Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CHEP III UC9 Evelin Salvi TXIV Tecido muscular · Músculo estriado esquelético – contração forte, rápida, descontínua e voluntária · Músculo estriado cardíaco – bandas mais finas, grande núcleo mais centralizado, com disco intercalar, contração forte, rápida, contínua e involuntária · Musculo liso – sem estriações, contração fraca, lenta e involuntária, região urogenital TENDÃO tecido conjuntivo Fibroso (denso modelado) que liga o músculo ao osso, transmite a força de contração muscular necessária para mover o osso LIGAMENTO tecido conjuntivo denso modelado (fibroso) nas articulações, que liga osso a osso (duas cabeças ósseas). Fibras colágenas ordenadas em feixes compactos e paralelos constituindo grande resistência mecânica TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES Fibras de contração lenta (tipo I) · Sistema de energia aeróbico · Contração muscular lenta – capacidade oxidativa (utiliza o oxigênio como principal fonte de energia) · Coloração vermelha (devido ao grande número de mioglobina e mitocôndrias) · Altamente resistentes à fadiga · Mais apropriadas para exercícios de longa duração · Predomina em atividades aeróbicas de longa duração como natação, corrida Fibras de contração rápida (Tipo II) · Sistema de energia anaeróbico · Alta capacidade para contrair rapidamente (a velocidade de contração e tensão gerada é 3 a 5 vezes maior comparada às fibras lentas) · Capacidade glicolítica (utiliza a fosfocreatina e glicose) · Coloração branca · Fadigam rapidamente · Gera movimentos rápidos e poderosos · Predomina em atividades anaeróbicas que exigem paradas bruscas, arranques com mudança de ritmo, saltos ORGANIZAÇÃO DA FIBRA MUSCULAR Epimisio camada de tecido conjuntivo envolvendo um músculo Perimisio tecido conjuntivo que delimita um feixe de fibras de músculo estriado Endomisio camada de tecido conjuntivo que encobre uma fibra muscular SISTEMA ACTINA-MIOSINA CELULAR DIVISÃO CELULAR E MOBILIDADE CONTRAÇÃO MUSCULAR FASES DO REPARO DA LESÃO MUSCULAR FASE 1 – DESTRUIÇÃO ruptura e posterior necrose das miofibrilas, pela formação do hematoma no espaço formado entre o músculo roto e pela proliferação de células inflamatórias Processo inflamatório para reorganizar e resolver a necrose tecidual FASE 2 – REPARO aprox 10 dias após o trauma · Fagocitose do tecido necrótico · Proliferação de novas células (mioblastos – células mais jovens do músculo) para reparo das miofibrilas · Produção de tecido cicatricial conectivo (fibronectina, fibroblastos) · Neoangiogênese para que haja nutrição ao novo tecido · Nova inervação da região (tecido de contração voluntária – altamente inervado para responder aos estímulos) FASE 3 – REMODELAÇÃO · Maturação das miofibrilas reparadas · Contração e reorganização do tecido cicatricial · Recuperação da capacidade funcional muscular Músculo em si não fica com cicatriz, comprometimento do movimento depende do nível de reparo, se reparado 100% é para ficar normal. Tecido cartilaginoso ao redor fica com processo cicatricial. Músculo estriado esquelético é considerado permanente, assim como os neurônios, não tem capacidade mitótica. Não são as miofibrilas que irão recompor o músculo, mas sim as células satélites (células-tronco) repousando abaixo delas, “reserva de células indiferenciadas” - pool de reserva. elas mesmas se renovam, reserva não acaba! PATOLOGIAS DISTENSÃO MUSCULAR Alongamento excessivo das fibras musculares, gerando estiramento ou rompimento parcial/total das fibras do músculo/tendão. Local: ocorre principalmente na coxa e na panturrilha e o seu principal sintoma é a DOR no músculo afetado, com consequente comprometimento da função muscular, costuma estar mais próxima ao tendão. Mais comum aguda, mas pode ser crônica Função muscular até pode estar preservada, mas gera muita dor, uma vez que