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Resumo Economia Internacional (P1)

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Resumo Economia Internacional (P1)
Cap. 1 – Introdução
O que é economia internacional?
Áreas de estudo: ganhos de comércio, padrão do comércio, protecionismo, balanço de pagamentos, determinação da taxa de câmbio, coordenação das políticas econômicas internacionais e mercado internacional de capitais.
Ganhos do comércio: quando os países vendem bens e serviços uns aos outros, essa troca quase sempre acarreta benefício mutuo. É equivocado pensar que o comércio será prejudicial, se houver grandes disparidades entre os países envolvidos em termos de produtividade ou salários. Na verdade, dois países podem comercializar p/ beneficio mutuo mesmo quando um deles é mais eficiente do que o outro na produção e quando os produtores no país menos eficiente só podem competir pagando salários menores (Modelo Ricardiano – Cap. 3). E também que o comércio proporciona benefícios ao permitir que os países exportem bens cuja produção faça uso intenso de recursos localmente abundantes e importem bens cuja produção faça uso de recursos localmente escasso. Embora nações geralmente ganhem c/ comércio internacional, alguns grupos dentro delas podem sair prejudicados. Em outras palavras, pode exercer efeitos negativos na distribuição de renda (trabalhadores x proprietários de capital).
Capítulo 3 – Produtividade do trabalho e vantagem comparativa: modelo ricardiano
O custo de oportunidade das rosas em termos de computadores é o número de computadores que poderiam ser fabricados com os recursos utilizados para produzir um dado numero de rosas.
A diferença entre os custos de oportunidades dos bens é que permite um rearranjo mutuamente benéfico da produção mundial. Como cada país se “especializará” no que lhe tiver mais vantagem comparativa*, o mundo como um todo estará produzindo mais logo é possível, em princípio, elevar o padrão de vida de cada indivíduo.
*Um país possui vantagem comparativa na produção de um bem se o custo de oportunidade da produção desse bem em relação aos demais é mais baixo nesse país do que em outros.
O comércio entre 2 países pode se beneficiar se cada um exportar os bens que possui uma vantagem comparativa.
No entanto, no mundo real não existe uma autoridade central decidindo qual país deveria produzir determinado bem. O mercado, através da oferta e demanda é quem ditam as regras.
O enfoque (deste capítulo), em que o comércio internacional se deve somente a diferenças internacionais na produtividade do trabalho, é conhecido com modelo ricardiano. 
Como toda economia possui limites cada país tem sua fronteira de possibilidades de produção que nos mostra a quantidade do bem1 (por exemplo) que poderá ser produzida dado que já estamos produzindo certa quantidade do bem2. Ela ilustra as diferentes combinações de bens que a economia pode produzir.
Quando há apenas um fator de produção a fronteira de possibilidades de produção será uma linha reta. Neste caso o custo de oportunidade de produzir o bem1 em termos do bem2 é constante.
O custo de oportunidade é igual ao valor absoluto da declividade da fronteira de possibilidades de produção de uma economia.
Para determinarmos o quanto de cada bem que será produzido pela economia precisamos conhecer os preços relativos dos bens, isto é, o preço de um bem em relação ao outro.
A economia vai se especializar no bem no qual o seu preço relativo exceder seu custo de oportunidade. 
Caso: P1/P2 > aL1/aL2, o país se especializará no bem1. 
Caso: P1/P2 < aL1/aL2, o país se especializará no bem2. 
Somente quando P1/P2 = aL1/aL2 o país produzirá os 2 bens.
Visto que o custo de oportunidade é igual à razão entre as necessidades unitárias de trabalho p/ um bem e outro, na ausência de comércio internacional os preços relativos serão iguais às suas necessidades unitárias de trabalho relativas.
No caso de 2 economias, Local e Estrangeira* supondo que: aL1/aL2< aL1*/aL2* ou, de modo equivalente: aL1/ aL1*< aL2 /aL2* podemos dizer que a produtividade relativa do bem1 do Local é maior que a do bem2.
Quando um país pode produzir uma unidade de um bem com menos trabalho que outro país, podemos dizer que o primeiro país tem uma vantagem absoluta na produção desse bem.
