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Discursivas Contabilidade Financeira

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Discursivas Contabilidade Financeira
1 – Cite alguns benefícios da adoção de um conjunto de normas similares em diferentes países podem ser citados:
♣ Melhora da qualidade da informação contábil;
♣ Maior transparência para os investidores;
♣ Melhora na captação de crédito em instituições financeiras de outros países;
♣ Comparabilidade das Demonstrações entre empresas de diferentes países;
♣ Redução dos custos contábeis em empresas que possuem filiais em vários países;
♣ Maior acesso aos investimentos estrangeiros.
2 – O que é Contabilidade?
A Contabilidade é uma ciência do ramo das ciências sociais aplicadas, que objetiva o controle do patrimônio das
entidades, fornecendo informações aos seus diversos grupos de usuários para a tomada de decisão. A Contabilidade
Financeira elabora demonstrações para atender às necessidades de seus usuários.
3 – A definição de Contabilidade está ligada diretamente a três conceitos:
4 - Mas o que é o “patrimônio”?
É o objeto da Contabilidade. Santos et al. (2011, p. 27) conceituam o patrimônio como: o conjunto de bens
materiais e imateriais, direitos e obrigações avaliáveis em moeda e vinculados à entidade pela
propriedade, posse ou controle, dos quais a mesma possa dispor no desenvolvimento de seus negócios.
Vamos analisar cada um dos termos:
1. Bens: são os itens pertencentes à entidade, avaliáveis em dinheiro e utilizados para a satisfação das
necessidades humanas. Podem ser classificados de acordo com o ponto de vista contábil ou quanto a sua natureza.
Quanto ao ponto de vista contábil, Ávila (2011) divide em:
a. Bens de troca: são os que têm por finalidade serem trocados por outros bens, direitos ou obrigações. São
comumente conhecidos como mercadorias, mas o próprio dinheiro constitui-se em bens de troca.
b. Bens de uso: são os bens utilizados pela empresa de maneira permanente, que não desaparecem após o uso,
podendo ser utilizados mais vezes. Como exemplo citamos os veículos, os imóveis, as máquinas, os equipamentos
de informática etc.
c. Bens de consumo: são os bens consumidos durante o processo de utilização. Não podem ser utilizados
novamente, pois desaparecem durante a utilização pela empresa. Como exemplo citamos o material de expediente,
o combustível, o adubo etc.
Quanto à natureza, Ribeiro (2011) divide os bens em:
a. Materiais: são os bens tangíveis, que possuem corpo (corpóreos). Como exemplo citamos a matéria-prima, as
máquinas, as peças, as mercadorias etc.
b. Imateriais: são os bens intangíveis, que não possuem corpo (incorpóreos). São gastos realizados pela
empresa, embora não possuam substância física, são considerados bens com valor econômico. Como exemplo
citamos marcas, patentes, fundo de comércios etc.
2. Direitos: são os valores que a empresa tem a receber de terceiros. As operações realizadas pelas empresas
originam valores a receber de terceiros, que representam os direitos da empresa. Como exemplo citamos os valores
a receber originados das vendas a prazo, duplicatas a receber, aluguéis a receber, impostos a recuperar etc.
3. Obrigações: são os valores que a empresa tem a pagar para terceiros. Representam dívidas que a empresa
assume com terceiros, que irão requerer a saída de recursos. Como exemplo, citamos os valores com fornecedores,
contas a pagar, salários a pagar, impostos a pagar etc.
5 - Origem e Marco da Contabilidade:
Obra = Summa de arithmetica, geometrica, proportioni et proportionalita, publicada pelo Frei Lucca Paccioli, em 1494.
6 - Quem são os usuários da Contabilidade?
Os usuários contábeis são divididos em:
♣ Usuários internos: representa o grupo de usuários que tem sua atuação dentro da empresa. É o usuário que
administra ou participa, direta ou indiretamente, na gestão da empresa. Como exemplo pode-se citar diretores,
gestores e administradores. A Contabilidade voltada para esse público é denominada Contabilidade Gerencial, que
objetiva o fornecimento de informações customizadas, ou seja, elaboradas de acordo com as necessidades
específicas desses usuários, para que possam utilizá-las no controle e direcionamento dos negócios.
♣ Usuários externos: representa o grupo de usuários que não participa do processo de gestão da empresa.
Como exemplo pode-se citar investidores, fornecedores, bancos e governo. A Contabilidade que fornece informações
a esse grupo de usuários é denominada Contabilidade Financeira, que elabora Demonstrações Contábeis
observando as normas e legislação vigente. É mais rígida que a Contabilidade Gerencial, pois além de fornecer
informações úteis e que reflitam as operações da empresa, precisa possibilitar a comparação entre empresas.
7 - Vamos analisar agora alguns usuários e as respectivas necessidades, de acordo com Ludícibus et al. (2010).
Lembramos que outros usuários podem utilizar-se da informação contábil, além dos relacionados a seguir, como
concorrentes, agências regulamentadoras, sindicatos, entre outros.
Uso da informação contábil
- Sócios e acionistas - Risco, qualidade do investimento, metas e negócios.
- Administradores - Gestão do negócio.
- Empregados - Manutenção do emprego.
- Credores e fornecedores - Capacidade de pagamento.
- Clientes - Entrega dos bens.
- Governo - Geração de renda, geração de tributos e políticas públicas.
- Público - Contribuição à sociedade.
8 – Defina o que são postulados, princípios e convenções, segundo Ludícibus (2010):
♣ Postulados: são definidos como pilares da estrutura conceitual da Contabilidade, servindo de base para a
construção de princípios e convenções. Representa uma proposição ou observação de certa realidade que pode ser
considerada não sujeita à verificação, sendo um consenso.
♣ Princípios: são conceituados como premissas básicas acerca dos fenômenos e eventos contemplados pela
Contabilidade, premissas que são a cristalização da análise e observação da realidade econômica, social e
institucional. Representam regras que fornecem a base para a doutrina contábil e devem ser observadas pela prática
contábil.
♣ Convenções: se os princípios representam regras principais e amplas acerca dos fenômenos contábeis, as
convenções representam os limites, restringindo ou qualificando as ações dos profissionais envolvidos com a
Contabilidade.
9 - Você já se perguntou como é possível a comparação de empresas que atuam em setores diferentes e tenham
tamanhos e operações distintos?
A comparação é possível pois a Contabilidade possui estruturas conceituais que devem ser observadas por todos as
empresas no registro, na apuração e na elaboração dos seus demonstrativos. São os Postulados, os
Princípios e as Convenções que devem ser seguidos na prática contábil.
10 - As bases conceituais contábeis serão apresentadas na sequência sob duas óticas: do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) e do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC):
11 - Conselho Federal de Contabilidade (CFC) – Resolução CFC n. 750/93:
12 - Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) – CPC 00:
13 - O objeto de estudo da Contabilidade é o Patrimônio das entidades, que é composto pelos bens, pelos direitos e
pelas obrigações.
O patrimônio possui características qualitativas e quantitativas:
♣ Características qualitativas: representam a divisão do patrimônio nos elementos que o compõem, como
prédios, veículos, máquinas, valores a pagar, entre outros. Esses elementos são agrupados de acordo com as suas
características, ou seja, os veículos da empresa estarão nominados na conta de veículos, independentemente do
tipo.
♣ Características quantitativas: representam os valores atribuídos a cada um dos elementos do patrimônio.
Demonstram os montantes que os bens, os direitos e as obrigações estão registrados na empresa.
O patrimônio de uma empresa é demonstrado por meio do Balanço Patrimonial, que é uma Demonstração Contábil
com dois lados, representando uma balança que se equilibra entre os bens, os direitos e as obrigações.
14 - As contas são classificadas em Contas Patrimoniais e de Resultado.
Contas Patrimoniais: São utilizadas para controle e apuração do patrimônio. Estão divididasem:
♣ Contas do Ativo: como exemplo as contas de Clientes, Impostos a Recuperar, Estoque de Mercadorias,
Equipamentos de informática etc.
♣ Contas do Passivo Exigível: como exemplo as contas de Fornecedores, Arrendamento Mercantil, Impostos a
Pagar, Financiamentos etc.
♣ Contas do Patrimônio Líquido: como exemplo as contas do Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de
Lucros, Ajuste de Avaliação Patrimonial etc.
Contas de Resultado: São utilizadas para a apuração do resultado do exercício (lucro ou prejuízo). São elas:
♣ Contas de receitas: como exemplo citamos as Vendas de Mercadorias, Receita de Prestação de Serviço,
Juros Recebidos, Variação Cambial, etc.
♣ Contas de despesas: como exemplo citamos as despesas com salários, energia elétrica, impostos, juros pagos
etc.
15 – Onde são utilizadas as contas de compensação?