na ruptura há necrose e processo inflamatório · Causa: uma tensão muscular acentuada é produzida durante o esforço físico sobre o músculo, a qual ele não pode suportar · Geralmente acontece entre o músculo e o tendão, por ser a porção menos resistente do músculo · Diagnóstico é clínico, no exame físico (dor na palpação daquele músculo, dor ao contrair o músculo, especialmente contra resistência) Tratamento · O que vai ser preciso para o reparo do tecido é o tempo e não uso daquela musculatura e movimento, podendo romper mais fibras ainda · PRICE proteção, repouso, gelo, compressão local e elevação do membro acometido (medidas não-farmacológicas) · Imobilização, fisioterapia · Se distensão completa pode ser necessária cirurgia reparativa, nos casos mais graves · Sintomáticos: AINEs CONTUSÃO MUSCULAR É considerada uma lesão traumática aguda/força súbita, sem corte decorrente de trauma direto aos tecidos moles (músculo) e que provoca dor, edema e rigidez. Afeta também tecidos circundantes, vasos sanguíneos (grande infiltração de sangue no rompimento pelo impacto), tecido conjuntivo ao redor hematomas, em casos graves síndrome compartimental Diagnóstico clínico/exame físico. Sintomas: dor, inchaço, rigidez, sem cortes, dificuldade de movimentação, diminuição da força e da mobilidade articular, hematoma dependendo da gravidade Tratamento: PRICE, repouso, imobilização, fisioterapia, cirurgia nos casos graves. Sintomáticos: AINEs Síndrome compartimental: hemorragia com aumento de pressão num espaço anatômico restrito (compartimento fascial ou loja anatômica) com queda da perfusão sanguínea dos músculos e órgãos nele contidos, levando a isquemia Necrose do tipo isquêmica ISQUEMIA: perda da oxigenação local, gerando parestesia, dor contínua, hipoestesia, edema, enrijecimento da região acometida. Urgência: Fasciotomia ENTORSE Torção de ligamento lesão (estiramento ou ruptura parcial ou total) dos ligamentos articulares devido distensão ou torção brusca, sem deslocamento das superfícies articulares Graduadas: grau I leve, grau II lesão parcial - mais de 50% afetado, grau III grave Mais comuns: tornozelo e joelho Diagnóstico é clínico, exame físico. Sintomas: dor na articulação gradual ou imediata, edema articular, incapacidade de movimento da articulação imediata ou gradual (perda de função) Tratamento · PRICE proteção, repouso, gelo, compressão local e elevação do membro acometido · Imobilização, fisioterapia · Pode ser necessária cirurgia reparativa, nos casos mais graves · Sintomáticos: AINEs TENDINITE Inflamação ou irritação do tendão (parte final do músculo que o liga ao osso) por movimentação repetitiva ou abrupta intensa, enfraquecimento dos tendões, doenças articulares crônicas, processos degenerativos nas articulações Diagnóstico é clínico e exame físico Dor inflamatória (não mecânica) por isso a movimentação ajuda na dor durante o dia, e os sintomas pioram durante a noite, podendo gerar edema Tratamento · PRICE proteção, repouso, gelo, compressão local e elevação do membro acometido · Imobilização, fisioterapia · Pode ser necessária cirurgia reparativa, nos casos mais graves · Sintomáticos: AINEs LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO (LER) Síndrome constituída por grupo de doenças que afetam músculos, nervos, ósseos, tendões (MMSS principalmente) e sobrecarrega o sistema ME. Provoca dor e inflamação e pode alterar a capacidade funcional da região comprometida Espectro: · DORT distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho · LTC lesão por trauma cumulativo · AMERT afecções musculares relacionadas ao trabalho Diagnóstico clínico/exame físico sintomas são dor, dificuldade para movimentação, formigamento, fadiga muscular e redução na amplitude do movimento Tratamento · PRICE proteção, repouso, gelo, compressão local e elevação do membro acometido · Imobilização, fisioterapia · Pode ser necessária cirurgia reparativa, nos casos mais graves · Sintomáticos: AINEs · AFASTAMENTO se necessário BURSITE Inflamação ou irritação de uma “Bursa” (bolsa sinovial) pequena bolsa entre osso e estruturas móveis, como músculos e tendões, permite e facilitamelhor deslizamento entre as estruturas Principal: Exame físico + anamnese. Em casos com necessidade de exames complementares: RNM é o melhor/padrão. Contudo: pelo custo e disponibilidade, opta-se por ULTRASSONOGRAFIA. Raio-X terá valor na necessidade de afastar fratura óssea Tecido Ósseo O Tecido é formado por CÉLULAS + MATRIZ ÓSSEA Células: · OSTEOBLASTOS síntese de componentes orgânicos da matriz óssea: colágeno, proteoglicanos, glicoproteínas · OSTEÓCITOS células maduras derivadas dos osteoblastos, ficam nas lacunas da matriz óssea, há junções comunicantes que a partir dele vão compartilhar íons, nutrientes e fluido extracelular · OSTEOCLASTOS compõe matriz óssea, bem grandão, multinucleado e atua na reabsorção (tira cálcio do osso) e remodelagem óssea Matriz óssea – osteoide: íons fosfato e cálcio de reserva, formando cristais de hidroxiapatita confere resistência aos ossos TIPOS DE OSSIFICAÇÃO OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA Local membranas de tecido conjuntivo Início com a diferenciação das células osteoprogenitoras (indiferenciadas do mesênquima) em grupo de osteoblastos Forma os ossos chatos (quando comprimento e largura equivalem) como crânio, escápula, costelas. Também: crescimento em espessura dos ossos longos Dentro das membranas conjuntivas: OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL Local sobre uma peça de cartilagem hialina Forma ossos curtos e longos, PLACA EPIFISÁRIA do crescimento ósseo Como ocorre Hipertrofia dos condrócitos e redução da matriz cartilaginosa, apoptose dos condrócitos, mobilização de osteoblastos pela vascularização, mineralização da matriz, deposição da matriz óssea em que a cartilagem foi reabsorvida com osteócitos CRESCIMENTO ÓSSEO – 5 ZONAS (Placa epifisária) quando ainda há efeitos do GH Discos epifisários ativos no crescimento e terminam suas atividades entre 18 e 20 anos, formam a LINHA EPIFISÁRIA (não é visualizada no raio-X, não foi calcificada ainda, não é fratura!!) FORMAÇÃO ÓSSEA OSSO PRIMÁRIO/NÃO LAMELAR/RETICULAR/IMATURO: disposição irregular das lamelas ósseas (fibras colágenas e osteócitos) na matriz OSSO SECUNDÁRIO/LAMELAR/MADURO: disposição regular das lamelas ósseas (fibras colágenas e osteócitos) na matriz, paralelamente as trabéculas ósseas. Visto nos adultos (normalidade) CONFIGURAÇÕES ÓSSEAS EPÍFISE x DIÁFISE Osso lamelar esponjoso nutrido pela medula óssea Osso compacto com canais de Havers CRÂNIO- compacto-esponjoso-compacto Duplamente ósseo FRATURA ÓSSEA · É considerada a interrupção completa ou parcial na continuidade de um osso · Toda lesão em osso é acompanhada de algum grau de lesão de partes moles locais (vascularização) · Quando osso é fraturado, cicatriza com osso! Em teoria fica exatamente igual se houverem todas as condições necessárias CONSOLIDAÇÃO DA FRATURA ÓSSEA · REPARAR A LESÃO – capacidade de regeneração dependente da reindução das cascatas osteogênicas do período embrionário · PROMOVER ESTABILIDADE – estabilização gradativa dos fragmentos ósseos fraturados · REMODELAR O OSSO · RETORNAR A FUNÇÃO Fases da consolidação óssea FASE I – INFLAMAÇÃO Aumento da vascularização que envolve a fratura permite a formação de um hematoma de fratura, que será invadido por células inflamatórias, como neutrófilos, macrófagos e fagócitos. Essas células, também osteoclastos, eliminam o tecido necrosado. Quem traz essas células são os vasos, então são necessários muitos!!!! Processo intenso de angiogênese fatores de crescimento tecidual, interleucinas, prostaglandinas e células mesenquimais FASE II – REPARO – CALO