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INCONTINÊNCIA URINÁRIA

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INTRODUÇÃO	E	DEFINIÇÃO:
-Toda	e	qualquer	perda	involuntária	de	urina,	clinicamente	demonstrável,	que	cause	problema	social	ou	higiênico.
-Prevalência	maior	de	acordo	com: o	aumento	da	idade (devido	alterações	bioquímicas	e	moleculares,	diminuição	do	colágeno	
I	e	II,	uretra	e	fáscias),	aumento	de	peso (principalmente	abdominal),	maior	paridade/via	de	parto (devido	danos	estruturais	e	
de	suporte),	histerectomia	prévia,	hipoestrogenismo e	DPOC (paciente	tossidor	crônico	tem	aumento	da	pressão	abdominal	
sob	o	assoalho	pélvico).
CAUSAS:
Anormalidades	da	bexiga:	hiperatividade	do	músculo	detrusor (devido	contrações	involuntárias	do	detrusor)	com	lesão	
neurológica	(hiperreflexia	detrusora)	ou	sem	lesão	neurológica	(instabilidade	detrusora)	+	baixa	complacência	(devido	
diminuição	da	relação	volume/pressão).
1.
Anormalidades	do	esfíncter:	é	a	mais	comum - hipermobilidade	uretral (fraqueza	do	assoalho	pélvico	devido	aumento	
da	pressão	abdominal	mobiliza	o	colo	vesical	e	a	uretra	proximal)	+	insuficiência	do	esfíncter	uretral.
2.
IU	por	transbordamento:	perda	urinária	na	capacidade	vesical	acima	da	normal +	esvaziamento	incompleto por	
diminuição	da	contratilidade	do	músculo	detrusor	ou	obstrução	infravesical	(na	uretra,	por	exemplo).	
3.
IU	extra-uretral:	geralmente	ocorrem	devido	fístulas/ureter	ectópico.4.
IU	mista (geralmente	de	esforço	associado	com	hiperatividade	do	músculo	detrusor).5.
URETRA:
-Composta	por	4	camadas.
Mucosa/submucosa	(mais	interna):	fazem	oclusão	do	lúmen	uretral	(esfíncter	mucoso)	e	tem	bastante	receptor	de	
estrogênio.
ü
Tecido	esponjoso	e	plexo	vascular.ü
Musculatura	lisa.ü
Musculatura	estriada:	rabdoesfíncter	- F1	(contração	lenta/tônus	basal)	e	F2	(contração	rápida/mais	externo/deriva	do	
músculo	elevador	do	ânus).
ü
-Inervação	S2/S3/nervo	pudendo.
-Sustentação:	fáscia	pélvica,	inserção	no	arco	tendíneo.
-Prevenir	aumento	da	mobilidade	uretral.
-Ligamento	pubouretral:	contra	sínfise	púbica,	uretra	em	3	regiões.
-Ligamento	uretropélvicos:	paralelos	e	laterais,	contração	reflexa.	
DIAGNÓSTICO:
-Anamnese:	perda	aos	esforços	(tipo	de	esforço),	urgência,	urgeincontinência,	polaciúria,	nictúria,	enurese,	esvaziamento	
incompleto.
-Histórico	ginecológico,	obstétrico,	cirúrgico,	patologias.
-Diário	miccional.
-Exame	físico:	abdome,	dorso,	ginecológico (distopias	e	trofismo),	força	assoalho	pélvico,	reflexos	bulbocavernoso	e	cutâneo-
anal (não	faz	diagnóstico,	está	presente	em	30%	das	mulheres), teste	de	esforço (pedir	para	paciente	tossir	na	posição	
ginecológica,	por	exemplo).
-SEMPRE	EXCLUIR	INFECÇÃO	URINÁRIA!!!
-PAD	TEST (absorvente).
-Teste	do	cotonete para	testar	mobilidade	uretral.
-Estudo	urodinâmico	- padrão	ouro.
-Imagem:	avalia	anatomia,	não	faz	diagnóstico	de	IU,	avalia	trato	urinário	superior,	dilatação	das	vias	urinárias	superiores	e	
presença	de	cálculos,	tumores.
-Cistoscopia:	se	suspeita	de	corpo	estranho	vesical.
GRADUAÇÃO	IUE	- ICS:
-Grau	0:	continente.
-Grau	I:	perda	após	esforço,	em	pé.
-Grau	II:	perda	após	esforço	relativo.
-Grau	III:	perda	não	relacionada	a	esforço,	posição	ou	atividade.
IUE	- CLASSIFICAÇÃO	BLAIVAS-MAGUIRE:
-Grau	O:	não	confirma	ao	exame	físico	ou	urodinâmico.
-Grau	I:	perdas	aos	esforços	com	PPE>ou=90cm	H20	e	hipermobilidade	de	colo	<2cm.
-Grau	II:	perdas	com	PPE>ou=	90cm	H2O	e	hipermobilidade	de	colo	>2cm.
-Grau	III:	perdas	com	PPE	<ou=	60cm	H2O,	lesão	uretral	intrínseca.
URODINÂMICA:
-Estudo	funcional	de	bexiga	e	uretra.