Contas de Compensação: São utilizadas para registro de operações que não interferem no patrimônio da
empresa. Uma assinatura de um contrato de fornecimento de produtos ainda não é uma operação que deve ser
contabilizada, pois não altera o patrimônio e dependerá de outros acontecimentos. Mas a empresa pode controlar
tais eventos em contas de compensação, que não correspondem a contas patrimoniais ou de resultado.
16 - Método das Partidas Dobradas
Crepaldi (2010, p. 108) explica que “o método das partidas dobradas, também conhecido como ‘digrafia’, foi estudado
e difundido pelo frade italiano Luca Paccioli, em 1494, permanecendo até hoje”. O método indica que para o registro
de qualquer operação contábil deve haver um débito em uma ou mais contas e um correspondente crédito em uma
ou mais contas. Os montantes debitados serão sempre iguais aos montantes creditados. Desta forma, não há um
débito sem um crédito de igual valor.
17 - Mecanismos de débitos e créditos
De acordo com Leite (2010), todas as operações ocasionam aumentos e diminuições de Ativo, Passivo e Patrimônio
Líquido. Esses aumentos e diminuições são indicados por meio dos débitos e créditos efetuados nas contas.
♣ Debitar uma conta é registrar um valor na coluna do débito.
♣ Creditar uma conta é registrar um valor na coluna do crédito.
18 - Saldo de uma conta
É a diferença positiva entre o total de débitos e o total de créditos efetuados na conta. Dessa forma, demonstrando
de acordo com Ferrari (2013, p. 183), existem dois tipos de saldo:
♣ Saldo a débito / devedor: se o total de débitos for maior que o total de créditos;
♣ Saldo a crédito / credor: se o total de créditos for maior que o total de débitos.
As contas que possuem os seus saldos a débito (ou devedores) são:
♣ Contas do Ativo;
♣ Contas retificadoras do Passivo Exigível e PL;
♣ Contas de Despesas.
As contas que possuem os seus saldos a crédito (ou credoras) são:
♣ Contas do Passivo Exigível e Patrimônio Líquido;
♣ Contas retificadoras do Ativo;
♣ Contas de Receita.
19 - Podemos montar um resumo de como os saldos das contas se modificam pelo método das partidas dobradas:
20 - Lançamentos Contábeis
Lançamento é o nome atribuído ao registro de operações na Contabilidade. As operações da empresa geram
lançamentos, constituídos de cinco elementos essenciais, que são:
1. Data da ocorrência do fato;
2. Conta a ser debitada;
3. Conta a ser creditada;
4. Histórico;
5. Valor.
21 – Quais são as Demonstrações Contábeis obrigatórias são?
 Balanço Patrimonial
 Demonstração do Resultado
 Demonstração do Resultado Abrangente
 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
 Demonstração dos Fluxos de Caixa
 Demonstração do Valor Adicionado
 Notas Explicativas
22 – O que o Plano de contas faz?
O plano de contas orienta a escrituração contábil de uma empresa, introduzindo uma padronização nas contas
contábeis utilizadas para o registro das operações da empresa. Segundo Iudícibus e Marion (2010, p.49), o plano de
contas “é o conjunto de contas, previamente estabelecido, para orientar a execução da contabilidade de uma
empresa”.
O plano de contas, apesar de apresentar uma padronização de contas contábeis, não é padronizado de empresa
para empresa. Sua elaboração deve levar em consideração algumas características da empresa em que será
utilizado, como:
 Tamanho da empresa;
 Atividades desenvolvidas pela empresa;
 Nível de interesse dos usuários;
 Os sistemas utilizados pela empresa.
23 - Diversos autores recomendam a codificação do Plano de Contas para facilitar a identificação das contas. A
codificação no primeiro nível seria:
1. para todas as contas do Ativo;
2. para todas as contas do Passivo e Patrimônio Líquido;
3. para todas as contas de Receitas, Deduções da Receita, Custos e Despesas (alguns autores e empresas utilizam
mais divisões para as contas de Resultados, como 3 para Receita, 4 para Despesas, etc.).
24 - Na sequência, de acordo com os demais subgrupos, criam-se subníveis. A divisão dos subníveis obedece à
divisão da Lei 6.404/76, atualizada pela Lei 11.941/09:
A codificação do segundo nível seria:
Contas do Ativo
1.1 Ativo Circulante (curto prazo, até 12 meses);
1.2 Ativo Não Circulante (longo prazo, acima de 12 meses).
Dentro de cada um dos subgrupos (1.1 e 1.2), a abertura das contas obedece ao critério de liquidez do recebimento,
ou seja, as primeiras são as que mais facilmente são convertidas em dinheiro.
Contas do Passivo e Patrimônio Líquido
2.1 Passivo Circulante (curto prazo, acima de 12 meses);
2.2 Passivo Não Circulante (longo prazo, acima de 12 meses);
2.3 Patrimônio Líquido.
Dentro de cada um dos subgrupos (2.1, 2.2 e 2.3) a abertura das contas obedece ao critério de prioridade no
pagamento, ou seja, as primeiras contas são as que primeiramente deverão ser liquidadas.
Contas de Resultado
A abertura das contas é de acordo com a Estrutura da Demonstração do Resultado, que estudaremos nas aulas
seguintes.
A codificação do terceiro nível em diante seria:
♣ Caixa e Equivalentes de Caixa;
♣ Caixa;
♣ Caixa Matriz;
♣ Bancos;
♣ Banco A.
Neste nível são criadas contas de subgrupos contábeis (ex: Caixa) e contas contábeis que receberão os lançamentos
(ex: Caixa Matriz).
Para simplificar, vamos acompanhar agora um exemplo das primeiras contas da estrutura de um Plano de Contas:
1 Ativo 1.1 Ativo Circulante
1.1.1 Caixa e Equivalentes de Caixa
1.1.1.1 Caixa
1.1.1.1.1 Caixa Matriz
1.1.1.1.2 Caixa Filial
1 1.1.1.2 Bancos Conta movimento
1.1.1.2.1 Banco A
1.1.1.2.2 Banco B
Podemos verificar os seguintes níveis nesse exemplo:
Contas Sintéticas e Analíticas
Aproveitando o exemplo apresentado, é preciso observar que algumas contas não terão lançamentos contábeis,
porém serão utilizadas para mostrar o somatório das contas dentro de cada grupo. Os lançamentos são efetuados
somente nas contas chamadas de analíticas. A divisão entre contas é a seguinte:
♣ Sintéticas: contas títulos, que não recebem lançamentos, só totalizam os valores. Ex: Ativo, Ativo Circulante,
Caixa e Equivalentes de Caixa, Caixa e Bancos Conta Movimento.
♣ Analíticas: contas que recebem lançamentos. Ex: Caixa Matriz, Caixa Filial 1, Banco A e Banco B.
25 – O que é o Regime de Caixa?
O Regime de Caixa é aquele em que são consideradas receitas e despesas do exercício as que efetivamente são
recebidas e pagas dentro de determinado período.
O regime de caixa é utilizado pela Contabilidade de órgãos públicos e para fins tributários, quando a Legislação fiscal
permitir a tributação pelo regime de caixa
26 – O que é Regime de Competência?
As receitas e as despesas são consideradas em função do seu fato gerador e não em função do recebimento da
receita ou pagamento da despesa, em dinheiro.
27- O Plano de Contas é o conjunto de contas previamente estabelecido para orientar a execução da contabilidade
de uma empresa. Analise as características descritas a seguir, identificando as que são corretas em relação ao Plano
de Contas e sua elaboração nas empresas.
I – O Plano de Contas é elaborado observando-se as características de cada empresa.
II – O tamanho da empresa, a atividade desenvolvida e a necessidade dos usuários, são exemplos de itens que
devem ser observados na elaboraçãodo Plano de Contas.
III – Para facilitar o uso e entendimento dos usuários, o Plano de Contas deve ser elaborado utilizando-se somente
um nível de codificação, o que permitirá a fácil compreensão das contas contábeis.
IV – Objetivando preparar o Plano de Contas para o crescimento da empresa, ele deve ser flexível, para permitir as
modificações, como inclusão de novas contas e alterações de contas existentes.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente a alternativa I está correta.
b) Somente as alternativas I e II estão corretas.
c) Somente as alternativas I, II e IV estão corretas.
d) Somente as alternativas I, III e IV estão corretas.
e) As alternativas I, II, III e IV estão corretas.
Gabarito:
A alternativa correta é a c.
A alternativa III está incorreta, pois a criação de níveis de codificação no Plano de Contas permitirá que este torne-se
mais acessível aos usuários, pois as contas estarão mais organizadas, relacionando cada subconta dentro da conta
Título a que pertence.
28 - A empresa Exemplo Industrial Ltda. possui como principal insumo na fabricação de seus produtos a energia
elétrica. Em determinado mês, a fatura enviada pela fornecedora de energia foi recebida pela empresa no dia 30 de
abril, tendo como data de vencimento o dia 10 do mês subsequente. A empresa realiza o registro contábil da
Despesa com Energia Elétrica no dia 30 do mês de abril. O regime contábil que embasa a contabilização da empresa
é o:
a) Regime de Pagamento.
b) Regime de Caixa.
c) Regime Misto.
d) Regime de Competência.
e) Regime de Despesa.