ÓSSEO MOLE · Diferenciação de células mesenquimais pluripotenciais · Formação de um calo provisório – tecido cartilaginoso/fibrocartilaginoso, que estabiliza o segmento fraturado, preparando-o para o processo de consolidação da fratura de fato calo ósseo duro · FORMA CARTILAGEM · Calo ósseo móvel vira osso propriamente · No mole não vê no raio-x, pois não foi depositado cálcio ainda!!! – alinhamento FASE II – REPARO – CALO ÓSSEO DURO · Tecido fibrocartilaginoso formado no estágio anterior é substituído gradualmente por tecido de matriz calcificada formando um calo de tecido ósseo osteoblastos realizam o processo de mineralização (MO) · Facilmente visualizado em radio-x (já tem calcificação) - estabilidade FASE III – REMODELAÇÃO ÓSSEA · Tecido ósseo em excesso será reabsorvido (por osteoclastos) e em áreas com menos tecido ósseo terá maior formação óssea (por osteoblastos) · Consiste em atividades osteoblásticas e osteoclásticas resultando em substituição do osso reticulado desorganizado e imaturo (não lamelar) por osso lamelar, organizado e maduro (com maior estabilidade osso primário FASES DA CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA Fase inflamatória de reparo (calo mole e calo duro) remodelação óssea FATORES ASSOCIADOS · FATORES MECÂNICOS mobilidade no foco da fratura, quando menor mais fácil será a consolidação óssea · FATORES BIOLÓGICOS aporte sanguíneo no foco da fratura, quando maior melhor, facilitando o carreamento de células sanguíneas, inflamatórias, mesenquimais e colágeno. Essas células são essenciais para secreção de mediadores químicos: fatores de crescimento, interleucinas, proteoglicanas Aporte sanguíneo tem que estar pérvio do contrário NÃO DÁ COMPLICAÇÕES NO PROCESSO Durante a fase de reparo - calo ósseo consolidação viciosa: fratura consolida no prazo esperado normalmente, mas em posição insatisfatória, gerando deformidade óssea residual Consolida dessa maneira pois a forma em que ossos foram alinhados não ficou adequada!!! Ausência de consolidação – pseudoartrose: não há formação de tecido ósseo, resultando em uma união por tecido fibrocartilaginoso, originando uma falsa articulação Fatores que influenciam: aporte sanguíneo e mobilidade no foco de fratura, fatores genéticos e patológicos (ex. diabetes) Remodelação óssea e Osteoporose Processo de equilíbrio entre formação de osso por osteoblastos e reabsorção óssea por osteoclastos DEPENDE DA CALCEMIA MELHOR NO SANGUE DO QUE NOS OSSOS Objetivo manter o cálcio sérico em valores normais RANK – receptores presentes nos osteoclastos RANKL – se liga ao RANK (molécula ligante) e ativa o osteoclastos, estimulando reabsorção óssea (essa interação é essencial) Os osteoclastos secretam a osteoprotegerina, que quando se liga ao RANKL (que tem capacidade de se ligar a OPG) inibem o osteoclastos FASE 1 ativação FASE 2 reabsorção FASE 3 reinicia o ciclo Coisas que regulam a formação e reabsorção óssea: 1. Nível de cálcio sérico 2. PTH 3. Vitamina D ativa 4. Calcitonina Interação RANK/RANKL estimula a osteoclastogênese Interação RANKL/OPG inibe a osteoclastogênese MECANISMOS DE REGULAÇÃO: · Calcemia · PTH · Vitamina D · Calcitonina Transferência direta por cristais de hidroxiapatita guiada pelas variações de calcemia. Ocorre transferência dos íons dos cristais de hidroxiapatita para o liquido intersticial, do qual o cálcio passa para o sangue. Esse mecanismo é puramente físico. Vitamina D3: 1. Aumenta absorção intestinal do cálcio diretamente 2. Se em grande quantidade inibe a secreção de PTH 3. Aumento da reabsorção renal 4. Mobilização dos estoques de cálcio no osso (reabsorção óssea) para deixar no sangue AJUDA A ABSORVER DE FORA E SE TEM MAIS CALCIO COLOCA MAIS NO OSSO, MAS SE TA FALTANDO NO SANGUE TIRA DO OSSO E COLOCA NO SANGUE: O FOCO É A CALCEMIA!!!!! PTH hipercalcemiante (tira do osso) Tira cálcio do osso e põe