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Tutoria 1 - Neoplasia

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Izabelly Thays Ramos Silva - Medicina - Faculdade Integrada Tiradentes 
Tutoria 1: Neoplasia 
ENTENDER o ciclo celular 
→ A capacidade de crescer e de se 
reproduzir é atributo fundamental de 
todas as células; 
→ Em eucariontes, a gênese de novas 
células começa com o crescimento 
celular e termina com a partição de 
seu núcleo e citoplasma em duas 
células-filhas (padrão cíclico). Esse 
processo é denominado ciclo celular; 
→ O ciclo celular compreende os 
processos que ocorrem desde a 
formação de uma célula até sua 
própria divisão em duas células-filhas; 
→ O ciclo celular é responsável pela 
proliferação celular, reposição de 
células mortas e regeneração de 
partes danificadas de tecidos ou 
órgãos; 
→ Pode ser dividido em duas etapas: 
interfase e divisão propriamente dita; 
→ A interfase compreende o período 
entre duas divisões sucessivas, quando 
a célula cresce e se prepara para uma 
nova divisão; 
→ A etapa da divisão propriamente dita 
se caracteriza pela divisão do núcleo 
(cariocinese ou mitose), seguida pela 
divisão do citoplasma (citocinese); 
→ A interfase ocupa, aproximadamente, 
95% do ciclo, mas o tempo médio total 
dessa fase depende do tipo celular e 
das condições fisiológicas em que a 
célula se encontra (idade celular, 
disponibilidade de hormônios e de 
fatores de crescimento, temperatura, 
pressão osmótica, pressão hidrostática 
e pressão de oxigênio externas); 
→ Pode ser subdividida em três fases 
distintas: G1, S e G2; 
→ O período G1 (pós-mitótico ou pré-
sintético) é o intervalo entre o fim da 
mitose e o início da síntese de DNA. É 
a fase que mais sofre influência de 
fatores extracelulares e o período em 
que vários inibidores e mutações são 
capazes de bloquear a proliferação; 
→ No período G1, há síntese de RNA e 
proteínas. Dessa forma, a célula cresce 
continuamente durante essa etapa; 
Izabelly Thays Ramos Silva - Medicina - Faculdade Integrada Tiradentes 
→ A grande relevância do período G1 
deve-se ao seu papel controlador de 
uma importante decisão celular: 
continuar proliferando ou retirar-se do 
ciclo e entrar em um estado 
quiescente (G0). Essa decisão é 
determinada primariamente por sinais 
extracelulares (fatores de crescimento 
e nutrição, por exemplo), que 
desencadeiam respostas intracelulares. 
Componentes proteicos monitoram 
essas respostas, atuando em pontos 
de controle ao longo do ciclo e agindo 
de modo a induzir ou impedir sua 
progressão; 
→ Um dos pontos de controle estaria ao 
final de G1 (ponto R) e seria transposto 
apenas quando proteínas sintetizadas 
em G1 fossem acumuladas e 
alcançassem uma quantidade crítica, 
permitindo, assim, o início da fase S; 
→ Outro mecanismo de controle que 
ocorre em G1 é a interrupção 
temporária do ciclo nessa fase, em 
resposta à presença de danos no DNA, 
para que os mecanismos de reparo 
atuem antes da fase de replicação. O 
sinal de parada, em células de 
mamíferos, é dado pela proteína p53; 
→ No período S, ocorre a duplicação do 
DNA. As células terminam a replicação 
do DNA até 2 horas antes da mitose. 
Nessa fase, os eventos do ciclo celular 
passam a depender de fatores 
intracelulares; 
→ É na fase S que os pró-centríolos são 
observados; 
→ O período G2 (pós-sintético ou pré-
mitótico) compreende o intervalo 
entre o fim da síntese de DNA e a 
próxima mitose; 
→ Um outro ponto de checagem ocorre 
em G2, no qual a célula permanece até 
que todo o seu genoma seja replicado 
e reparado antes de ser transmitido a 
cada célula-filha. Existem mecanismos 
sensores que detectam qualquer 
anormalidade na replicação e enviam 
sinais negativos, bloqueando a ativação 
das moléculas que desencadeiam a 
entrada em mitose; 
→ No período G2 também ocorre o 
acúmulo do complexo ciclina-Cdk, que 
induz a entrada em mitose e é 
responsável pela condensação 
cromossômica, ruptura do envoltório 
nuclear, montagem do fuso e 
degradação da proteína ciclina; 
→ Enquanto a síntese de DNA é periódica 
na interfase, ocupando quase 
exclusivamente o período S, a síntese 
de RNA e proteínas ocorre 
continuamente durante toda a 
interfase; 
 