Gabarito:
A alternativa d é a correta, pois o Regime de Competência indica que a contabilização deve ocorrer dentro do
mês de abril, já que o evento, ou seja, o consumo da energia elétrica, ocorreu neste mês.
29 – Quais as operações de compra?
- Compra de mercadorias;
- Compra de matéria-prima e insumos;
- Gastos complementares;
- Tributos;
- Devolução de compras;
- Abatimentos;
- Descontos incondicionais;
- Impostos cumulativos;
- Impostos não cumulativos.
30 – Quais são as Operações de Venda?
- Venda de mercadorias;
- Venda de produtos;
- Tributos sobre vendas;
- Custo das mercadorias ou produtos vendidos;
- Devolução de vendas;
- Abatimentos sobre vendas;
- Descontos incondicionais concedidos.
31 - Vamos exemplificar agora a operação de venda, dividindo-a em três etapas:
I. Venda das mercadorias ou produtos;
II. Impostos incidentes sobre as vendas;
III. Custo da mercadoria vendida.
32 – O que são as demonstrações contábeis?
Desta forma, de acordo com o CPC 26 (2011), “as demonstrações contábeis são uma representação estruturada da
posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade”.
São objetivos das demonstrações contábeis:
♣ proporcionar informações acerca da posição patrimonial e financeira;
♣ proporcionar informações acerca do desempenho;
♣ gerar informações sobre os fluxos de caixa da entidade;
♣ apresentar os resultados da atuação da administração.
Para satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam informação da entidade acerca dos
seguintes itens:
♣ ativos;
♣ passivos;
♣ patrimônio líquido;
♣ receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas;
♣ alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a estes;
♣ fluxos de caixa.
33 - O conjunto completo de demonstrações contábeis elencados no item 10 do CPC 26 (2011) compreende:
Demonstrações Obrigatórias:
♣ balanço patrimonial ao final do período;
♣ demonstração do resultado do período;
♣ demonstração do resultado abrangente do período;
♣ demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;
♣ demonstração dos fluxos de caixa do período;
♣ demonstração do valor adicionado;
♣ notas explicativas.
34 - Em processos de compras de empresas, avaliações de ativos, dentre outras operações, como as
empresas analisam os números dos ativos e das obrigações, estabelecendo os valores para as transações?
Uma das ferramentas utilizadas para a análise do valor das empresas envolvidas nessas transações é o Balanço
Patrimonial. Este evidencia os ativos da empresa, mas, além disso, demonstra as obrigações, segregadas em
obrigações de curto e longo prazo. Essas informações podem servir de base para diversas análises, como o tamanho
dos ativos da empresa, a liquidez para o pagamento das obrigações, o nível de endividamento, dentre outros
indicadores econômicos e financeiros.
35 – Qual é a demonstração contábil que objetiva resumir a situação patrimonial?
É o Balanço Patrimonial.
36 -Acompanhe na sequência três conceitos do BP (Balanço Patrimonial):
Se decompusermos esses três conceitos em ideias-chave, os seguintes termos devem ser
destacados:
♣ Trata-se de uma das demonstrações contábeis obrigatórias a todas as empresas.
♣ Provê evidências qualitativas e quantitativas: qualitativamente, demonstra as contas e grupos contábeis, como
Estoques, Clientes a Receber, Imobilizado etc. Quantitativamente, demonstra as contas e grupos contábeis com seus
respectivos valores.
♣ Apresenta as informações de forma sintética e ordenada: o Balanço Patrimonial demonstra de forma resumida as
contas contábeis, evidenciando as principais contas e grupos, organizados de acordo com as normas contábeis.
♣ Data determinada: é uma demonstração estática, evidenciando os saldos das contas e grupos na data de
elaboração do Balanço. Pode ser considerada uma fotografia da empresa.
♣ Demonstra a posição patrimonial e financeira: é composto pelos bens, direitos e obrigações pertencentes à
Entidade.
37 – Qual o grande objetivo do Balanço patrimonial?
O grande objetivo do Balanço Patrimonial é fornecer informações sobre os elementos que compõem o patrimônio:
Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Ele permite que os usuários conheçam a situação da empresa, utilizando seus
dados para analisar e interpretar a condição patrimonial e financeira em que ela se encontra.
38 - Quanto aos objetivos, Crepaldi (2010, p.187) destaca quatro finalidades do BP:
1) Atendimento de disposição legal empresarial: o Código Civil Brasileiro exige que se realize o levantamento das
demonstrações contábeis.
2) Atendimento à legislação tributária: esta exige que as empresas tributadas pelo lucro real efetuem, no mínimo
anualmente, o levantamento das demonstrações contábeis.
3) Subsídios à administração: os administradores utilizam-se dos dados fornecidos pelo balanço para avaliar o
desempenho de suas empresas e redirecionar os planos futuros, se for o caso. Trata-se da finalidade de controle e
planejamento.
4) Informações econômico-financeiras ao mercado: os fornecedores, investidores, financiadores, governo, clientes
etc., têm interesse em saber da “saúde” da empresa e esse diagnóstico poderá ser feito mediante a análise do
balanço.
39 - A seguir, vamos analisar a Figura 1, que apresenta a Estrutura Patrimonial e suas principais informações:
40 – Vamos reforçar algumas explicações importantes referentes ao BP.
Divisão:
O BP divide-se em Ativo, no lado esquerdo, e Passivo e Patrimônio Líquido, no lado direito, que contêm,
respectivamente, os seguintes elementos:
♣ Ativo: Bens e direitos;
♣ Passivo: Obrigações com terceiros;
♣ Patrimônio Líquido: Obrigações com os sócios e acionistas, denominadas de Capital Próprio.
Fonte e Aplicação de Recursos:
Os elementos do Passivo e do Patrimônio Líquido são considerados Fontes de Recursos. Por exemplo, quando uma
empresa é constituída, os sócios injetam recursos na empresa; ou seja, trata-se da origem dos recursos da empresa.
Os recursos aportados pelos sócios são registrados no Ativo, na forma de dinheiro, bens ou direitos, representando a
Aplicação dos Recursos da empresa.
Saldo das contas:
As contas do Ativo possuem saldo a débito ou devedor. As contas do Passivo e Patrimônio Líquido possuem saldo a
crédito ou credor. Porém, vimos anteriormente que existem contas redutoras no Ativo (com saldo a crédito) e contas
redutoras do Passivo e PL (com saldo a débito).
Igualdade do Ativo e do Passivo e PL:
“Balanço” remete a “balança”, ou seja, a igualdade, pois o total doAtivo sempre será igual ao Total do Passivo e do
PL, somados. Essa lógica é enfatizada pelo método de lançamento contábil das Partidas Dobradas, de acordo com o
qual para cada débito existirá um crédito de igual valor.
Liquidez e Exigibilidade:
A ordem das contas dentro do Ativo obedece à ordem de liquidez, de modo que as contas que são mais rapidamente
convertidas em dinheiro são as primeiras a serem relacionadas na elaboração do BP. Já as contas do Passivo e PL,
são ordenadas de acordo com a exigibilidade, de forma que as contas que primeiro precisarão ser pagas são
relacionadas em primeiro lugar.
41 - A seguir, temos um modelo de Balanço Patrimonial.
42 – Qual o conceito de Ativo?
“São todos os bens e direitos de propriedade da empresa que são avaliáveis em dinheiro e que representam
benefícios presentes ou futuros para a empresa.”
43 - Segundo tal conceito, são observados quatro requisitos para que ocorra o enquadramento como Ativo:
44 – A apresentação das contas no Ativo é disciplinada por qual lei?
A apresentação das contas no Ativo é disciplinada pela Lei nº 6.404/76, indicando que as contas são dispostas em
ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos registrados no Ativo.
45 - O que é ordem decrescente de grau de liquidez?
É o prazo em que bens e direitos são transformados em dinheiro. A ordem decrescente de grau de liquidez indica
que primeiro serão demonstradas as contas com maior grau de liquidez — por exemplo, o caixa. Depois, são
demonstradas as contas com menor grau de liquidez — por exemplo, os estoques, que se transformam em dinheiro
após a produção, venda e recebimento dos recursos no caixa da empresa.
46 - O Ativo é dividido em dois grupos: Ativo Circulante e o Ativo Não Circulante.
47 - Como se dá a classificação dos bens em Ativo Circulante e Não Circulante?
De acordo com o art. 179, inciso I da Lei n o 6.404/76, no Ativo Circulante são registradas “as disponibilidades, os
direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício
seguinte” (Brasil, 2016).