no sangue, estimula reabsorção CALCITONINA hipocalcemiante (tira do sangue) Deposita no osso, deixa MAIS CALCIFICADO, inibe reabsorção Secretada pela tireoide – pelas células C ou parafoliculares (ao redor do folículo) OSTEOPOROSE Redução de densidade óssea, gerando as microfraturas no tecido ósseo mesma coisa que osteopenia Osteoporose tem também a DESTRUIÇÃO DO TECIDO ÓSSEO com a perda da microarquitetura do osso, com consequente maior risco de fraturas pela fragilidade Quando a velocidade de reabsorção do osso é maior que a velocidade deformação, resultando em massa total reduzida, ocorre osteoporose! Principal: estado de ativação do osteoclasto quando o estado de reabsorção tem velocidade maior do que de formação Normal osteoporose Disposição em trabéculas – regiões bem cor de rosa – osso esponjoso, presente nas epífises. Entre elas há a medula óssea. Na osteoporose há destruição de trabéculas, com uma lâmina mais branca e menos cor de rosa. Na osteopenia apenas em uma densidade menor. Fatores de risco: idade, menopausa (reativação do ciclo de reabsorção), tabagismo, sedentarismo (exercício estimula atividade osteoblástica), obesidade, corticoides (ativam os osteoclastos e mata osteoblasto), história familiar, deficiência de vit D, hereditariedade, comorbidades (doença na tireoide), consumo excessivo de álcool e café (aumentam os osteoclastos). Pele negra: melanina impede absorção de raios UV. MENOPAUSA Mulheres pós-menopausa osteoclastos são menos inibidos queda de estrógeno que mantém a massa óssea Aumento de: níveis de IL-1, IL-6, TNF, expressão de RANK e RANKL, atividade de osteoclastos = osteoporose ENVELHECIMENTO Diminui: metabolismo, atividade de osteoblastos Principais locais: Quadril, colo do fêmur, região distal do antebraço (punho), vértebras Sinais e sintomas: doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas, necessitando de exames. Primeiras fraturas, dor crônica, deformidades OSTEOPENIA: Condição fisiológica característica pela diminuição da densidade mineral, principalmente cálcio e fósforos dos ossos É uma condição clínica pré-osteoporótica, estado de fragilidade do osso, ainda não atingiu a perda da densidade óssea o suficiente mas é fator de risco para osteoporose DENSITOMETRIA ÓSSEA T-Score comparação com um indivíduo jovem normal, gerando um desvio (só pelo envelhecimento já há). O quanto é esse desvio padrão! Até -1 = normalidade. De -1 a -2,5 = osteopenia. Abaixo de -2,5 = osteoporose. Osteoporose estabelecida = além dos 2,5 também uma fratura. Mais utilizado. F > 65 anos e M > 70 anos Z-Score útil no prognóstico, comparação com um indivíduo do mesmo sexo, etnia e idade, indica a gravidade. Muitas vezes tem osteopenia mas dentro do normal para faixa etária e etnia. M < 50 anos, F na menacme, crianças e adolescentes FRAX – site que faz o cálculo de possibilidade de fratura, em locais com indisponibilidade da D.O., existe já terapêutica com base nele. https://abrasso.org.br/calculadora/calculadora/ Quem deve ser tratado intensivamente? · Osteopenia + FRAX alto riso · Osteoporose · Fratura por fragilidade TRATAMENTO 1. Reposição de cálcio e vitamina D 2. Bifosfonatos – com alto risco de fraturas, inibem reabsorção por inativação de osteoclastos 3. Terapia estrogênica (com cautela!! Estrogênio exógeno é fator de risco para CA mama- contraindicação absoluta pela SBPat) 4. Raloxifeno- modulador seletivo do receptor do estrógeno que é protetor da mama 5. Denosumab- antirreabsortivo Causas secundárias de osteoporose – investigação, anamnese mais aprofundada Medicamentos – glicocorticoides, anticonvulsivantes, antirretrovirais, inibidores de aromatase, anticoagulantes, inibidores de bomba de prótons, antidepressivos Doenças - Hiperparatireoidismo, síndrome disabsortiva, hipertireoidismo, DRC (doença renal crônica), hipogonadismo Histologia do Tecido Cartilaginoso