Uma forma útil de acompanhar 2 mercados de uma só vez é enfocar não apenas nas quantidades do bem1 ou do bem2 ofertadas e demandadas, mas também a oferta e a demanda relativas, isto é, a quantidade do bem1 ofertado ou demandado dividido pela quantidade do bem2 ofertado ou demandado. Por exemplo, se bem1= queijo e bem2 = vinho a oferta e demanda relativas, neste caso, seria o número de quilos de queijo ofertado ou demandado dividido pelo número de litros de vinho ofertado ou demandado.
Para haver um equilíbrio geral mundial a oferta e a demanda relativa sejam iguais. Graficamente falando seria no ponto de encontro da curva OR com a DR (a declividade negativa da DR reflete os efeitos de substituição: conforme o preço relativo do queijo aumenta, os consumidores tendem a comprar menos queijo e mais vinho, logo a DR relativa de queijo cai).
Os ganhos de Comércio: a primeira forma de mostrar que a especialização e o comércio são benéficos é considerar o comércio como um método indireto de produção. Ex: o local poderia produzir o bem2 diretamente mais o comércio com o Estrangeiro lhe permite produzir o bem1 (Local tem VC) e depois trocar pelo bem2 (Estrangeiro tem VC) que necessita. Esse método indireto de ‘produzir’ o bem 2 é mais eficiente que a produção direta.
A vantagem comparativa não deve ser confundida com a absoluta; é a vantagem comparativa, e NÃO a absoluta, que determina quem vai e deve produzir um bem.
O salário relativo dos trabalhadores de um país é o montante que recebem por hora, comparado com o montante que os trabalhadores de outro país recebem pelo mesmo período. Esse salário se situa entre as razões das produtividades dos dois países nas duas indústrias. 
Idéias equivocadas sobre vantagem comparativa:
Vantagem comparativa é diferente da absoluta; a comparativa depende da produtividade e do salário relativo. Mesmo sem vantagem absoluta em nada, um país pode ter vantagem relativa e ganhar com o comércio.
Não importa se o custo mais baixo do bem 1 produzido no país A se deve à alta produtividade ou aos salários baixos, o que interessa ao país B é que é mais barato, em termos do seu próprio trabalho, produzir o bem 2 e depois trocá-lo pelo bem 1 em vez de produzir diretamente o bem 1.
Os salários mais baixos de alguns países é as vezes a alternativa menos pior possível. É melhor que trabalhem a salários baixos e comercializem ficando assim numa situação melhor quanto ao seu poder de compra do que não comercializar e ficar com o poder de compra mais baixo ainda. 
A regra para alocar a produção mundial é simples: os bens serão produzidos onde for mais barato produzi-los. Será mais barato produzir o bem i no Local se: waLi< w*a*Li ou rearranjando: a*Li/ aLi > w/w*, analogamente, descobre-se se é mais barato produzir no estrangeiro.
Para determinar os salários relativos em uma economia multibens, é preciso examinar por trás da demanda relativa por bens, a demanda relativa por trabalho resultante. Ela não é uma demanda direta da parte dos consumidores, mas sim uma demanda derivada, que resulta da demanda por bens produzidos com o trabalho de cada país. 
A demanda derivada relativa pelo trabalho do Local, por exemplo, diminuirá quando a razão entre os salários do Local e do Estrangeiro aumentar, isso ocorre por 2 motivos:
 Conforme o trabalho do local se torna mais caro em relação ao do Estrangeiro, os bens produzidos no Local tendem a ficar mais caros também e a demanda por esses bem cai.
À medida que os salários do local aumentam, menos bens são produzidos no Local e mais no Estrangeiro, reduzindo ainda mais a demanda pelo trabalho do Local.
Supondo que o número de homens-horas não varia com o salário, o salário relativo não tem efeito sobre a oferta relativa de trabalho, logo OR (oferta mundial de trabalho do Local em relação à do Estrangeiro) é uma reta vertical.O salário relativo de equilíbrio é determinado pela interseção entre DR (demanda mundial de trabalho do Local em relação à do Estrangeiro) e OR.
É caro transportar bens e serviços e, em alguns casos, o custo de transporte é suficiente para levar os países à auto-suficiência em alguns setores. 
Apesar de poucos economistas acreditarem que o modelo ricardiano seja uma descrição completamente adequada das causas e conseqüências do comércio mundial, suas duas implicações principais – que as diferenças de produtividade desempenham um papel importante no comércio internacional e que as vantagens comparativas em vez das absolutas é que importam – parecem ser corroboradas pelas evidências empíricas.
