Buscar

TENDINOPATIA BURSITE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
AULA 6: TENDINOPATIA/ BURSITE 
1
1. Introdução 
 A Tendinopatia é uma classe de doenças que afetam os tendões → Tendinite e 
peritendinite 
 Podem ter origem degenerativa ou traumática 
 Apresenta dor relacionada à atividade (movimentação), edema local, sensibilidade focal à 
palpação e diminuição da força 
 Pode apresentar outros sinais flogísticos, mas não são tão comuns 
 endinopatias e rupturas tendinosas são situações comuns na prática médica e respondem 
por cerca de 30% de todas as consultas feitas por doenças no aparelho 
musculoesquelético. Nesta forma de envolvimento a porção tendinosa das unidades 
musculotendíneas perdem a arquitetura colágena normal sendo substituídas por um 
material amorfo e mucinoso. Acredita-se que o aumento de suporte de cargas mecânicas, 
seja ele por aumento na duração ou na quantidade de carga, desencadeie morte celular 
programada ou apoptose. 
 As tendinopatias afetam a função física de um indivíduo; causam dor e sofrimento. Podem 
ter implicações econômicas importantes gerando impacto negativo na qualidade de vida 
de seu portador. Diagnóstico precoce e correto é importante no tratamento adequado, 
evitando-se assim, a cronicidade e a incapacidade. Os tendões mais vulneráveis são os de 
Aquiles, o patelar, o do manguito rodador do ombro e os extensores carpis radialis brevis. 
 Existem dois tipos principais de doenças em tendões: a entesopatia e a tendinopatia. Na 
primeira, os processos mecânico e inflamatório acontecem na inserção do tendão no osso; 
na segunda, ela afeta a porção média do tendão. Estes dois tipos devem ser discriminados, 
já que têm causas diferentes. 
 Tem sido demonstrado que a obesidade está associada com tendinopatias. Além dos 
problemas de saúde associados com obesidade, que já estão bem estabelecidos como 
doenças vasculares e cardíacas, as implicações do envolvimento musculoesquelético 
geradas pelo sobrepeso vêm sendo estudadas cada vez mais, devido ao fato de gerarem 
grandes perdas econômicas. A obesidade está se tornando um dos problemas mais graves 
e muito prevalente na saúde pública de todo o mundo. Uma projeção da Organização 
Mundial de Saúde mostrou que, em 2015, 2,3 bilhões de adultos teriam sobrepeso e mais 
de 700 milhões seriam obesos. Este fato estressa a importância de se estudar as 
implicações da obesidade na vida diária. 
 Tendinopatia é um termo geral para descrever a degeneração do tendão caracterizada por 
uma combinação de dor, edema e desempenho comprometido. Os locais comuns incluem 
o manguito rotador (tendão supraespinhal), extensores do punho (epicôndilo lateral) e 
pronadores (epicôndilo medial), tendões patelar e do quadríceps e tendão de Aquiles. A 
etiologia exata não é clara. Estudos sugerem que se trata de uma condição de uso 
excessivo que provoca regeneração inadequada do tendão que o predispõe a 
microrrupturas e degeneração. O tratamento consiste em alteração nas atividades, 
repouso relativo, gelo, alongamento e fortalecimento. Alongamento e fortalecimento são 
mais bem orientados por um fisioterapeuta. A terapia extracorpórea por ondas de choque 
ou a injeção de plasma rico em plaquetas guiada por ultrassonografia podem ser 
consideradas na tendinopatia recalcitrante, mas seus usos ainda são controversos. Os que 
não melhorarem com terapia conservadora devem buscar avaliação cirúrgica. 
 A bursite é uma condição dolorosa que afeta as pequenas bolsas cheias de líquido - 
chamadas de bursas - que amortecem os ossos, tendões e músculos próximos às 
articulações. A bursite ocorre quando as bursas ficam inflamadas. Os locais mais comuns 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
AULA 6: TENDINOPATIA/ BURSITE 
2
para a bursite são o ombro, o cotovelo e o quadril. Mas você também pode ter bursite no 
joelho, calcanhar e no glúteo. A bursite ocorre perto de articulações que realizam 
movimentos repetitivos frequentes exatamente pelo estresse mecânico local. O 
tratamento geralmente envolve o repouso da articulação afetada e a proteção contra 
novos traumas. Na maioria dos casos, a dor da bursite desaparece em algumas semanas 
com o tratamento adequado, mas surtos recorrentes de bursite são comuns. Em geral, a 
bursite é encontrada igualmente na população masculina e feminina. No entanto, alguns 
tipos de bursite têm uma predileção feminina documentada, especificamente a bursite da 
pata anserina (na face interna do joelho) e a bursite trocantérica (na face lateral do 
quadril). Além disso, essas formas de bursite são mais comuns em indivíduos com excesso 
de peso e desvios/alterações em relação à anatomia normal. A bursite no ombro (ou 
bursite subacromial), é vista com mais frequência em pessoas que participam de atividades 
físicas repetitivas com esta articulação, como atletas, operários e trabalhadores braçais. 
Mas também é frequente em pessoas que passam longos períodos em uso de computador 
e mouse. 
2. Formação e estrutura do tendão 
 Os tendões são estruturas capazes de transmitir ao osso a força de tensão gerada pela 
contração muscular. Apresentam variações na forma e no tamanho podendo ser cilíndricos 
ou achatados. 
 Morfologicamente o tendão é um tecido conjuntivo denso modelado, fibroso, composto 
essencialmente por fibras altamente ordenadas em feixes. Este tecido exibe uma 
hierarquia estrutural e pode ser subdivido em fascículos, fibras, fibrilas e microfibrilas (LIN 
et al., 2004). Cerca de 90 a 95% do seu componente celular são compostos de fibroblastos 
e fibrócitos. Os fibroblastos com numerosas organelas citoplasmáticas refletem sua alta 
atividade metabólica, característica típica de células que estão sintetizando grandes 
quantidades de componentes da matriz extracelular (MEC). Com o decorrer da idade os 
fibroblastos tornam-se alongados e se transformam em fibrócitos quiescentes, contudo, 
estas células mantêm a capacidade de síntese, que pode ser reativada durante processos 
de reparo após uma lesão do tendão (HAYEM, 2001; ESQUISATTO et al., 2003; SHARMA & 
MAFFULLI, 2006). O restante do componente celular é formado por condrócitos na região 
de inserção, células sinoviais e células vasculares. Os fibroblastos sintetizam colágeno, 
proteoglicanos e proteínas não-colagênicas, que são os componentes da MEC, e 
juntamente com os fibrócitos localizam-se entre a MEC depositada por eles. 
 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
AULA 6: TENDINOPATIA/ BURSITE 
3
3. Tendinopatia do ombro 
 Músculos que formam o manguito rotador 
❖ Supraespinhal 
❖ Infraespinhal 
❖ Subescapular 
❖ Redondo menor 
 O supraespinhal é o músculo mais comum de estar 
relacionado com lesões → Ruptura e síndrome do 
impacto 
 Brusa subacromial 
 Síndrome do impacto 
4. Tendinopatia do cotovelo 
 Epicondilite lateral (cotovelo do tenista) → Dor na origem dos 
tendões extensores do punho 
 Epicondilite medial (cotovelo do golfista) → Dor na origem dos 
flexores 
5. Tendinopatia do punho 
 Seis compartimentos extensores 
 Tendinopatia do primeiro túnel → Síndrome de “de 
Quervain”; sendo o mais comum 
 