Composta de células- condrócitos, fibras e uma substancia altamente hidratada Avascular se nutre por difusão · CARTILAGEM HIALINA: colágeno tipo II- reveste osso, placa epifisária, mais comum · CARTILAGEM ELÁSTICA: fibras elásticas e colágeno tipo II- epiglote, ouvido externo, tubo auditivo · FIBROCARTILAGEM: tecido conjuntivo denso com fibroblastos e colágeno tipo I e II- disco intervertebral Patologias Osteoarticulares LOMBALGIA Pelo menos 1x na vida entre 65 e 90% da pop terá · Aguda menos que 3 meses · Crônica mais que 3 meses · Subaguda entre 2 semanas e 3 meses · Recorrente menos que 3 meses mas recorrente ETIOLOGIA Mecânica anormalidade funcional e anatômica na região lombar, sem evidencia de neoplasia ou inflamatória. Piora quando movimenta, quando ocorre trauma. Rigidez matinal <30 min. Causas como congênita (espinha bífida), escoliose, hérnia, degenerativas (osteoartrose), osteomuscular/traumática: distensão ou tensão principal. Dor difusa que irradia para glúteos Não mecânica provocada por doença neoplásica, inflamatória ou infecciosa. pode ser que não piore no movimento e até melhore, não houve trauma. Rigidez matinal > 30 min. Dor noturna comum. Tipo de início insidioso Causas inflamatórias: artrite, espondilite anquilosante, artrite reumatoide Causas infecciosas: osteomielite, tuberculose vertebral Causas metabólicas: Osteoporose, osteomalacia Causas Tumorais: intradurais/extradurais, mama, mieloma múltiplo, rim, pulmão, próstata, tireoide, reto Dor visceral referida na coluna lombar dores que se expressam nesse local LOMBOCIATALGIA dor percorre trajeto do nervo ciático. Começa na região lombar e irradia para membro inferior Sinal de Laségue positivo quando dor intensa entre 35 e 70 graus de elevação do membro inferior. OSTEOARTROSE/ ARTROSE/ OSTEOARTRITE · Perda de cartilagem articular com crescimento e remodelamento do osso subjacente · Mais frequente após 60 anos · Mais comum na pop · Alterações funcionais da articulação sinovial compromete movimento e estabilidade articular Desbalanço metabólico – sinalizadores de degradação (Estimulados por cascata de citocinas e produção de mediadores inflamatórios) senescência prematura e apoptose de condrócitos, processos catabólicos e degeneração da matriz Sintomas de dor mecânica: Dor na articulação, limitação funcional, piora no movimento, rigidez matinal <30min No exame físico: crepitações Diminuição do espaço articular, osteófitos (“bico-de-papagaio”) – mais importante PATOLOGIA: 1. Sintese inadquada de mariz 2. Diminuicao de proteoglicanos 3. Torna a cartilagem fragil, com fendas e erosoes 4. Progressivamente, a sinovia pode fazer lesao osse por adentrar no osso 5. Causando a destruicao da catilagem articular e o espessamento da capsula articular e do osso subcondral (que se espessa em rexacao a entrada de liquido sinovial no osso HÉRNIA DE DISCO Rompimento do anel fibroso do disco intervertebral e saída do núcleo pulposo (extrusão propriamente) · Principal motivo de auxílio doença e terceira causa de aposentadoria por invalidez · O processo de projeção pode envolver as raízes nervosas · Quando há o gotejamento do núcleo: disco sequestrado ou fragmentado · Fatores associados: hereditariedade, idade, sedentarismo, excesso de peso, postura incorreta no carregamento de peso Sintomas de dor mecânica Sintomas da raiz nervosa: · Parestesia queimação/dormência · Paresia perda parcial motora Exame físico: dor a palpação nos processos espinhosos, exame neurológico/reflexos, amplitude de movimento Exame complementar: redução dos espaços entre os discos, raio-x não é melhor exame, mas achados: escoliose antálgica (paciente realiza posição em que tem menor dor), protusão discal – integridade parcial do anel fibroso (pré-hérnia). Mielografia: injeta-se contraste antes do exame Regredir progressão é impossível, apenas estagnar OSTEOMIELITE