Conforme o Comitê de Pronunciamentos Contábeis 26 (CPC 26), item 66, um Ativo é classificado no
Circulante quando satisfizer quaisquer destes critérios:
a) Realizado, vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
b) Propósito de ser negociado;
c) Seja realizado até 12 meses após a data do balanço ou
d) Caixa ou equivalente.
a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo
operacional da entidade;
b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou
d) é caixa ou equivalente de caixa [...]. (Comitê de Pronunciamentos Contábeis, 2016, p.20)
E no Ativo Não Circulante, de acordo com a Lei n o 6.404/1976, os ativos realizáveis são registrados após o
término do exercício seguinte, e os bens de longo prazo, como investimentos, imobilizados e intangíveis.
Em resumo:
♣ Circulante corresponde a bens e direitos de curto prazo.
♣ Não Circulante corresponde a bens e direitos de longo prazo.
48 - Após tais definições e classificações, veremos quais são as principais contas que compõem o Ativo Circulante e
o Ativo Não Circulante.
Ativo Circulante
- Caixa, bancos e aplicações financeiras;
- Contas a receber;
- Perdas de crédito de liquidação;
- Estoques;
- Impostos a recuperar;
- Despesas antecipadas.
♣ Disponibilidades ou Caixa e Equivalentes de Caixa: compõem-se de Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras.
♣ Contas a Receber: também denominadas Clientes ou Duplicatas a receber. Consistem no montante que a empresa
tem a receber, originário das suas vendas a prazo.
♣ Perdas de Crédito de Liquidação Duvidosa: correspondem ao montante de valores a receber de clientes, o qual a
empresa calcula como passível de não recebimento.
♣ Estoques: são os ativos tangíveis compostos por produtos do almoxarifado, pelas mercadorias para revenda (no
caso de empresa comercial) ou insumos/matérias-primas, produtos em elaboração e produtos acabados (se empresa
industrial).
♣ Impostos a Recuperar: representam os valores de impostos pagos.
♣ Despesas Antecipadas: são despesas que beneficiarão a empresa por mais de um exercício, tais como as
assinaturas de livros, jornais e revistas e os seguros, que são contratados por mais de um mês (geralmente por um
ano).
Obs.: são exemplos de outras contas que compõem o ativo circulante os adiantamentos a fornecedores,
adiantamentos a funcionários, dividendos a receber, dente outras.
Ativo Não Circulante
- Realizável a longo prazo;
- Investimentos;
- Imobilizado;
- Intangível.
O Ativo Não Circulante divide-se em Realizável no Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.
No Ativo Realizável no Longo Prazo, conforme o inciso II do art. 179 da Lei no 6.404/1976, registram-se: os direitos
realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas [...], diretores, acionistas ou participantes no lucro da
companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia (Brasil, 2016).
Nos Investimentos, por sua vez, de acordo com o inciso II do art. 179 da Lei no 6.404/1976, “as participações
permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante, e que
não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa” (Brasil, 2016).
Já o Ativo Imobilizado corresponde aos “direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes
de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens” (Brasil, 2016). São
exemplos: terrenos, benfeitorias, prédios, construções, máquinas, equipamentos, veículos, móveis, equipamentos de
informática etc. Também são registradas no Imobilizado as contas redutoras (contas credoras), denominadas
Depreciação Acumulada e Exaustão, que registram a perda da capacidade dos bens, por desgaste, obsolescência ou
ação da natureza.
Nos Ativos Intangíveis, incluem-se “os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.” (Brasil, 2016)
São exemplos: marcas, patentes, direitos de concessão e direitos de exploração. Esses Ativos sofrem amortização,
que é o reconhecimento da perda dos direitos (conta redutora é igual a saldo credor).
49 – Passivo
O Passivo representa a obrigação que a empresa tem com os terceiros. São os valores que a empresa deverá pagar
para quitar as suas dívidas. Iniciaremos apresentando o conceito de Passivo, de acordo com o CPC 26, item 4.4:
“Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte
na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos”.
A apresentação das contas contábeis no Passivo obedece à ordem decrescente de grau de
exigibilidade das obrigações, ou seja, as contas que possuem prazo de vencimento mais curtos devem
ser demonstradas antes.
50 - De acordo com o CPC, a liquidação de uma obrigação pode ocorrer de diferentes formas. Por
exemplo, mediante:
a) pagamento em caixa;
b) transferências de outros ativos;
c) prestação de serviços;
d) substituição de uma obrigação por outra; ou
e) conversão de uma obrigação em item do patrimônio líquido. (Comitê de Pronunciamentos
Contábeis, 2016, p. 25)
51 - Classificação - Circulante
- Liquidado durante o ciclo operacional da entidade;
- Liquidado no período de até 12 meses após a data do balanço ou
- Não tem o direito de diferir a liquidação do passivo.
52 - Classificação – Não Circulante
São classificadas as obrigações com prazo de vencimento superior ao final do exercício seguinte ou após doze meses
após a data do balanço.
53 - Passivo Circulante
- Fornecedores;
- Salários a pagar;
- Obrigaçõessociais;
- Obrigações tributárias;
- Empréstimos e financiamentos;
- Provisões.
54 - Passivo Não Circulante
- Fornecedores;
- Empréstimos e financiamentos;
- Outras contas a pagar.
55 - Provisões:
As provisões, de acordo com Iudícibus et al. (2010, p. 335) são obrigações da empresa, mas há incertezas sobre os
prazos e valores que serão desembolsados ou exigidos para sua liquidação. Mesmo não havendo uma data fixada
para o pagamento ou que não tenhamos conhecimento exato dos valores a serem desembolsados, eles devem ser
contabilizados. Exemplos: provisões para garantias, provisões trabalhistas, cíveis, fiscais, provisões ambientais, entre
outras. Para que ocorra o registro contábil, segundo Iudícibus et al. (2010), a provisão deve atender todos os
seguintes itens: a entidade tem uma obrigação legal ou não formalizada presente como consequência de um evento
passado; é provável a saída de recursos para liquidar a obrigação; e pode ser feita estimativa confiável do montante
da obrigação.
56 – Conceito Patrimônio Líquido
- É o valor residual;
- A diferença entre o ativo e o passivo;
- O valor disponibilizado pelos sócios;
- Origem dos recursos vindos dos sócios ou de lucros acumulados.
57 - Vamos analisar alguns conceitos do Patrimônio Líquido, de acordo com diferentes autores.
Em resumo, o Patrimônio Líquido pode ser conceituado como o valor residual, a diferença entre o Ativo e o Passivo,
o montante disponibilizado pelos sócios. Representa a origem dos recursos vindos dos sócios ou de lucros
acumulados, decorrentes das atividades da empresa.
58 - A Lei nº 6.404/76, em seu artigo 182, estabelece as contas que compõem o PL:
♣ Capital Social;
♣ Reserva de Capital;
♣ Ajuste de Avaliação Patrimonial;
♣ Reserva de Lucros;
♣ Ações em Tesouraria;
♣ Prejuízo Acumulado.
59 - Reservas de Lucros
Ludícibus et al. (2010, p. 168) explicam que Reservas de Lucros são as contas constituídas pela apropriação de
lucros da empresa. Essas Reservas podem ser constituídas por imposição legal (Reserva Legal), por determinação
estatutária (Reserva Estatutária) e por propostas aprovadas pelos proprietários com finalidades específicas (Reserva
para Contingências, Reservas de Expansão etc.).
60 - Reservas de Capital
Segundo Ribeiro (2010, p. 328), as Reservas de Capital são um subgrupo do PL composto por contas
representativas de algumas receitas que não devem transitar pelo Resultado do Exercício. São exemplos de contas
que compõem a Reserva de Capital:
♣ Reservas de Ágio na Emissão de Ações;
♣ Reservas de Alienação de Partes Beneficiárias;
♣ Reservas de Alienação de Bônus de Subscrição.
61 - Capital Social
Corresponde ao montante dos recursos que os sócios ou acionistas colocaram na empresa. Conforme explica Assaf
Neto (2010, p. 59) “o capital social deve ser registrado por seu valor efetivamente integralizado, sendo diminuído de
toda parcela ainda não realizada”.
Os sócios ou acionistas podem disponibilizar para a empresa dinheiro ou bens. Isso se denomina integralização de
capital. Se no decorrer da vida da empresa os sócios integralizarem mais recursos, o capital é aumentado,
configurando um novo aporte de capital.
Podem aparecer nesse grupo as contas de Capital Social, Capital Integralizado e Capital a Integralizar. A conta de
Capital a Integralizar constitui o montante que ainda falta ser colocado na empresa pelos sócios, e será uma conta
redutora (com saldo a débito) no Patrimônio Líquido.
62 - Ajustes de Avaliação Patrimonial
Serão classificadas como Ajustes de Avaliação Patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em
obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a
elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo. Por exemplo, se um Ativo financeiro
for avaliado a valor de mercado, os aumentos ou diminuições que sofrer são registrados na conta de Ajuste de
Avaliação Patrimonial. O resultado dessa conta será transferido para a Demonstração do Resultado, quando a
empresa realizar (vender) o Ativo financeiro.