6. Tendinopatia do Aquiles 
 Tríceps sural 
❖ Gastrocnêmio 
❖ Sóleo 
 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
AULA 6: TENDINOPATIA/ BURSITE 
4
7. Fasciite plantar (esporão calcâneo) 
 Dor matinal 
 Melhora com o uso de salto alto 
 É causado pelo encurtamento da cadeia posterior 
8. Tendinopatia do quadril 
 Anamnese 
 Exame físico 
❖ Dor a palpação da face lateral do quadril 
❖ Dor ao realizar abdução ativa 
❖ Edema local 
❖ Macha em Trendelemburg → O paciente manca pela 
insuficiência da musculatura 
 Exames complementares 
❖ USG 
❖ RNM → Padrão ouro 
 
*Imagem em T2 
 Epidemiologia 
❖ Mulheres a partir da sexta década de vida 
❖ Adiposidade ginóide 
 
❖ Falta de atividade física regular 
❖ Associação com lombalgia crônica 
❖ Transtornos depressivosde qualquer face 
9. Tratamento 
 Reabilitação 
 Repouso relativo 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
AULA 6: TENDINOPATIA/ BURSITE 
5
 Controle clínico das comorbidades associadas 
 Analgésicos e anti-inflamatórios 
❖ Dipirona/ Paracetamol 
❖ Tramadol/ Codeína 
❖ Diclofenaco/ Celocoxibe 
❖ Amitriptilina/ Duolexetina 
 Estímulo da atividade física bem orientada 
 Cinesioterapia 
 Terapia local 
❖ Infiltração de corticoide → Anestésico (Bupivacaína/ Lidocaína) associado com 
Betametasona (usar o mínimo possível); processo pode ser guiado por USG/ RNM 
*Corticoide aumenta o risco da ruptura do tendão, pois induz a apoptose celular 
❖ Terapia com ondas de choque → São ondas acústicas de alta energia; estimula a 
regeneração tecidual; processo doloroso; não induz ruptura; custo um pouco elevado 
❖ Fenestração → Baixo custo; múltiplas punções de face lateral da coxa com agulha guiada 
por USG; induz crise vascular local; poucos estudos 
❖ PRP→ Diversos estudos nos últimos anos utilizando-o; desfecho semelhante com a 
infiltração com corticoide; retorno dos sintomas após dois a quatro meses; técnica 
segura; baixo custo 
 
*Coleta sangue periférico, centrifuga, aspira os últimos 20% do plasma (rico em 
plaquetas) e injeta no tendão lesado para que esses fatores de crescimento plaquetário 
induza regeneração/ cicatrização 
❖ Infiltração com ácido hialurônico → Bons resultados; poucos estudos clínicos a longo 
prazo; fácil execução; baixo custo 
 
❖ Tratamento cirúrgico → Última instância; alto custo; capacidade de restaurar a anatomia; 
indicada nos casos em que o paciente aderes a terapia multidisciplinar e não tem 
resposta a terapia local (acompanhado por 3-6 meses para avaliação cirúrgica); pode ser 
realizado por via aberta ou endoscópica 
Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
AULA 6: TENDINOPATIA/ BURSITE 
6
❖ Terapia com CMMO → Bons resultados in vitro; tratamento de Tendinopatia patelar, 
epicondilite lateral e do manguito rotador do ombro; estudo pioneiro; resultados 
positivos em relação a dor e escore funcional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências bibliográficas 
Aula de Dr. Davi (22/03/2021) 
CASTRO, A. D. A., SKARE, T. L., NASSIF, P. A. N., SAKUMA, A. K., & BARROS, W. H. (2016). 
Tendinopatia e obesidade. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), 29, 107-
110. 
PINTO, A. L. D. S., & LIMA, F. R. (2015). Tendinopatias e bursites. In Manual do residente de 
clínica médica. Manole.

Outros materiais