Embora algumas previsões do modelo ricardiano sejam claramente irrealistas, sua previsão básica – de que os países tenderão a exportar bens em que possuem produtividade relativamente alta – tem sido confirmada por vários estudos. 
Capítulo 4 – Recursos e comércio: o modelo de Hesckscher-Ohlim (H-O)
Uma das principais teorias em economia internacional é a de que o comércio internacional é condicionado, unicamente pelas diferenças entre os recursos dos países - teoria de Heckscher-Ohlin. Modelo mostra que a VC é influenciada pela interação entre os recursos das nações (a abundância relativa dos fatores de produção) e a tecnologia de produção (que influencia a intensidade relativa com que fatores de produção diferentes são utilizados na produção de bens diferentes).	
Se w é o salário por hora de trabalho e r é o custo de um alqueire de terra, a escolha dos insumos vai depender da razão entre os dois preços de fatores, w/r. Note que a definição de intensidade depende da razão entre terra e trabalho usada na produção, e não da razão entre terra (ou trabalho) e produto. Dessa forma um bem não pode ser terra-intensivo e trabalho-intensivo ao mesmo tempo.
A fronteira de possibilidades de produção neste modelo varia se tem ou não o fator de substituição. Sem ele, a FPP é definida por uma linha reta (inclinação = CO do tecido em termos de alimento). Com ele, não mais apresentará um deslocamento angular (continua válido que o CO do tecido em termos do alimento aumenta à medida que a composição de produção da economia se desloca do alimento p/ o tecido).
O custo da produção de um bem depende dos preços de fatores: se a renda da terra for mais alta, permanecendo tudo o mais constante, o preço de qualquer bem cuja produção envolva o insumo terra também será mais alto. 
A importância do preço de um fator para o custo de produzir um bem depende da quantidade desse fator utilizada na produção desse bem.
Nesse modelo mudanças nos preços relativos têm forte impacto sobre a distribuição de renda. Uma mudança no preço dos bens não altera apenas a distribuição de renda; na verdade, a mudança sempre altera a distribuição a tal ponto que os proprietários de um fator de produção apresentam ganhos enquanto os proprietários do outro saem perdendo. 
O efeito viesado do aumento nos recursos sobre as possibilidades de produção é a chave para compreender como as diferenças em recursos fazem surgir o comércio internacional, pois em geral, uma economia tenderá a ser relativamente eficaz na produção de bens que sejam intensivos nos fatores do quais o país é relativamente bem dotado.
Em geral, uma economia tenderá a ser relativamente eficaz na produção de bens que sejam intensivos nos fatores dos quais o país é relativamente bem dotado.
Se o Local tem uma razão trabalho-terra (L/S) mais alta que a do Estrangeiro (L*/S*), ele é trabalho-abundante e o Estrangeiro é terra-abundante .
Por exemplo, os EUA têm 80 milhões de trabalhadores e 200 milhões de alqueires( razão trabalho-terra de 1 para 2,5) e a Grã-Bretanha tem 20 milhões de trabalhadores e também de alqueires(razão trabalho-terra de 1 para 1). Neste caso a Grã-Bretanha é considerada trabalho-abundante, mesmo tendo menos trabalho-total que os EUA. Note que a abundância é definida em termos de uma razão(termos relativos) e não em quantidades absoluta, comparando-se a razão entre trabalho e terra nos 2 países, de forma que nenhum país é abundante em tudo.
No país Local um aumento do preço relativo de tecidos leva a um aumento na produção de tecidos e a um declínio do consumo relativo. Logo o Local passa a exportar mais tecidos e importar mais alimentos. Inversamente, o declínio do preço relativo do tecido no Estrangeiro leva-o a se tornar um importador de tecidos e um exportador de alimentos.
Podemos dizer então que os países tendem a exportar bens cujas produção é intensiva em fatores dos quais são dotados abundantemente.
O comércio leva à convergência de preços. Mudanças nos preços relativos têm fortes efeitos sobre a remuneração relativa do trabalho e da terra.
O comércio internacional tem um forte impacto sobre a distribuição de renda. Os proprietários dos fatores abundantes de um país obtêm ganhos de comércio enquanto que os proprietários dos fatores escassos deste país saem perdendo.
