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Internacional_Lista 7 - 2006.2.Gabarito

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1 
 
ECO 1208 – Economia Internacional 
Professores: Eliane Gottlieb 
 Roberto Iglesias 
Monitor: Victor Aguiar (vaguiar@superig.com.br ; vaguiar1401@gmail.com) 
 
Gabarito da 7ª lista de exercícios - 2006.2 
 
 
1) 
a) Falso. Uma tarifa sempre melhora os termos de troca de um país grande. Suponha que 
um país grande esteja importando determinado bem e coloque uma tarifa sobre esse bem. 
Para um país grande, a oferta estrangeira do bem importado, que ele enfrenta, é pouco 
elástica. Desse modo, a tarifa que o país grande impõe sobre o bem importado reduz o 
preço internacional desse bem, melhorando os termos de troca do país grande. 
 
b) Falso. De acordo com livro de Krugman e Obstfeld, há pouca evidência de que os 
mercados de produtos e fatores sejam suficientemente integrados para tornar a União 
Européia (UE) uma área monetária ótima. O comércio de um país membro, com seus 
parceiros da UE, é menos de um quarto do PNB de cada país. Além disso, a mobilidade de 
mão-de-obra entre os países da UE parece mais limitada, do que entre os estados dos EIA. 
Em estudo econométrico, comprovou-se que as diferenças de taxas de desemprego 
regionais são menores no EUA, do que as diferenças das taxas de desemprego nacionais da 
UE. Se houvesse muita mobilidade de mão-de-obra, as áreas com taxas de desemprego 
baixas atrairiam os desempregados das áreas com taxas de desemprego altas. Assim, as 
diferenças de taxas de desemprego deveriam se reduzir. Por outro lado, a mobilidade de 
capitais é rápida, o que é de esperar em uma área monetária ótima. No entanto, a 
combinação de rápida mobilidade de capitais e mobilidade de trabalho limitada pode tornar 
mais difícil o ajuste de uma economia a um distúrbio específico. 
 
2) 
Principais características do SME: 
a) taxas de câmbio fixadas em torno de uma paridade central com flutuações 
permitidas para cima e para baixo; 
b) crédito fornecido dos países membros com moeda forte para os de moeda fraca; 
c) presença de controles de capitais internacionais inicialmente para reduzir a 
possiblidade de ataques especulativos. 
O SME consistiu em manter as taxas de câmbio fixas em relação ao marco alemão com o 
intuito de importar a credibilidade da política monetária de controle da inflação do 
Bundesbank (Banco Central Alemão). 
 
Principais características do UEME: 
a) todas as moedas nacionais são substituídas por uma moeda única comum; 
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio
 2 
b) a tomada de decisão a respeito da política monetária é realizada por um Sistema 
Europeu de Bancos Centrais (assim, a mesma oportunidade de decisão sobre a 
política monetária comum é dada a todos os países) 
c) para serem admitidos na união monetária, os países deveriam atender a critérios de 
convergência macroeconômica. 
 
 
3) 
Como argumentos favoráveis às taxas de juros flutuantes, temos que as taxas 
flutuantes dão autonomia à política monetária do país, de modo que os países podem dispor 
desse importante instrumento para atingir o equilíbrio interno/externo. Além disso, com 
taxas flutuantes, o câmbio funciona como um “estabilizador automático”, já que o mercado 
faz um ajuste rápido nas taxas de câmbio o que auxilia a atingir o equilíbrio interno e 
externo dadas mudanças na demanda agregada (com taxas flutuantes, não ocorreriam 
longos períodos de especulação como os de pré-realinhamento no Bretton Woods). 
Como argumentos contrários às taxas flutuantes, temos que eles as taxas flutuantes 
não exigem a mesma disciplina dos bancos centrais que o câmbio fixo (os bancos centrais 
ficam livres para fazer inflação). As taxas flutuantes podem oferecer muita volatilidade no 
dia-a-dia, causando desestabilizações e distúrbios no mercado monetário. Essa volatilidade 
também traz danos ao comércio internacional e ao investimento estrangeiro pois torna o 
preço internacional dos bens imprevisível. O câmbio livre pode levar a políticas 
econômicas descoordenadas; já o câmbio fixo elimina depreciações competitivas. 
 
4) A queda do nível de preços domésticos, P, resulta em uma depreciação da taxa de 
câmbio real, EP*/P, tudo o mais constante. Assim, os bens domésticos ficam mais baratos 
relativamente aos estrangeiros, provocando elevação do saldo em conta corrente e aumento 
da demanda agregada. Logo, o ponto 1 da figura abaixo, que estava inicialmente em 
equilíbrio interno e externo, torna-se um ponto de superemprego e superávit em conta 
corrente excessivo após a depreciação da taxa de câmbio real. 
 