Infecção do osso (tem um microrganismo dentro do osso) que cursa com processo inflamatório · Aguda praticamente apenas crianças · Crônica adultos e idosos PIOGÊNICA produz pus (exsudato rico em proteínas). Via hematogênica + comum. Bactérias (corpo vai reagir ao bicho) 1. Staphylo aureus – gram + pode ocorrer diretamente por trauma, mas o mais comum é uma pneumonia por ex, que viaja do pulmão ao osso pelo sangue 2. E. Coli, Pseudomonas, Klebisiella, usuários de drogas Nas crianças: frouxidão de periósteo, formação de abscesso, sequestro ósseo, invólucro- necrose Aguda até 4 semanas, crônica após 4 semanas (sequestro e esclerose). A evolução para forma mais grave começa em 48h, com esses processos, mas crônica apenas depois desse período sequestro destruição do osso, gerando desvitalização (osso vai se soltando sendo sequestrado),bordas indentadas em “saco bocado” como se alguém tivesse dado uma mordida. Tem na aguda, mas muito mais pronunciado na crônica. Fragmentos necróticos no meio do exsudato. É visto no raio-x esclerose reparo Os microrganismos mudam de frequência de acordo com idade da criança ou adolescente Localização mais comum na METÁFISE dos ossos, no disco epifisário em crescimento na criança. Principalmente no fêmur distal e tíbia proximal, além do úmero proximal (mais prox da articulação) · Incidência maior de 2 a 6 anos · Sintomas gerais: febre, náuseas, vômitos, desidratação, prostração · Sintomas específicos: dor metafisária que piora com movimentação, sinais flogísticos, posição antálgica, derrame articular subjacente Diagnóstico: hemograma, visualizando VHS e proteína C reativa. Não tem que esperar alterações no exame de imagem para agir (imagem lítica metafisária – orifícios que se desenvolvem), raio-x pode ser normal. aspirado ósseo e biópsia Iniciar antibiótico baseado no agente e evitar complicações, pode evoluir para artrite séptica, septicemia, osteomielite crônica – deformidade, destruição da placa epifisária, fratura patológica não piogênica – tuberculose (granuloma), sífilis, fungos, vírus TUBERCULOSA doença de pott- granulomatosa ARTRITE SÉPTICA Infecção bacteriana do espaço articular – sinovial Processo inflamatório que promove eliminar o bicho mas causa destruição articular · Principalmente em crianças (<5 anos) e idosos (>80 anos). · Localização mais frequente: JOELHO E QUADRIL VIAS: HEMATOGÊNICA – bacteremia mais comum por Staphylo aureus · Secundariamente a osteomielite hematogênica aguda · As infecções poliarticulares são mais comuns em neonatos, principalmente por Neisseria meningitidis e gonorrhoeae · Em adultos o N. gonorrhoeae é mais comum, no restante aureus Exame físico: mais visível pois faz muito EDEMA e sinais flogísticos Pode, mais raramente, causar a osteomielite Diagnóstico clínico e por Hemograma – VHS, PCR, leucocitose aparece Exame de imagem ajuda mais nessa patologia, com raio-x e USG – que identifica derrame articular Tratamento: drenagem articular, ATB Complicações: septicemia, déficit motor permanente DISCOPATIA DEGENERATIVA - ATROFIA DO NUCLEO PULPOSO - Pode causar bulging (abaulamento), hernias (extrusao e sequestramento) Osteoartrite da coluna vertebral, geralmente no pescoço ou na lombar. Condição em que os discos entre as vértebras perdem o amortecimento, se fragmentam e criam hérnias relacionadas ao envelhecimento. Pode não haver sintomas. Em alguns casos, a coluna perde a flexibilidade e os esporões ósseos podem comprimir uma raiz nervosa, causando dor ou fraqueza. O tratamento pode incluir exercícios físicos, medicação e fisioterapia. GOTA - DEPOSITO DE CRISTAIS - DOR INTENSA Doença caracterizada pela elevação de ácido úrico no sangue, o que leva a um depósito de cristais de monourato de sódio nas articulações. É esse depósito que gera os surtos de artrite aguda secundária, que tanto incomodam seus portadores.
Compartilhar