Quando Local e Estrangeiro fazem comércio, os preços relativos dos bens convergem. Essa convergência, por sua vez, leva à convergência dos preços relativos de terra e trabalho. Dessa maneira, delineia-se claramente uma tendência à equalização dos preços de fatores. No modelo, essa tendência ocorrem em qualquer situação, ou seja, o comércio internacional lava à completa equalização dos preços de fatores.
Só temos um grande problema: no mundo real os preços dos fatores não são equalizados (ex: na Alemanha, um trabalhador bem qualificado ganha, em média, mais que um trabalhador americano bem qualificado).
Três hipóteses cruciais para previsão da equalização de preços dos fatores são, com certeza, falsas:
Ambos os países produzem ambos os bens;
As tecnologias são as mesmas em ambos os países;
O comércio realmente equaliza os preços de bens nos dois países.
O paradoxo de Leontief é a única evidência empírica de peso contra a teoria das
proporções de fatores: EUA sempre estiveram no topo da lista dos países classificados pelas razões capital-intensivo. Esperaríamos, então, que os EUA, fossem um exportador de bens capital-intensivos e importador de bens trabalho-intensivos. Porém, Leontief, descobriu que a relação é contraria. Possível explicação: EUA tem vantagens na produção de bens ou produtos novos fabricados c/ tecnologia inovadoras. Talvez, estes sejam menos capital-intensivos do que aqueles cuja tecnologia tenha tido tempo p/ amadurecer e se tornar apropriada às técnicas de produção em massa.
	Embora o modelo H-O tenha sido menos bem-sucedido para explicar os padrões exatos do comércio internacional do que se poderia esperar, ele permanece vital para a compreensão dos efeitos do comércio, especialmente seus efeitos sobre a distribuição de renda. 
Capítulo 6 – Economias de escala, concorrência imperfeita e comérdio internacional
	Economias de escala podem levar ao comércio mutuamente benéfico. Cada país se especializa em produzir uma gama restrita de produtos, o que lhe possibilita produzir esses bens mais eficientemente do que se tentasse produzir tudo por si mesmo; essas economias especializadas fazem, então, comércio entre si p/ que se possa consumir a gama completa de bens.
	Existem dois tipos de economias de escala, economias de escala externas que ocorrem quando o custo por unidade depende do tamanho do setor, mas não necessariamente do tamanho de uma empresa qualquer e as economias de escala internas que ocorrem quando o custo por unidade depende do tamanho de uma empresa individual, mas não necessariamente do tamanho do setor.
	Ambas economias de escala tem implicações diferentes sobre a estrutura dos setores. Aquele em que elas são puramente externas (isto é, em que não há vantagens p/ as empresas grandes) ser;a composto de muitas empresas pequenas e terá concorrência perfeita. Já as internas, por sua vez, dão às empresas grandes uma vantagem de custos sobre as pequenas e levam a uma estrutura de mercado de concorrência imperfeita.
	Concorrência perfeita:firmas são tomadoras de preços, concorrência imperfeita: firmas são formadoras de preço.
	O custo fixo em uma função de custo linear faz surgir economias de escala, pois, quanto maior a produção da empresa, menor o custo fixo por unidade.
	Em mercados maiores, em geral, haverá tanto mais empresas como mais vendas por empresa;aos consumidores, serão oferecidos tanto preços mais baixos como uma variedade maior de produtos (Cme = F/Q + c = n x F/V + c; Q = 1/n*V)
	Em um modelo de concorrência monopolística, podemos pensar no comércio mundial como composto de duas partes. Haverá comércio nos dois sentidos dentro do setor manufatureiro. Essa troca de tecidos por tecidos é chamada comércio intraindústria. O restante do comércio é uma troca de tecidos por alimentos, chamada comércio interindústria.
	Note quatro pontos sobre o padrão do comércio:
O comércio interindústria (tecidos por alimentos) reflete a VC – país capital abundante, exporta bem capital-intensivo.
O comércio intraindústria (tecidos por tecidos) não reflete a VC – são as economias de escala que evitam que cada país produza a gama total de produtos por si próprio, estimulando o comércio internacional.
O padrão do comércio intraindústria é imprevisível.
A importância relativa do comércio intraindústria e do comércio interindústria depende do grau de semelhança entre países – se países forem semelhantes nas razões capital-trabalho, haverá pouco comércio interindústria e o comércio intraindústria, baseado fundamentalmente nas economias de escala, será dominante.