-Quando	pedir:	antes	de	cirurgia	(questionável),	recidiva	ou	não	melhora,	suspeita	de	obstrução	infravesical	e/ou	bexiga	
neurogênica.
-É	composta	por	algumas	fases:	Fluxometria,	Cistometria,	Estudo	fluxo/pressão,	Eletromiografia,	Perfil	pressórico	uretral	e	
pressão	de	perda.
-ITU	altera	exame	e	piora	desconforto.	
UD	- FLUXOMETRIA:
-Serve	para	estimar	a	capacidade	vesical.
-Fluxo:	volume	de	urina	eliminado	pela	uretra	por	unidade	de	tempo	(ml/s).
<50	anos:	>ou=	20ml/s.ü
>50	anos:	>ou=	15ml/s.ü
-Mais	fisiológico	possível.
-Forma/perfil	da	curva	(sino).
-Fluxo	máximo	(quantidade	máxima).
-tempo	para	quantidade	máxima	(1/3	do	tempo	total).
-Tempo	de	fluxo.
-Volume.
UD	- CISTOMETRIA:
-Registro	da	pressão	vesical	durante	fase	de	enchimento.
-Reproduzir	sintomas.
-Pressão	vesical	=	pressão	abdominal	+	pressão	detrusor.
-Pressão	vesical:	cateter	ureteral	e	transdutor	de	pressão.
-Pressão	abdominal:	cateter	com	balão	cheio	de	líquido	em	reto/vagina/ostomia	em	transdutor	de	pressão.
-Infusão	de	SF	a	50ml/min.
-Após	200ml	de	infusão	testar	esforço	(Valsalva,	tosse).
-Pressão	detrusor:	normal	- pressão	vesical	baixa	durante	enchimento	com	pequeno	aumento	na	capacidade	cistométrica	
(vesical)	máxima.	
Hiperativo:	contrações	involuntárias	espontâneas	ou	desencadeadas.ü
Lesão	neurológica:	hiperreflexia,	sem	lesão	(instabilidade	detrusora)	com	sintomas,	e,	se	sem	sintomas,	não	considerar	
hipótese	diagnóstica.
ü
-Capacidade	vesical	máxima:	250-600ml.
-Complacência	normal	é	de	10ml	ou	mais/cm	H20.
-Sensibilidade.
-Pressão	de	perda	ao	esforço	(PPE):	menor	pressão	vesical	em	que	ocorre	perda.	
UD	- ESTUDO	MICCIONAL:
-Estudo	de fluxo/pressão.
-Pressão	vesical	e	fluxo	urinário	durante	a	micção.
-Obstrução	infravesical:	baixo	fluxo	e	contração	detrusora	alta.
-Hipocontratilidade	detrusora:	baixo	fluxo	e	contração	detrusora	fraca/baixa.	
TRATAMENTO	HIPERATIVIDADE	DETRUSOR:
-Comportamental (1).
-Anticolinérgicos:	oxibutinina (gera	constipação	severa	e	boca	seca)/tolterodina	e	solifenacina/darifenacina (3).
-Mirabegrona	(agonista	adrenérgico	beta	3) - droga	que	vai	relaxar	diretamente	a	musculatura	uterina	e	contrair	a	musculatura	
da	uretra.	Medicamento	caro,	pouco	acessível.
-Fisioterapia com	eletroestimulação	do	nervo	tibial	posterior	(2).
-Toxina	botulínica (4)
-Neuromodulação	sacral (5).
OBS:	Numeração	de	acordo	com	as	ordens	sequenciais	de	tratamento	que	devemos	fazer	para	a	paciente.	
TRATAMENTO	IUE:
-Fisioterapia (TMAP	-treinamento	da	musculatura	do	assoalho	pélvico).
-Cirúrgico:	restabelecer	posição	normal	da	uretra,	impedir	hipermobilidade	e	evitar	elevação	exagerada	da	uretra.
Suspensão	da	parede	vaginal;ü
Sling	suburetral	retropúbico;ü
Sling	suburetral	transobturatório;ü
Mini	Sling.ü
-Corrigir	prolapsos	vaginais	associados	durante	a	cirurgia.
-Duloxetina - inibidor	seletivo	da	recaptação	de	serotonina	e	noradrenalina,	relaxa	a	musculatura	vesical,	aumentando	a	
complacência	vesical.
-Agentes	de	preenchimento	- mais	usados	em	pacientes	que	não	tiveram	boa	resposta	cirúrgica.
-Laser	- promove	formação	de	colágeno.	
-Para	melhorar	trofismo	vaginal	- estrogênio	tópico.	Melhorando	a	qualidade	de	vida	dessa	paciente.	
OBS:	Se	a	paciente	já	fez	um	tratamento	e	falhou	é	obrigatório	fazer	urodinâmica!
-bacteriuria	assintomática	na	gestante	e	em	pacientes	que	vão	passar	por	procedimento	invasivo	- UFC	>	100.000	é	paciente	
sem	sintomas	—>	iniciamos	antibioticoterapia,	porque	é	causa	de	aborto	e	RPMO.	
Profª	Giuliana
Normal	
Alterado	
Normal	
Alterado	
Comportamento	normal	de	micção
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
14/06/2022 10:00

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