63 - Ações em tesouraria
São registradas nessa conta as aquisições de ações da própria empresa. Quando esta realiza aquisições de suas
ações no mercado, o registro dessas ações é destacado no Patrimônio Líquido, sendo uma conta redutora (saldo a
débito) desse grupo.
64 - Prejuízo do exercício
A Lei nº 6.404/1976 estabelece que as empresas constituídas como sociedade anônimas não podem manter Lucros
Acumulados no Patrimônio Líquido. Os lucros das sociedades por ações devem ser distribuídos como dividendos ou
destinados à constituição de Reservas de Lucros. Permanecerão no Patrimônio Líquido das sociedades por ações
somente os prejuízos acumulados pelas entidades, sendo registrados como conta redutora (conta a débito).
65 - As demonstrações contábeis que visam a essa evidenciação são:
A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) e a Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido (DMPL).
66 - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados
De acordo com Ribeiro (2010, p. 351), “a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados é um relatório contábil
que tem por finalidade evidenciar a destinação do Lucro Líquido apurado no final de cada exercício social”.
Os componentes da DLPA são determinados pela Lei n o 6.404/76, em seu artigo 186:
[...] A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará:
I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial;
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do
período.(Brasil, 2016)
67 - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Ludícibus e Marion (2010, p. 246) explicam que a DMPL “evidencia a movimentação de diversas (todas) contas do
PL ocorrida durante o exercício. Assim, todo acréscimo e diminuição do Patrimônio Líquido são evidenciados através
dessa demonstração, bem como da formação e utilização das reservas (inclusive aquelas não originadas do lucro)”.
68 - As movimentações evidenciadas na DMPL podem ser de dois tipos:
♣ Movimentações Globais, as quais afetam o saldo final do PL. São exemplos de movimentações que diminuem
o valor do PL: registro do prejuízo de um determinado período; distribuição de dividendos; aquisição de ações da
própria empresa, registradas em Ações em Tesouraria; valores de perdas de ativos e passivos avaliados a valor justo
(registrados na conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial). Como exemplos de movimentações que aumentam o valor
do Patrimônio Líquido, podemos citar: registro do lucro de um determinado período; aumento de capital por
integralização de recursos dos sócios ou acionistas; registro de operações em Reservas de Capital, como Ágio na
Emissão de Ações, Alienação de Partes Beneficiárias; e montantes de perdas de ativos e Passivos avaliados a valor
justo (registrados na conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial).
♣ Movimentações Internas são aquelas que não afetam o saldo final do PL, pois somente ocorre a
transferência entre contas do próprio grupo. São exemplos de movimentações que não afetam o PL: aumento do
Capital com utilização de Reservas; destinação do lucro para reserva legal, reserva para contingência etc.; reversão
de reservas de períodos anteriores.
69 – Movimentações
- Movimentações globais = afetam o saldo final do PL.
- Movimentações internas = não afetam o saldo final do PL, pois ocorre somente a transferência entre contas do
próprio grupo.
70 - DLPA
- Demonstração dos lucros e prejuízos acumulados;
- A DLPA demonstra as mutações que ocorrem na conta de lucros ou prejuízos acumulados.
71 - DMPL
- Demonstração das mutações do patrimônio líquido;
- Evidencia a movimentação ocorrida durante o exercício de todas as contas do PL.
72 – O que é a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)?
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um relatório contábil destinado a evidenciar a composiçãodo
resultado formado em um determinado período de operações da entidade.
A DR é, portanto, uma demonstração apresentada de forma dedutiva, apresentando inicialmente as Receitas e
diminuindo-se os Custos e Despesas no período, conforme demonstrado a seguir:
73 - Art.
187. A
demonstração do resultado do exercício discriminará:
● a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
● a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro
bruto;
● as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e
administrativas, e outras despesas operacionais;
●o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
2009)
● o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
● as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de
instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se
caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
● o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
74 - Receita Líquida de Vendas
A Receita Líquida de Vendas corresponde à diferença entre a receita com vendas de produtos, mercadorias ou
serviços e as respectivas deduções de vendas.
75 - Receita Bruta de Vendas
Para o CPC 00, item 4.25, as receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a
forma de entradas de recursos ou aumentos de ativos ou diminuições de passivos, que resultam em aumentos do
Patrimônio Líquido.
76 - E o que são as receitas para a empresa?
As receitas representam os valores advindos das vendas de produtos, mercadorias ou prestação de serviços pela
companhia, antes das deduções de vendas. As empresas comerciais apresentarão receita com vendas de
mercadorias para revenda; as empresas industriais apresentarão receitas com vendas de produtos; e as
organizações prestadoras de serviço, a receita com sua prestação de serviço. São evidenciadas em contas
contábeis distintas.
77 – O que a demonstração do resultado evidencia?
A demonstração do resultado evidencia as receitas, os custos, as despesas e o resultado do período,
contudo vimos no exemplo no tema anterior que existem várias subdivisões dentro da DR. 
78 - Deduções de Vendas
De acordo com Araujo e Assaf Neto (2010, p. 172), as deduções sobre as vendas representam retificações na
Receita Bruta, ou seja, ajustes efetuados na receita bruta e não em despesas sobre elas. São exemplos destas
retificações as devoluções, os abatimentos, os descontos incondicionais e os impostos sobre vendas.
Observe as descrições a seguir:
Devoluções de Vendas: registra-se nessa conta contábil o valor da devolução de mercadorias ou de produtos
anteriormente vendidos. Os motivos das devoluções podem ser de ordem diversa, como em função do pedido não
estar correto, o preço estipulado não ser o mesmo, divergências na qualidade e quantidade do produto, ou ainda
avarias no processo de transporte do vendedor para o comprador.
Abatimentos Sobre as Vendas: em algumas situações, mesmo o produto não estando de acordo com as
especificações da compra, pode ocorrer um acerto entre as empresas para evitar a devolução da mercadoria.
Nessa situação, a empresa compradora não devolve a mercadoria, mas, como não está de acordo com o que foi
comprado, o comprador recebe um abatimento sobre a venda para compensar o erro. A empresa vendedora
contabiliza o abatimento como dedução das vendas e a empresa compradora irá efetuar um pagamento a menor,
representando o abatimento.
Descontos Incondicionais: são os descontos concedidos aos clientes, e de acordo com Ribeiro (2010, p.
84), a empresa vendedora não impõe qualquer condição para o desconto. O desconto incondicional é também
denominado de desconto comercial, sendo destacado na Nota Fiscal de Venda.
Impostos Sobre Vendas: Araujo e Assaf Neto (2010, p. 173) explicam que estes são os impostos incidentes
sobre as vendas, representando os valores que a empresa deverá recolher ao órgão competente de fiscalização.
Os impostos incidentes sobre as vendas têm como característica serem gerados em função da receita do período.
Os impostos sobre vendas guardam proporcionalidade com as Receitas geradas pelas mercadorias, produtos ou
sobre as prestações de serviços.
80 – O que são Custos?
Custos são os gastos efetuados pela empresa na fabricação dos seus produtos, nas vendas de suas mercadorias ou na
prestação dos serviços.
Nas empresas industriais:
Os custos, para as indústrias, representam os gastos realizados para a fabricação de seus produtos. São gastos
do processo produtivo as matérias-primas, insumos, mão de obra, energia, materiais de consumo, etc.
Inicialmente os insumos são adquiridos e registrados no Ativo, como bens da empresa. Os insumos entram no
processo produtivo, passando pela fase de Produtos em Elaboração (ou Fabricação) para a de Produtos
Acabados. Quando ocorre a sua venda, o valor do custo dos produtos vendidos (CPV) é transferido para a
Demonstração do Resultado, diminuindo o resultado obtido pelas vendas.
Nas empresas comerciais
Os custos representam os gastos com a aquisição das mercadorias para serem revendidas. A empresa adquire as
mercadorias, que são estocadas no Ativo e por ocasião da sua venda, o Custo da Mercadoria Vendida (CMV) é
transferido do estoque para a Demonstração do Resultado, reduzindo o resultado do período.
Nas empresas prestadoras de serviços
Os custos representam os gastos para a realização da prestação de serviços. Nas empresas que possuem a
atividade de prestação de serviços, os principais custos geralmente são relacionados com a mão-de-obra, mas,
outros gastos podem ser necessários para a realização dos serviços.
81 – O que é Lucro Bruto?
Lucro Bruto representa a diferença entre a Receita Líquida e os Custos das Vendas do período.
82 - Despesas Operacionais
As despesas são os gastos necessários para vender e distribuir os produtos, e são ligados às áreas
administrativa, de vendas, marketing, dentre outras. As despesas não são conectadas diretamente à produção
dos bens, à compra de mercadorias ou à prestação de serviços, porém estão direta ou indiretamente relacionadas
à obtenção das receitas.
