1. ALIVIANDO O JUGO
DA CULPA
1,1. Definindo a culpa. A culpa é um 
sentimento que nos acomete quando pe­
camos e praticamos algo que a sociedade 
entende ser errado, ou ofendemos as pes­
soas que nos cercam com palavras ou atos.
Quando fazemos algo bom, louvável e 
admirável, temos o sentimento de alegria, 
de realização, de aceitação. Mas quando 
fazemos alguma coisa que prejudica ou­
tras pessoas, ou quando pecamos, nos 
vem um sentimento que faz com que nos 
sintamos responsáveis pelo que foi feito. 
E esse sentimento não é de alegria, nem 
nos motiva a ficar alegres e felizes. Esse é 
o sentimento de culpa, que nos acusa pelo 
que fizemos. Naturalmente, uma acusação 
é muito diferente de um elogio. Se neste, 
temos nossa vida engrandecida, naquele 
ficamos envergonhados. Ter a sensação de 
culpa é sem dúvida muito ruim, mas não 
ser perdoado é bem pior.
1.2.0 que o sentimento de culpa pode 
fazer conosco. O sentimento de culpa 
pode nos atingir quando fazemos algo que 
é reprovável, ou pecaminoso, ou mesmo 
quando deixamos de fazer o que sabía­
mos ser o certo. Muitas pessoas, quando 
acometidas por esse sentimento, tomam 
uma firme atitude de não mais fazer o que 
as deixou naquele estado. Outras pessoas 
justificam o que fizeram, buscando para 
si argumentos de defesa. Outras pessoas 
sentem-se tão culpadas que são consu­
midas por esse sentimento, fechando-se 
para o mundo, para outras pessoas e até 
para Deus. Há pessoas que, envolvidas em 
sentimentos de culpa, decidem acabar 
com suas próprias vidas, esquecendo que 
em Deus há esperança e perdão.
1.3. A atuação do Inimigo de nossasalmas. O inimigo de nossas almas, Satanás, 
também sabe que podemos sofrer com o 
sentimento de culpa. Como se não bastas­
se a nossa consciência nos acusando, ele 
também nos acusa, e leva suas acusações 
diante de Deus: “E ouvi uma grande voz no 
céu, que dizia: Agora chegada está a salva­
ção, e a força, e o reino do nosso Deus, e o 
poder do seu Cristo: porque já o acusador 
de nossos irmãos é derribado, o qual dian­
te do nosso Deus os acusava de dia e de 
noite" (Ap 12.10). Além de ele nos incentivar 
ao pecado, depois que pecamos, ele nos
Após receber 
o perdão dos 
nossos pecados, 
precisamos 
aprender a viver 
livre do senso 
de acusação e 
condenação. 
14 Discipulando Aluno
acusa diante do Senhor. Mas mesmo nesse 
caso, podemos contar com o perdão de 
Deus, que é maior do que as acusações 
do Diabo. Este pode detestar pessoas 
arrependidas, mas não pode impedir que 
Deus nos perdoe se sinceramente nos ar­
rependermos e buscarmos a Deus: “Meus 
filhinhos, estas coisas vos escrevo para que 
não pequeis; e, se alguém pecar, temos um 
Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o 
Justo. E ele é a propiciação pelos nossos 
pecados e não somente pelos nossos, 
mas também pelos de todo o mundo” (1 
Jo 2.1,2). Portanto, ainda que tenhamos 
um Inimigo que nos acuse diariamente, 
temos em Jesus o nosso advogado, que 
intercede por nós diante de Deus. E de­
vemos confiar plenamente de que Jesus 
pode nos perdoar os pecados e restaurar 
a nossa comunhão com Deus.
2. UMA VIDA SEM
CONDENAÇÃO
2.1. De que tipo de condenação a 
Bíblia trata. A Bíblia descreve que Deus 
primeiramente disse a Adão que não o 
desobedecesse, e Adão fez o que Deus 
disse que não deveria ser feito. Por causa 
de seu pecado, Adão não apenas ficou 
sujeito à morte física, mas também à 
morte espiritual, ou seja, uma eternida­
de afastado da presença de Deus, sem 
salvação. Essa foi a condenação aplicada 
ao pecado de Adão, e como o pecado 
dele foi transmitido a nós, também fomos 
alcançados por essa mesma condenação. 
Paulo explica isso quando escreve aos 
Romanos: “Porque, como, pela desobe­
diência de um só homem, muitos foram 
feitos pecadores, assim, pela obediência 
de um, muitos serão feitos justos” (Rm 
5.19). Quando pecamos, caímos na mesma 
condenação em que Adão foi penalizado. 
É uma condenação que decreta nosso 
afastamento de Deus, uma vida cheia de 
pecados e um destino eterno miserável.
2.2.0 que Deus fez por nós. Em Jesus, 
seu Filho, Deus perdoou os nossos pe­
cados, nos trouxe a paz e nos aproximou 
dEle: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, 
que antes estáveis longe, já pelo sangue 
de Cristo chegastes perto. Porque ele é a 
nossa paz, 0 qual de ambos os povos fez 
um" (Ef 2.13,14a). Paulo escreveu aos cren­
tes de Éfeso informando-os de que apesar 
de antes eles estarem afastados de Deus, 
por terem aceitado o sacrifício de Jesus, 
eles agora estavam perto do Altíssimo. 
Mas, para que pudéssemos gozar dessa 
proximidade com Deus, foi necessário que 
fôssemos perdoados por Ele, feitos novas 
criaturas, com uma nova chance de viver 
uma vida plena com Deus.
2.3. Devemos andar segundo a lei do 
Espírito. Paulo escreveu aos Romanos: 
"Porque os que são segundo a carne in­
clinam-se para as coisas da carne; mas os 
que são segundo o Espirito, para as coisas 
do Espírito” (Rm 8,5), Isso significa que as 
pessoas que não têm a Jesus como seu 
Salvador e não se deixam ser trabalhadas 
pelo Espírito Santo colherão um sentimen­
to de culpa constante por não fazerem o 
que Deus ordena, pois são inclinadas para 
as coisas carnais, para a prática do pecado. 
Já os que são segundo o Espirito e andam 
de acordo com o Espírito de Deus, fazen­
do aquilo que é certo aos olhos de Deus, 
mesmo que pequem, sabem que podem 
contar com o perdão divino por meio da 
confissão de pecados. Por isso, o apóstolo 
dos gentios escreveu aos Colossenses 
o motivo pelo qual não andamos mais 
pela Lei da carne: “E, quando vós estáveis 
mortos nos pecados e na incircuncisão 
da vossa carne, vos vivificou juntamente 
com ele, perdoando-vos todas as ofensas, 
havendo riscado a cédula que era contra 
nós nas suas ordenanças, a qual de alguma 
maneira nos era contrária, e a tirou do meio 
de nós, cravando-a na cruz” (Cl 2.13.14).
