Buscar

Internacional_Lista 1 - 2006.2.Gabarito

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

ECO 1208 – Economia Internacional 
Professores: Eliane Gottlieb 
Roberto Iglesias 
Monitor: Victor Aguiar (vaguiar@superig.com.br; vaguiar1401@gmail.com) 
 
Gabarito da 1ª lista de exercícios - 2006.2 
 
Questão 01 
 
a) O modelo ricardiano define que os países podem melhorar seu padrão através da 
especialização em bens nos quais possuem vantagens comparativas. Além disso, o 
ambiente comercial não é de guerra, mas de interação entre os países na busca por 
vantagens mútuas. 
b) O modelo ricardiano leva em conta vantagens relativas, e não vantagens absolutas, como 
sugere a afirmativa. As vantagens competitivas de uma indústria dependem tanto de sua 
produtividade relativa à indústria estrangeira (media pelo custo de oportunidade) quanto 
do salário local relativo ao salário estrangeiro (pode haver vantagens de custo que tornam 
a indústria competitiva). Além disso, a questão de país central e periférico não cabe neste 
modelo. 
c) A política comercial leva em conta as variações nas possibilidades de consumo como 
forma de medir o bem-estar, não tendo diretamente nada a ver com variações no nível de 
emprego. Isto estaria muito mais próximo de uma política industrial. 
d) O modelo ricardiano não leva em conta o governo e não trata de questões como 
crescimento e desenvolvimento. Ele trata apenas dos ganhos de comércio que podem ser 
obtidos a partir da especialização (via vantagens comparativas) e comercialização da 
produção. 
e) Como só leva em conta um fator de produção, o modelo ricardiano não é adequado nas 
análises de distribuição de renda. Este papel é mais bem desempenhado pelos modelos de 
Fatores Específicos e H-O. 
f) Não existe relação direta entre nível de salários e vantagem comparativa produtiva no 
modelo ricardiano. A vantagem comparativa é medida primordialmente no número de 
unidades de fator requeridas para a produção de um bem. O fato de o salário estrangeiro 
ser inferior é irrelevante para a economia local. O que importa é que seu próprio trabalho é 
mais barato para produzir o bem x e trocá-lo pelo pelo bem y, em vez de produzir o bem 
y. Ou seja, o diferencial de salários é irrelevante para o país local uma vez que ele obtém 
ganhos de comércio. 
 
Questão 02 
 
a) 
 
 Vinho Tecido 
Índia 5 5 
Austrália 1 4 
 
Vantagem comparativa: 
 
Índia: amv*/amt* = 5/5 = 1 
Austrália : amv/amt = 1/4 
 
Para determinarmos o padrão de comércio, devemos olhar para as vantagens comparativas de 
cada país. Buscamos sempre o menor custo de oportunidade de vinho em termos de tecido. 
Observando os custos de oportunidade de cada um, vemos que a Índia possui vantagem 
comparativa na produção de tecidos e a Austrália, na produção de vinhos. 
Logo, a Austrália produz vinho e a Índia produz tecidos. 
 
b) 
 
PV/PT depende das condições de demanda, porém sabemos que estará entre amv*/amt* e 
amv/amt. 
 
Sabemos que, em economia fechada, os dois países produzirão os dois bens, o que só ocorre 
quando os preços relativos se igualam aos custos de oportunidade em cada um deles. 
 
Logo, para cada país, na ausência de comércio e supondo concorrência perfeita dentro de cada 
autarquia, teremos: 
 
Índia: P*V/P*T = 1 
Austrália: PV/PT = 1/4 
 
As quantidades a serem produzidas respeitarão esta proporção. 
 
Índia 
t = v 
5 t + 5v = 100 
t = v = 10. 
 
Austrália 
v + 4t = 100 
v = 4t 
t = 12,5 ; v= 50. 
 
c) 
 
amv.QV + amt.QT < M 
 
Logo, na Índia, 
 
Q*T = 100/a*mt - Q*V = 20 – Q*V 
 
Na Austrália, 
 
QT = 100/4 - 1/4 QV 
 
As FPP serão: 
 
 
Índia Austrália 
 
QT QT 
20 
 25 
 
 
 
 20 QV 100 QV 
 
 
 
 
 Mundo 
 
 
 QT 
 45 
 
 20 
 
 
 
 100 120 QV 
 
OBS: A FPP do modelo ricardiano é uma reta porque há apenas 1 fator de produção (o custo 
de oportunidade é constante). No modelo de fatores específicos, a FPP é uma curva porque a 
adição de outros fatores faz com que a curvatura da FPP reflita os rendimentos decrescentes 
da mão-de-obra em cada setor. 
 
d) 
 
PV/PT 
 
 1 
 
 
 1/4 
 
 
 (L/amv) / (L*/a*mt) QV total/QT total 
 
 
RS 
Ponto em que há 
especialização da 
produção: Índia produz 
apenas tecidos e 
Austrália produz apenas 
vinho. 
 
Se PV/PT > 1 : A oferta relativa de vinho torna-se infinita. Ambos os países produzirão 
somente vinho. 
Se PV/PT< 1/4 : economia só produz tecido 
Entre 1/4 e 1 cada país se especializa em sua vantagem comparativa. 
 
e) 
Para Austrália, Para Índia, 
T T 
 
 20 
 
 
 
 100 V V 
 
Em ambos os casos é possível chegar a curvas de indiferença mais elevadas. 
 
f) 
 
Se PV/PT = 1, 
 
 Índia produz tecido, Austrália produz vinho. 
 
Para Índia, o preço relativo torna o comércio indiferente; para a Austrália, ocorre ganho 
comercial.

Outros materiais