	Significado do comércio intraindústria: cerca de um quarto do comércio mundial consiste no modelo intraindústria – troca de bens nos dois sentidos dentro de classificações setoriais padronizadas. Ele desempenha um papel particularmente importante no comércio de bens manufaturados entre nações avançadas.
	Porque o comércio intraindústria é importante? Ele geram ganhos adicionais do comércio internacional, ale daqueles propiciados pela vantagem comparativa, pois permite que os países sejam beneficiados por mercados maiores.
	Se o comércio intraindústria for a origem dominante dos ganhos do comércio (ocorre quando os países forem semelhantes em termos de oferta relativa de fatores, de modo que não haja muito comércio interindústria e de modo que os ganhos de escala e as possibilidade de escolha mais amplas sejam grandes), os efeitos do comércio sobre a distribuição de renda serão pequenos e o comércio intraindústria gerará ganhos adicionais significativos. Como resultado, pode ser que, apesar dos efeitos do comércio sobre a distribuição de renda, todos apresentem ganhos de comércio.
	Os ganhos de comércio serão grandes quando as economias de escala forem fortes e os produtos altamente diferenciados. Isso é mais característico dos bens manufaturados sofisticados do que das matérias-primas ou dos setores mais tradicionais (como têxteis ou calçados). Conclusão confirmada pela Europa pós-guerra, particularmente na Europa Ocidental. Em 1957, c/ a criação da Comunidade Econômica Européia, o que se viu foi um rápido crescimento do comércio entre os países, que se deu quase todo pelo comércio intraindústria. Esperava-se que houvessem transtornos consideráveis e problemas políticos. Por exemplo, o que se viu foi em vez de os trabalhadores de maquinário na França serem prejudicados enquanto os da Alemanha ganhavam, os de ambos países saíram ganhando c/ a eficiência crescente do setor integrado em todo o continente. Crescimento então acabou fazendo c/ que a Europa apresentasse muitos menos problemas políticos e sociais do que esperado.
	
Modelo de Defasagem Tecnológica – Posner, 1961
Grande partedo comércio entre os países industrializadso se baseia a introdução de novos produtos e processos. Estes concedem as empresas e nações inovadoreas o monopólio temporário do mercado mundial (patentes, direitos autorais). À medida que os produtores estrangeiros adquirem novas tecnologias consegue conquistar o mercado.
Destaca a defasagem temporal no processo de imitação.
Problemas:
Não explica o tamanho (tempo) a defasagem.
Não exagera as razões pelos quais surge DT e como são eliminados ao longo do tempo.
Modelo do Ciclo do Produto – Vernon, 1966
Generalização e extensão do modelo anterior. Quando um novo bem é introduzido, este geralmente requer m-d-o altamente qualificada na sua produção. À medida que o produto amadurece no mercado e adquire aceitação em massa torna-se padronizado, podendo ser produzida através de técnicas de produção em série, que utiliza m-d-o menos qualificada -> deslocamento das VC das nações mais avançadas p/ as menos avançadas.
Cinco fases dentro do ciclo: (1) o novo produto é produzido e consumido apenas no país inovador; (2) fase de crescimento do produto onde ele é aperfeiçoado no país inovador e começa a ser exportado; (3) fase de maturidade do produto – produto se torna padronizado e país inovador começa a produzir p/ o mercado interno; (4) país inovador começa a vender mais barato que o país inovador -> expansão p/ 3o’s mercados; (5) país inovador passa a importar produto do país imitador.
Difusão tecnológica, a padronização e os baixos custos de produção no país imitador levam ao fim do ciclo de vida do produto no país inovador.
Obs.: cada vez mais o tempo é reduzido entre as fases 1 e 4.
Resumo dos modelos de defasagem tecnológica:
Nos dois, as economias mais industrializada exportam bens não padronizados, que incorporam tecnologia nova e mais avançada, e importam produtos c/ tecnologia antiga e menos avançada.
Em ambos, o comércio se baseia, originalmente, em tecnologia nova desenvolvida pelos fatores relativamente abundantes nas nações industrializadas (m-d-o altamente qualificada e gastos em P&D). Através da imitação e padronização, demais nações adquirem VC (c/ m-d-o menos qualificada).