Uma apreciação da taxa de câmbio nominal, E, corrigiria a desvalorização da taxa de 
câmbio real, fazendo com que o equilíbrio retornasse ao mercado de bens domésticos e o 
saldo em conta corrente voltasse para o mesmo nível de antes da redução dos preços 
domésticos. Assim, um novo equilíbrio pode ser obtido no ponto 2, da figura abaixo, com o 
nível de preços domésticos mais baixo e taxa de câmbio real apreciada, E2. No entanto, 
caso o governo prefira não mexer na taxa de câmbio nominal, mantendo-a no patamar E1, 
então o novo equilíbrio será o ponto 1 novamente. O superemprego, provocado pela taxa de 
câmbio real desvalorizada, pressiona para cima o nível de preços domésticos e as duas 
curvas voltam para cima para a posição original. Vale ressaltar que uma política fiscal 
contracionista (com redução de gastos públicos e aumento de impostos) pode eliminar o 
superemprego, ao levar a economia horizontalmente do ponto 1 para o ponto 3 (sobre a 
curva II2), porém não resolve simultaneamente o desequilíbrio externo. O país continua 
com superávit em conta corrente excessivo. 
 
Disponibilizado por Otávio Merçon e todos os colaboradores do Blog Economia a PUC-Rio
 3 
 
 
5) 
a) 
No caso de câmbio flutuante: 
O efeito de um aumento transitório na demanda dos produtos exportados pelo país eleva 
sua demanda agregada e, para dado patamar da taxa de câmbio nominal, E, a curva DD1 
desloca-se para a direita, DD2, significando que a produção deve ser mais alta. Logo, a 
produção aumenta de Y1 para Y2 e a taxa de câmbio se aprecia de E1 para E2 (ponto 2). O 
efeito de um aumento permanente na demanda dos produtos exportados causa uma 
apreciação de longo prazo na moeda, ou seja, Ee diminui, na equação de paridade de juros. 
Consequentemente, a curva AA1 desloca-se para a esquerda, AA2, e, no novo equilíbrio, a 
produção Y3 está abaixo de Y2 e a taxa de câmbio mais apreciada. 
 
 
 
No caso de câmbio fixo: 
O aumento transitório da demanda por exportações corresponde a um deslocamento de 
DD1 para DD2, conforme a figura abaixo. No entanto, o aumento da produção doméstica 
no curto prazo aumenta a demanda por moeda doméstica e o banco central compra moeda 
estrangeira. Essa atitude do banco central expande a oferta de moeda, mantendo o 
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 4 
equilíbrio no mercado de moeda doméstica e a taxa de câmbio fica em E1. A expansão 
monetária desloca a curva AA1 para a direita, AA2. Assim, o novo equilíbrio após um 
aumento transitório da demanda por exportações é o ponto 1, com nível de produção Y2, 
maior do que o nível inicial Y1. 
 
 
Um aumento permanente na demanda por exportações provoca uma expectativa de 
apreciação da taxa de câmbio no futuro, o que levaria a uma apreciação da taxa de câmbio. 
No entanto, como o regime é de taxa de câmbio fixa, a apreciação é contida pela compra de 
reservas internacionais pelo banco central, expandindo a oferta de moeda. Ocorre um 
período de superemprego até que os preços domésticos se elevem, de modo que o preço das 
exportações se tornem mais altos. Assim, a elevação dos preõs domésticos, causada pela 
expansão monetária, tem o mesmo efeito sobre as exportações de uma apreciação do 
câmbio no longo prazo. 
 
b) 
No caso de câmbio flutuante: 
Uma redução na preferência pela liquidez provoca um desequilíbrio no mercado monetário, 
supondo-se que a oferta de moeda MS e o nível depreços domésticos, P, estejam fixos. Para 
dado nível de produção Y1, a redução em L(R, Y1) requer a queda da taxa de juros R para 
que o mercado monetário doméstico volte ao equilíbrio. Diante disso, o equilíbrio no 
mercado de câmbio é atingido com uma depreciação de E1 para E2. Conforme mostra a 
figura abaixo, a redução na preferência pela liquidez provoca o deslocamento de AA1 para 
a direita AA2. 
 
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 5 
 
 
Sob regime de câmbio fixo, o banco central precisa vender moeda estrangeira para evitar a 
depreciação da taxa de câmbio, conforme ocorre no regime de câmbio flutuante (visto 
acima). Com esta atitude do banco central, a foreta de moeda se contrai e a curva AA1 não 
se desloca. 
 
 
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