Terceiro Ciclo 15
3. UMA VIDA SEM ACUSAÇÃO
3.1. Acusação de nossos pecados. 
Quando cometemos um erro, ou crime, 
surge uma acusação contra nós. Diante 
dos homens, é possível que um inocente 
seja acusado de um crime que não tenha 
cometido, mas nenhuma pessoa pode, 
diante de Deus, ser acusada de um pecado 
que realmente não tenha cometido, pois 
Ele é o Justo Juiz, e não apenas sabe de 
todas as coisas, como também sabe o pro­
pósito de cada coração. O salmista disse 
sobre o fato de que Deus sabe sempre 
o que fazemos: “Diante de ti puseste as 
nossas iniquidades; os nossos pecados 
ocultos, à luz do teu rosto” (Sl 90.8). Deus 
sabe de tudo o que fazemos, e mesmo 
aquilo que imaginamos não ser pecado, 
Ele julga da mesma forma.
3.2. Acusação de nossa consciência. 
Todos os seres humanos possuem um juiz 
interior, que os acusa de atos praticados 
contra Deus e contra o próximo. Esse juiz é 
a nossa consciência. Billy Graham, famoso 
evangelista norte-americano, disse que 
“os sentimentos de culpa surgem quando 
a nossa consciência nos diz que violamos 
os padrões de Deus, quando pensamos, de 
modo equivocado, ter feito isso ou quando 
simplesmente deixamos de satisfazer as 
nossas próprias expectativas ou padrões 
que outras pessoas definem para nós". A 
nossa consciência pode nos julgar pelas 
decisões corretas que tomamos ou pelas 
decisões erradas. Uma decisão errada, com 
certeza, anula a certa, e por isso precisamos 
refletir bem antes de tomarmos decisões 
que venham nos afastar de Deus ou nos 
trazer sentimentos de culpa. Como já foi 
dito, devemos nos lembrar de que temos 
em Jesus o nosso defensor, aquEle que 
intercede por nós diante de Deus quando 
nos arrependemos genuinamente e aban­
donamos aquilo que nos induz ao pecado 
ou à prática pecaminosa. Não adianta che­
garmos ao trono da graça sem um coração 
arrependido e desejoso do perdão divino se 
ainda mantemos vínculos com aquilo que 
Deus condena.
3.3. Acusação diante dos homens. Há 
pessoas que, antes de conhecerem a Je­
sus como Salvador, praticaram coisas que 
ultrapassaram os limites do aceitável na 
esfera social. É evidente que tais atos são 
fruto do pecado, e há atos que as conse­
quências transcendem o momento em que 
foram praticados, trazendo sequelas para 
a sociedade. Deus perdoa tais atos? Sim, 
se houver um coração verdadeiramente 
arrependido e desejoso do perdão. Entre­
tanto, é possível que tais pessoas sejam 
alcançadas pelas consequências de suas 
atitudes e tenham de pagar socialmente 
pelo que fizeram. Mesmo nesses casos, o 
perdão de Deus não é revogado, apesar da 
condenação dos homens. É possível que 
muitas pessoas, com base no senso comum 
dejustiça, nunca se esqueçam de pecados 
ou crimes praticados por essas pessoas.
CONCLUSÃO
Viver sem acusação nem condenação 
é viver baseado nas promessas de Deus 
em relação ao perdão de nossos pecados. 
É a certeza de que o Senhor é maior do 
que a nossa consciência. Isso não é um 
precedente para que venhamos a ter uma 
vida desregrada e que desagrade a Deus, 
mas, sim, ter uma vida como um exemplo 
de misericórdia e bondade divinas.
Lembremo-nos de que o perdão de 
Deus é maior do que a condenação que 
nos foi dada pelo pecado e suas práticas. 
0 perdão sempre vem depois de um reco­
nhecimento do pecado cometido e de um 
pedido de reconciliação, tanto com Deus 
quanto com pessoas que ofendemos. É 
possível também que os homens não per­
doem determinados atos cometidos, mas 
Deus é poderoso para nos perdoar, e é esse 
o perdão que faz diferença em nossas vidas. 
Ele é que vai nos garantir a vida eterna.
16 Discipulando Aluno
APROFUNDANDO-SE
“'E nisto conhecemos que somos da 
verdade e diante dele asseguraremos 
nosso coração: sabendo que, se o nosso 
coração nos condena,maior é Deus do 
que o nosso coração e conhece todas as 
coisas' (1 Jo 3.19.20). Cristo pode aliviar 
a nossa consciência culpada. Muitos re­
ceiam não amar os outros como deveríam. 
Eles se sentem culpados porque não estão 
fazendo o suficiente para mostrar o amor 
apropriado a Cristo. Suas consciências os 
incomodam. Nesta carta. João tem essas 
pessoas em mente. Como poderemos 
escapar às dolorosas acusações de nossa 
consciência? Não é ignorando-as nem 
justificando nosso comportamento, mas 
fixando o nosso coração no amor de Deus. 
Quando nos sentimos culpados devemos 
nos lembrar de que Deus conhece os nos­
sos motivos, bem como as nossas ações. 
A sua voz de promessa é mais forte do 
que a acusadora de nossa consciência. Se 
estamos em Cristo, Ele não nos condenará 
(Rm 8.1: Hb 9.14,15)" (Manual da Bíblia de 
Aplicação Pessoal Rio de Janeiro: CPAD, 
2014, p.197).
VERIFIQUE SEU 
APRENDIZADO
1.0 que o sentimento de culpa pode fazer 
conosco?
2. De que tipo de condenação a Bíblia fala?
3. De que forma nossa consciência pode 
nos acusar?
4. Segundo a lição, os seres humanos pos­
suem um juiz interior. Quem é esse “juiz"?
5. Deus perdoa atos considerados inacei­
táveis na esfera social? Explique.
Você Sabia?
Que nós nos sentimos condenados 
porque Satanás usa as culpas do 
passado e os erros do presente para 
nos levar a questionar o que Cristo 
fez por nós? Nossa segurança deve 
estar centrada em Cristo, e não em 
nosso desempenho. Não importam 
nossos sentimentos, pois nenhuma 
condenação há para os que estão em 
Cristo Jesus. Pelo fato de termos sido 
resgatados por Cristo (Rm 7.24.25), 
não estamos condenados: “Na ver­
dade. na verdade vos digo que quem 
ouve a minha palavra e crê naquele 
que me enviou tem a vida eterna e 
não entrará em condenação, mas 
passou da morte para a vida" (Jo 5.24).
Terceiro Ciclo 17
Lição 4
Estudada em / /
Sou Nova 
Criatura
TEXTO BÍBLICO BASE
João 3.1-8
1 - E havia entre os fariseus um homem 
chamado Nicodemos, príncipe dosjudeus.
2 - Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: 
Rabi, bem sabemos que és mestre vindo 
de Deus, porque ninguém pode fazer estes 
sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3 - Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, 
na verdade te digo que aquele que não nas­
cer de novo não pode ver o Reino de Deus.
4 - Disse-lhe Nicodemos: Como pode um 
homem nascer, sendo velho? Porventura, 
pode tornar a entrar no ventre de sua mãe 
e nascer?
5 - Jesus respondeu: Na verdade, na ver­
dade te digo que aquele que não nascer 
da água e do Espírito não pode entrar no 
Reino de Deus.
6-0 que é nascido da carne é carne, e o 
que é nascido do Espírito é espírito.
7 - Não te maravilhes de te ter dito: Neces­
sário vos é nascer de novo.
8-0 vento assopra onde quer, e ouves a 
sua voz, mas não sabes donde vem, nem 
para onde vai; assim é todo aquele que é 
nascido do Espírito.