83 - Vamos conceituar algumas dessas despesas:
Despesas Administrativas: referem-se ao registro das despesas com o setor administrativo da companhia.
São despesas vinculadas à gestão e direção da empresa, que, embora não se relacionem diretamente ao custo dos
produtos, são necessários para a obtenção destes. Tais despesas são compostas por salários dos funcionários
administrativos, aluguel das instalações do escritório, energia elétrica, material de escritório, honorários,
depreciação, etc.
Despesas com Vendas: referem-se ao registro das despesas que ocorrem no processo da venda de produtos,
mercadorias ou na prestação dos serviços. São exemplos os salários dos funcionários de vendas, comissões
pagas, fretes dos produtos, propaganda e publicidade, energia elétrica, telefone, etc. Dependendo da estrutura da
empresa, as despesas com marketing podem aparecer abertas, como um subgrupo.
Outras Despesas Operacionais: referem-se a outras despesas não enquadradas nos grupos das Despesas
Administrativas e de Vendas. Podemos citar as perdas ocorridas nas vendas de ativos classificados no Ativo Não
Circulante (quando ocorre por exemplo a baixa ou venda de um bem por um valor inferior ao valor registrado na
contabilidade) e as perdas por Valor Recuperável de Ativos.
Outras Receitas Operacionais
Trata-se aqui de receitas que não são da atividade normal da empresa, tendo algumas o caráter da eventualidade.
Como exemplo temos as receitas com vendas de sucatas, ganhos nas vendas de bens do Ativo Não Circulante,
resultados de investimentos em outras empresas (Ganho por Equivalência Patrimonial), dividendos recebidos, etc.
84 - DespesasFinanceiras
As despesas financeiras representam o custo de captação de recursos de terceiros (empréstimos e
financiamentos). Registram-se nesse grupo a remuneração dos capitais de terceiros. São exemplos de
contas incluídas nesse grupo os juros do período, descontos concedidos, despesas bancárias, variações
monetárias passivas, variações cambiais passivas etc.
Receitas Financeiras
Segundo Santos et al. (2010, p. 77) “as receitas financeiras, mesmo não estando diretamente ligadas ao
objeto da companhia, são acessórias à medida que surjam excessos de recursos financeiros, tornando-se
necessária sua administração, visando o bom andamento dos negócios”. As receitas advindas de juros
recebidos, descontos recebidos, variações monetárias ativas, variações cambiais ativas, rendimentos de
aplicações financeiras etc. são exemplos de receitas financeiras.
Resultado Financeiro Líquido
O Resultado Financeiro Líquido representa a diferença entre a Receita Financeira e a Despesa
Financeira. Se as receitas financeiras forem maiores, representarão ganhos e serão somados ao
resultado antes do resultado financeiro.
Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro
Do resultado apurado antes do Resultado Financeiro, soma-se ou diminui-se o resultado financeiro. Se as
receitas financeiras forem superiores às despesas financeiras, a empresa terá um ganho financeiro e esse
montante é somado ao subtotal anterior. Se as despesas financeiras forem maiores que as receitas
financeiras, a empresa terá uma despesa financeira e este montante diminuirá o resultado anterior.
85 - Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social
A provisão para o imposto de renda e a provisão para a contribuição social são os impostos incidentes sobre o
resultado da entidade. Contudo, o cálculo desses impostos não é calculado sobre o resultado contábil, como explica
Assaf Neto (2010, p. 70). Este é calculado com base no lucro tributável denominado lucro real. O autor explica que
o lucro real é igual ao lucro antes do imposto de renda e contribuição social, conforme calculado na demonstração
do resultado, acrescido de determinados ajustes, conforme é previsto pela legislação do Imposto de Renda.
Resultado Líquido das Operações Continuadas
A nomenclatura de Operações Continuadas foi uma alteração trazida pelas Normas Internacionais de
Contabilidade, adotadas pelo Brasil a partir de 2008. Ela representa o resultado das atividades continuadas da
empresa, ou seja, o resultado das atividades que terão sequência nos próximos períodos. É um conceito
equivalente ao conceito de Resultado Operacional da empresa.
Resultado Líquido de Operações Descontinuadas
As operações descontinuadas representam as linhas de produção das quais uma determinada empresa pretende
se desfazer, ou seja, vendê-las ou não as produzir mais.
De acordo com o CPC 31, item 32, uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi baixado ou
está classificado como mantido para venda e:
(a) representa uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações;
(b) é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante linha separada de negócios ou
área geográfica de operações; ou
(c) é uma parte controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda.
Iudícibus et al. (2010, p. 401) explica o objetivo dessa segregação em operações continuadas e descontinuadas:
O objetivo principal dessa forma de evidenciação é destacar a capacidade de geração de resultados entre as
operações correntes e as operações a serem descontinuadas, o que aumenta a relevância da informação contábil,
ao divulgar resultados de forma oportuna, e permite a análise das operações que continuam na entidade, auxiliando
a tomada de decisões por parte do usuário da informação.
86 - Lucro ou Prejuízo do Período
É o resultado contábil final apurado pela empresa em um determinado exercício. 
87 - Para ser considerada um Equivalente de Caixa, a aplicação financeira precisa apresentar três
características:
a. Ser de curto prazo: O CPC 03, no seu item 7, indica que um investimento normalmente se qualifica como
equivalente de caixa somente quando tem vencimento de curto prazo; por exemplo, três meses ou menos, a
contar da data da aquisição. A norma não estabelece explicitamente uma definição de curto prazo, mas o CPC
toma como exemplo o período de três meses.
b. Alta liquidez: as aplicações financeiras precisam ser rapidamente conversíveis em caixa, se houver necessidade
por parte da empresa. Uma aplicação que se enquadre nas demais características de equivalente de caixa, mas
não possa ser facilmente convertida em dinheiro, ou seja, não tenha a liquidez necessária ou seja de difícil
venda, não será considerada como tal.
c. Insignificante risco: as aplicações consideradas como equivalentes de caixa são as que têm baixo risco de
alteração do seu valor. Investimentos mais arriscados, de caráter especulativo, como as aplicações em ações ou
outros títulos de maior risco, não devem ser enquadrados como equivalentes de caixa, pois não há certeza do
recebimento dos valores correspondentes, em função da flutuação das cotações desse tipo de aplicação.
88 - Os conceitos citados recorrem à denominação de Caixa e Equivalentes de Caixa, mas, o que são esses itens?
● Caixa: compreende o numerário em espécie (dinheiro em caixa) e os depósitos bancários disponíveis.
● Equivalentes de Caixa: são as aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente
conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de
valor.
89 – Qual o conceito da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)?
A DFC é a demonstração que evidencia o caixa e seus equivalentes, bem como sua movimentação (entradas e
saídas) em determinado período.
90 - A DFC permite a análise de diversos fatores, como exemplificam Iudícibus et al. (2010, p. 568):
a. a capacidade de a empresa gerar futuros fluxos líquidos positivos de caixa;
b. a capacidade de a empresa honrar seus compromissos, pagar dividendos e retornar empréstimos obtidos;
c. a liquidez, a solvência e a flexibilidade financeira da empresa;
d. a taxa de conversão de lucro em caixa;
e. a performance operacional de diferentes empresas, por eliminar os efeitos de distintos tratamentos
contábeis para as mesmas transações e eventos;
f. o grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa;
g. os efeitos, sobre a posição financeiro da empresa, das transações de investimento e de financiamento etc.
91 - A Lei nº 6.404/76, no seu art. 188, e o CPC 03, no seu item 10, disciplinam a abertura das informações da DFC
em três fluxos distintos:
- Operacional;
- Investimentos;
- Financiamentos.
O primeiro fluxo que estudaremos é o Operacional, que, segundo Iudícibus et al. (2010, p. 569), é o fluxo que
envolve as atividades relacionadas à produção e à entrega de bens e serviços. As operações demonstradas no
Fluxo Operacional relacionam-se, normalmente, com as principais atividades geradoras de receita da entidade, que
aparecem na Demonstração de Resultado.
A atividade operacional demonstra a geração de caixa da entidade, utilizada para as demais operações da
empresa, como explica o CPC 03, no seu item 13:
O montante dos fluxos de caixa advindos das atividades operacionais é um indicador chave da extensão pela qual
as operações da entidade têm gerado suficientes fluxos de caixa para amortizar empréstimos, manter a capacidade
operacional da entidade, pagar dividendos e juros sobre o capital próprio e fazer novos investimentos sem recorrer
a fontes externas de financiamento.
92 - Alguns exemplos de entradas de caixa na Atividade Operacional:
●recebimentos de caixa resultantes da venda de mercadorias e da prestação de serviços;
●recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas;
●recebimento de juros sobre empréstimos concedidos e sobre aplicações em instituições financeiras;
●recebimento de dividendos e juros sobre capital próprio pela participação nopatrimônio de outras empresas.