Dumping
	Com mercados de concorrência imperfeita, as empresas às vezes cobram um determinado preço quando exportam um bem e outro diferente quando o vendem no mercado interno. Em geral, a prática de cobrar preços diferentes é chamada de discriminação de preços. A mais famosa forma disso ocorrer é a discriminação internacional de preços (dumping).
	O dumping só ocorre se duas condições forem satisfeitas: o setor deve contar c/ concorrência imperfeita (empresas formam preços) e os mercados devem ser segmentados de modo que consumidores internos não comprem facilmente bens que se pretende exportar.
Defesa Comercial
	Processo de acompanhamento e interferência no volume de bens e serviços importados, com o fim de se garantir a concessão das relações de comércio exterior, sem que haja dano ou prejuízo p/ a produção e a indústria domestica.
3 Instrumentos:
Medidas antidumping (AD);
Medidas compensatórias;
Salvaguardas;
As duas primeiras tem como objetivo evitar danos ou recompor o equilíbrio financeiro no mercado interno devido à práticas desleais. A terceira, em garantir proteção temporários p/ setores específicos desestruturados pela competição c/ importados.
Teoria do IED 
Motivos pelo IED: vantagens (poder de mercado, tecnologias e vantagens organizacionais), “investimento defensivo”, diversificação de mercados.
Vantagens da internalização p/ Krugman e Obstfeld: transferência de tecnologia (contornaria problemas de licenciamento de tecnologia) e integração vertical (evitaria problemas entre empresas monopolistas).
Vantagens específicas de propriedade de uma firma: patentes, marcas, monopólio comercial e habilidades técnicas ou gerenciais.
Vantagens de localização: recursos naturais e m-d-o, além de estruturas de mercados e políticas governamentais.
4 tipos (Dunning): resource based, market based, efficiency based e trade & distribution.
MTN detêm o controle dos mercados consumidores dos países desenvolvidos, e alem disso, podem evitar as tarifas domesticas por meio da manipulação dos preços de transferência (subfaturamento das exportações e um superfaturamento das importações).
Efeitos gerados pelo IED:
Positivos:Promoção de recursos e capacidades adicionais de tecnologia, organização e acesso a mercados;
Injeção de práticas competitivas mais dinâmicas;
Aumento de eficiência na alocação de recursos;
Incremento na balança de pagamentos através da substituição de importações por exportações já que ETN são lideres em inovação tem acessos a mercados mundiais e possuem recursos financeiros e gerenciais p/ exploração comercial.
Negativos:
Limitação do ‘upgrading’ dos recursos endógenos e capacidades;
Deterioração na BP devido a importação em maior proporção de produtos de alto valor agregado enquanto exporta produtos de baixo.
Restrição ao crescimento do PIB através do mecanismo de transferência de preços e outros que reduzem impostos pagos ao governo.
Redução da concorrência e aumento da concentração de mercado.
Maior desigualdade de desenvolvimento entre países.
 
Capítulo 8 – Argumentos a Favor e Contra o Livre Comércio
A favor:
Livre Comércio evita perda de eficiência associados a proteção (b+d);
P/ países pequenos e em desenvolvimento existem ganhos adicionais envolvendo economias de escala; 
Concorrer c/ importações leva a aprendizagem e inovação (Collor 1991).
Políticas comerciais influenciadas p/ interesses particulares, leia-se políticos;
Contra:
P/ um país grande, os benefícios auferidos via termos de troca podem superar as distorções (e>b+d);
Conceitos de EC e EP não quantificam c/ precisão os custos e benefícios das políticas comerciais, pois existem falhas de mercado (argumento de 2nd Best);
Problema c/ argumentos de falhas de mercado: (i) falhas podem ser corrigidas c/ políticas domesticas aplicadas diretamente sobre as fontes do problema; (ii) falhas não podem ser diagnosticadas bem o suficiente p/ prescrever a política econômica.
Políticas governamentais refletem objetivos alem de medidas simples de custo e benefícios (análise de EC e EP).
Indústria Nascente: proteção até que um indústria se torne competitiva;
Política comercial estratégica: proteção aos produtores domésticos de setores intensivos em tecnologia;
Proteção a indústria nacional (neo-schumpterianos): necessária p/ fortalecer/permitir o desenvolvimento de indústrias que contribuem p/ gerar e defender inovações;

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