MEDITAÇÃO
“Jesus respondeu: Na verdade, na 
verdade te digo que aquele que 
não nascer da água e do Espírito 
não pode entrar no Reino de Deus." 
(Jo 3.5)
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
• SEGUNDA - Marcos 1.15
• TERÇA - Marcos 9.47
• QUARTA - Lucas 9.62
• QUINTA - Lucas 12.31
• SEXTA - Lucas 10.9
• SÁBADO - Marcos 10.23
18 Discipulando Aluno | Terceiro Ciclo
INTRODUÇÃO
Quando recebemos a Jesus como nos­
so Salvador e Senhor, somos feitos novas 
criaturas, pessoas novas, com uma vida e 
uma nova existência. Essa iniciativa divina 
na esfera espiritual possui implicações na 
esfera fisica. Nesta lição, trataremos sobre 
o que é ser uma nova criatura e de que 
forma devemos compreender essa nova 
existência dada por Deus, entendendo que 
não podemos ser mais as mesmas pessoas 
desde que conhecemos ao Senhor Jesus 
Cristo.
1. PORQUE NASCER
DE NOVO
1.1. A velha criatura. Não se pode falar 
em uma nova existência sem que vejamos 
como era o antigo estado do homem. Antes 
que uma pessoa aceite a Jesus, ela anda 
em trevas, de acordo com as regras deste 
mundo, “em que, noutro tempo, andastes, 
segundo o curso deste mundo, segundo o 
príncipe das potestades do ar, do espírito 
que, agora, opera nos filhos da desobedi­
ência; entre os quais todos nós também, 
antes, andávamos nos desejos da nossa 
carne, fazendo a vontade da carne e dos 
pensamentos; e éramos por natureza filhos 
da ira, como os outros também” (Ef 2.2,3). O 
homem sem Deus não pode ter uma vida 
que esteja em consonância com os padrões 
divinos, e não consegue agradar a Deus 
com suas próprias obras ou tentativas de 
praticar a justiça, pois suas obras são más 
e sua justiça, falha: “Mas todos nós somos 
como o imundo, e todas as nossas justiças, 
como trapo da imundícia; e todos nós caí­
mos como a folha, e as nossas culpas, como 
um vento, nos arrebatam" (Is 64.6).
Para que o homem possa ter um rela­
cionamento correto com Deus, ele precisa 
nascer novamente, ser uma nova criatura, 
começar uma vida livre, mesmo que ainda 
sofra com a influência da natureza pecami­
nosa recebida de Adão. Dentro do homem
O homem [...] 
não consegue 
agradar a Deus 
com suas próprias 
obras ou tentativas 
de praticar a 
justiça, pois suas 
obras são más e 
sua justiça, falha 
[-]
sem Deus, há um elemento que a Bíblia 
chama de “carne”, não um elemento físico, 
mas um elemento associado à vontade 
do indivíduo, uma propensão à prática de 
atos que desagradam a Deus. Para que o 
homem ande como Deus deseja, ele preci­
sa da ajuda do Espírito Santo, que vai lutar 
contra essa vontade de fazer coisas que 
Deus reprova. Paulo nos estimula: “Andai 
em Espírito e não cumprireis a concupis- 
cência da carne. Porque a carne cobiça 
contra o Espírito, e o Espirito, contra a carne; 
e estes opõem-se um ao outro; para que 
não façais o que quereis" (Gl 5.16,17).
1.2. Uma natureza que não se sujeita a 
Deus. A velha natureza não tem o desejo 
de se sujeitar a Deus e aos seus manda­
mentos. Ela deseja fazer o que lhe agrada, 
sem prestar contas de seus atos ao Criador. 
Dentre as práticas dessa velha natureza, 
Paulo destaca: “prostituição, impureza, 
Terceiro Ciclo 19
lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, por- 
fias, emulações, iras, pelejas, dissensões, 
heresias, invejas, homicídios, bebedices, 
glutonarias e coisas semelhantes a estas, 
acerca das quais vos declaro, como já 
antes vos disse, que os que cometem tais 
coisas não herdarão o Reino de Deus" (Gl 
5.19-21). Imagine uma pessoa embriagada 
tentando ser fiel a Deus, um assassino ofer­
tando no santuário ou um brigão tentado 
orar ao Senhor. Tais pessoas não podem 
realmente fazer com que Deus fique con­
tente com elas e suas atitudes. Apenas se 
elas se tornarem novas criaturas poderão 
agradar a Deus.
1.3. O Novo Nascimento. O Novo Nas­
cimento ocorre quando uma pessoa aceita 
a Jesus como o seu Salvador. Mediante um 
ato da graça divina (Ef 2.8), ela recebe uma 
nova natureza, uma nova forma de viver, 
desta vez, que agrada realmente a Deus, e 
passa a ser sujeita à influência do Espirito 
Santo. Essa pessoa passa a ter uma nova 
forma de pensar, de agir, voltada agora para 
a sua nova vida; a vida pretendida por Deus 
aos seus filhos, em comunhão com Ele. 
Nascer de novo não é entrar em um ventre 
materno e recomeçar a mesma vida, mas, 
sim, morrer para o mundo e nascer para 
uma nova vida com Deus (Rm 6.6).
2. ANDANDO EM NOVIDADE 
DEVIDA
2.1. Aprendendo com a perspectiva 
divina. O que acontece quando aceitamos 
a Jesus? Somos feitos novas criaturas. E de 
onde vem essa ideia de novo nascimento? 
De um diálogo entre Jesus e um líder judai­
co chamado Nicodemos. A Bíblia diz que 
esse Líder foi procurar Jesus numa noite, 
para conversar com Ele. Nicodemos tinha 
ouvido falar de Jesus e se surpreendeu 
quando o Mestre disse que ele tinha de 
nascer de novo. No inicio da conversa, 
Nicodemos reconheceu que Jesus era 
enviado por Deus e o chamou de mestre e, 
de imediato, Jesus disse como Nicodemos 
poderia se aproximar de Deus pelo novo 
nascimento: “Na verdade, na verdade te 
digo que aquele que não nascer de novo, 
não pode ver o reino de Deus” (Jo3.3). 
Nicodemos se deparou com uma ver­
dade crucial, dita por Jesus: uma pessoa 
não pode entrar no Reino de Deus se não 
nascer de novo, se não for salva por Cristo.
Nicodemos ficou preocupado com 
aquela declaração e perguntou ao Senhor 
se um homem, sendo já de uma idade 
avançada, poderia entrar no ventre de sua 
mãe e nascer mais uma vez. Para Jesus 
isso estava fora de questão. Não podemos 
retroagir nossas vidas a um passado que 
não nos aproxima de Deus. Como já foi dito, 
voltar ao ventre da mãe não propicia um 
nascimento livre de uma natureza pecami­
nosa. Definitivamente, não era essa a ideia 
de Jesus. Ele queria mostrar a Nicodemos 
que Deus poderia fazer dele uma nova 
pessoa, apta, desta vez, para realmente 
pertencer ao Reino de Deus.
Para que o 
homem ande como 
Deus deseja, ele 
precisa da ajuda do 
Espírito Santo, que 
vai lutar contra 
essa vontade de 
fazer coisas que 
Deus reprova.
