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Os caminhos da emancipação 2

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DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DA FFLCH/USP
 
HISTÓRIA DA ÁFRICA (FFLCH 0649)
 
Profa. Leila Maria Gonçalves Leite Hernandez
SEGUNDO TEXTO
 
“Em redor de DU Bois gravitavam homens como o queniano Jomo Kennyatta, os
africanos ocidentais Wallace Johson, James Casely Hayford, Nnamdi Azikiwe e, mais
tarde, Kwame Nkrumah, e o sul- africano Peter Abrahams, todos eles personagens
que haveriam de vir a desempenhar um papel importante em África. De fato,
como sublinhou George Padmore, originário da Trindade e um dos promotores do
movimento:
“O pan-africanismo diferia do garveysmo pelo fato de nunca ter sido conhecido como
um movimento para o regresso à África, mas antes como uma dinâmica filosófica
 e política e como um guia para a ação dos africanos na África que lançavam os
fundamentos das organizações de libertação nacional.”
O movimento pan-africano elaborou inúmeros relatórios, petições, recomendações,
obras, etc., que exprimiam as suas exigências e não podiam passar despercebidos,
dada a convicção que os animava e o caráter ainda invulgar desses clamores. Mas
a ideologia pan-africana só conseguia atingir uma pequena minoria de intelectuais.
O seu conteúdo continuava abstrato, ainda que transmitisse às elites africanas a
consciência do peso que a sua unidade podia representar. Nos anos 1930, a crise
econômica impediu, por falta de meios, a organização de um novo congresso. As
associações e comitês anteriormente criados continuaram ativos, nomeadamente
quando da agressão da Etiópia pela Itália, e contribuíram para o enraizamento do
movimento no próprio coração da luta contra a colonização.”
(LE CALLENNEC, Sophie. Nos caminhos da emancipação. In M’BOKOLO, Elikia. África Negra. História e Civilizações. Tomo II. Do século XIX aos nossos dias. Lisboa: Edições Colibri, 2007, p.478).

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