●recebimentos por seguradora de prêmios e sinistros, reembolso de valores, valores de causas judiciais etc.
93 - São exemplos de saídas de caixa na Atividade Operacional:
● pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
● pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
● pagamentos a fornecedores de outros insumos de produção e serviços prestados por terceiros;
● pagamentos de impostos, taxas e contribuições;
● pagamentos de juros (despesas financeiras) dos financiamentos (comerciais e bancários) obtidos;
● pagamento para a produção ou aquisição de ativos destinados a aluguel e subsequente venda.
94 – Atividade de Investimento
A Atividade de Investimento, de acordo com Ribeiro (2010, p. 366), compreende as transações com os ativos
financeiros, as aquisições ou vendas de participações em outras entidades e de ativos utilizados na produção de
bens ou na prestação de serviços ligados ao objeto social da entidade.
95 - A importância da segregação das Atividades de Investimento é destacada pelo CPC 03, no seu item 16:
A divulgação em separado dos fluxos de caixa advindos das atividades de investimento é importante em função de
tais fluxos de caixa representarem a extensão em que os dispêndios de recursos são feitos pela entidade com a
finalidade de gerar lucros e fluxos de caixa no futuro. Somente desembolsos que resultam em ativo reconhecido
nas demonstrações contábeis são passíveis de classificação como atividades de investimento.
96 - São exemplos de entradas de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento:
● recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo;
● recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou recebimentos de caixa pela
liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a terceiros (exceto aqueles
adiantamentos e empréstimos de instituição financeira);
● recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem
mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados como atividades
de financiamento.
● instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures;
97 - Alguns exemplos de saídas de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento:
● pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo;
● pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras
entidades e participações societárias em joint ventures;
● adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos feitos
por instituição financeira);
● pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem
mantidos para negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades de
financiamento.
98 - Atividade de Financiamento
Quando os fluxos operacionais não são suficientes para a realização de investimentos ou existe vantagem para a
empresa em buscar recursos de instituições financeiras, como empréstimos e financiamentos, ocorre a
movimentação no fluxo de caixa de Financiamento.
As operações que são descritas na Atividade de Financiamento compreendem algumas das registradas no
Balanço Patrimonial, nos grupos do Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido. São
exemplos as operações envolvendo empréstimos, financiamentos, arrendamentos, notas promissórias, debêntures
e as que envolvem investidores, como os sócios e acionistas.
A importância da segregação das Atividades de Financiamento é destacada pelo CPC 03, no seu item 17: “A
divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento é importante por ser útil na
predição de exigências de fluxos futuros de caixa por parte de fornecedores de capital à entidade”.
99 - A seguir, uma lista de exemplos de entradas de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento:
● caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;
● caixa recebido pela emissão de debêntures, notas promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros
empréstimos de curto e longo prazos;
● empréstimos obtidos de instituições financeiras.
100 - São exemplos de saídas de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento:
● pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade;
● amortização de empréstimos e financiamentos; 
● pagamentos em caixa, pelo arrendatário, para redução do passivo relativo a arrendamento mercantil financeiro.
101 - A Demonstração dos Fluxos de Caixa pode ser elaborada de duas maneiras:
Pelo Método Direto ou pelo Método Indireto. 
102 – Qual a diferença entre o Método Direto e o Método Indireto?
Método Direto - Demonstra o fluxo de atividades operacionais com base nas movimentações ocorridas nas
disponibilidades (caixas e equivalentes de caixa).
Método Indireto - Parte-se do lucro líquido para, após os ajustes necessários, chegar-se ao valor das
disponibilidades produzidas no período.
- Adições e exclusões que não afetam o caixa.
- Após o ajuste no resultado do exercício, são feitos ajustes mediante a comparação dos itens operacionais dos
balanços, dos ativos e dos passivos.
103 - A importância das informações da DVA consiste em: (Objetivos)
● analisar a capacidade de geração de valor e a forma de distribuição das riquezas de cada empresa;
● permitir a análise do desempenho econômico;
● auxiliar no cálculo do PIB e de indicadores sociais;
● fornecer informações sobre os benefícios obtidos por cada um dos fatores de produção e pelo governo;
● auxiliar a empresa a informar sua contribuição na formação da riqueza à região, estado, país etc., em que se
encontra instalada.
104 - A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) divide-se em duas partes:
● Valor Adicionado
● Distribuição do Valor Adicionado
105 – Conceitos da Demonstração do Valor Adicionado:
- Introdução pela Lei n. 11.638/07
- Obrigatória para as Sociedades Anônimas;
- Informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinado período e a forma como tais riquezas foram
distribuídas;
106 - Valor Adicionado
Segundo Araujo e Assaf Neto (2010, p. 38) a DVA revela quanto a empresa conseguiu acumular em termos
de valores, além do lucro do período, chamado então de riqueza. Esse montante é calculado a partir da
diferença entre o valor da produção e o dos bens e serviços produzidos por terceiros, consumidos no processo
de produção de bens.
Os principais componentes da criação de riqueza são:
1. Receita: composto pelas vendas de mercadorias, produtos e serviços, outras receitas, receitas com
construção de ativos e perdas de crédito de liquidação duvidosa.
2. (-) Insumos Adquiridos de Terceiros: valores das compras de mercadorias, produtos, serviços,
materiais, energia e outros, adquiridos de terceiros.
3. (=) Valor Adicionado Bruto: corresponde à diferença entre a Receita e os Insumos do período.
4. (-) Depreciação, Amortização e Exaustão: corresponde aos valores das despesas com depreciação,
amortização e exaustão do período.
5. (=) Valor Adicionado Líquido: representa a diferença entre o Valor Adicionado Bruto e a depreciação,
amortização e exaustão.
6. (+) Valor Adicionado Recebido em Transferência: corresponde aos valores do resultado de
equivalência patrimonial, receitas financeiras, aluguéis recebidos etc.
7. (=) Valor Adicionado Líquido: equivale ao somatório do Valor Adicionado Líquido e do Valor Adicionado
Recebido em Transferência.
107 - Distribuição do Valor Adicionado
A segunda parte da DVA demonstra como a riqueza criada na primeira parte foi distribuída. Detalha a
distribuição da riqueza em:
a. Pessoal;
b. Impostos, Taxas e Contribuições;
c. Remuneração de Capital de Terceiros;
d. Remuneração do Capital Próprio.
Abaixo, demonstramos a segunda parte da DVA:
2. (=) Distribuição do ValorAdicionado: corresponde ao somatório dos quatro itens da
distribuição. A DVA apresenta o valor da riqueza criada e o mesmo valor deve ser demonstrado
na distribuição.
● 8.1. Pessoal: demonstra os valores dos salários, 13º salário, férias, comissões, horas extras,
benefícios aos empregados e FGTS.
● 8.2. Impostos, Taxas e Contribuições: dividido em impostos federais, estaduais e municipais.
● 8.3. Remuneração de Capital de Terceiros: nesse item são demonstrados os valores de juros
pagos, aluguéis pagos, pagamento de royalties, franquias etc.
108 – Depreciação
A depreciação é o registro contábil da perda do valor de um bem. Vamos analisar o conceito apresentado por
Crepaldi (2010, p. 207): “A depreciação de bens do Ativo Imobilizado corresponde à diminuição do valor dos
elementos ali classificáveis, resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência.”
São diversas as formas de desgaste, ação da natureza ou obsolescência que desvalorizam os bens do ativo
imobilizado. O quadro sinótico a seguir demonstrado lista as principais causas da depreciação:
109 - Vida útil
Para registrar a perda do valor do bem, é analisada a vida útil do ativo considerando todos os fatores descritos
que ocasionam a sua perda do valor. A vida útil é o tempo que o bem poderá ser utilizado pela empresa ou então o
tempo de sua capacidade produtiva em unidades ou horas. Um determinado bem pode durar 20 anos, mas, se a
empresa pretende utilizá-lo por 10 anos, essa é a vida útil econômica do bem que deverá embasar os cálculos da
depreciação.
110 - Métodos de Depreciação
Para o cálculo da depreciação existem diferentes métodos que podem ser aplicados, como o método da linha
reta (ou cotas constantes), o método da soma dos dígitos (ou decrescente), o método de horas trabalhadas, o
método de unidades produzidas, etc.
111 - Valor residual = é o valor que a empresa estima que conseguirá com a venda do bem no final de sua vida
útil. A depreciação não é calculada sobre o valor residual.
112 - Contabilização
O registro contábil da depreciação dependerá da do tipo do bem e de sua utilidade do bem para a empresa.
Se o bem é utilizado dentro de uma indústria automobilística em suas atividades fabris, por exemplo, a
contabilização será em “Produtos em Elaboração”, compondo o custo de fabricação dos veículos. Se o bem é
utilizado nas atividades de uma empresa comercial, a contabilização será na “Demonstração do Resultado”,
em conta de Despesas. Por sua vez, se o bem for utilizado nas atividades administrativas da empresa, o
registro é na “DR”, em conta de despesa (conforme estudado na Aula 4 – Demonstração do Resultado).