20 Di-jcipulando Aluno
2.2. Nova vida, novos hábitos. O após­
tolo Paulo comenta que somos novas 
criaturas e, que por isso, elevemos ter uma 
nova forma de pensar e novos hábitos. 
Escrevendo aos Efésios, o apóstolo disse 
"que, quanto ao trato passado, vos des­
pojeis do velho homem, que se corrompe 
pelas concupiscências do engano, e vos 
renoveis no espírito do vosso sentido, e vos 
revistais do novo homem, que, segundo 
Deus, é criado em verdadeira justiça e 
santidade" (Ef 4.22-24). Qual é a ideia do 
apóstolo Paulo com essas palavras? Ele 
deseja que sejamos pessoas com hábitos 
novos, pois fomos feitas novas criaturas. 
Pense em uma pessoa que passa o dia 
trabalhando com uma roupa, e ao chegar 
em casa, no fim do dia, tanto a pessoa 
quanto a roupa que está usando estão 
sujas. A pessoa vai tomar um banho para 
se limpar; uma vez limpa, espera-se que 
ela use roupas limpas, adequadas ao seu 
novo estado. Mas o que podemos esperar 
de uma pessoa que ao sair do banho, usa a 
mesma roupa suja que esteve usando ao 
longo do dia? Uma pessoa assim seria tida 
por louca, pois está se vestindo com uma 
roupa inadequada à sua nova situação.
3. A VERDADEIRA VIDA
3.1.0 que é a verdadeira vida. A verda­
deira vida está pautada naquilo que Deus 
estipulou para nós. É uma nova existência, 
livre dos males do pecado, da mentira, de 
falsas palavras e tudo o que acompanha a 
vida que desagrada a Deus.
A vida com Cristo nos prepara para a 
vida eterna. Por isso, precisamos aprender 
a nos desvencilhar das coisas que nos 
prendem a essa existência terrena com as 
suas práticas que desagradam a Deus, para 
vivermos uma nova vida sob a perspectiva 
divina.
3.2. Uma vida não pautada nos pa­
drões do mundo. Um dos maiores desa­
fios a uma pessoa que aceitou a Jesus é
A vida com 
Cristo nos prepara 
para a vida eterna.
justamente como viver uma existência 
pautada, não nos padrões do mundo, mas 
nos padrões da Palavra de Deus. Mas é 
justamente para isso que fomos nascidos 
de novo, ou seja, para aprender a viver 
com novos hábitos e atitudes. Paulo disse 
aos crentes da cidade de Colossos: “Mas 
agora, despojai-vos também de tudo: da 
ira, da cólera, da malícia, da maledicência, 
das palavras torpes da vossa boca. Não 
mintais uns aos outros, pois que já vos 
despistes do velho homem com os seus 
feitos e vos vestistes do novo, que se 
renova para o conhecimento, segundo a 
imagem daquele que o criou" (Cl 3.8-10). 
Uma pessoa que tem a verdadeira vida em 
Cristo, criada por Deus, não se deixa mais 
dominar pelas coisas do mundo, mas as 
subjuga e vence por amor a Deus.
CONCLUSÃO
Para agradarmos a Deus é preciso 
nascer de novo. Sejamos pessoas que 
vivem uma nova vida, que aprendamos a 
nos sujeitar ao poder do Espírito Santo. Por 
meio dEle. temos a chance de vivermos 
a vida pautada nos parâmetros divinos e 
preparar-nos para a vida eterna. Apenas 
pessoas que nasceram de novo poderão 
ser recebidas no Reino de Deus, pois são 
feitas cidadãs desse Reino de justiça 
eterno, e que está preparado aos que 
aguardam a vinda de Jesus Cristo.
Terceiro Ciclo 21
APROFUNDANDO-SE
"Na verdade, na verdade te digo que 
aquele que não nascer de novo não pode 
ver o Reino de Deus, O fato de uma pessoa 
precisar nascer novamente se referia a 
um nascimento espiritual, mas Nicode- 
mos entendeu que Jesus se referia a um 
renascimento físico. Mas o que Jesus po­
deria esperar que Nicodemos soubesse 
sobre o Reino? A partir das Escrituras ele 
poderia saber que o Reino seria gover­
nado por Deus, seria finalmente restau­
rado na terra e iria incorporar o Reino 
de Deus. Jesus revelou a esse piedoso 
fariseu que o Reino seria disponibilizado 
a todo o mundo (3.16), não apenas aos 
judeus, e que Nicodemos não faria parte 
dele a não ser que nascesse novamente 
(3.5)" (Comentário do Novo Testamento 
Aplicação Pessoal, Rio de Janeiro: CPAD, 
2001, p.500).
4. Qual é a ideia do apóstolo Paulo ao es­
crever Efésios 4.22-24?
5. Como foi a sua experiência do Novo 
Nascimento?
VERIFIQUE SEU 
APRENDIZADO
1. Como são as pessoas antes de conhe­
cerem Jesus?
Você Sabia?
2. Quais são as práticas da velha natureza 
destacadas por Paulo?
3. O que acontece quando aceitamos a 
Jesus?
Que João 3.16 é considerado o ver­
sículo da Bíblia que define de forma 
resumida toda a mensagem da Pala­
vra de Deus?: "Porque Deus amou o 
mundo de tal maneira que deu o seu 
Filho unigênito, para que todo aquele 
que nele crê não pereça, mas tenha 
a vida eterna". O curioso é que esse 
versículo não foi falado a multidões, 
ou a um grande grupo de pessoas 
que se reunia constantemente para 
ouvir Jesus. Ele foi falado a Nico­
demos, um fariseu que foi procurar 
Jesus em um encontro pessoal. Isso 
nos mostra que Deus dá muita im­
portância ao evangelismo pessoal, 
da mesma forma que dá importância 
ao Evangelho pregado a grandes 
audiências de pessoas.
22 PíMiipulando Aluno
Vencendo
a Tentaçao
MEDITAÇÃO
“Como guardaste a palavra da minha 
paciência, também eu te guardarei 
da hora da tentação que há de vir 
sobre todo o mundo, para tentar os 
que habitam na terra." (Ap 310)
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
• SEGUNDA - Mateus 26.41
• TERÇA - Salmos 95.8,9
• QUARTA - Lucas 8.13
• QUINTA - Lucas 11.4
• SEXTA - 1 Coríntios 10.13
• SÁBADO - Tiago 1.12
TEXTO BÍBLICO BASE
Lucas 4.1-8,12,13
1 - E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do 
Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto.
2 - E quarenta dias foi tentado pelo diabo, 
e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, 
e, terminados eles, teve fome.
3 - E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de 
Deus, dize a esta pedra que se transforme 
em pão.
4 - E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito 
está que nem só de pão viverá o homem, 
mas de toda palavra de Deus.
5 - E o diabo, levando-o a um alto monte, 
mostrou-lhe, num momento de tempo, 
todos os reinos do mundo.
6 - E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo 
este poder e a sua glória, porque a mim 
me foi entregue, e dou-o a quem quero.
7 - Portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
8 - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, 
Satanás, porque está escrito: Adorarás o 
Senhor, teu Deus, e só a ele servirás.
12 - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito 
está: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.
13 - E, acabando o diabo toda a tentação, 
ausentou-se dele por algum tempo.