Izabelly Thays Ramos Silva - Medicina - Faculdade Integrada Tiradentes 
→ A mitose é subdividida em quatro 
etapas: prófase, metáfase, anáfase e 
telófase; 
→ A prófase é caracterizada pela 
condensação gradual das fibras de 
cromatina, que se tornam mais curtas 
e espessas, até formar cromossomos. 
As proteínas condensinas são 
responsáveis pelo estabelecimento das 
alças que compactam o cromossomo. 
As duas cromátides de um 
cromossomo são mantidas unidas por 
um complexo de proteínas 
denominadas coesinas; 
→ Ainda na prófase, os nucléolos se 
desorganizam, os centrossomos agem 
na formação do fuso, a síntese de 
RNAm e RNAr para e a de RNAt se 
reduz; 
→ Com a complementação do 
alinhamento dos cromossomos na 
região equatorial da célula (placa 
metafásica), tem início a metáfase. 
Nessa etapa, os cromossomos atingem 
um avançado estado de condensação; 
→ Na anáfase, ocorre a separação e a 
migração das cromátides-irmãs. Os 
microtúbulos das fibras cinetocóricas 
encurtam e, assim, aproximam os 
cromossomos-filhos dos polos; 
→ O restabelecimento do envoltório 
nuclear e da identidade do núcleo tem 
início no final da anáfase; 
→ A telófase inicia-se quando os 
cromossomos-filhos alcançam os polos. 
Ocorrem, então, a reconstituição dos 
núcleos (descondensação da 
cromatina, reaquisição da capacidade 
de transcrição, reorganização dos 
nucléolos e reconstrução do envoltório 
nuclear) e a divisão citoplasmática, 
formando, assim, duas células-filhas; 
→ Os eventos da telófase ocorrem pela 
inativação do complexo ciclina-Cdk. 
 
CITAR os fatores que modificam o ciclo 
celular 
→ Fatores externos (substâncias 
químicas, irradiação, patógenos e 
fatores comportamentais) X Fatores 
internos (hormônios, condições 
imunológicas, fatores genéticos e 
mutações genéticas); 
→ Oncogênese física: a energia radiante, 
solar e ionizante é a mais importante 
dos carcinógenos físicos. O mecanismo 
de carcinogênese pela radiação reside 
na sua capacidade de induzir mutações. 
Izabelly Thays Ramos Silva - Medicina - Faculdade Integrada Tiradentes 
Essas mutações podem resultar de 
algum efeito direto da energia radiante 
ou de efeito indireto, intermediado pela 
produção de radicais livres a partir da 
água ou do oxigênio. Radiações na 
forma de partículas (alfa e nêutrons) 
são mais carcinogênicas do que ondas 
eletromagnéticas (X e gama); 
→ Oncogênese química: é um processo 
sequencial, dividido em duas fases. A 
primeira etapa, de iniciação, consiste de 
um fator carcinogênico ou iniciador 
que causa dano ou mutação celular. As 
células “iniciadas” permanecem latentes 
até a ação de agentes promotores. A 
segunda etapa, de promoção, estimula 
o crescimento da célula que sofreu 
mutação. Os fatores de promoção 
podem ser agentes químicos, 
processo inflamatório, hormônios e 
fatores que atuam no crescimento 
celular normal, mas não têm ação 
mutagênica ou carcinogênica.; 
→ Oncogênese biológica: diversos vírus 
de DNA e de RNA produzem cânceres 
em humanos. Entre os vírus de DNA, 
encontram-se os do Papilomavírus 
Humano (HPV), de Epstein-Barr (EBV) 
e o da hepatite B (HBV). Os vírus de 
RNA se relacionam mais raramente 
com o câncer humano. O único 
comprovadamente oncogênico é o 
retrovírus HTLV 1. Outros agentes 
biológicos são suspeitos de 
promoverem a carcinogênese, como a 
bactéria Helicobacter pylori; 
→ Oncogenes: parece certo que etapas 
da iniciação e promoção de um tumor 
e a própria existência de uma neoplasia 
maligna depende da expressão 
aumentada de oncogenes, ocasionada 
por amplificação, expressão alterada 
de genes repressores ou mutações 
críticas em áreas de determinado 
oncogene. 
 