113 - Exaustão
A exaustão é aplicada para os recursos minerais ou florestais. Numa jazida de minério, por exemplo, o minério é
retirado, exaurindo a jazida. Por esta razão, calcula-se a sua exaustão.
O cálculo e registro da exaustão podem ocorrer em função:
a. do tempo de concessão da mina: se a empresa pagou uma determinada quantia para ter o direito de
explorar o recurso mineral de uma jazida, e tem o direito de explorar por um período de tempo determinado, a
exaustão é calculada levando-se em conta o valor pago e o tempo de exploração. O cálculo realizado é
semelhante à depreciação, e o valor calculado mensalmente é transferido para a despesa do período;
b. da capacidade de produção: nesses casos, é determinada a capacidade de produção de uma jazida, e a
exaustão é calculada utilizando-se a quantidade explorada em determinado período. Por exemplo, se
considerarmos que uma jazida tem a capacidade de exploração de 100.000 toneladas de minério, e em
determinado período foram extraídas 1.000 toneladas, a exaustão do período será a aplicação de 1% sobre o
montante investido para a aquisição do direito de exploração. O mesmo cálculo é aplicado para os recursos
florestais, por exemplo: calcula-se a capacidade total de uma floresta, e a quantidade de recursos extraída em
determinado período, determinando o percentual que será aplicado sobre o total investido na floresta.
114 – Amortização
É a diminuição de valor do capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou exercício tenha duração
limitada, ou de bens cuja utilização tenha o prazo legal ou contratualmente limitado.
115 - Impostos e Contribuições sobre as Compras e Vendas
Os impostos e contribuições incidentes sobre as compras e vendas são:
a. ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação: é um imposto de competência estadual incluído
no valor das mercadorias e serviços. É um imposto não cumulativo, ou seja, o valor do imposto pago na
aquisição de produtos e mercadorias pode ser compensado com o valor do imposto a pagar;
b. IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: é uma contribuição de competência federal, incidindo
sobre as operações das empresas industriais. Conforme explica Ribeiro (2010, p.92), o IPI é considerado um
imposto “por fora”, pois seu cálculo é feito sobre o valor dos produtos (mercadorias) e a ele é adicionado. A
alíquota do IPI é determinada pelo tipo de produto, variando de produto para produto. A modalidade do IPI é
não cumulativa, ou seja, os impostos pagos na compra de insumos, matérias-primas ou produtos são
compensados com o IPI na venda em operações das empresas industriais;
c. PIS – Programa de Integração Social: é uma contribuição de competência federal, tendo dois regimes
de tributação: regime cumulativo e não cumulativo. No regime cumulativo a contribuição paga na operação de
compra não pode ser recuperada pela empresa, incidindo a alíquota de 0,65% na operação. No regime não
cumulativo a empresa recupera o valor embutido na operação de compra, compensando com o valor a ser
pago. A alíquota do PIS é de 1,65%. As pessoas jurídicas obrigadas ao recolhimento do Imposto de Renda
pela modalidade do Lucro Real são sujeitas ao regime não cumulativo do PIS;
d. COFINS – Contribuição Social sobre o Faturamento: é uma contribuição de competência federal,
tendo as mesmas características do PIS, com dois regimes de tributação: regime cumulativo e não cumulativo.
No regime cumulativo a contribuição paga na operação de compra não pode ser recuperada pela empresa,
incidindo a alíquota de 3% na operação. No regime não cumulativo a empresa recupera o valor embutido na
operação de compra, compensando com o valor a ser pago e tendo a alíquota de 7,6%. Estão sujeitas ao
regime não cumulativo do COFINS as pessoas jurídicas obrigadas ao recolhimento do Imposto de Renda pela
modalidade do Lucro Real;
e. ISS – Imposto sobre Serviços: o ISS é um imposto de competência municipal, incidindo sobre a
prestação de serviços. As alíquotas são determinadas pelos municípios, podendo ser diferentes em cada um
em função das legislações municipais;
f. II – Imposto de Importação: o imposto de importação é um imposto de competência federal, incidindo
sobre as operações de importação de matérias-primas, produtos ou mercadorias. As mercadorias importadas
possuem um código da Nomenclatura do Mercosul – NCM, e as alíquotas são determinadas de acordo com o
tipo de produto;
g. IE – Imposto de Exportação: o imposto de exportação é um imposto de competência federal, incidindo
sobre as operações de venda de matérias-primas, produtos ou mercadorias para o exterior. A alíquota do
imposto é de 30%, mas em alguns produtos em que há o interesse do país em exportar não é cobrado o
imposto de exportação.
116 - IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÃO SOBRE O LUCRO
Os impostos e as contribuições sobre o lucro são calculados partindo-se do resultado da empresa antes do IR e da
CS, e são dois tipos:
- Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ);
- Contribuição Social sem o Lucro Líquido (CSLL).
117 - Imposto de Renda
É um imposto de competência federal, tributado pelas modalidades: lucro real, lucro presumido e lucro
arbitrado.
●Lucro real: Fabretti (2013, p. 205) explica que o lucro real é um conceito fiscal, e não um conceito econômico. O
lucro realé o lucro contábil (conforme demonstrado na estrutura do Resultado Operacional antes do IR e CS) do
período-base ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do
IR. Estão obrigadas a optar pelo Lucro Real as empresas que tiveram faturamento no ano-calendário anterior
superior a R$ 72 milhões ou proporcional se a empresa iniciar as atividades no ano. A legislação também define
algumas atividades, rendimentos e ganhos que obrigam a empresa a adotar o Lucro Real como modalidade de
tributação.
A alíquota do Imposto de Renda no Lucro Real é de 15%, acrescida de um adicional de 10% sobre o lucro real que
exceder a R$ 20.000,00, multiplicado pelo número de meses do período compreendido;
●Lucro presumido: Fabretti (2013, p. 222) explica que o lucro presumido ou estimado é um conceito tributário, e
sua finalidade é facilitar o pagamento do IR, sem que se tenha de recorrer à complexa apuração do lucro real.
Nessa modalidade a legislação estabelece percentuais de presunção do lucro aplicáveis sobre a receita bruta, e
não sobre o resultado operacional antes do IR e CS. Por exemplo, para as atividades de vendas de mercadorias
(com exceção de revenda de combustíveis para consumo), a base de cálculo do lucro presumido é de 8% sobre a
receita dessa atividade. Se uma empresa tem receita de R$ 1.000.000,00 em determinado mês, utilizando o Lucro
Presumido, a base de cálculo para a aplicação das alíquotas do IR será de R$ 80.000,00 (8% da receita). Poderão
optar pelo Lucro Presumido as empresas que não são obrigadas a optar pelo Lucro Real, e as sociedades de
prestação de serviços profissionais.
A alíquota do Imposto de Renda no Lucro Real é de 15%, acrescida de um adicional de 10% sobre o lucro real que
exceder a R$ 20.000,00, multiplicado pelo número de meses do período compreendido;
●Lucro Arbitrado: segundo Fabretti (2013, p. 264), o lucro arbitrado é uma prerrogativa do Fisco, que poderá
arbitrar os lucros na forma da lei, nas hipóteses em que a escrituração contábil e fiscal do contribuindo for
desclassificada. Se o contribuinte não mantiver escrituração de acordo com a legislação, deixar de elaborar as
demonstrações, estas conterem indícios de fraudes ou vícios, dentre outros, o Fisco desconsiderará as
informações contábeis e arbitrará a base de cálculo do imposto. As alíquotas são as mesmas das modalidades do
lucro real e presumido.
Obs.: Para as empresas que se enquadrem como Microempresa e Empresa de Pequeno Porte foi instituído o
Sistema Simplificado de Recolhimento de Tributos – Simples Federal.
118 - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
É uma contribuição de competência federal, com a finalidade de financiar a seguridade social oficial. Como explica
Iudícibus e Marion (2010, p. 357), a contribuição social é calculada com a incidência da alíquota de 9% sobre uma
base de cálculo do “lucro líquido do exercício antes do imposto de renda” ajustado por exclusões e adições
previstas em lei.
119 - Registro Contábil
O imposto de renda e a contribuição social devem ser contabilizados na Demonstração do Resultado como
despesas em contrapartida ao Passivo, registrando a obrigação do recolhimento do imposto.
120 – Qual a diferença do BP em relação à Demonstração do Resultado do Exercício?
A diferença do BP em relação à Demonstração do Resultado do Exercício, é que a DR mostra a posição econômica e
financeira em um determinado período. A DR mostra o resultado alcançado pela empresa em um período contábil,
considerando normalmente o ano civil de janeiro a dezembro. No final de cada período, o resultado da DR é transferido
para o Balanço Patrimonial, para o grupo do Patrimônio Líquido.

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