Discipulando Aluno | Terceiro Ciclo 23
INTRODUÇÃO
Em todo o mundo, as pessoas são ten­
tadas de alguma forma. Mesmo aqueles 
que já aceitaram a Jesus como seu Salva­
dor e Senhor são tentados, e até o próprio 
Jesus foi tentado por Satanás. Então, como 
pode um cristão lidar de forma correta 
com as tentações? É possível ser tentado 
e não cair no pecado? Quais são as bases 
para que consigamos vencer as tentações? 
Nesta lição, veremos essas respostas, não 
apenas para compreender a tentação, mas 
também para que saibamos como nos 
portar nesses momentos difíceis e agradar 
a Deus derrotando tanto nossos desejos 
pessoais quanto a influência de Satanás.
1. O QUE É A TENTAÇÃO
1.1. Definindo o termo. Tentação é 
descrita pelo Dicionário Michaelis como 
“impulso íntimo dirigidopara o pecado, 
originado dos instintos inferiores ou da ma- 
lignidade do tentador”. Conforme apresen­
tado, tentação não é o pecado, mas, sim, 
uma propensão a uma prática que pode 
ser pecaminosa. Essa propensão pode 
vir de dentro de nós mesmos, dos nossos 
desejos, ou pode ser uma propensão origi­
nada no próprio Diabo, quando nos oferece 
situações aparentemente desejáveis.
No primeiro caso, a tentação é originada 
em nossos desejos lícitos ou ilícitos. É lícito 
nos alimentarmos quando temos fome, mas 
não é certo comer até passar mal ou colocar 
a saúde em risco comendo além do neces­
sário. Os desejos ilícitos são aqueles que 
uma pessoa tem e não os domina, mesmo 
sabendo que não deve praticá-los ou por­
que a Bíblia reprova ou porque a sociedade 
condena, como um furto, ou assassinato, ou 
enganar uma pessoa. Em ambos os casos, 
seja um desejo lícito ou ilícito, o que nos afas­
ta de Deus precisa ser evitado a todo custo.
No segundo caso, a natureza da ten­
tação pode ser satânica. O Diabo, Inimigo 
de nossas almas, pode nos atrair a praticar 
atos que desagradam a Deus, como fez 
com Adão e Eva, e tentou Jesus Cristo a 
pecar contra o Pai. Adão e Eva cederam 
à tentação (Gn 3.6,7), mas Jesus não (Mt 
4.1-11).
1.2. Tentação não é o pecado. Há 
pessoas que acreditam que a tentação é 
o pecado. Na verdade, a tentação não é o 
pecado, mas sua porta, uma oportunidade 
para a prática do pecado. Vejamos o que a 
Bíblia narra sobre o primeiro casal, Adão e 
Eva, O livro de Gênesis nos fala: “E ordenou 
o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De 
toda árvore do jardim comerás livremen­
te, mas da árvore da ciência do bem e do 
mal, dela não comerás; porque, no dia em 
que dela comeres, certamente morrerás" 
(2.16,17). Deus ordenou que o homem não 
comesse do fruto proibido, mas permitiu- 
-Ihe se alimentar de qualquer outra árvore 
frutífera do jardim do Éden. Mas o que 
aconteceu algum tempo depois? Satanás 
tentou a mulher e o homem para deso­
bedecerem a Deus, e eles comeram do 
fruto proibido. Ele os enganou dizendo que 
se comessem daquele fruto, eles seriam 
como Deus, sabedores do bem e do mal 
(Gn 3.5). O que Satanás não lhes disse era 
o preço da desobediência, isto é, a morte.
Se por um lado essa história nos en­
sina como o pecado entrou no mundo, 
também nos adverte que não precisamos 
cair em pecado. Ou seja, mesmo sendo 
tentado, não podemos nos deixar levar 
pelo pecado. Veremos, a seguir, o exemplo 
da tentação de Jesus. O Filho foi tentado 
pelo Diabo, mas não pecou contra Deus.
1.3. Pessoas santas também são ten­
tadas. O fato de termos aceitado a Jesus 
como nosso Salvador não nos isenta de 
ser tentados tanto por Satanás quanto por 
nossas propensões carnais. Na verdade, 
os homens e as mulheres de Deus descri­
tos na Bíblia Sagrada passaram por tenta­
ções, Adão e Eva foram tentados a comer 
do fruto da árvore da ciência do bem e 
do mal, pecaram e foram expulsos do 
paraíso (Gn 3.6,7), Sansão foi tentado por 
Dalila, para que ele revelasse o segredo 
de sua força descomunal, e perdeu tanto 
a visão quanto a liberdade (Jz 16.4-21). 
Sara foi tentada a dar sua serva a Abraão, 
para que, se nascesse um filho, fosse 
considerado dele. Esse era um costume 
daqueles dias. Mas, essa escolha não foi 
aprovada por Deus e tanto Abraão quanto 
Sara tiveram de conviver com problemas 
dentro de casa por conta dessa situação 
(Gn 16.1-6). Jacó foi tentado a tomar do 
irmão, Esaú, o direito de ser o filho mais 
velho e teve de fugir por muitos anos para 
não ser morto por isso (Gn 27.18-29,41-45). 
Mesmo Davi, o homem segundo o coração 
de Deus, pecou contra Deus quando pôs 
seus olhos em Bate-Seba, cometendo não 
apenas um adultério, mas encomendando 
um assassinato (2 Sm 11).
Portanto, a tentação está presente nos 
relatos bíblicos, pois ela acontece com 
qualquer pessoa, seja serva de Deus ou 
não. Ainda que sejamos santos, não esta­
mos imunes à tentação.
2. LIDANDO COM NOSSOS 
IMPULSOS
2.1. Deus tenta alguma pessoa? Essa 
pergunta é respondida por Tiago, o irmão 
do Senhor Jesus: “Ninguém, sendo ten­
tado, diga: De Deus sou tentado: porque 
Deus não pode ser tentado pelo mal e a 
ninguém tenta. Mas cada um é tentado, 
quando atraído e engodado pela sua 
própria concupiscéncia” (Tg 1.13,14). Deus 
não é o agente da tentação. O que então 
originou a tentação? Tiago nos diz que as 
pessoas são tentadas quando atraídas e 
ludibriadas pelos seus próprios desejos. 
Portanto, os nossos desejos, quando não 
sujeitos ao controle do Espírito Santo, po­
dem ser a fonte da tentação e suficientes 
para nos fazer pecar. Como vimos, a ten­
tação pode vir de nossos desejos ou de 
Satanás, mas nunca de Deus. 0 Altíssimo 
não nos induz ao pecado, pois este nos 
afasta de Deus. Seria um contrassenso 
atribuir a Deus as tentações com que nos 
deparamos. Ele nos quer mais perto de si, 
e não afastados dEle. Lembre-se de Adão 
e Eva, quando pecaram contra Deus, eles 
perceberam que estavam nus e tentaram 
se esconder do Criador. Esse efeito até 
hoje segue a humanidade: quando peca­
mos, a nossa primeira tendência é fugir 
de Deus, Mas o apóstolo João nos exorta: 
“Se confessarmos os nossos pecados, ele 
é fiel e justo para nos perdoar os pecados 
e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9).