EXPLICAR como os agentes patogênicos, 
os processosinflamatórios e o histórico 
familiar modificam o ciclo celular 
→ Agentes patogênicos: acredita-se que 
os agentes carcinogênicos biológicos 
atuem como promotores da 
proliferação celular, criando condições 
propícias para mutações por erros de 
transcrição do DNA. Os vírus agem 
pela incorporação do seu DNA ao da 
célula hospedeira, que passa a ser 
utilizada para a produção de novos 
vírus. Durante esse processo, ou até 
anos depois, pode haver a inativação 
de anti-oncogenes celulares pelas 
proteínas virais, inibindo a apoptose, ou 
a ativação de proto-oncogenes 
humanos ou virais, que estimulam a 
replicação celular. No entanto, diversos 
estudos demonstram que apenas 
essas alterações genômicas não são 
capazes de induzir a transformação 
maligna de uma célula. Para isso, são 
Izabelly Thays Ramos Silva - Medicina - Faculdade Integrada Tiradentes 
necessárias mutações adicionais, 
facilitadas pelas frequentes mitoses que 
ocorrem nas células infectadas; 
→ Processos inflamatórios: contribuem 
para o desenvolvimento tumoral 
através de indução de instabilidade 
genômica, alterações de agentes 
epigenéticos e, consequentemente, 
expressão inapropriada de genes, 
estimulação da proliferação e 
resistência à apoptose, indução de 
angiogênese tumoral e remodelação 
tumoral, com consequente promoção 
da invasão e metastização. O vínculo 
entre a inflamação e a carcinogênese 
consiste na via intrínseca, ativada por 
eventos genéticos (ativação de 
oncogenes por mutação, rearranjos 
cromossômicos e inativação de genes 
supressores tumorais), e na via 
extrínseca, em que condições 
inflamatórias aumentam o risco de 
desenvolvimento de cancro em 
determinados locais anatômicos; 
→ Histórico familiar: a presença de uma 
mutação (fator genético) exerce um 
importante papel na predisposição 
para o desenvolvimento de tumores. 
Essa mutação genética é transmitida 
de geração em geração e, quando 
presente, determina uma frequência 
maior de casos de câncer em uma 
família. Para alguns tipos de câncer, 
como câncer de mama, de intestino e 
sarcomas, por exemplo, já se 
conhecem os genes onde essas 
mutações estão presentes. 
 
COMPREENDER a neoplasia mamária 
 
 
→ As células cancerosas comportam-se 
de forma diferente das células normais 
do corpo. Por exemplo, as células 
cancerosas podem multiplicar-se em 
cultura sem que sejam adicionados 
fatores de crescimento ou sinais de 
proteína que estimulam o crescimento; 
→ As células cancerosas podem fabricar 
seus próprios fatores de crescimento 
ou, no contexto do corpo, até mesmo 
enganar as células vizinhas e fazê-las 
produzir fatores de crescimento para 
sustentá-las; 
→ As células cancerosas também 
ignoram sinais que deveriam levá-las a 
interromper sua divisão. Além disso, 
grande parte dessas células expressam 
a enzima telomerase, que reverte o 
desgaste das extremidades dos 
cromossomos provocado pela 
Os mais importantes genes 
supressores de tumor associados ao 
câncer de mama são os genes BRCA1 
e BRCA2. Mulheres portadoras de 
mutações no BRCA1 possuem até 80% 
de chance de desenvolver câncer de 
mama. 
Izabelly Thays Ramos Silva - Medicina - Faculdade Integrada Tiradentes 
multiplicação celular, permitindo, então, 
que elas se dividam várias vezes; 
→ A capacidade de migrar para outras 
partes do corpo (metástase) e a de 
promover o crescimento de novos 
vasos sanguíneos (angiogênese) 
também estão presentes nas células 
cancerosas; 
→ O câncer de mama é uma doença 
causada pela multiplicação 
desordenada de células anormais da 
mama, formando um tumor 
potencialmente metastático; 
→ O câncer de mama também acomete 
homens (1% do total de casos); 
→ Fatores de risco: a idade é um dos 
mais importantes (quatro em cada 
cinco casos ocorrem após os 50 anos); 
→ Sinais e sintomas: 
• Qualquer nódulo mamário em 
mulheres com mais de 50 anos; 
• Nódulo mamário em mulheres com 
mais de 30 anos, que persistem 
por mais de um ciclo menstrual; 
• Nódulo mamário de consistência 
endurecida e fixo ou que vem 
aumentando de tamanho, em 
mulheres adultas de qualquer idade; 
• Descarga papilar sanguinolenta 
unilateral; 
• Lesão eczematosa da pele que 
não responde a tratamentos 
tópicos; 
• Homens com mais de 50 anos com 
tumoração palpável unilateral; 
• Presença de linfadenopatia axilar; 
• Aumento progressivo do tamanho 
da mama com a presença de sinais 
de edema, como pele com 
aspecto de casca de laranja; 
• Retração na pele da mama; 
• Mudança no formato do mamilo. 
→ Rastreio: 
• Exame clínico das mamas; 
• Mamografia de rastreamento: 
exame realizado quando não há 
sinais e sintomas suspeitos, 
ofertado pelo SUS para mulheres 
entre 50 e 69 anos, a cada dois 
anos. A mamografia é uma 
radiografia das mamas feita por um 
equipamento de raios X, chamado 
mamógrafo, capaz de identificar 
alterações suspeitas de câncer 
antes do surgimento de sintomas. 
A mamografia diagnóstica não 
apresenta uma boa sensibilidade 
em mulheres jovens, pois, nessa 
idade, as mamas são mais densas e 
o exame apresenta muitos 
resultados incorretos; 
• Ultrassonografia; 
• Ressonância magnética. 
Izabelly Thays Ramos Silva - Medicina - Faculdade Integrada Tiradentes 
→ Diagnóstico: a confirmação diagnóstica 
é feita por meio de biópsia, técnica que 
consiste na retirada de um fragmento 
do nódulo ou da lesão suspeita por 
meio de punções ou de uma pequena 
cirurgia.

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