2.2. Tentações de diversas formas. 
Em uma sociedade como a nossa, do­
minada pelo erotismo precoce, existe a 
tendência de se imaginar que a tentação 
tem somente o viés sexual. Entretanto, 
a tentação não ocorre apenas na esfera 
sexual. Há pessoas que possuem limita­
ções no tocante à saúde, e ficam restritas 
a ingestão de determinados alimentos 
e são tentadas a comê-los, mesmo que 
prejudiquem a saúde. Há estudantes que 
deixam de ser zelosos em seus trabalhos 
e estudos, e buscam ajuda clandestina 
para tirar notas boas nas provas, a famosa 
“cola". Há aqueles que gastam mais do 
que devem e do que conseguem ganhar 
com o seu trabalho, ficam endividados 
e deixam até de honrar ao Senhor com 
seus recursos financeiros. Há homens e 
mulheres que, mesmo tendo uma família 
ou comprometidos pelo casamento, não 
se sentem satisfeitos e buscam aventuras 
extraconjugais, colocando suas famílias 
em risco. A lista não tem fim, pois cada 
pessoa pode ser tentada de uma forma 
diferente, mas o princípio é o mesmo: 
conduzir-nos as práticas que colocarão em 
risco nossa saúde, nossa vida espiritual e 
o nosso destino eterno.
Terceiro Ciclo 25
A Bíblia diz que o próprio Filho de Deus 
foi tentado, Mas como Ele tratou com a 
tentação? E de que forma podemos apren­
der com Ele para que consigamos vencer 
as tentações que nos acometem?
3. COMO JESUS LIDOU 
COM A TENTAÇÃO
3.1. Jesus usou a Palavra de Deus. Lu­
cas descreveu a tentação do Filho de Deus, 
deixando claro que Ele usou as Escrituras 
em cada situação pela qual foi tentado. 
Quando teve fome (e não é pecado ter 
fome!), foi tentado a usar o seu poder para 
transformar pedras em pão. Entretanto, Ele 
resistiu a tentação citando Deuteronômio
8.3. Havia algum mal em Jesus se alimen­
tar um pouquinho, levando em conta que 
Ele estava em Jejum há 40 dias? O que 
uma pessoa faminta mais deseja, senão 
alimento, um pouco de comida? Mas usar o 
poder de Deus em benefício próprio, sob a 
influência do Diabo, seria não apenas uma 
tentação, mas um pecado. O nosso Inimigo 
deseja que usemos o que for necessário 
para nos sentir satisfeitos, a exemplo de 
como tentou Jesus a usar o poder de Deus 
para o seu autobenefício.
Quando Jesus também foi tentado para 
obter o poder temporal desde que se incli­
nasse a Satanás, Ele citou Deuteronômio 
6.13 e 10.20. O que mais o Diabo deseja, 
senão, a nossa adoração e devoção? Isso 
faz com que nos afastemos de Deus, dan­
do mais glória à criatura do que ao Criador 
(Rm 1.23). Jamais devemos nos esquecer 
de que tudo o que temos é dádiva de 
Deus, e nossa adoração nunca poderá ser 
substituída pela adoração à criatura e ao 
poder temporal.
Semelhantemente, quando incenti­
vado a colocar sua vida em risco para ver 
seDeus estava realmente com Ele, Jesus 
citou Deuteronômio 6.16. É claro que de­
vemos confiar nas promessas de Deus, 
pois Ele as cumpre, mas não devemos 
tentá-lo. O que o Diabo queria era induzir 
Jesus a pecar, tentando obrigá-lo a fazer 
um milagre para agradar uma vontade 
pessoal. Lembremo-nos de que Deus é 
fiel para conosco, e nossa fidelidade a Ele 
deve ser sábia.
3.2. Jesus confiou naquilo que Deus 
disse. Mais do que citar a Palavra de Deus, 
Jesus demonstrou que, não apenas co­
nhecia a Palavra de Deus, mas também a 
praticava. E, após as tentações, Jesus não 
ficou olhando para as pedras que pode­
ríam ser transformadas em pães para sa­
ciar sua fome. Ele não ficou pensando que 
poderia ter recebido poder temporal para 
governar os maiores reinos do mundo, nem 
imaginando como seria se arriscar em uma 
situação perigosa somente para saber se 
Deus cumpriría ou não o que está em sua 
Palavra. Jesus creu na Palavra de Deus e 
agiu de acordo com a fé. Da mesma forma, 
não devemos duvidar da Palavra de Deus 
nem depois ficar imaginando como seria 
se tivéssemos cedido aos apelos que nos 
cercam. Quem age crendo no que Deus diz 
deve ter a atitude de afastar-se não apenas 
da tentação, como também esquecê-la.
3.3. O que Deus espera que façamos 
quando tentados? Deus sabe que passa­
mos por situações em que a tentação é 
real. Ele sabe que temos um Inimigo que 
faz de tudo para pecarmos. Ele também 
sabe que temos impulsos interiores que 
podem nos induzir à prática do pecado. 
Entretanto, Deus espera que hajamos de 
forma a honrar o seu nome mesmo quando 
somos tentados. Ele espera que obede­
çamos a sua Palavra e nos afastemos de 
tudo o que pode nos conduzir ao pecado. 
Da mesma forma que Jesus optou por 
responder aos apelos do Diabo com a Pa­
lavra de Deus, devemos nos guiar por ela. 
Precisamos também evitar os caminhos 
que nos levam a tentação. Se ao invés 
de fugir da tentação, nos aproximarmos 
dela o suficiente para ser envolvidos, com
26 Discipulando Aluno
certeza, cederemos aos seus apelos. Por­
tanto, além de crer na Palavra de Deus e 
agir como ela ordena, devemos evitar tudo 
o que nos atrai para fazer o mal e pecar 
contra Deus.
CONCLUSÃO
Nenhum crente está livre de ser ten­
tado. Cair na tentação é uma escolha da 
pessoa que está se deparando com algo 
que lhe chama a atenção e que pode lhe 
prejudicar espirituale materialmente. Para 
que possamos estar firmes e não ceder à 
tentação, devemos observar o exemplo de 
Jesus, que enfrentou esses momentos ten­
do a Bíblia como sua base de resposta até 
para o próprio Inimigo. Nosso Senhor não 
apenas venceu o pecado, como também 
derrotou Satanás, nos dando o exemplo de 
que podemos ser vitoriosos na tentação.
2. Pessoas santas também são tentadas?
3. A tentação é o pecado?
4. O que Jesus usou quando foi tentado?
APROFUNDANDO-SE
Sobre a tentação de Jesus, Lawrence 
Richards comenta: “Jesus reage a cada 
prova apelando às Escrituras. Em cada 
caso, a citação é de Deuteronômio, que 
não é tão importante como a maneira 
como Cristo usa as Escrituras. O que 
Ele fez, na realidade, foi extrair um prin­
cípio de cada passagem" (Comentário 
Histórico-Cultural do Novo Testamento. 
Rio de Janeiro: CPAD. 2014, p.19).
VERIFIQUE SEU 
APRENDIZADO
1. O que é a tentação?
5. Como podemos evitar a tentação?
Você Sabia?
Jesus Cristo, no exercício do seu 
ministério, pregava as Escrituras do 
Antigo Testamento. Ele citava trechos 
de Deuteronômio. Salmos etc. No 
tempo de Jesus não tínhamos ainda 
os 27 livros do Novo Testamento. 
Assim, tanto nosso Senhor quanto a 
Igreja Primitiva observavam o Antigo 
Testamento como Palavra revelada 
por Deus.
Terceiro Ciclo 27
Lição 6
Estudada em / /____
Uma Vida Cheia 
do Espírito
TEXTO BÍBLICO BASE
Efésios 5.15-21
15 - Portanto, vede prudentemente como 
andais, não como néscios, mas como sábios.
16 - Remindo o tempo, porquanto os dias 
sào maus.
17 - Pelo que não sejais insensatos, mas 
entendei qual seja a vontade do Senhor.
18 - E não vos embriagueis com vinho, 
em que há contenda, mas enchei-vos do 
Espirito,
19 - Falando entre vós com salmos, e 
hinos, e cânticos espirituais, cantando e 
salmodiando ao Senhor no vosso coração.
20 - Dando sempre graças por tudo a nos­
so Deus e Pai, em nome de nosso Senhor 
Jesus Cristo,
21 - Sujeitando-vos uns aos outros no 
temor de Deus.
MEDITAÇÃO
“Porque o Reino de Deus não é comi­
da nem bebida, mas justiça, e paz. e 
alegria no Espirito Santo." (Rm 14.17)
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
• SEGUNDA - Isaías 32.15
• TERÇA - Joel 2.28-32
• QUARTA - Lucas 24.49
• QUINTA - Atos 1.8
• SEXTA - Atos 2.1-13
• SÁBADO - Atos 2.14-21
28 Discipulando Aluno | Terceiro Ciclo
INTRODUÇÃO
Ter uma vida cheia do Espirito Santo 
requer de nós atitudes e disciplinas ne­
cessárias a essa finalidade, Isso não está 
relacionado aos dons espirituais, e sim a 
uma constante atitude de dependência da 
atuação divina. É um desafio aos crentes, 
mas igualmente importante para a vida 
cristã, pois ou somos cheios de nós mes­
mos, ou somos cheios do Espírito.
1. ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO
1.1. “Enchei-vos do Espírito”. O que 
é ser cheio do Espírito? Antes de avan­
çarmos com essa pergunta, precisamos 
entender primeiro quem é o Espírito Santo 
e qual é a sua missão. O Espírito Santo 
é a terceira pessoa da Trindade. Ele foi 
enviado por Deus a fim de nos preparar 
para o grande dia do encontro com Jesus 
Cristo, por ocasião do arrebatamento da 
Igreja, como a noiva que foi preparada para 
encontrar-se com o seu noivo. A missão do 
Espirito Santo, portanto, é nos santificar, 
nos fazer caminhar mais perto de Deus 
e mais distante do mundo. Não estamos 
com isso dizendo que sua função é nos 
tirar do mundo, e sim tirar o mundo de 
dentro de nós. ou seja, preencher o espaço 
de nossas vidas com a sua presença, de 
forma que sejamos orientados por Ele e 
possamos viver de acordo com a vontade 
de Deus. Então, ser cheio do Espírito é ter 
a vida conduzida pelo Espírito de Deus. E 
de que forma podemos manifestar essa 
submissão ao Espírito Santo? Com algu­
mas atitudes bem simples.
1.2. Agindo como pessoas sábias. Pau­
lo, em sua carta aos Efésios, descreveu as 
características de uma pessoa cheia do 
Espírito. A primeira delas está relacionada 
diretamente à forma de vida da pessoa: veja 
como você anda, não como um tolo, mas 
como um sábio (Ef 5.15). É possível escolher 
ser um sábio ou um tolo, e isso se descobre 
quando uma pessoa aplica ou não 0 conhe-
Ser cheio do 
Espírito é ter a vida 
conduzida pelo 
Espírito de Deus.
cimento que já possui acerca de Cristo, ou 
seja, a nossa comunhão com Cristo deve 
ser manifesta em nossas atitudes.
Agir como um sábio é um exercício 
diário, pois diariamente somos tentados a 
agir de acordo com a nossa própria vonta­
de, esquecendo-nos de nossa comunhão 
com Deus e de nossa posição no Reino dos 
Céus. Mas não estamos sós nessa caminha­
da, pois Deus não apenas está conosco, 
mas também está disposto a dar-nos a 
sabedoria necessária. Tiago, sobre esse 
assunto, disse: “E, se algum de vós tem falta 
de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos 
dá liberalmente e não o lança em rosto; e 
ser-lhe-á dada" (Tg 1.5). Veja que grande 
promessa do Senhor: Se algum de nós não 
tem sabedoria, pode pedi-la em oração, 
e Ele a dará de bom grado, liberalmente. 
Essa promessa é para nós hoje: Deus tem 
prazer em nos dotar com sabedoria, para 
que possamos manifestar a sua glória.
1.3. Remindo o tempo. Remir o tempo é 
administrá-lo de forma sábia em todos os 
momentos. Como estamos de passagem 
neste mundo, não podemos utilizar esse 
presente dado por Deus a todas as pes­
soas, o tempo, com coisas que não trarão 
edificação.
Isso deve nos deixar alertas em relação 
à forma como passamos o nosso tempo. É 
preciso lembrar que somos novas criaturas 
e, por isso, devemos adquirir novos hábi­
Terceiro Ciclo 29
tos, como ler a Palavra de Deus todos os 
dias, passar um tempo em oração, buscar 
congregar em igrejas que estejam próxi­
mas de nossascasas ou acessíveis.
Se nesta vida temos pouco tempo, 
porque não podemos aproveitá-lo para 
fazer o que pode edificar a nossa vida e a 
de outras pessoas? O tempo é um recur­
so útil para praticar aquilo que agrada a 
Deus, e não podemos desperdiçá-lo. Uma 
das manifestações de uma pessoa cheia 
do Espírito é a forma como ela usa o seu 
tempo. Se nós somos cheios do Espírito, 
não perderemos tempo com coisas que 
desagradam a Deus, como falar mal da 
vida alheia, deixar de ler a Palavra de Deus, 
não partilhar o Evangelho com pessoas do 
nosso circulo de amizades. Somos desa­
fiados a usar o nosso tempo sob o foco da 
perspectiva divina.
1.4. Entendendo a vontade do Senhor. 
Paulo diz que devemos entender qual é a 
vontade do Senhor. Mas como entender 
a vontade de um Deus que não vemos? 
A resposta a essa pergunta encontra-se 
na leitura da Palavra de Deus e nos mo­
mentos de oração que passamos com Ele. 
Pela leitura da Palavra, vemos a vontade 
geral de Deus para nós nos diversos textos 
inspirados por Ele. A Bíblia é riquíssima 
em orientações para todas as situações 
pelas quais um ser humano passa, e essas 
orientações estão disponíveis para leitura, 
interpretação e aplicação.
Na oração, podemos passar momentos 
mais íntimos com Deus e ouvir sua voz para 
situações mais específicas. Naturalmente, 
devemos ter maturidade para entender 
que Deus não vai falar ao nosso coração 
nada que contradiga sua Palavra. Um 
homem casado que tenha um relaciona­
mento extraconjugal não pode esperar 
que Deus concorde com seu estilo de vida, 
pois Deus condena o adultério e ordena a 
fidelidade dentro do matrimônio.
Entender a vontade de Deus não é 
impossível, mas exige de nós maturidade 
e discernimento. Nem tudo Deus vai falar 
em sua Palavra, pois ela não é um livro de 
curiosidades, mas sua Palavra nos dará 
os princípios para que tomemos decisões 
acertadas, e se formos cheios do Espírito, 
seremos orientados por Ele.
2. BUSCANDO AS COISAS 
ESPIRITUAIS
2.1. “Não vos embriagueis com o 
vinho". Paulo comenta que os cristãos 
não deviam embriagar-se, e havia um 
bom motivo nisso. As pessoas dadas ao 
vinho tendem a ser descontroladas. Na 
Bíblia, temos alguns casos de pessoas 
que tiveram problemas por causa do vin­
ho. Noé, após o dilúvio, embriagou-se e 
teve um sério problema familiar (Gn 9.21); 
ainda em Gênesis, vemos que quando 
Deus destruiu Sodoma e Gomorra, as 
filhas de Ló, com medo de ficarem sem 
descendentes, embebedaram seu próprio 
pai e cometeram um incesto com ele (Gn 
19.30-38). O sacerdote não poderia beber 
vinho enquanto estivesse ministrando no 
Tabernáculo, tendo em vista a santidade 
de seus atos (Lv 10.9). Essas advertências 
devem nos levar a pensar seriamente no 
fato de que não podemos ter uma vida 
cheia do Espírito tendo, ao mesmo tempo, 
problemas com bebidas que podem nos 
tirar da consciência. Deus espera que ten­
hamos plena coinciência dos nossos atos 
em todos os momentos, e por isso, não 
devemos ficar entorpecidos com bebidas 
alcoólicas. Lembre-se de que os bêbados 
não herdarão o Reino dos céus (1 Co 6.10).
2.2. “Sujeitai-vos uns aos outros". Esse 
mandamento bíblico é muito importante. 
O principio dessa recomendação é o 
cuidado contra a soberba, a arrogância. 
Não se pode pensar numa pessoa cheia 
do Espírito e ao mesmo tempo soberba e 
cheia de si. Não raro, pessoas arrogantes
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fazem o possível para realizar obras que 
as destacarão como o centro de todas as 
coisas. Seus feitos não buscam refletir a 
glória de Deus, mas o seu próprio brilho 
pessoal. Sobre isso, Paulo disse: “Nada 
façais por contenda ou por vangloria, 
mas por humildade; cada um considere 
os outros superiores a si mesmo” (Fp 2.3).
Estar sujeitos uns aos outros afasta de 
nós a arrogância e a soberba, e nos mostra 
que como Jesus demonstrou submissão 
a Deus e humildade diante dos homens, 
podemos fazer a mesma coisa.
3. DANDO GRAÇAS EM TUDO
3.1. Gratidão é importante. Uma das 
características mais importantes de nosso 
relacionamento com Deus é a gratidão. 
Temos motivos de sobra para sermos 
gratos a Deus. Fomos salvos por Cristo 
e somos herdeiros de Deus para a vida 
eterna. Podemos adorar a Deus na beleza 
de sua santidade. Podemos orar a Deus e 
contar com respostas às nossas orações. 
E, acima de tudo, temos um Deus bondoso 
e amoroso como nosso Senhor.
Não podemos deixar de demonstrar 
a nossa gratidão para com Deus. Essa 
demonstração pode ser manifestada em 
cânticos, em palavras de gratidão, em 
nossas orações, em testemunhos para com 
outras pessoas, e no incentivo a que outras 
pessoas também sejam gratas a Deus por 
tudo o que Ele tem feito e ainda irá fazer. 
Tais manifestações de gratidão precisam 
alcançar outras pessoas, desta vez, não 
para que tenham 0 conhecimento do quan­
to somos gratos a Deus, mas, sim, para que 
demonstremos na prática a nossa gratidão.
3.2. Gratidão em tudo. A Bíblia nos diz 
para ser gratos, e ela completa: “em tudo". 
Seria a intenção de Deus nos mandar ser 
gratos não apenas nos momentos de 
alegria, mas de adversidade e oposição 
também? Sim, Deus espera que tenhamos 
um coração agradecido.
O próprio apóstolo Paulo mostra gratidão 
para com Deus e com a Igreja em Filipos. Ele 
estava preso quando recebeu uma ajuda 
dessa igreja, e respondeu com uma carta 
que mostra sua gratidão: “Não digo isto 
como por necessidade, porque já aprendi 
a contentar-me com o que tenho. Sei estar 
abatido e sei também ter abundância: em 
toda a maneira e em todas as coisas, estou 
instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, 
tanto a ter abundância como a padecer ne­
cessidade. Posso todas as coisas naquele 
que me fortalece" (Fp 4.11-13). Paulo sabia ter 
equilíbrio e um coração agradecido mesmo 
na adversidade.
3.3. Salmodiando ao Senhor em vosso 
coração. Salmodiar é literalmente cantar 
salmos. Os salmos são cânticos feitos nos 
tempos bíblicos, que demonstravam as 
emoções do povo ou de uma pessoa es­
pecífica. Um indivíduo poderia estar muito 
alegre, então, cantava um salmo. Outra pes­
soa poderia estar triste e também cantava 
um salmo. Uma pessoa poderia ainda estar 
desesperada ou esperançosa, aguardando 
de Deus uma resposta que não havia chega­
do, mas ainda assim cantava um salmo.
Os salmos são uma expressão verda­
deira de como nos aproximamos de Deus, 
independente de nosso estado de espirito. 
Ele sabe como estamos, e não podemos 
esconder dEle o nosso verdadeiro estado. 
Por isso, os cânticos são recomendados 
não apenas durante o culto, mas também 
fora dele, ou seja, em nossos lares, no local 
de trabalho (desde que não incomode as 
pessoas que estão em torno de nós), e 
outros locais e períodos em que podemos 
ter um momento com Deus.
Paulo também falou sobre cânticos 
espirituais e hinos. É possível crer que es­
ses cânticos espirituais podem se referir a 
cânticos que o Espírito coloca em nossos 
corações, ou mesmo cânticos em outras 
línguas, de acordo com o que o Espírito de 
Deus venha a conceder individualmente a
Terceiro Ciclo 31
cada pessoa (At 2.4). Nem todas as pessoas 
passam por essa forma de adoração a 
Deus, mas isso não significa que ela não 
esteja disponível em nossos dias.
CONCLUSÃO
Ser cheio do Espírito é um desafio diário 
para todos nós, mas não é impossível. Se de­
sejarmos uma vida de plena comunhão com 
Deus, não podemos permitir que outras coi­
sas venham ocupar o espaço que é somente 
do Senhor. Sendo sábios, remindo o tempo, 
sendo gratos e verdadeiros adoradores, 
podemos demonstrar o quanto Deus opera 
em nós por intermédio do seu Espírito Santo.
APROFUNDANDO-SE
“Como a embriaguez é evidência de 
excesso de vinho, a adoração cheia do Espí­
rito deve ser evidenciada pela presença do 
Espírito Santo. Desta exortação, veio muito 
do estilo da histórica adoração coletiva cristã 
que ainda hoje é parte do nosso culto. Os 
crentes podem se encorajar uns aos outros 
e louvar a Deus através da música. Paulo 
mencionou os salmos semelhantes aos do 
Antigo Testamento, bem como os novos, 
que

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